terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O RELAXE DA UE E O SURTO DE CORONAVÍRUS QUE AMEAÇA A EUROPA


Existem indícios de que na União Europeia o surto de corona vírus foi encarado como problema da Ásia, principalmente da China, não tomando as rigorosas medidas da defesa da saúde dos seus cidadãos. Prova disso é o alastrar da contaminação do Covid-19/Coronavírus por países da UE que neste momento já são cinco com contaminados comprovados e registo de mortes. Concretamente em Itália, com 10 mortes – país europeu até agora mais afetado.

Aprender com a China

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o mundo "simplesmente não está pronto" para combater o vírus. A propósito extraímos da TSF o seguinte: “Citado pela AFP, o chefe de missão da OMS na China afirmou esta terça-feira que o mundo "simplesmente não está pronto" para a disseminação do vírus. 

Bruce Aylward, o especialista que chefiou a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China, pediu aos países que aprendam com a experiência chinesa.

"É preciso estar preparado para administrar isto em larga escala e isso tem que ser feito rapidamente", disse em declarações à imprensa antes de insistir que os países devem "estar prontos como se os fosse afetar amanhã".

Descuido da União Europeia arrisca exponencial surto de coronavírus

Em poucos dias, o Covid-19 propagou-se por Itália provocando 10 mortes. Croácia, Áustria; Espanha e Suíça foram outros dos países europeus a confirmar, esta terça-feira, os primeiros casos de coronavírus.

Número de mortos por coronavírus em Itália sobe para 10

O novo coronavírus já fez dez mortes em Itália. De acordo com as autoridades locais, citadas pelo jornal The Guardian, há mais três mortes confirmadas. Até ao momento foram contabilizados dez mortos e 322 infetados naquele país.

Itália com 283 casos confirmados. Mais 50 desde ontem

As autoridades italianas anunciaram, esta terça-feira, a existência de 50 novos casos de infetados com Covid-19, existindo agora no país um total de 283 pessoas contagiadas em oito regiões diferentes.

Em conferência de imprensa o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, disse que há agora casos do novo coronavirus nas regiões da Toscana e da Sicília.

Espanha confirma o quinto caso de infeção por Covid-19

Trata-se da mulher do médico italiano em isolamento num hospital de Tenerife devido ao coronavírus. Hotel onde estavam hospedados continua em isolamento.

Suíça confirma primeiro caso de coronavírus

O caso foi confirmado pelas autoridade à agência de notícias AFP. Depois de outros países europeus, também a Suíça confirmou esta terça-feira um caso de infeção por Covid-19, na fronteira junto a Itália.

Novo caso suspeito de coronavírus em Portugal

A Direção-Geral da Saúde (DGS) informou, esta terça-feira, que há um novo casos suspeito de infeção por coronavírus em Portugal.

Trata-se de uma pessoa que chegou ao país vindo de Milão, em Itália.

O doente vai ser encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, onde ficará internado e serão realizadas colheitas de amostras biológicas para análise.

DGS em Portugal atualiza definição de casos de coronavírus

A Direção-Geral da Saúde emitiu, esta terça-feira, um documento no qual estabelece os critérios para a definição dos casos de coronavírus no país.


PG com fonte TSF - AQUI

Reino Unido começa a julgar extradição de Assange


Defesa argumenta que fundador do Wikileaks não deve ser enviado aos EUA por risco de suicídio e falta de garantia de um julgamento justo. Acusação, por outro lado, diz que jornalismo não é desculpa para infringir a lei.

Um tribunal em Londres, no Reino Unido, começou a julgar nesta segunda-feira (24/02) o caso de extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, dias após centenas de manifestantes terem protestado na capital britânica por sua libertação.

Em suas declarações de abertura do julgamento, as equipes de defesa e de acusação expuseram seus argumentos, respectivamente contra e a favor da extradição.

Edward Fitzgerald, advogado de Assange, defendeu que seu cliente não deveria ser extraditado para ser processado nos EUA porque não há garantias de um julgamento justo no país norte-americano, e também pelo risco de ele cometer suicídio.

