Pequim aumenta o tom das ameaças
diante da insistência dos manifestantes em desafiar o continente
O governo chinês afirmou nesta
segunda-feira, 12, que há “sinais incipientes de terrorismo” em casos de
violência registados nas manifestações populares pró-democracia em Hong Kong. A
declaração surge como uma ameaça de interferência militar direta de em Pequim, que não tem
visto resultados na repressão imposta pelo governo da ilha.
“Os manifestantes radicais de
Hong Kong recorreram em diversas ocasiões a objetos extremamente perigosos para
atacar os policias, o que constitui um crime grave e revela sinais incipientes
de terrorismo”, afirmou o porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e
Macau, Yang Guang.
Yang, que na semana passada
afirmou que “quem
brinca com fogo morre queimado”, declarou desta vez que uma “minoria
minúscula” representa um “grave desafio à prosperidade e à estabilidade de Hong
Kong”. Ele denunciou que manifestantes lançaram bombas incendiárias contra a
polícia.
Suas declarações surgiram após o
décimo fim de semana consecutivo de manifestações na ex-colónia britânica, onde
milhares de pessoas desafiam a polícia nas ruas e muitos enfrentam os agentes
com diversos objetos, enquanto as forças de segurança respondem com gás lacrimogéneo.
Os manifestantes pedem a total eliminação do projeto de lei que permitiria a
extradição de dissidentes para julgamento em Pequim. O projeto está suspenso.
Há quatro dias, manifestantes
ocupam o aeroporto de Hong Kong e, como consequência, quase todos os vôos foram cancelados nesta
segunda-feira, 12.
Veja | Foto: Manifestante com
máscara atira bomba de gás lacrimogéneo de volta para a polícia em Kong Kong:
guerra campal - 05/08/2019 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
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