A notícia do Expresso em 16.08
aborda a talvez injustiça de um talvez competente governador do BP que
laboriosamente tem contribuído para as baldas e outras prestidigitações em
valores que mesmo os portugueses que vivam até quase aos cem anos, com mais de
70 anos de trabalho/exploração, a trabalhar no duro, conseguiriam chegar a
somar uma ínfima parte de tais valores astronómicos que passam no crivo esburacado
do banco pomposamente governado por Carlos Costa. Valores que amiúde e costumeira
instância são pagos por todos os portugueses, que até sabem e sentem que dessas
quantias astronómicas “foi um ar que lhes deu”, algo que “desaparece” do mesmo
modo que pérolas atiradas a porcos, sem retorno.
No Aventar a abordagem à notícia
referida no Expresso, João Mendes tece a propósito umas linhas de prosa
curta e escorreita, que aqui trazemos ao PG. Quanto a Carlos do BP, ali de
pedra e cal, sem vergonha e com muita honra, todos os meses mama quase 17 mil
euros do seu “precioso” contributo a favor dos cambalachos e mal parados a toda
a velocidade. Tão rápido, que passa sem no BP verem… “as falcatruas” – como é dito
na populaça.
A seguir o título no Expresso e a
notícia (de vómitos) com a respetiva ligação. Depois a prosa no Aventar, que muito
gostaríamos que coubesse nos cérebros adormecidos de milhões de portugueses
pela factualidade e pela inteligente ironia, que diz tanto. E onde “estamos
metidos”. E com quem “estamos metidos” no compromisso de sustentá-los e a
ouvi-los trautear o “daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Provavelmente, não por acaso, a
ser verdade, numa noite de Janeiras já lhe cantaram, talvez por resposta, “a
mim não me enganas tu, a mim não me enganas tu…”.
Redação PG
Carlos Costa está a receber acima
das suas possibilidades, não está?
João Mendes
| Aventar | opinião
O BES, o banco mau e o banco bom
que daí resultaram, o Banif, o periclitante Montepio, os sucessivos buracos e
empréstimos estratosféricos concedidos pela CGD aos Berardos desta vida, não
raras vezes sem contrapartidas. Carlos Costa está há quase 10 anos à frente do Banco
de Portugal, que supostamente deveria regular o sistema bancário, e as
tragédias sucedem-se. É caso para dizer que poderá estar a receber acima das
suas possibilidades. E das possibilidades do país.
Chamem-lhe populismo, mas não é
nada fácil justificar os 16,9 mil euros mensais que este senhor aufere. Até
porque a regulação bancária, como se tem visto, é anedota nacional. E o papel
do Banco de Portugal, em particular no caso BES, foi absolutamente irresponsável,
a roçar o criminoso. Depois admirem-se que o discurso dos venturas pega.
Ninguém, pelo menos no mundo real e face às circunstâncias conhecidas,
compreende um salário destes.
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P.S: A imprensa nacional destaca
o facto de Carlos Costa não ter sido aumentado, depois de três anos
consecutivos de aumentos salariais. Eu, no lugar dele, entrava em greve por
melhores condições laborais.
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