Masiel Fernández Bolaños* Bogotá
(Prensa Latina) - em Pátria Latina
Todo mês, semana e, praticamente
todos os dias deste ano, a violência era uma constante na realidade colombiana. Ameaças, ataques, sequestros e
assassinatos foram repetidos, com frequentes vítimas entre membros de
comunidades indígenas, líderes sociais e ex-guerrilheiros.
Tudo isso acontece três anos após
a assinatura do Acordo de Paz entre o Estado e as ex-Forças Armadas
Revolucionárias do Exército Popular da Colômbia (FARC-EP) e 16 meses após a
chegada à Casa Nariño (sede da Presidência) da República. Presidente Iván
Duque.
Vozes diferentes concordam que
centenas de líderes sociais, indígenas e ex-guerrilheiros foram assassinados
desde a assinatura do Acordo, enquanto aumentam os pedidos de sua implementação
abrangente, a fim de alcançar uma paz com justiça social, estável e duradoura.
No caso das comunidades indígenas
e afrodescendentes, eles também insistem na necessidade de uma presença
integral do Estado em seus territórios, opondo-se à existência de grupos
armados, legais ou ilegais, e pedindo que suas formas sejam respeitadas. defesa
própria.
EL CAUCA, UM DOS DEPARTAMENTOS
MAIS VIOLENTOS
Ao falar sobre a situação
persistente de violência no departamento de Cauca, várias vozes apontam para
elementos como ilegalidade e abandono do estado.
A violência que existe em nossos
territórios data de muito tempo e é por várias razões, disse à Prensa Latina a
líder social Clemencia Carabalí, membro da Associação de Mulheres
Afro-descendentes do norte de Cauca.
Ele ressaltou que a área tem uma
localização estratégica, porque desse corredor no norte de Cauca você tem
acesso ao interior do país, mas também à costa do Pacífico, à costa de Cauca e
ao sul, o que permite o tráfego de todos os tipos de elementos, Legal e ilegal.
Da mesma forma, ele disse, a
biodiversidade que hospeda, bem como a riqueza da mineração, ouro e petróleo e
carvão, faz com que os olhos de muitos investidores nacionais e estrangeiros
olhem para esta região.
Por outro lado, disse ele, a
questão do abandono do Estado é cúmplice precisamente em todas essas situações,
porque as pessoas não têm capacidade ou apoio técnico e jurídico e econômico
para operar em harmonia com o meio ambiente.
As pessoas, embora morem em um
território muito rico, não têm condições de explorá-lo racionalmente e dentro
da estrutura de seu próprio desenvolvimento, como dizem as leis para
comunidades negras e indígenas, explicou Carabalí.
Na sua opinião, outro problema é
a falta de cumprimento da palavra comprometida com o Acordo de Paz, porque
‘isso se tornou um terreno fértil para a deterioração dos direitos das pessoas
em nossa região’.
O líder social também enfatizou
que a questão da mineração ilegal causa muitos danos no território, não apenas
prejudica a natureza, mas principalmente a vida de homens e mulheres, porque
polui o ar, o meio ambiente.
Na opinião de Rossi Jair Muñoz,
defensor do Povo Regional de Cauca, o tráfico de drogas, a mineração ilegal e
as lavouras ilícitas estão entre os problemas que afetam a ordem pública naquela
região do sudoeste colombiano.
Fatos que estão afetando a ordem
pública foram apresentados. O povo de Cauca é um povo de paz. Esta é uma
questão que o Ombudsman Nacional, Carlos Negret, tornou visível para o nosso
departamento. Queremos ser um território de paz, disse Muñoz à Prensa Latina.
Para ele, a presença da
institucionalidade é necessária. Olhar para a institucionalidade é olhar
novamente para o campo, nossos camponeses, nossos povos indígenas; promover
colheitas lícitas na região; atingir a sociedade por estradas, postos de saúde,
escolas, disse ele.
Esse é um componente que faz
parte do que o Provedor de Justiça solicitou para que nossas comunidades possam
viver em paz e ter paz nesta região, disse ele.
Nessas condições, ele enfatizou,
estamos alertando sobre a importância de atender a alertas precoces, que é um
sistema de prevenção e proteção dos direitos humanos.
Pedimos que as observações e
recomendações que fazemos em nossos primeiros alertas pela instituição sejam
levadas em consideração, disse ele.
O Escritório do Ombudsman
descreveu a situação como uma catástrofe humanitária devido a confrontos entre
grupos armados fora da lei para apreender rotas de tráfico de drogas e
mineração ilegal.
Nesse contexto, o Conselho
Regional Indígena de Cauca (CRIC) informou que o estado de emergência
territorial ainda está em vigor, diante de ações violentas contra membros das
comunidades originais.
O CRIC instou todas as estruturas
da organização e comunidade nativas em geral a permanecerem vigilantes e vigilantes.
Ele também alertou as
organizações nacionais e internacionais de direitos humanos sobre os eventos
apresentados na área, que não se limitam a ameaças por escrito, mas a situações
de perseguição e morte.
O Conselho enfatizou que ‘as
ameaças de morte que continuamos a receber por nosso trabalho autônomo de
controle territorial não respondem a nenhum projeto político revolucionário,
mas à pequena ambição do narcotráfico’.
Juntamente com isso, a
Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC) declarou uma emergência
humanitária devido à morte de nativos desde a assinatura do Acordo de Paz.
Sobre o envio de soldados
ordenados pelo governo diante da violência em Cauca, ele disse que ‘já sabemos
que a militarização não é a solução’.
A VIOLÊNCIA POLÍTICA
Os atos de violência e as
demandas por garantias políticas precederam as eleições regionais e locais de
27 de outubro.
A Missão de Observação Eleitoral
(MOE) declarou que 108 candidatos foram vítimas de violência de 27 de julho a
21 de outubro.
Ameaças, seqüestros, ataques e
assassinatos foram algumas das manifestações de tais eventos.
Ao longo do calendário eleitoral,
a Missão monitorou permanentemente a violência sofrida por candidatos,
candidatos, altos funcionários de todas as ordens territoriais, líderes
políticos, líderes sociais e membros dos Comitês de Ação da Comunidade,
detalhados em um relatório sobre o assunto.
Juntamente com isso, vários
partidos denunciaram os ataques contra seus candidatos e exigiram garantias do
governo para realizar a campanha eleitoral.
A questão é tão complexa que,
segundo pesquisas, a insegurança é uma das questões que mais preocupa os colombianos.
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