Martinho Júnior, Luanda
Num momento em que os angolanos
tanto se devem a si próprios e humildemente à humanidade.
Num momento em que nada deve
ficar para trás aprofundando-se de forma tão consensual como dialogante as
questões essenciais que se prendem à nossa independência, à nossa soberania, à
nossa dignidade e ao nosso futuro.
As obrigações que emergem de
Bicesse devem pugnar na via duma lógica com sentido de vida, pela necessidade
premente duma geoestratégia para um desenvolvimento sustentável e pela ampla
cultura de inteligência patriótica que nos deve colectivamente guiar!
A antropologia cultural deve
nortear o sentido da nossa existência individual e colectiva como nunca,
iluminando nossas vocações e nossos actos, por que nós agora somos nós mesmos e
face ao presente e ao futuro, olhos nos olhos com as gerações que nos seguem,
temos a responsabilidade civilizacional de não falhar!
A paz e a felicidade só se podem
extensivamente garantir e persistir, se intimamente associadas à busca
constante de justiça social e de identidade colectiva, com garantia de
colectiva e consolidada segurança vital!...
01- Tem havido a noção que as
gerações que estão no fim e lutaram tão legitimamente pela autodeterminação,
pela independência, pela soberania de Angola, pela dignidade de África
respeitando toda a humanidade e pela vida, devem ser mobilizadas para darem a
conhecer o seu testemunho vivencial sobre sua trajectória de vida e sobre sua
própria dádiva humana em prol dessa luta transformada em torrente de África e
de Angola… (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/02/angola-em-saudacao-martinho-junior.html).
Todavia o que se deve pedir a
essas gerações, é muito mais que isso:
Com tanta experiência acumulada
em suas vidas, em tantos casos decisiva experiência que se constitui num fio de
coerência para com a necessidade de rumo da pátria angolana e para com África,
afinal o que elas responsavelmente têm a transmitir século XXI adentro, que
deva visar colocar as gerações presentes e futuras do continente-berço no lugar
que legitimamente lhes compete no quadro duma muito mais justa, equilibrada e
feliz humanidade?! (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/60824-sob-o-olhar-silencioso-de-agostinho-neto-martinho-junior.html).
Essa perspectiva obriga a deveres
muito mais alargados e densos dos que até agora têm sido sequer inventariados,
por que esses deveres inexoravelmente se cruzam com os direitos mais legítimos
e saudáveis que nutrem as futuras gerações e as aspirações globais à
civilização, pondo finalmente fim à barbárie! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/a-paz-impoe-outra-percepcao-sobre.html).
02- Em termos de antropologia
cultural essência de perspectiva do que se deve fazer em relação ao futuro,
está-se em pleno vazio!...
Por essa razão, enquanto os
angolanos não acordarem e reflectirem antropologicamente sobre si mesmos, são
demasiados os acomodados e são ainda raríssimos os incomodados, apesar da
preocupação justa do Presidente João Lourenço em “nada ficar para trás”!...
Os antigos combatentes e
veteranos da pátria, deveriam ser dos principais incomodados em relação ao
futuro!
A prova está nas linhas de
pensamento económico face às questões que a sociedade angolana deve colocar na
perspectiva do futuro:
As abordagens respondem de forma
consumista às questões massivamente induzidas por via neoliberal no seguimento
de Bicesse há 29 anos e nada reflectem ainda sobre a responsabilidade colectiva
em relação às classes e comunidades sociais mais desfavorecidas no ambiente
rural, que sobrevivem desde sempre num estágio produtivo induzido à recolecção,
ou a uma economia familiar de autossubsistência e pouco mais!
Diversificar a economia, sem
levar em linha de conta a lógica com sentido de vida assente num abrangente
pensamento prospectivo de antropologia cultural e desenvolvimento sustentável,
está a impedir que “nós sejamos nós mesmos”!
Lutar contra o subdesenvolvimento
crónico resultante do passado eminentemente colonial-opressivo, é o resgate
maior que se impõe em nome da dignidade, em nome da solidariedade, em nome do
amor coletivo e da vida!
Esse desiderato é tanto mais
exequível, quanto nos relacionamentos internacionais Angola começa a estar num
nível filosófico-doutrinário bastante mais coerente e digno, procurando superar
atavismos recentes! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/a-paz-impoe-outra-percepcao-sobre.html; http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/angola-defende-na-onu-fim-de-conflitos-armados).
Quanto afinal continua a “ficar
para trás”? (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/pr-apesar-da-pandemia-da-covid-19-nada-deve-ficar-para-tras).
