domingo, 26 de maio de 2019

Antes de mudar de presidente, BCE debate seus rumos


A próxima presidência do Banco Central Europeu (BCE), resultado de negociações políticas, será decidida após as eleições europeias de domingo, mas antes a instituição de Frankfurt deve estabelecer seus rumos.

Uma fonte europeia recentemente desejou "boa sorte" ao substituto do italiano Mario Draghi, de 71 anos, que deixará o cargo no final de outubro, após oito anos à frente do BCE, em um período marcado pela crise na zona do euro.

A presidência do BCE é a posição "que tem mais poder" de todas as posições chave nas instituições europeias - que os chefes de Estado começarão a dividir em uma cúpula na próxima terça-feira em Bruxelas.

Olli Rehn, governador do Banco da Finlândia e um possível substituto de Draghi, pediu em março "uma análise completa das principais diretrizes, principais premissas e ferramentas do BCE" para avaliar as mudanças económicas desde a crise de 2008.

A instituição de Frankfurt "poderia seguir o exemplo do Federal Reserve dos EUA (Fed) que está atualmente revisando sua política monetária e suas ferramentas", disse à AFP Eric Dor, diretor de estudos económicos da Escola de Administração IESEG.

Desempregados na França, esquecidos pela UE


Cerca de um quinto dos franceses até 25 anos está desempregado. No entanto, na campanha para o Parlamento Europeu, o tema está sendo negligenciado. Uma dinâmica que pode ser fator decisivo nas urnas.

Um grupo de jovens parte em diversas direções, em duplas, de Les Halles, no centro de Paris. Eles carregam grandes cartazes pretos de papelão e panfletos verdes com os dizeres "Eu não deixo os outros escolherem meu deputado do Parlamento Europeu". Nos cartazes estão citações controversas de parlamentares europeus, para motivar os passantes a uma discussão, por exemplo, sobre a política migratória.

Porém aquilo que parece óbvio para esses ativistas, que a Europa é importante para a juventude, não ocorre a todos os jovens franceses. Pois quase um terço deles está desempregado, muitos se sentem desamparados na União Europeia e não veem sentido nas próximas eleições.

Uber: assim começam as greves do futuro


Precariado fez, em 8/5, o primeiro protesto global contra o poder “invisível” das empresas-aplicativos. Em SP, dois pesquisadores apostam, após dezenas de entrevistas: surgem, em meio à ultra-exploração, novas formas de resistência


No último dia 8 de maio, motoristas “parceiros e parceiras” que trabalham nas principais empresas de transporte de passageiros por aplicativo como Uber, Cabify, 99 e Lyft realizaram uma grande manifestação global por melhores condições de trabalho. A data escolhida pela legião de trabalhadores e trabalhadoras para a realização dos protestos foi um dia antes de a maior empresa do setor, a Uber, estrear seus papéis na bolsa estadunidense.

As manifestações aconteceram em cidades dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Austrália, Nigéria, Quênia, Chile, Brasil, Panamá, Costa Rica e Uruguai. Em Nova Iorque, estima-se que 10 mil motoristas participaram da manifestação que contou com carreatas, protestos do lado de fora dos escritórios tanto da Uber como da Lyft, ambos no mesmo edifício no Queens, além de outro grupo que protestou em frente a Bolsa de Valores de Nova York. Em Los Angeles, várias dezenas de carros partiram do aeroporto internacional para uma carreata pela cidade e inúmeros motoristas desligaram seus aplicativos por 24h. Na Inglaterra, motoristas de Londres, Birmingham, Nottingham e Glasgow suspenderam os serviços entre 7h e 16h e os escritórios da empresa também foram alvos de protestos.

Eleições europeias em Portugal podem rondar os 70% de abstenção


As eleições europeias estão a decorrer desde as 8 horas, seis horas volvidas o sinal de aumento da abstenção à presença no ato de votar è sensivelmente superior aos números das eleições anteriores.

A tendência dos eleitores portugueses continua a ser a mesma em eleições europeias, participarem cada vez em menor número. Às 12 horas de hoje, quatro horas depois das secções de voto abrirem, somente 11,56% dos eleitores portugueses tinha votado. Nas eleições anteriores, no mesmo período, foram votar 12,14%. Um pouco mais.

É muito provável, seguindo o raciocino das tendências, que até ao final do dia a abstenção se mantenha em números muito menores que nas eleições anteriores e até nem chegue aos 30% de votantes.

