João Miguel Tavares |
João Miguel Tavares, um cidadão
que teve os favores do Primeiro Ministro e do Presidente da República em duas
distintas ocasiões, sabe-se lá porquê, classifica a ditadura de Salazar e
Caetano como uma ditadura de “baixa intensidade”. (Ver artigo aqui)
Não, não foi. A ditadura de
Salazar e Caetano foi uma ditadura de longa duração, promoveu uma longa,
impiedosa e injusta guerra em África que provocou muitos milhares de vitimas de
ambos os lados, retaliações e massacres inauditos e por fim o drama da
descolonização.
Na Metrópole como era assim
chamada, promoveu uma censura férrea, o completo cerceamento das Liberdades que
hoje felizmente usufruímos e colocou Portugal no plano internacional como uma
Nação pária, incomoda até para os seus aliados.
A par disso, votou Portugal a uma
situação económica e social degradante e bastava saber-se que à data da sua
queda o analfabetismo atingia mais de 40% da população para definir a ditadura
como um regime abjecto e sem remissão.
A ditadura tinha todos os
mecanismos repressivos em acção e actualizados; policia politica, aparelho de
censura prévia, forças para- militares, tribunais de excepção, três campos de
concentração (Tarrafal, Ibo e São Nicolau), a espaços fazia um simulacro
eleitoral, etc. etc.
Comentadores e articulistas como
JMT preferem o branqueamento silencioso dessa nódoa que manchou a História
contemporânea da nossa Pátria.
O branqueamento dos crimes da
ditadura e da sua natureza contribui mais que outra qualquer atitude para
facilitar a ideia de que afinal a ditadura não era assim tão má e que a
Democracia pouco lhe adianta.
Não vejo forma mais cínica de um lobo vestir a pele de cordeiro.
(Rodrigo Sousa Castro, in
Facebook, 12/09/2019)
Comentário da Estátua: "Ó JOÃO MIGUEL TAVARES - Umas “carícias” da PIDE – daquelas de “baixa intensidade” -, é o que estás a precisar,
até porque não te faziam mal nenhum, não é verdade?"
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