Díli, 14 jun 2019 (Lusa) -- Um
arraial dos Santos Populares, que decorre sábado, em Díli, é o mote escolhido
pela equipa de voluntários da organização não-governamental portuguesa 'Move'
para angariar fundos para continuar os seus projetos em Timor-Leste.
"O nosso maior objetivo é
dar a conhecer a Move, divulgar a organização e o nosso trabalho, onde estamos
presentes e em que áreas atuamos, enquanto ONG em termos gerais e
especificamente em Timor-Leste", explicou à Lusa Inês Bandeira, uma das jovens
que integra o atual grupo de voluntários em Timor-Leste.
"E depois também a
angariação de fundos. Somos uma organização sem fins lucrativos que quer manter
voluntários no terreno", explicou.
A Move foi criada em 2009 por um
grupo de estudantes universitários que identificou a falta de um rendimento
estável e previsível como um dos grandes entraves ao crescimento de muitas
famílias na Ilha de Moçambique.
A organização nasceu para
"dar oportunidade aos empreendedores de trabalharem as fragilidades do seu
negócio e de encontrarem um parceiro que quer alavancar as suas
qualidades".
Dez anos depois a organização tem
equipas de voluntários em vários pontos, incluindo em Timor-Leste onde, desde
2011, já estiveram várias equipas de voluntários sendo este o maior grupo de sempre,
de seis pessoas.
"A Move tem duas áreas de
atuação, a da formação e a da apoio a empreendedores e pequenos negócios",
explicou a jovem.
No caso da formação, o Move tem
vindo a apoiar vários projetos, incluindo a componente prática da turma de
empreendedorimos, na Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), o Centro de
Formação de Tibar ou outras instituições.
Os voluntários apoiam ainda em
várias áreas dos negócios várias empresas timorenses, incluindo a Empreza Diak
e a Boneca de Ataúro, entre outras.
Além de Inês Bandeira, a Move tem
atualmente em Timor-Leste cinco outros voluntários, que pagam a maior parte das
suas próprias despesas e que termina a sua estadia em julho.
São eles Miguel Santos, 24 anos e
licenciado em gestão, Leonor Marcos, 23 de Marketing, Rita Monteiro, 24,
engenheira biomédica, Nídia Abreu, 28, licenciada em economia e Maria Ventura,
21 anos, de engenharia civil.
O arraial de sábado quer
"lembrar ao máximo o que acontece nos arraiais populares nas cidades
portuguesas em junho", contando com apoio financeiro e em género de cerca
de 20 patrocinadores.
"Vamos ter comida, bebida,
jogos tradicionais, uma quermesse e leilão, 'stand up', dança, música ao vivo e
DJs. Queremos que seja uma bom momento de convívio", explicou.
O arraial começa às 18:00 e
decorre no antigo edifício da embaixada portuguesa em Díli.
ASP // FST
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