Fitzgerald disse que enviá-lo para os Estados Unidos exporia Assange a tratamentos desumanos e degradantes, além de sujeitá-lo a sentenças e condições de prisão desproporcionais.

Para o advogado, o pedido de extradição feito pelas autoridades americanas foi politicamente motivado. A acusação foi trazida "não com base em novas revelações, mas porque isso se tornou politicamente conveniente e desejável", afirmou.

Ele declarou ainda que a atitude dos Estados Unidos em relação a Assange mudou depois que o presidente Donald Trump chegou ao poder, e que o republicano apenas deseja fazer do australiano de 48 anos um exemplo.

O advogado lembrou que em 2013 o governo americano sob a gestão do ex-presidente Barack Obama decidiu que Assange não deveria enfrentar ações legais. Mas em 2017, após a eleição de Trump em 2016, uma acusação foi apresentada contra o fundador do Wikileaks.

"O presidente Trump chegou ao poder com uma nova abordagem sobre a liberdade de expressão e com uma nova hostilidade à imprensa que equivale efetivamente a declarar guerra aos jornalistas investigativos", denunciou Fitzgerald.

Primeiro-ministro culpa hospital por surto de coronavírus em Itália


Giuseppe Conte sugere negligência de autoridades no norte italiano. País tem mais de 280 casos e reporta primeira infecção ao sul de Roma. Áustria e Croácia registram casos, e Espanha põe hotel em quarentena.

Autoridades italianas informaram nesta terça-feira (25/02) que foram diagnosticados casos do novo coronavírus na Sicília, o primeiro caso ao sul de Roma, e na Toscana, enquanto o país luta para impedir que o surto se espalhe desde sua origem, nas regiões da Lombardia e Vêneto, no norte.

O governador regional da Sicília, Nello Musumeci, disse que uma turista de Bergamo, na Lombardia, havia sido hospitalizada na capital da ilha, Palermo, após ser diagnosticada com a doença e que todos os que viajavam com ela estavam em quarentena. A Toscana reportou seus dois primeiros casos, incluindo um na turística cidade de Florença.

O número de casos na Itália, o país da Europa mais afetado, já passa de 280. Na segunda-feira, eram 229 casos. Quarenta novos casos foram reportados na Lombardia, e nove, no Vêneto. O número de mortes no país permaneceu inalterado: sete.

Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, criticou as autoridades da Lombardia, sugerindo que negligência em um hospital na região pode ter dado impulso ao surto.

Conte acusou um hospital, que ele não nomeou, de não seguir o protocolo correto disse que "isso contribuiu para a propagação", acrescentando que ele pode considerar retirar alguns dos poderes de governos regionais sobre a política de saúde.

Um hospital do povoado de Codogno, que está sob quarentena, tratou um paciente de 38 anos infectado com o vírus, o qual teria contaminado outros pacientes, enfermeiros e médicos. A região da Lombardia acusou o governo italiano de ter fracassado no combate ao surto.

Campanha contra racismo e xenofobia ecoa em estádios alemães


Após insultos contra jogadores, incluindo imitações de macacos, torcedores alemães se posicionam contra o racismo no desporto com cartazes e gritos de "Fora nazis". Que futebolistas sigam o exemplo.

No bucólico Estádio Floresta Negra, pouco antes do jogo contra o Fortuna Düsseldorf no último sábado (22/02), torcedores do Freiburg estenderam um gigantesco banner contra racismo e gritaram a plenos pulmões "Nazis raus" (Fora nazis). Os dizeres da faixa não deixaram dúvidas sobre o teor da manifestação. Ali estava escrito com todas as letras: "Racismo mata. Todos e tudo contra o racismo."

Dois dias antes, por ocasião da partida entre Frankfurt e Salzburg pela Liga Europa, ao final do minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado de Hanau, milhares de torcedores levantaram a voz e também clamaram por "Nazis raus". Esse grito fez-se ouvir não apenas nos estádios, mas também em muitas cidades onde dezenas de milhares de cidadãos foram às ruas para se manifestar contra racismo e xenofobia.