03- A 1 de Dezembro de 2012 foi
publicado o primeiro texto da série “A lógica com sentido de vida”,
debruçando-se de forma inspiradora sobre “o maior segredo da revolução
cubana”, que mantém actualidade e oportunidade, evidenciada agora de fresco
face à pandemia em curso que integra a panorâmica da profunda crise global
redundante do capitalismo neoliberal e especulativo. (https://paginaglobal.blogspot.com/2012/12/a-logica-com-sentido-da-vida-i.html).
Já nessa altura evidenciava-se a
necessidade de nos voltarmos reflexiva e conscientemente sobre nós mesmos (o
que obriga ao conhecimento em termos de antropologia cultural dimensionada para
os processos produtivos na relação homem-ambiente em Angola e em África):
… “Perante um bloqueio
avassalador aplicado pelo império, Cuba voltou-se sobre si mesma e não perdeu
tempo: auto-descobriu-se e transformou em conhecimento adquirido e sustentável
as potencialidades humanas e as da natureza, de forma a conduzir uma sociedade
traumatizada por tudo o que representava a ditadura de Fulgêncio Baptista
forjada numa ditadura sustentada numa lógica capitalista selvagem, numa
sociedade capaz de resistir, capaz da dignidade ao mesmo tempo e de
solidarizar-se com os povos oprimidos de todo o mundo, na esteira do resgate
das nações surgidas da escravatura, desde os alvores do capitalismo moderno”…
… “Nada pode substituir o
esforço para nos conhecermos, humanamente nos conhecermos, conhecer as nossas
potencialidades, capacidades, aptidões e anseios, como conhecer o nosso espaço
físico-geográfico, conhecer o nosso país, a começar pelos lugares mais
inacessíveis e difíceis, por que só assim se poderá melhor construir a
identidade nacional, valorizar-se uma pátria para todos, sustentável também no
respeito pela natureza.
Esse esforço nunca será em vão
pois o inventário humano e o dos recursos físico-geográficos e naturais é
fundamental para, de forma cada vez mais inteligente, se poder programar a
sustentabilidade integrada da vida, por muito duras que sejam as condições,
inclusive quando essas condições são as de um bloqueio tão feroz e prolongado
como o imposto a Cuba, um bloqueio acrescido por todo o tipo de ingerências,
provocações e terrorismo!
Toda a nação se deve transformar
assim numa grande escola, que nos motiva para a reflexão, para o conhecimento e
para humanizarmos a sociedade, respeitando a Mãe Terra, pelo que toda a
planificação deve ser feita exclusivamente com base nos recursos, tendo em
conta a sustentabilidade, única garantia de respeitarmos de forma abrangente e
integrada, a lógica com sentido de vida”…
Desde então o tema não mais foi
abandonado directa ou transversalmente em muitos textos, na espectativa dos
angolanos acordarem descobrindo-se a si próprios e ao ambiente
físico-geográfico que os cerca…
Quase oito anos depois, até agora
resposta alguma mereceram e por isso tem sim, ficado para trás por que as
visões economicistas a curto prazo têm predominado e sido privilegiadas, no
quadro das visões consumistas e egoístas que ofuscam e prevalecem apesar do
alargado impacto da crise.
As ingerências e manipulações
externas, em grande parte filtradas pelas comunicações internacionais e algumas
internas, têm tido um espaço incomensuravelmente maior do que essas
preocupações no âmbito da lógica cm sentido de vida, na perspectiva duma
geoestratégia para um desenvolvimento sustentável, ou correspondendo a um
critério republicano de cultura de inteligência patriótica!
Quando os angolanos deveriam
estar a ganhar consciência, sabedoria e capacidade para se abrirem a doutrinas
justas, legítimas e por si criadas sobre si próprios, a mentalidade que se
arrasta por décadas, quantas vezes formatada do exterior para o interior do
país, amarra-os aos labirintos capitalistas do costume e ao paradigma colonial
sobre a estratégia de desenvolvimento do país!
04- A 25 de Janeiro de 2016 e
para que não se pensasse que estaria a abordar no abstracto as questões de
essência da lógica com sentido de vida, os conceitos expostos foram
substantivamente reforçados com as abordagens referentes a uma “Geoestratégia
para um desenvolvimento sustentável” que pode e deve ser aferida a Angola
e a todo o continente, em reforço das medidas de busca incessante de paz em
benefício da vida! (https://paginaglobal.blogspot.com/2016/01/geoestrategia-para-um-desenvolvimento.html).
Recordo esta curta síntese:
“A planificação geoestratégica do
território tem obrigatoriamente que contar com uma outra abordagem em relação
aos recursos hídricos do interior, uma planificação que irá influir nas
planificações da economia diversificada que prime pela sustentabilidade e pelo
respeito para com o homem e a natureza, que tenha como principal sustentáculo a
agricultura e a pecuária, algo que já fazia parte das preocupações de Agostinho
Neto.
