segunda-feira, 27 de maio de 2019

Eleições | Os números e o mesmo de sempre, com os mesmos de sempre


Os números estão à vista, as contas estão feitas, a evidência é que apesar de somente cerca de 30% de eleitores se expressarem e elegerem deputados, tudo continua na mesma e Portugal dispõe de 21 deputados no Parlamento Europeu. Até podiam somente 20 ou 10 por cento de eleitores terem votado que o resultado seria o mesmo. Tudo continuaria na mesma, como agora.

Ficou provado que o sistema está organizado de modo que por muito poucos que votem serão sempre eleitos deputados, nas eleições europeias ou mesmo na eleições legislativas... E os partidos e as clientelas ficam sempre na mó de cima, ignorando os cartões vermelhos que lhes são mostrados. É sempre a mesma coisa. O que muda só parece que muda, porque no final de contas não muda.

As análises que abundam na comunicação social são de uma pobreza e de uma hipocrisia enormes, mas prevalece o que diz nos manuais, que eles leram e lhes foram ditados por um sistema grandiosamente viciado à laia de máfias. A honestidade foi esquecida, já não se usa. O que é absolutamente natural num país, numa Europa, num mundo ocidental e num sistema em que o banditismo de elites vence sempre, em que é premiada a vigarice, o esbulho, o esclavagismo, a exploração selvagem dos que trabalham no duro para desfrutarem apenas da miséria ou muito próximo dela, mas iludidos de que alcançarão dias melhores...

Esses que esperem, sentados, para que não se cansem, até que morram de fome e de  falta de tudo que é implícito a uma verdadeira democracia...

Mário Motta | Redação PG

*Quadro em JN, adaptado a PG

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