A China acusou hoje a Alta
Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, de
interferência "inadequada" nos seus assuntos internos, por causa da
situação em Hong Kong.
A acusação surge depois de
Michelle Bachelet ter apelado à realização de uma investigação sobre
o eventual uso excessivo da força por parte da polícia em Hong Kong.
Na coluna que escreveu sobre o
assunto, no South China Morning Post, Michelle Bachelet foi "incorreta"
e "violou os objetivos e princípios da Carta das Nações
Unidas", disse, em comunicado, a missão chinesa junto da ONU em
Genebra.
O artigo inclui "comentários
inadequados sobre a situação na Região Administrativa Especial de Hong Kong...(e)
interfere nos assuntos internos da China", de acordo com o comunicado de
Pequim.
A China expressa "fortes
críticas" ao escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em
Genebra.
Num artigo publicado hoje,
Michelle Bachelet pediu às autoridades de Hong Kong que
conduzissem uma "investigação verdadeiramente independente e imparcial,
por parte de um juiz, sobre os relatos de uso excessivo da força pela
polícia" chinesa.
Hong Kong vive há meses uma
situação de grande instabilidade, com vários protestos nas ruas contra o que é
considerado como um controlo crescente por parte de Pequim das liberdades da
região semi-autónoma.
Houve confrontos violentos entre
os manifestantes e a polícia. Os manifestantes exigem que a polícia seja
responsabilizada pelas suas ações e pedem eleições completamente
livres.
A China nega querer atropelar a
liberdade em Hong Kong e acusa as manifestações de serem
"revoluções coloridas" de inspiração estrangeira para desestabilizar o
regime de Pequim.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: Reuters
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