quarta-feira, 8 de maio de 2019

Angola | A fase de emergência no Sul do país


Jornal de Angola | editorial

A região Sul do país vive uma situação que, a todos os títulos, inspira os maiores cuidados, razão pela qual o Executivo se desdobra em iniciativas, orientações e medidas com carácter de emergência para lidar com o que se passa no Namibe, Cunene e partes da Huíla.

Depois da visita do Presidente da República, a problemática da seca mereceu, na segunda-feira, uma ampla abordagem, no Palácio da Cidade Alta, congregando ministros de diferentes sectores e os governadores das duas províncias visitadas, sob a orientação do Presidente da República, João Lourenço. 

Seguramente, o sinal que o Executivo pretende dar, já reafirmado pelo Chefe de Estado quando disse que as instituições do Estado até ao mais alto nível não estão indiferentes, é que a seca que atinge fortemente a região Sul do país está a merecer o devido acompanhamento. Há da parte do Executivo o claro compromisso e sentido de emergência, razão pela qual foram baixadas orientações precisas que deverão ser implementadas pelos governos provinciais, municipais e comunais. 


Na verdade, acreditamos que todos os gestos e iniciativas que estejam em vias de ser implementadas para contrariar a fase de seca no Namibe e Cunene serão fundamentalmente eficazes se forem seguidas do devido acompanhamento por parte das estruturas competentes.


É preciso que as orientações transmitidas pelo Presidente da República, ao lado das medidas que vão ser implementadas, sejam materializadas com espírito de emergência. E não há dúvidas de que entre as tarefas imediatas, na linha dos esforços e mobilização de recursos de vária ordem, constam a necessidade de suprir as dificuldades enfrentadas pela população em matéria de alimentação, vestuário, protecção contra o frio, entre outros bens considerados urgentes.

O desafio de acompanhamento, com eventuais correcções no decurso da materialização das medidas, deve ser uma das principais bandeiras dos esforços do Estado para minimizar os efeitos da seca naquela região. Como alertam várias vozes sobre a eventualidade das coisas degradarem-se mais, no que aos efeitos da seca diz respeito, é preciso que as orientações dadas sejam efectivamente implementadas dentro do cronograma aprovado. 

Os parceiros do Estado são igualmente chamados a dar o seu contributo para, ao lado das iniciativas do Executivo, agigantar todos os esforços que se fazem para melhorar a situação na região Sul. Na verdade, estas diligências deverão multiplicar-se atendendo ao período menos bom que se prevê com a chegada do período seco que, como reconheceu o Presidente da República, pode degradar-se mais. Está claro que há necessidade de nos prepararmos melhor para as próximas semanas e meses, que podem ser os mais adversos ao nível da região Sul do país, porque a fase é mesmo de emergência.

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