sábado, 17 de agosto de 2019

Portugal | Carlos Costa trauteia: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”?


A notícia do Expresso em 16.08 aborda a talvez injustiça de um talvez competente governador do BP que laboriosamente tem contribuído para as baldas e outras prestidigitações em valores que mesmo os portugueses que vivam até quase aos cem anos, com mais de 70 anos de trabalho/exploração, a trabalhar no duro, conseguiriam chegar a somar uma ínfima parte de tais valores astronómicos que passam no crivo esburacado do banco pomposamente governado por Carlos Costa. Valores que amiúde e costumeira instância são pagos por todos os portugueses, que até sabem e sentem que dessas quantias astronómicas “foi um ar que lhes deu”, algo que “desaparece” do mesmo modo que pérolas atiradas a porcos, sem retorno.

No Aventar a abordagem à notícia referida no Expresso, João Mendes tece a propósito umas linhas de prosa curta e escorreita, que aqui trazemos ao PG. Quanto a Carlos do BP, ali de pedra e cal, sem vergonha e com muita honra, todos os meses mama quase 17 mil euros do seu “precioso” contributo a favor dos cambalachos e mal parados a toda a velocidade. Tão rápido, que passa sem no BP verem… “as falcatruas” – como é dito na populaça.

A seguir o título no Expresso e a notícia (de vómitos) com a respetiva ligação. Depois a prosa no Aventar, que muito gostaríamos que coubesse nos cérebros adormecidos de milhões de portugueses pela factualidade e pela inteligente ironia, que diz tanto. E onde “estamos metidos”. E com quem “estamos metidos” no compromisso de sustentá-los e a ouvi-los trautear o “daqui não saio, daqui ninguém me tira”.

Provavelmente, não por acaso, a ser verdade, numa noite de Janeiras já lhe cantaram, talvez por resposta, “a mim não me enganas tu, a mim não me enganas tu…”.

Redação PG

Carlos Costa está a receber acima das suas possibilidades, não está?

João Mendes  | Aventar | opinião


O BES, o banco mau e o banco bom que daí resultaram, o Banif, o periclitante Montepio, os sucessivos buracos e empréstimos estratosféricos concedidos pela CGD aos Berardos desta vida, não raras vezes sem contrapartidas. Carlos Costa está há quase 10 anos à frente do Banco de Portugal, que supostamente deveria regular o sistema bancário, e as tragédias sucedem-se. É caso para dizer que poderá estar a receber acima das suas possibilidades. E das possibilidades do país.

Chamem-lhe populismo, mas não é nada fácil justificar os 16,9 mil euros mensais que este senhor aufere. Até porque a regulação bancária, como se tem visto, é anedota nacional. E o papel do Banco de Portugal, em particular no caso BES, foi absolutamente irresponsável, a roçar o criminoso. Depois admirem-se que o discurso dos venturas pega. Ninguém, pelo menos no mundo real e face às circunstâncias conhecidas, compreende um salário destes.
-----
P.S: A imprensa nacional destaca o facto de Carlos Costa não ter sido aumentado, depois de três anos consecutivos de aumentos salariais. Eu, no lugar dele, entrava em greve por melhores condições laborais.

Sem comentários:

Mais lidas da semana