A água é vida e por isso garante
de todo o tipo de recursos, o que é tão importante para África, que assiste à
expansão das áreas desérticas sobretudo a norte do Equador.
Cuidarmos geoestrategicamente da
água em Angola é um primeiro passo decisivo para garantirmos sustentabilidade à
vida, garantindo ao mesmo tempo desenvolvimento e um futuro bonançoso para as
gerações vindouras!
A presente situação que o país
atravessa merece respostas adequadas em relação aos termos da planificação
geoestratégica integrada e os rios angolanos permitem-nos, na plasticidade da
distribuição dos recursos hídricos, indicar o caminho para melhor pensar Angola
como nunca antes ela foi antes pensada, ou equacionada!”…
A água interior é vital para
garantir o futuro com desenvolvimento sustentável e Angola, sobre esse tema, é
urgente gerar uma plataforma geoestratégica comum, desde logo entre Energia e
Águas e o Ambiente!... (https://www.minea.gv.ao/index.php/component/content/article/92-subsector-das-aguas/90-angola-na-conferencia-sobre-agua-e-desenvolvimento-sustentavel?Itemid=490).
De facto “Zelar pelos nossos
rios é zelar pela vida” seguindo o critério de segurança vital garante de
futuro para as próximas gerações e a muito longo prazo!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/zelar-pelos-nossos-rios-e-zelar-pela.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2018/03/vencer-assimetrias-i.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2018/03/vencer-assimetrias-ii-continuacao.html).
As trilhas economicistas que
prevalecem mantêm o paradigma das respostas e são elas provavelmente os
principais factores inibidores às questões levantadas e no entanto, em função
da legítima preocupação Presidencial, “nada (pode) ficar para trás”!... (https://www.peaceparks.org/).
Também por essa razão, as
concepções elitistas (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/66862-arde-angola-i-martinho-junior.html)
sobre os cinegéticos espaços físico-geográficos de África e muito
particularmente os que se expandem em fronteiras multinacionais, continuam a
receber toda a prioridade, (http://www.kavangozambezi.org/index.php/en/; https://isgp-studies.com/1001-club-of-the-wwf; https://www.internationalconservation.org/africa/international/iccf-hosts-high-level-parliamentary-delegation-from-angola; http://jornaldeangola.sapo.ao/sociedade/parques-nacionais-sao-geridos-por-americanos-e-sul-africanos)
ao invés da premente necessidade de controlo e gestão das nascentes, no caso
angolano incidindo a atenção dos angolanos na geoestratégica região central das
grandes nascentes, num raio de 300km em torno do marco geodésico de Camacupa! (http://m.redeangola.info/roteiros/marco-geodesico-de-angola/; http://www.expansao.co.ao/artigo/118566/camacupa-um-municipio-maltratado-desdenhado-asfixiado-?seccao=7; http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/centro_geodesico_de_angola_e_reactivado; https://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/revitalizar-paz.html).
Combater a desertificação está a
implicar uma ampla tomada de medidas, determinante para a retenção por via da
construção de barragens, dos cursos de rios, inclusive os rios que têm curso
subterrâneo em época de cacimbo (ouedes); há exemplos concretos, conforme o
projectado para o sudoeste de Angola! (https://vanguarda.co.ao/sociedade/angola-apresenta-projecto-para-seis-novas-barragens-na-provincia-do-namibe-CF733499).
Este é um assunto tanto mais
pertinente, quanto se reconhece o avanço da desertificação em Angola!... (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/ambiente/2015/5/25/Desertificacao-afecta-provincias-Angola,292ad6eb-854b-4a69-8428-6ef903853561.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2017/05/angola-deve-reequacionar-as-abordagens.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2019/06/angola-aprender-reinterpretando.html).
05- A 4 de Dezembro de 2018, em
jeito de corolário dessas duas questões que se prendem tanto à lógica com
sentido de vida, quanto à necessidade premente duma geoestratégia para um
desenvolvimento sustentável, começou-se a abordar o outro ângulo da trilogia
das preocupações: “Fazer fermentar uma cultura de inteligência patriótica”!
(https://paginaglobal.blogspot.com/2018/12/angola-fazer-fermentar-uma-cultura-de.html).
Nessa altura equacionava com
humildade e coerência:
“Tenho vindo a abordar a
necessidade duma GEOESTRATÉGIA PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, procurando
fundamentar com várias linhas de conhecimento e acção que se abrem aos nexos
entre o espaço físico-geográfico-ambiental-hidrográfico, com o homem e os factores
humanos, a partir de razões causais e acompanhando sempre os seus efeitos numa
dialética compreensão.