O presidente da federação judaica de ginástica e desportos Makkabi, Alon Meyer, declarou em carta de agradecimento publicada parcial ou integralmente pela mídia, que as manifestações dos torcedores alemães nos estádios representam "um divisor de águas na luta contra o extremismo de direita".  

"Foi um momento grandioso e imponente, que chama à responsabilidade todo o mundo desportivo alemão. É nosso dever como sociedade civil assumir com determinação a luta contra o discurso de ódio. Os adeptos do Frankfurt demonstraram isso de forma notável", disse Meyer.

Trump ordenou à sua administração para usar qualquer ferramenta contra Maduro


Insatisfeito com a "lentidão" da pressão contra Nicolás Maduro, administração Trump "aceita qualquer opção" contra a Venezuela, ponderando inclusive o uso de força militar.

Apesar das sanções contra membros do governo e empresas públicas da Venezuela, além do forte apoio ao líder oposicionista Juan Guaidó, o presidente americano, Donald Trump, estaria insatisfeito com os "lentos" efeitos da pressão contra o presidente Maduro.

Conforme publicou a Bloomberg, citando um funcionário da administração Trump, diversas medidas têm sido consideradas para aumentar a pressão contra Caracas, incluindo ações militares.

'Focos de frustração' 

Entre os atores que estariam atrapalhando a eficácia da pressão americana figura a Espanha.

Conforme contou o funcionário, o governo americano vê a postura da Espanha como muito "complacente" com os aliados de Maduro que alegadamente se dedicam a atividades ilícitas no país.

Além disso, o país europeu seria o maior impedimento na União Europeia para a campanha de Trump contra a Venezuela.

Também as relações da Rússia, China, Cuba e Nicarágua com a Venezuela seriam impedimentos.

'Qualquer ferramenta' 

Com o intuito de pressionar o governo de Maduro, Trump ordenou ao seu governo "usar qualquer ferramenta" a fim de assegurar a realização de "eleições livres e justas" no país.

Entretanto, países latino-americanos que eram céticos sobre a necessidade do uso da força militar contra Maduro no passado, hoje acreditam que tal medida talvez seja necessária, segundo o funcionário.

Sputnik | Imagem: © AP Photo / J. Scott Applewhite

Venezuela | Guaidó acumulou fortuna roubando empresas venezuelanas, diz ex-diplomata


Segundo o professor universitário venezuelano e ex-diplomata Ángel Rafael Tortolero, o autoproclamado presidente interino do país "se veste como um gringo" e toda a sua personagem é "made in USA".

Apesar de centenas de milhões de dólares serem canalizados pelos EUA para a campanha de Juan Guaidó, o autoproclamado presidente interino não cumpriu sua promessa de destituir o presidente venezuelano Nicolás Maduro. O professor e ex-embaixador Ángel Rafael Tortolero Leal explicou o que está por trás do fracasso da escolha americana e para onde o dinheiro foi.

Em conversa com a Associated Press na sexta-feira (21), o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, elogiou o apoio "firme" do presidente norte-americano Donald Trump, e previu mais duras sanções contra o governo de Maduro consequentes a comentários da sua visita de fevereiro à Casa Branca e ao Fórum Económico Mundial.

No entanto, nem tudo é um mar de rosas no campo de oposição de Guaidó em casa, apesar da bravata internacional do autodeclarado presidente interino: em meados de janeiro de 2020, a jornalista venezuelana Fania Rodrigues lançou luz sobre a suspeita de corrupção nas fileiras da equipa de Guaidó, enquanto a oposição do país continua dividida sobre a falta de transparência no que diz respeito à ajuda externa.

Governo dos EUA filtra imigrantes que possam ser "encargo público"


Os imigrantes que optem por residir permanentemente nos EUA, mas que o Governo considere que são um encargo para as finanças públicas, podem ver negado o seu visto, de acordo com uma lei que entra hoje (24.02) em vigor.

A partir de 24 de fevereiro, os imigrantes que queiram residir nos Estados Unidos, que alterem o seu estatuto ou queiram um visto de longa duração estão sujeitos ao escrutínio do Governo norte-americano, que avaliará os encargos que a nova situação envolverá.

