terça-feira, 31 de março de 2020

160 mortos e 7443 casos de covid-19 em Portugal. Mais de mil infetados em 24 horas


A atualização é feita pela Direção-Geral da Saúde no boletim epidemiológico, desta terça-feira (dia 31).

No último dia, foram confirmados mais 1035 casos de covid-19 em Portugal e 20 mortes, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta terça-feira (31 de março), que inclui os dados recolhidos até às 24:00 de segunda. O país tem agora 7 443 infetados (a maioria na região norte) - mais 16% que ontem -, 160 mortes registadas e 43 recuperados.

Estão internadas 627 pessoas, 188 nos cuidados intensivos. Aguardam resultados laboratoriais 4610 cidadãos e outras 19260 estão em vigilância pelas autoridades de saúde (ou seja, recebem contactos regulares de profissionais por terem estado numa zona de risco ou terem estado com alguém infetado).

Dupla contagem dos casos no Porto

O número de infetados pelo novo coronavírus do Porto disparou, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados na segunda-feira. O concelho registou um aumento de 524 casos em 24 horas, passando de 417 para 941 infetados. Estes dados podem, no entanto, estar errados, avançou o JN e confirmou o DN. Isto porque o aumento ultrapassaria não só o total da região norte, como aquele que foi registado em 24 horas em todo o país: mais 446 casos. Estes números fizeram com que Graça Freitas reconhecesse a possibilidade de criar um cordão sanitário no Grande Porto, em Gaia, Maia e Gondomar, hipótese mal recebidas pelos autarcas.

É a própria DGS que admite a possibilidade de estar errada a contagem do número de infetados no Porto. Ao JN e ao DN, a DGS explicou que está a ser utilizada uma "metodologia mista", que recolhe dados reportados pelas administrações regionais de saúde e pela plataforma Sinave (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), na qual os médicos inserem a informação sobre os doentes. "O universo pode ser indevidamente maior do que o número de casos por dupla contagem", adianta fonte da DGS.

A autoridade de saúde nacional refere que partir desta terça-feira serão utilizados apenas os dados do Sinave, deixando de ser tidos em conta os dados reportados pelas autarquias. Mas desta forma podem ser reportados apenas 70 a 75% do total de casos no país.

Mais de 38 mil mortos no mundo

São 38 720 mortes, 799 710 casos confirmados e 169 976 recuperações de covid-19 no mundo inteiro, de acordo com os dados oficiais, consultados às 11:30 desta terça-feira.

Os Estados Unidos da América são o país mais afetado (164 359 casos e 3173 mortes), com os pedidos de ajuda a multiplicarem-se. "Por favor, venham para Nova Iorque ajudar-nos. Agora", pedia aos profissionais de saúde ontem o governador nova-iorquino, Andrew Cuomo, perante um "aterrador" número de mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Segue-se Itália com 101 739 pessoas infetadas e um total de 11 591 mortos (o maior número de óbitos do mundo). E em terceiro lugar está Espanha, que voltou a bater um novo recorde de mortes nas últimas 24 horas: números oficiais do ministério da Saúde divulgados esta manhã apontam para 849 óbitos declarados. Ao todo, já morreram 8189 pessoas e há 94 417 casos de coronavirus diagnosticados. Madrid é a cidade mais afetada.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos). E acima de tudo: fique em casa.

Rita Rato Nunes | Diário de Notícias 

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