Perante este quadro, os políticos insistem em apelar ao voto. Marcelo Rebelo de Sousa também o fez, tendo manifestado a sua preocupação e afirmando que com tantos abstencionistas esses mesmos perdem o direito de criticar os políticos…

Portugal | Polícias exigem cabeça de dirigente sindical que denunciou racismo


Manuel Morais, 53 anos, agente do Corpo de Intervenção e vice-presidente do maior sindicato da PSP, provocou uma onda de contestação interna ao alertar para o "preconceito racial" nas polícias. E já há uma petição pública contra o agente.

Quem não está connosco está contra nós - é o que fica subjacente no texto de uma petição pública a exigir a "demissão imediata" de Manuel Morais, 53 anos, agente do Corpo de Intervenção, da vice-presidência da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), o maior sindicato da PSP.

A ASPP, sabe o DN, vai ceder à pressão e aceitar a demissão do seu dirigente histórico, que há 30 anos faz parte da direção deste sindicato, e ousou reconhecer a existência de racismo nas polícias.

Morais tem alertado para a necessidade de "desconstruir" o preconceito racial "na sociedade em geral", assumindo que o racismo e a xenofobia existem também nas forças de segurança.

Portugal visto como um país mais corrupto do que a média europeia


O índice da perceção de corrupção mostra que Portugal é visto como tendo administrações públicas mais corruptas do que, por exemplo, o Chile ou os Emirados Árabes Unidos.

Portugal é visto como um país mais corrupto do que a média europeia, de acordo com o Índice de Perceção da Corrupção que foi divulgado esta quarta-feira pela organização não governamental Transparency International. Dos 180 países e territórios avaliados de acordo com a perceção do seus níveis de corrupção, Portugal fica em 29.º lugar, com a Nova Zelândia em 1.º e a Dinamarca em 2.º.

O índice usa uma escala de 0 a 100 para classificar o nível de corrupção que é percecionado no setor público de diferentes países. Enquanto zero representa um país totalmente corrupto, 100 é um país visto como livre de corrupção.

Antigo sem-abrigo denuncia “negócio da pobreza”


Daniel Horta Nova, um antigo jornalista em vários jornais diários do Porto, caiu na rua e tem lutado não só para dar conta da sua experiência quando foi sem--abrigo, como para auxiliar as cerca de cinco mil pessoas que estão agora nessa situação. 

Em 2017, Daniel Horta Nova percorreu de bicicleta o país de norte a sul e fez um levantamento exaustivo da realidade, tendo já no final desse périplo entregue na Assembleia da República um abaixo-assinado com propostas para erradicar tal problema.

O antigo jornalista concluiu que “o fenómeno dos sem-abrigo constitui um negócio para bastantes Instituições Particulares de Solidariedade Social, mas não só”. “Há instituições a fazerem diariamente telemarketing e a convencer os idosos a doarem o que quiserem, desde cinco euros a dois mil euros, por exemplo, invocando ser para apoiar os sem--abrigo, mas ninguém sabe qual o verdadeiro destino da maioria desse mesmo dinheiro”, afirma Daniel Horta Nova, reclamando “a extrema necessidade de tais instituições serem fiscalizadas, porque as contas, no final, muitas vezes não batem certo”.

“A maioria das instituições limita-se a distribuir comida e alguns produtos de higiene de que são meros intermediários, mas não fazem mais nada, preferem manter as coisas como estão, não só porque dão trabalho a resolver, como porque lhes interessa manter este estado de coisas. Até para não aumentar as taxas de desemprego convém que fiquem ocultos”, reforça o ativista, que tem fundado várias instituições para estudar a situação das Vidas (Sem) Abrigo e em especial para tirar da rua quem ali caiu e vai sobrevivendo no esquecimento.

Eleições Europeias | Portugueses já estão a votar


As assembleias de voto para eleger os deputados ao Parlamento Europeu abriram hoje, às 08:00, em Portugal continental e na Madeira, e funcionam sem interrupção até às 19:00.

Nos Açores, a votação também se realiza entre as 08:00 e as 19:00 locais (09:00 e 20:00 de Lisboa, devido à diferença horária de 60 minutos).

Em Portugal, estão recenseados cerca de 10,7 milhões de eleitores para a votação de hoje, mais de um milhão do que na anterior eleição para o Parlamento Europeu, em maio de 2014.

Cerca de 400 milhões de eleitores dos 28 países da União Europeia elegem os 751 lugares do Parlamento Europeu, Portugal elege 21 deputados.