A chamada regra do "encargo público" começa a ser aplicada a partir de hoje, depois de duas decisões do Supremo Tribunal dos EUA terem revertido decisões judiciais de tribunais de diversos estados que consideravam ilegal o novo dispositivo de seleção na política de imigração.

A regra não se aplica a quem solicita cidadania, nem é retroativa e também exclui refugiados e exilados, bem como pessoas com proteções migratórias, como as que são concedidas a vítimas de violações de direitos humanos.

À luz do novo regulamento, um imigrante legal será definido como um "encargo público" se receber um ou mais subsídios públicos por mais de 12 meses, durante um período de três anos.

Não é o poder militar do Irão que assusta os EUA


Manuel Raposo [*]

A crise que os EUA abriram com o Irão, levada pela quadrilha de Trump à beira da guerra, não tem nada a ver com o apregoado "perigo" de os iranianos fabricarem uma bomba atómica. Não é que eles não desejassem tê-la — ou que não merecessem tê-la (dizemos nós) para mais eficaz defesa da sua independência, como o caso da Coreia do Norte parece provar. A sanha dos EUA tem outras razões. O que está em causa é o facto de o Irão, nos 40 anos de independência que leva já desde a revolução de 1979, se ter tornado um país livre da tutela imperialista, quer de norte-americanos quer de europeus. Esse é que é o óbice.

A independência permitiu ao Irão, graças sobretudo ao petróleo, um desenvolvimento económico e social que o coloca a anos-luz do que era o país nos tempos do Xá e — apesar da ideologia confessional do regime — a longa distância dos regimes ditatoriais da península arábica, que norte-americanos e europeus tanto cuidam de manter.

Todos os relatórios da Agência Internacional de Energia Atómica — órgão de ONU encarregado de vigiar o cumprimento do acordo firmado em 2015 pelo Irão com os EUA, a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Rússia e a China — atestam que nenhuma violação foi cometida pelos iranianos. Mais: tirando os EUA de Trump, nenhum outro signatário acusou o Irão de faltar aos compromissos. A razão da agressividade norte-americana está pois noutro lado.

A campanha contra o Irão movida pelo governo de Trump, seguido pelo Reino Unido de Boris Johnson, tem um fito muito concreto: impedir que o Irão se torne uma potência regional (desde logo, económica) que altere o chamado "equilíbrio" no Médio Oriente — como já está a acontecer. [1]

Ora, esse "equilíbrio", historicamente montado pelo Reino Unido e depois mantido pelos EUA e seus aliados europeus, é na verdade um desequilíbrio completo de forças para o lado das potências imperialistas, obviamente com os EUA à cabeça. Como é sabido, Israel — que os EUA dotaram de armas nucleares, violando todos os tratados sobre a matéria — e as ditaduras árabes, são os principais sicários do imperialismo na região, encarregados de manter aquele desequilíbrio.

É assim que fontes de energia das mais importantes do mundo se mantêm sob domínio norte-americano e europeu. E que uma presença militar esmagadora se eterniza há décadas por toda a região, em bases terrestres, esquadras, material de guerra de última geração, milhares de homens.

EUA | Sobe para 39 número de americanos repatriados infectados por coronavírus


O Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) confirmou 36 casos de contágio por coronavírus em americanos que estavam no cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena no litoral do Japão. Com outros 3 casos de cidadãos dos EUA infectados na China o número de casos de infectados repatriados subiu para 39.

Mais de 300 passageiros foram transportados de volta para os EUA e permanecem em quarentena por duas semanas em bases militares e hospitais. Alguns pacientes recuperaram e outros estão sendo tratados em unidades especiais de isolamento.

- Em Isto é Dinheiro -- 24/02/20

CARAÇAS


Acima, imagem alusiva ao Carnaval de Veneza, que foi desconvocado oficialmente mas que continua a comemorar-se com centenas ou milhares de pessoas. Muitas centenas na emblemática Praça de São Marcos. Na peça a seguir ao Expresso Curto que se segue alertamos no PG para o que foi divulgado que ocorre em Veneza. Veja no título PG: Global: Covid-19, mais de 80 mil casos | Carnaval de Veneza está imune?

