A discussão já tem barbas
brancas. A central de Almaraz é um perigo constante que ameaça espanhóis e
portugueses em redor.
Acresce a possível contaminação radioactiva do rio Tejo e se
assim alguma vez acontecer a radioatividade viajará através das águas do rio que desemboca no
Atlântico a seguir a se espraiar em Lisboa, a foz.
Sobre o assunto os governos
portugueses têm sido complacentes perante o absolutismo dos governos espanhóis.
A central nuclear já devia ter sido desativada, é a opinião de imensos
ambientalistas, mas continua ativa apesar de se arrastar no tempo a sua existência, de avaria em avaria. Até quando? De ameaça em ameaça até à contaminação radioativa final?
Do Diário de Notícias, a propósito, trazemos a notícia em baixo, que consideramos de interesse de todos que vivem paredes meias com o rio Tejo, assim como às cidades fronteiriças próximas da localização da referida central, Castelo Branco e Portalegre e localidades desses distritos. (PG)
Espanha. Central nuclear de
Almaraz sofre segundo incidente em cinco dias
A central nuclear de Almaraz, em
Espanha, registou um incidente às 03:33 de sábado, no reator da unidade II, sem
que haja registo de impactos no meio ambiente ou nos trabalhadores, anunciou o
Conselho de Segurança Nuclear (CSN).
CSN explica, num comunicado a que
a Lusa teve hoje acesso, que foi notificado pelo proprietário da central
nuclear de Almaraz do incidente registado às 03:33 de sábado, no reator da
unidade II, que se desligou automaticamente.
"O evento não teve impacto
nos trabalhadores, no público ou no meio ambiente. Com as informações
disponíveis até ao momento, o incidente é classificado como nível 0 provisório
na Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES)", sustenta o CSN.
Em cinco dias, este é o segundo
incidente registado na central nuclear de Almaraz.
A unidade I estava em processo de
carregamento, com 51% de energia e, segundo a informação dos proprietários da
central ao CSN, não se registaram impactos nos trabalhadores ou no meio
ambiente.
A central de Almaraz está situada
junto ao rio Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo
Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa
banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.
Em operação desde 1981 (operação
comercial desde 1983), a central está implantada numa zona de risco sísmico e
apenas a 110
quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.
Os proprietários da central de
Almaraz são a Iberdrola (53%), a Endesa (36%) e a Naturgy (11%).
Diário de Notícias | Lusa
Imagem: A central de Almaraz está
situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos de Castelo Branco e
Portalegre / © Orlando Almeida / Global
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