De facto a antropologia
(entenda-se antropologia cultural), não tem merecido a atenção que se lhe deve
dar, pois a luta contra o subdesenvolvimento é um longo processo de superação
cultural inteligente e patriótico, obrigando à pertinente escolha de opções
face aos desafios e riscos, a prazos muito dilatados, sobretudo se houver
atenção em relação à necessidade de controlar a água interior do espaço
nacional, o que jamais foi feito em termos científicos e investigativos por
parte dos angolanos.
Esse é um exemplo do que está em
aberto, ou seja, do imenso resgate de conhecimento científico e investigativo
que há a realizar, desde logo sobre o próprio espaço nacional por parte dos
angolanos, que não só não o conhecem, como desconhecem as questões de
antropologia cultural que explicam a situação anterior, corrente e futura das
muitas comunidades rurais e urbanas nacionais.
Capacidade dialética de
interpretação, capacidade para potenciar amplos e abrangentes dinamismos,
capacidade para estabelecer consensos, gerar a plataforma duma cultura de
inteligência patriótica, vai obrigar muitos organismos nacionais, do estado e
privados, a uma outra filosofia que seja ao mesmo tempo garante de mobilização
para se fazer face ao subdesenvolvimento crónico que advém das trevas do
passado!”…
Também essa questão-corolário da
trilogia tem merecido um relativo silêncio, apesar de se levantarem algumas
sugestões concretas que o tema obriga!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/09/longa-luta-pela-civilizacao-em-angola.html; https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/109338-angola-agora-nos-somos-nos-mesmo.html).
Para muitos o que tem havido é a
banalização do sector da cultura, de facto muito longe substantivamente do que
ela pode e deve ser!... (https://www.ongoma.news/artigo/a-banalizacao-do-sector-da-cultura-em-angola).
06- Confinar numa cerca de inação
as abordagens paulatinamente expostas à medida que se vão conhecendo cada vez
mais e a um ritmo nunca antes registado, os parâmetros dos riscos que pendem
sobre a espécie humana em função do desrespeito irracional para com o planeta,
pode sugerir que não há abertura para a discussão de doutrinas, filosofias e
ideologias capazes de mobilizar amplamente os esforços do povo angolano a muito
longo prazo partindo de mudanças sensíveis de paradigma, por que parece que
efectivamente se deve continuar a privilegiar iniciativas de carácter elitista,
ou pior ainda, alienações e ilusões redundantes dum passado que tanto diz
respeito à barbárie apesar da mentalidade-padrão não a reconhecer como tal. (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/04/angola-atingimos-o-zero-martinho-junior.html).
O povo angolano está carente de
sua própria criatividade na descoberta que está em aberto sobre si mesmo ao
colocar a antropologia cultural num lugar tão essencial que se mescla com o
conhecimento da natureza, da água interior e da vida. (http://tpa.sapo.ao/noticias/nacional/identificadas-77-bacias-hidrograficas-no-pais).
É de supor assim que há
demasiadas questões que, contrariando a vontade, a energia, o engenho e a arte
do Presidente João Lourenço em abono da vida e da felicidade comum, estão mesmo
e ainda “a ficar para trás”! (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2020/4/22/Integra-discurso-reuniao-com-sociedade-civil-sobre-Covid,eb4f2447-4fbe-483d-814d-2245c73f47ba.html; https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/51682-angola-deserdando-descendentes-martinho-junior.html).
Martinho Júnior -- Luanda, 31 de Maio de 2020
Imagens:
01- O quadrilátero angolano tem
marco geodésico em Camacupa, num raio de 300km estão situadas as principais
nascentes da rosa-dos-rios angolanos, nascentes essa que não estã protegidas ao
nível do que exige a segurança vital do país – http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/centro_geodesico_de_angola_e_reactivado;
02- Marco geodésico de Camacupa,
centro de Angola e da região central das grandes nascentes, que deveria ser
considerada de segurança vital para Angola – https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/ambiente/2018/9/41/Centro-Geodesico-Angola-requer-investimentos,e21e06be-1a88-456b-a07b-59bdabc3f11f.html;
03- Disponibilidade dos recursos
hídricos de Angola – Manuel Quintino – http://www.inrh.gv.ao/;
04- Hidrogeologia de Angola – http://earthwise.bgs.ac.uk/index.php/Hidrogeologia_de_Angola;
05- Las espectaculares
imágenes del agua cayendo por los 100 metros de altura de Las cataratas de Victoria
del río Zambeze, forman ya parte del pasado. Este Patrimonio de la Humanidad (1989) se ha
visto gravemente afectado por las sequías a causa del cambio climático.
Foto:BBC – http://www.cubadebate.cu/fotorreportajes/2020/05/28/que-patrimonios-de-la-humanidad-atesora-africa/#boletin20200528.
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