Sobre o Curto de hoje, da autoria de Martim Silva, há um grande abraço ao "escândalo sexual que daria origem ao movimento global de defesa dos direitos das mulheres #MeToo". Como se trata o coronavírus, fique a saber. Itália está em fase crescente relativamente ao Coronavírus, há cidades já isoladas, lá para o sul da "bota italiana". Quer parecer que a UE não se safa da contaminação em grande. Vendo pelos olhos e saber dos economistas e vários outros "istas" o malvado víruscorona/Covid-19 poderá ser uma saída airosa para a economia, quer dizer: para aliviar a pressão das reformas e dos que acorrem aos cuidados de saúde mais insistentemente devido a serem os mais fragilizados. Velhos(as), doentes oncológicos, subnutridos, etc. Vai ser um ar que lhes dá. Ou um vírus. de provável sequência de guerra-biológica. Questões de ótica, dirá um político da atualidade com uma catrefa de competências universitárias e canudos correspondentes (talvez que apensos a cunhas milagroso-económico-partidárias... e outras).

Adiante, porque é carnaval. Festejos pagãos em que brincamos com todos os irmãos. E é assim que nos despedimos desta irmandade. Uns, mascarados todo o ano (já referimos isso uns dias atrás) e outros que nem por isso. A não ser que os semblantes dos cidadãos preocupados sejam considerados máscaras... Não sabemos bem sobre isso. Estamos na época do vale tudo para uns e do não vale nada para outros. Os outros são uma 'enooorme 'maioria. Pois. Sobre Portugal, no Curto. Tudo na mesma, como a lesma. Atualize-se.

Bom dia. Divirta-se com a bagunça de todo o ano porque o carnaval é mesmo isso. Isso e uma grande tourada. Diferente porque raramente investimos contra os algozes bandarilheiros e cavaleiros que nos acossam os lombos e as mentes. Já para não referir o "el contado" que nunca é suficiente para as contas que surgem no final do mês.

Bom carnaval e uma boa caraça/máscara. Caraças. Calma, também estamos a brincar ao carnaval.

PG

Global: Covid-19, mais de 80 mil casos | Carnaval de Veneza está imune?


No Expresso pode inteirar-se do Balanço global do Covid-19, que já ultrapassa os 80 mil casos por todo o mundo. Trabalho aturado dos jornalistas indicados na peça dão-nos conta do panorama a nível mundial. Destaque para o surto na Europa concentra o foco em Itália. Nesse país europeu já foram registada mortes e os infetados constatados ultrapassam em muito mais as 100 vítimas.

Carnaval de Veneza sem controlo

De salientar que ainda ontem, segunda-feira, em reportagem da TSF, foi testemunhado em Veneza a comemoração do famoso Carnaval veneziano que irresponsavelmente estava (está ainda?) a ser desfrutado por milhares de pessoas, entre as quais turistas, sendo que estão incluídos portugueses que brevemente regressarão a Portugal. É facto que as autoridades retiraram das comemorações do evento patrocínios seus, dando-lhe um carater não oficial. Mas é igualmente facto que o Carnaval de Veneza segue de vento em popa com celebrantes italianos e de vários países, numa potencial caldeirada de contágios. Sobre isso nada de relevante em notícias nos proporciona conhecimento de que a promiscuidade das celebrações foi devidamente interrompida. A irresponsabilidade impera em Itália, pelo menos em Veneza, com pertença de responsabilidades aos cidadãos mas principalmente às autoridades que reconhecem aos foliões o direito a eventuais contágio do Covid-19.

Pelo menos em Veneza o risco de contágio é enorme, não só para os italianos mas também para os que nestes dias ali fazem turismo. Cidadãos europeus e de outras nacionalidades que aos magotes celebram o Carnaval. Cidadãos que vão regressar aos seus países sendo portadores do vírus? As autoridades dos países europeus e outros que respondam. Ser otimista não basta. Em Portugal talvez a senhora de Fátima colabore por bem...

Leia no Expresso o ponto da situação pelos países do mundo. Siga o Balanço Global AQUI.