Em Portugal concorrem 17 forças políticas, mais uma do que em 2014.

Lusa | Notícias ao Minuto | Foto Reuters

O caminho que não deu certo


A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou quinta-feira (24) a renúncia ao cargo de líder do Partido Conservador, abrindo, assim, caminho para a troca do comando do país.

Até à escolha do novo dirigente partidário, May continuará na liderança.

Os rumores sobre a possível demissão de May estavam circulando há muito tempo, mas intensificaram-se nos últimos dias, com membros do seu gabinete voltando-se contra ela, após a proposta de fazer um segundo referendo sobre o Brexit em maio.

Sputnik

A quem, quando e porque é que EUA fornecem armas?


Miroslav Lazanski*

Washington decidiu inesperadamente fornecer à Grécia 70 helicópteros multiusos OH-58 Kiowa e mais um helicóptero de transporte militar pesado CH-47 Chinook. Este é um lote sem precedentes de helicópteros americanos que nenhum outro país do mundo jamais recebeu. Qual é a razão desta iniciativa inesperada dos EUA?

O desejo da Turquia de comprar sistemas de defesa antiaérea S-400 russos e a recusa de Ancara em obedecer às exigências dos EUA de desistir de comprar armas russas é provavelmente a razão para a benevolência dos EUA em relação à Grécia. Mesmo no passado, quando as relações de Washington com Ancara ou Atenas entravam em crise, os EUA "corrigiam a questão" fornecendo armas ao outro lado, o que era comunicado diretamente a estes países.

Um dos instrumentos da política externa dos EUA é a política de venda de armas, bem como a estratégia de dá-las a outros países. Um pouco para os gregos, um pouco para os turcos, dependendo de que lado tem obedecido melhor ao "grande chefe" de Washington. O mesmo se pode dizer da política dos EUA no domínio do fornecimento de armas ao exército croata. Os americanos, naturalmente, não gostam do fato de a Rússia doar armas à Sérvia.

A WikiLeaks responde à acusação de espionagem contra Assange

Um acto sem precedentes de ataque à liberdade de imprensa

WikiLeaks

A administração Trump lançou um ataque sem precedentes à liberdade de imprensa global, revelando 17 acusações sob a Lei da Espionagem que implicam 175 anos de prisão contra o editor da WikiLeaks, Julian Assange. As acusações relacionam-se a revelações de crimes de guerra e abusos de direitos humanos pelo governo dos EUA, incluindo o vídeo pioneiro do Assassinato colateral, Diários da Guerra Afegã, Cablegate e o Manual para detidos na Baia de Guantanamo, publicado em 2010 e 2011.

A acusação do Departamento da Justiça dos EUA declara que "Assange, Manning e outros partilham o objectivo de promover a missão da WikiLeaks como uma "agência de inteligência dos povo", ... a fim de revelar informação para o público e inspirar outros com acesso à mesma a fazer o mesmo". Com esta acusação, a administração Trump procura fazer exactamente o oposto: estropiar a liberdade de imprensa e enviar uma mensagem de que nenhum jornalista que mereça esse nome está seguro contra represálias. 


O Departamento da Justiça quer aprisionar Assange por crimes alegadamente cometidos fora do Estados Unidos. A aplicação extra-territorial da lei estado-unidense é explícita ao longo da acusação ("numa ofensa começada e cometida fora da jurisdição de qualquer estado ou distrito particular dos Estados Unidos"), portanto classificando qualquer território no mundo como sujeito à lei dos EUA.

Livre circulação de pessoas entre estados-membros é o "grande desafio" da CPLP


Lisboa, 25 mai 2019 (Lusa) -- O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que o "grande desafio" da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é a livre "circulação de pessoas" entre os estados-membros, ambição que deve ser elevada "à máxima potência".

Durante uma intervenção no 1.º Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa, a decorrer em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a "presidência cabo-verdiana [da CPLP], conjuntamente com Portugal e outros estados-membros, agarrou como uma das bandeiras dessa presidência a circulação de pessoas" entre os países que integram a comunidade.

Para o chefe de Estado português, esse "é outro grande desafio" da CPLP e, dirigindo-se ao vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, considerou que esta "ambição deve ser elevada à máxima potência", uma vez que "aqui se joga muito do futuro da comunidade".

No fórum, promovido pela delegação do Centro e do Alentejo da Ordem dos Economistas e pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, Olavo Correia abriu o painel dedicado ao papel dos países de língua oficial portuguesa na economia global.

