No seu primeiro dia de trabalho, 20 de maio, o presidente Zelenski
instou os deputados para trabalharem na Lei de Abolição da Imunidade
Parlamentar, na Lei sobre a responsabilidade penal e enriquecimento ilícito, na
Lei Eleitoral e nas destituições do Chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia e
do Ministro da Defesa da Ucrânia, em dois meses. Mas foi a dissolução da Verkhovna
Rada, o Parlamento ucraniano, que gerou polémica. Nas suas palavras, “dissolvo a oitava legislatura da Rada Suprema”.
Seu objetivo, com isto, foi o de
antecipar as eleições parlamentares de 27 de outubro para 21 de julho. Com sua
popularidade em alta, Zelenski quer aproveitar o momento para seu Partido, o Servo
do Povo, que ainda não tem representação no Parlamento, conseguir formar
uma base de apoio ampla. A aprovação de reformas prometidas em campanha depende
disto e pesquisas recentes apontam que o Servo do Povo está muito à frente dos demais Partidos.
Sem maioria parlamentar não há
grandes chances de aprovar reformas necessárias para alavancar a economia e a
câmara é atualmente dominada por aliados de Poroshenko, o ex-Presidente. Para
seus opositores, Zelenski violou a Constituição ucraniana ao
dissolver a Verkhovna Rada. Mas, apesar disso, líderes do bloco de Petro
Poroshenko e da Frente Popular aceitaram participar das eleições para 21 de julho.