Díli, 14 ago 2019 (Lusa) -- O
Governo timorense analisou hoje a possibilidade da interconexão elétrica com a
indonésia e de medidas como o uso de GNL que podem cortar em 30% os custos
energéticos do país, anunciou o executivo.
Um estudo sobre essa interconexão
foi apresentado hoje na reunião do Conselho de Ministros pelo ministro das
Obras Públicas, Salvador Soares dos Reis Pires, e por especialistas em energia
do Banco Mundial.
"O estudo apresenta ainda
recomendações para a troca da fonte energética utilizada nas centrais
elétricas, passando do gasóleo para óleos combustíveis pesados ou Gás Natural
Liquefeito (GNL), o que poderá representar uma redução de custos de 30% por
ano", refere o Governo em comunicado.
O estudo hoje apresentado,
explica-se no comunicado, "apresenta as possíveis vantagens da
interconexão regional dos sistemas de energia elétrica, com a possibilidade de
Timor-Leste comercializar eletricidade com a Indonésia, ao exportar o seu
excedente para Timor Ocidental que tem capacidade insuficiente".
Atualmente, o sistema elétrico
timorense é garantido através de centrais elétricas a diesel, o que representa
um custo significativo para os cofres do Estado.
O Orçamento Geral do Estado (OGE)
para este ano, por exemplo, destina 88,7 milhões de dólares (79,6 milhões de
euros) para "a compra de combustível e a manutenção de geradores elétricos
em Hera e Betano", duas localidades respetivamente na costa norte e na
costa sul do país.
"O GNL, além da redução de
custos, é igualmente uma fonte energética menos poluente e mais
eficiente", sublinha.
O Governo deu poderes a Salvador
Soares para iniciar estudos de viabilidade de projeto e para iniciar negociações
"com entidades relevantes do Governo Indonésio para a interconexão
regional".
O comunicado não define um
calendário para o projeto.
ASP // VM
Sem comentários:
Enviar um comentário