domingo, 28 de junho de 2020

Almaraz, a central nuclear espanhola que ameaça de catástrofe Portugal


A discussão já tem barbas brancas. A central de Almaraz é um perigo constante que ameaça espanhóis e portugueses em redor. Acresce a possível contaminação radioactiva do rio Tejo e se assim alguma vez acontecer a radioatividade viajará  através das águas do rio que desemboca no Atlântico a seguir a se espraiar em Lisboa, a foz. 

Sobre o assunto os governos portugueses têm sido complacentes perante o absolutismo dos governos espanhóis. A central nuclear já devia ter sido desativada, é a opinião de imensos ambientalistas, mas continua ativa apesar de se arrastar no tempo a sua existência, de avaria em avaria. Até quando? De ameaça em ameaça até à contaminação radioativa final?

Do Diário de Notícias, a propósito, trazemos a notícia em baixo, que consideramos de interesse de todos que vivem paredes meias com o rio Tejo, assim como às cidades fronteiriças próximas da localização da referida central, Castelo Branco e Portalegre e localidades desses distritos. (PG)

Espanha. Central nuclear de Almaraz sofre segundo incidente em cinco dias

A central nuclear de Almaraz, em Espanha, registou um incidente às 03:33 de sábado, no reator da unidade II, sem que haja registo de impactos no meio ambiente ou nos trabalhadores, anunciou o Conselho de Segurança Nuclear (CSN).

CSN explica, num comunicado a que a Lusa teve hoje acesso, que foi notificado pelo proprietário da central nuclear de Almaraz do incidente registado às 03:33 de sábado, no reator da unidade II, que se desligou automaticamente.

"O evento não teve impacto nos trabalhadores, no público ou no meio ambiente. Com as informações disponíveis até ao momento, o incidente é classificado como nível 0 provisório na Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES)", sustenta o CSN.

Em cinco dias, este é o segundo incidente registado na central nuclear de Almaraz.

No dia 22 de junho, às 20:15, a unidade I foi interrompida automaticamente como resultado da ação da proteção de turbinas originárias do gerador elétrico.

A unidade I estava em processo de carregamento, com 51% de energia e, segundo a informação dos proprietários da central ao CSN, não se registaram impactos nos trabalhadores ou no meio ambiente.

A central de Almaraz está situada junto ao rio Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.

Em operação desde 1981 (operação comercial desde 1983), a central está implantada numa zona de risco sísmico e apenas a 110 quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.

Os proprietários da central de Almaraz são a Iberdrola (53%), a Endesa (36%) e a Naturgy (11%).

Diário de Notícias | Lusa

Imagem: A central de Almaraz está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos de Castelo Branco e Portalegre / © Orlando Almeida / Global Imagens

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