Balanço global do Covid-19 já ultrapassa os 80 mil casos

Com mais de 80 mil pessoas infetadas pelo coronavírus, vários países estão a atualizar diariamente o balanço da doença. Em Tenerife a infeção de um italiano obrigou um milhar de turistas a ficarem fechados no hotel em que estavam alojados. Itália confirmou um primeiro caso na região Sul. E o Irão elevou de 12 para 15 o número de vítimas mortais.

Leia mais em Expresso

Portugal | O provedor da precariedade no Tribunal Constitucional?!


Mariana Mortágua* | Jornal de Notícias | opinião

Na semana passada o PS fez conhecer os dois nomes que indicará para o Tribunal Constitucional. Ao contrário do que aconteceu na anterior legislatura, desta vez o PS dispensou a consulta daqueles a quem chama parceiros, ignorando qualquer negociação com os partidos à sua esquerda. A nomeação, a confirmar-se, resultará na redução da presença de mulheres, mas, além disso, na entrada de Vitalino Canas no Tribunal Constitucional.

Conhecemos bem Vitalino Canas e o seu currículo. Ligado aos interesses económicos de Macau, foi consultor da Fundação Stanley Ho, o magnata dos casinos, fez parte do Conselho Consultivo de uma empresa imobiliária, presidiu à comissão de remunerações e à Assembleia Geral do Banco Português de Gestão (da Fundação Oriente, de que também foi consultor), entre outros negócios. A maior parte destas atividades foi desenvolvida ao mesmo tempo que exercia funções de deputado do PS, ou seja entre 2002 e 2019.

A proximidade de Vitalino Canas ao mundo empresarial foi agora lembrada por outros membros do PS, como Manuel Alegre e Ana Gomes, que criticaram publicamente não só a escolha como método de nomeações em "circuito fechado".

Mas sabendo nós que cabe ao Tribunal Constitucional julgar e defender o interesse público sobre tantas matérias, incluindo as alterações ao Código do Trabalho, há um cargo privado de Vitalino Canas que assume particular importância: entre julho de 2007 e maio de 2017, foi o provedor da Ética Empresarial e do Trabalhador Temporário, nomeado pela Associação Portuguesa de Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos. Acontece que isso fez de Vitalino Canas o representante, no Parlamento, dos interesses dos patrões das empresas de trabalho temporário (ETT), as maiores responsáveis pelo abuso laboral e pelos níveis de precariedade em Portugal.

Em 2007, na votação da lei do trabalho temporário, Vitalino Canas apresentou uma declaração de voto indignada contra as garantias de proteção aos trabalhadores contidas no diploma: "é com inquietação que constato que (...) o novo regime de trabalho temporário é mais restritivo do que aquele que o PS apresentou inicialmente". Para se opor à limitação dos contratos de trabalho temporário a um máximo de dois anos, afirmou: "Não é de esperar que, perante estes obstáculos, as empresas optem por soluções "habilidosas", menos transparentes, de trabalho ilegal sem grandes hipóteses de fiscalização?".

Vitalino Canas lá saberia se, na sua opinião, seria normal esperar ilegalidades por parte dos patrões das ETT como resposta à introdução de direitos laborais. À esquerda cabe esperar e garantir, através do voto no Parlamento, que a opinião de Vitalino Canas fica longe das decisões do Tribunal Constitucional.

*Deputada do BE

Sobre o nomeado:

IGAI iliba TAP e aeroporto de Lisboa no voo que transportou Guaidó


O relatório da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) iliba a companhia aérea TAP e o aeroporto de Lisboa de terem violado as regras de segurança no caso de um voo para a Venezuela, segundo o Ministério da Administração Interna.

O ministro da Administração interna, Eduardo Cabrita, recebeu no sábado o relatório da IGAI sobre os procedimentos de segurança de um voo para Caracas que levou o Governo da Venezuela a acusar a TAP de ter violado "padrões internacionais" ao ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do líder da oposição, Juan Guaidó.

"Os resultados preliminares que acabei de receber desse relatório são muito claros ao indicar que, no aeroporto de Lisboa, na atuação quer das autoridades aeroportuárias, quer da companhia aérea TAP, não houve nenhuma violação de regras de segurança", afirmou Eduardo Cabrita à estação de televisão RTP.