Criação de Banco de Desenvolvimento da CPLP pode ser discutida em julho - Cabo Verde


Lisboa, 25 mai 2019 (Lusa) - O ministro das Finanças de Cabo Verde admitiu hoje, em Lisboa, que a proposta para criar um banco de desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode ser discutida pelos Estados-membros da organização, em julho.

Em declarações à Lusa, à margem do 1.º Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa, que decorreu hoje em Lisboa, onde Olavo Correia participou também como representante da presidência rotativa da CPLP, que neste momento é de Cabo Verde, o ministro disse: "Queremos levar a ideia [da criação do Banco] para a reunião [de ministros dos Negócios Estrangeiros, a decorrer em julho]. Não para decisão, mas para ser discutida".

"Nós queremos desenvolver essa proposta, em parceria com os demais países. A liderança de Cabo Verde vai colocar isto sobre a mesa (...), brevemente", assegurou, mas ressalvou que cabe ao Presidente da República do seu país avançar com essa proposta.

Região da Grande Baía é um mar de oportunidades - Presidente do BNU


Macau, China, 26 mai 2019 (Lusa) - O presidente do BNU em Macau disse à Lusa que a região é "um mar de oportunidades" e vincou que o projeto da Grande Baía configura "uma explosão de oportunidades nos próximos dez anos".

"O projeto da Grande Baía é um mar de oportunidades para quem quiser vir para Macau; um dos pilares é Macau ser o centro mundial de lazer, e o segundo é ser uma plataforma de negócios entre a China e os países de língua portuguesa", disse Carlos Álvares, em entrevista à Lusa na sede do BNU, em Macau.

"O BNU pode ser um congregador de esforços e um potenciador de negócios entre Portugal e Macau e a China, e estamos investir bastante nisso; para além da proximidade que temos com o Fórum Macau, estamos a tentar fazer o mesmo com a AICEP e a agência de captação de investimento de língua portuguesa, para mostrar as oportunidades de negócio na Grande Baía", acrescentou o responsável.

Debate sobre difamação nas redes sociais em Timor-Leste exige prudência -- Ramos-Horta


Díli, 24 mai 2019 (Lusa) -- O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta defendeu hoje que os líderes políticos devem atuar com prudência e equilíbrio para garantir medidas contra a difamação e insultos nas redes sociais e media tradicionais sem pôr em risco a liberdade de expressão.

"É preciso reflexão e verdadeira prudência para que o combate à calúnia, à difamação gratuita, não seja também desculpa e instrumento para depois coartar a liberdade de imprensa e de expressão", afirmou o ex-chefe de Estado em declarações à Lusa.

Uma troca de insultos, visando especialmente o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo, de um lado, e o ex-Presidente e líder do maior partido da coligação do Governo, o CNRT, Xanana Gusmão, reacenderam o debate sobre os insultos nas redes sociais em Timor-Leste.

"Creio que é preciso não encolher os ombros face ao impacto nefasto das redes sociais na sociedade", afirmou Ramos-Horta. "São indivíduos que usam as redes sociais, mas o debate aqui também decorre porque há grupos que usam o online, partidos políticos que usam as redes sociais para difamar o chefe de Estado, insultos de toda a ordem", disse.

Empresa chinesa interessada em ligações aéreas entre Díli e várias cidades


Díli, 24 mai 2019 (Lusa) -- A empresa aérea chinesa Air Travel e a timorense Air Timor assinaram um acordo que permitirá voos diretos entre Díli e Hong Kong e, posteriormente, para outros aeroportos na região, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

Tony Sum, representante da Air Travel disse à Lusa que a empresa terá dentro de dois meses o certificado que lhe permitirá realizar voos internacionais e que a estratégia é começar por Timor-Leste, assumindo uma participação minoritária na Air Timor e fazendo de Díli a sua primeira base internacional.

O representante da Air Travel participou hoje num encontro com responsáveis da Air Timor, o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, e o ex-Presidente José Ramos-Horta, que está a acompanhar o projeto, cuja concretização depende agora de vários passos a dar pelo Governo.

"Está feito um acordo entre a Air Timor e a Air Travel quer permitirá um code-share entre as empresas para que um avião fique estacionado em Díli permitindo ligações com Hong Kong e, posteriormente, com outras cidades na região", disse Ramos-Horta.

"Acompanhei a Air Timor porque tenho andado a tentar ajudar o país a encontrar uma solução para o atual isolamento em que vivemos", disse o ex-chefe de Estado explicando que não tem qualquer envolvimento no negócio.

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