sábado, 28 de dezembro de 2019

Portugal | O OE2020, a transparência de António Costa e do PS


No Expresso podemos ver uma peça de autoria de David Dinis e Mariana Lima Cunha  onde podemos perceber a fuga do governo à tão badalada transparência que tarda em acontecer. 

Pelo escrito é mencionado que o governo minoritário de Costa e do dito Partido Socialista não destinou no OE verbas que suportem fiscalização dos políticos e dos partidos. Será a chamada Transparência Opaca que agradará a Costa e correlegionários? Porquê? Não bastou este ano terem prescrito pagamentos de coimas no valor de milhões de euros que deveriam ser desembolsados a esses mesmos por irregularidades nas contas dos partidos em 2009 e 2010? É a isto que o atual governo chama Transparência? E então, no OE2020, que está em “banho maria” para ser aprovado, não são destinadas verbas que possibilitem fiscalizar e detetar irregularidades e pôr em marcha efetiva a ansiada Transparência. Quais são os receios dos políticos e dos partidos que usam de expedientes para entravarem (e não pagarem) o que é tão importante numa democracia e na apresentação de “contas certas” e transparentes? Ou será que a transparência interpretada pelo PS e correlativos é só exigida a outros, aos cidadãos sem poderes, aos trouxas que só têm servido para votarem e entregarem os poderes a tantos que  comprovadamente não o tem merecido ao longo de mais de quatro décadas?

Leia, no Expresso. Mas tem de pagar para se inteirar completamente. O mesmo é dizer: já não há almoços grátis. Porém, leia a seguir o exposto resumidamente. É a vida.

PG



Governo não deu verbas para fiscalizar políticos e partidos

Montante para a nova Entidade da Transparência fica “manifestamente aquém” do necessário. Partidos chamam presidente do TC ao Parlamento. BE quer proposta comum para corrigir Orçamento

Este ano prescreveram milhões de euros em coimas pelas irregularidades nas contas dos partidos de 2009 e 2010 e também passaram de prazo os processos de milhares de euros contra os mandatários financeiros de campanhas regionais e autárquicas. Apesar dos sucessivos avisos da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) de que lhe faltam meios para fiscalizar as contas dos partidos, o Orçamento do Estado para 2020 volta a não reforçar as verbas para este organismo, que funciona dentro do Tribunal Constitucional — mesmo com o alerta do seu presidente, Costa Andrade, de que isto implicará a prescrição de processos pelo menos até 2014.

Mas agora o problema surge em duplicado: o Parlamento aprovou há seis meses a criação de um novo organismo, a Entidade da Transparência, para fiscalizar todas as declarações de rendimento de políticos e outros agentes do Estado. Mas o dinheiro que o OE 2020 lhe destina não chega sequer para o criar: “A proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2020 prevê uma verba para a instalação da Entidade para a Transparência manifestamente aquém das necessidades apontadas pelo Tribunal”, garante fonte oficial do Tribunal Constitucional ao Expresso, lembrando “as especificidades desta nova entidade, nomeadamente no plano do funcionamento da plataforma informática”.

David Dinis | Mariana Lima Cunha | Expresso

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