O ministro precisou que, após as primeiras declarações das autoridades venezuelanas, determinou à IGAI a 14 de fevereiro "a instauração de um inquérito sumário a uma eventual falha de segurança no aeroporto de Lisboa" e "no acesso a esse voo".

Japão | Adriano Maranhão já foi transferido do navio para hospital de Okazaki


O português infetado com o coronavírus Covid-19 num navio de cruzeiros no Japão foi hoje transferido para um hospital na cidade de Okazaki, na província de Aichi, disse à Lusa a sua mulher, Emmanuelle Maranhão.

A mulher de Adriano Maranhão afirmou que tinha acabado de falar com o marido, que estava a ser transportado de autocarro em direção ao Fujita University Health Hospital, um hospital recém-construído e cuja inauguração estava prevista para abril.

"Após os testes e análises, que se parte do princípio que lhe vão fazer, irão encaminhá-lo para outro hospital", acrescentou Emmanuelle Maranhão, que estava a enviar um e-mail dirigido à embaixada portuguesa no Japão a solicitar o acompanhamento do marido, tripulante do cruzeiro Diamond Princess, onde foram confirmados 700 casos, que resultaram em quatro mortes, com o último óbito a ser anunciado já hoje pelas autoridades japonesas.

"Espero agora que alguém vá junto destas autoridades e acompanhá-lo, não digo estarem ao lado dele, obviamente, porque ele vai estar em isolamento, mas alguém tem de estar lá a representar a família, a representar Portugal, a representar este português, já que a empresa também tem um representante, mas pelos vistos não o consigo encontrar em lado nenhum", desabafou.

Ou seja, defendeu, "é muito importante que o Governo neste momento não saia do lado dele".

Afinal, sublinhou, "a embaixada tem de lá estar para o ajudar... a traduzir, a perceber o que está a acontecer com ele, o que é que lhe vão fazer, quais são os resultados... porque se não falarem inglês ou ele não perceber, alguém tem de estar ao lado dele".

Na segunda-feira, a diretora-geral da Saúde dissera que o português, canalizador no navio de cruzeiros atracado no porto japonês de Yokohama, seria enviado esta madrugada para um hospital de referência local.

Número de mortos na China ascende a 2.663 e há 508 novos infetados


O número de mortos pelo coronavírus Covid-19 na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, ascendeu hoje a 2.663, tendo sido reportados 508 novos casos, elevando o total de pacientes para 77.658.

A Comissão Nacional de Saúde da China reportou, até à passada meia-noite (16h00 de segunda-feira em Lisboa), 71 mortos, entre os quais 68 na cidade de Wuhan, situada no centro do país, e epicentro do surto.

Estas cifras correspondem a um aumento de 24% no número de novos casos, face ao dia anterior. O número de mortos, no entanto, caiu 52%, comparativamente a domingo.

Entre o total de casos confirmados, 47.672 continuam ativos e mais de 9.100 estão em estado grave, enquanto 27.323 pessoas tiveram alta após superarem a doença.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 640.000 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 88.000 ainda estão a ser acompanhados.

ONU alerta para risco de "banho de sangue" no noroeste da Síria


Os combates no noroeste da Síria aproximam-se "perigosamente" de acampamentos onde vivem cerca de um milhão de deslocados, correndo-se o risco de um "banho de sangue", alertou hoje a ONU em Genebra.

O coordenador regional adjunto para as operações humanitárias na Síria, Mark Cutts, disse ainda que as Nações Unidas estão a tentar duplicar a entrega de ajuda através da fronteira turca, passando de 50 para 100 camiões por dia.

"Os combates estão a chegar agora perigosamente perto de uma zona onde mais de um milhão de pessoas vivem em tendas ou abrigos improvisados", declarou.

"Há um risco real de banho de sangue", adiantou Cutts à imprensa.

A escalada no conflito levou a ONU a aumentar de 330 milhões de dólares (303,9 milhões de euros) para 500 milhões de dólares (462 milhões de euros) o pedido de financiamento para enfrentar a crise, indicou.

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