quarta-feira, 1 de abril de 2020

A LÓGICA COM SENTIDO DA VIDA – IV


Martinho Júnior, Luanda  

OS ASPECTOS FÍSICOS (OROGRÁFICOS E HIDROGRÁFICOS) DE ANGOLA

Relativamente aos aspectos físico-ambientais, há questões básicas a avaliar, que se prendem com as características orográficas e hidrográficas do espaço nacional.

Sob o ponto de vista orográfico, animando um corte transversal do território seguindo a linha dos paralelos verifica-se:

- A oeste e ao longo de toda a costa atlântica, uma planície costeira com uma largura entre 20 a 200 km; a planície é mais larga entre Luanda e o Dondo, na fase terminal do curso do rio Quanza; torna-se mais estreita na Canjala (monte Ulombe);

- Imediatamente a leste da planície do litoral ocorre uma cadeia montanhosa em paralelo à costa, que vai desde a serra da Canda e de Mucaba, a norte, até à serra da Chela, a sul; essa cadeia alarga-se entre Monte Belo (Província de Benguela) e o Huambo, tendo como maior montanha junto do litoral e próximo da Canjala, a 50km em linha recta da praia, o monte Ulombe, com uma altitude acima dos 2.000m; é nessa região que existe a maior montanha de Angola, na área de Luimbale, o monte Moco (2.620m); a maior largura da cadeia montanhosa ocupa precisamente uma parte substancial a leste, no triângulo de maior ocupação populacional;

- Para leste dessa cadeia montanhosa e até à fronteira leste, um planalto que a oeste tem uma altitude média de 1.400m, que desce suavemente até aos 1.100m junto às fronteiras do leste; nesse planalto há cortes que chegam aos 900m de altitude, provocados pela erosão das correntes dos rios; no saliente do Cazombo há uma pequena cadeia montanhosa que rompe com o planalto, elevando-se a cerca de 1.400m de altitude;

- O triângulo ocidental, onde existe a maior densidade populacional e uma rede político-adminitrativa de malha mais apertada, tem por vezes um habitat disperso nas áreas montanhosas: isso deve-se ao facto de haver possibilidades de produção agrícola e pecuária sem ser necessário o regadio, uma vez que há precipitações elevadas de chuva.

Trump ignorou manual de pandemia. EUA terão 250 mil mortos


O Prefeito de Nova Iorque declarou que os hospitais não têm máscaras, luvas e outros equipamentos. As críticas são contundentes. Um manual do Conselho de Segurança Nacional (CSN) foi ignorado por Trump. Na análise da Casa Branca reconhece-se que morrerão nos EUA entre 200 a 250 mil pessoas.

M. Azancot de Menezes | Jornal Tornado

Na opinião dos jornalistas Dan Diamond e Nahal Toosi, publicada no passado dia 25 de Março no «Político», com o título, Trump team failed to follow NSC’s pandemic playbook, o manual do CSN, um documento de 69 páginas, concluído em 2016, não foi considerado pelo governo de Trump.

A administração da Casa Branca não seguiu as instruções existentes no manual, nomeadamente uma lista passo a passo de prioridades em caso de pandemia – que foram ignoradas pela administração.

O governo de Trump esperou mais de um mês para solicitar financiamento de emergência mesmo havendo um cronograma estabelecido no referido manual.

Conforme afirmaram os jornalistas, no documento orientador, intitulado «Playbook for Early Response to Emerging Infectious Disease Threats and Biological Incidents», há perguntas do tipo, “existe equipamento de protecção individual suficiente para os profissionais de saúde que prestam assistência médica?”, e várias chamadas de atenção, como “questionar os números sobre a disseminação viral”, “garantir capacidade diagnostica apropriada” e “verificar o stock americano de recursos de emergência”, entre outras. Portanto, o manual põe em evidência diversas estratégias, tácticas e recomendações para que o governo dos EUA muito rapidamente pudesse detectar surtos potenciais, garantir financiamentos suplementares e invocar a Lei de Produção de Defesa.
Em todos estes aspectos, Donald Trump, irracionalmente, ficou aquém do cumprimento do cronograma estabelecido no manual do CSN.

China | As lições da pandemia e o depois


País, com PIB per capita sete vezes menor que o dos EUA, conteve o coronavírus. Na rejeição ao neoliberalismo, a explicação central. Agora, Pequim age para exercer liderança global. Washington tentará fazer valer força militar e financeira


Ainda é cedo para mensurar o impacto que a pandemia do vírus Covid-19 causará em todo o globo. Em termos de saúde pública e da vida de milhões de pessoas, os impactos já são evidentes, com a expansão do contágio alcançando diversos países e o número de mortes aumentando[i].

Com relação aos impactos económicos, estes são mais difíceis de mensurar no presente momento. Ainda assim, levando em conta o ponto de onde partimos, o futuro é bastante desanimador.

Mesmo após mais de dez anos desde a crise de 2008, as taxas de crescimento económico mundiais não tinham se recuperado completamente. O baixo crescimento suscitava debates acerca de uma possível “estagnação secular”[ii] e de características do capitalismo contemporâneo que acabavam por adiar a solução da crise, como “a inflação; […] o endividamento do Estado; […] a expansão dos mercados de crédito privados; e […] a compra de dívidas de Estados e de bancos pelos bancos centrais”[iii]. Alguns alertavam para a existência de uma crise de superacumulação, marcada pela contínua expansão dos instrumentos de acumulação financeira[iv].

Diante da crise, a insistência dos governos de diversos países na adoção de políticas de austeridade, já nos colocava em uma situação de baixo crescimento, concentração de renda e baixos níveis salariais.

O cenário de crise manifestava-se também no acirramento das disputas interestatais, através da postura nacionalista de governos (como o caso da Inglaterra com o Brexit), das tensões entre EUA e Irão, além da contínua guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Covid-19: Reino Unido regista 563 mortes, o número mais alto num só dia


País conta já com 29.474 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.352 mortes.

O Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido (DHSC) anunciou, ao início da tarde desta quarta-feira, que a pandemia de Covid-19 provocou a morte de mais 563 pessoas no país ao longo das últimas 24 horas.

Este é, de resto, o mais alto número registado no país desde o arranque do surto do novo coronavírus num só dia, superando os 381 óbitos registados na passada terça-feira.

Feitas as contas, o SARS-CoV-2 culminou, até agora, com 2.352 vítimas mortais desde que o primeiro caso foi registado no Reino Unido, no passado dia 30 de janeiro.

Além disso, foram já registados 29.474 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus no país, o que representa um aumento de 4.324 casos em comparação com o dia anterior.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Reuters

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Há 187 mortes por Covid-19 em Portugal. Mais de oito mil infetados


O número de casos de Covid-19 em Portugal subiu de 7443 para 8251 esta quarta-feira, com a taxa de crescimento de infetados a descer três pontos percentuais, para 10,9%. Há 187 vítimas mortais, mais 27 do que ontem.

De acordo com o boletim da situação epidemiológica no país divulgado esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, o número de infetados com o novo ​​​​​​​coronavírus aumentou 808 face a terça-feira, para 8251, dos quais 726 estão internados, 230 deles em cuidados intensivos. 

O número de doentes curados mantém-se nos 43 - situação que a DGS já explicou, admitindo que haverá sempre um "atraso" a reportar recuperados. A aguardar resultado laboratorial estão ainda quase cinco mil casos suspeitos e mais de 20 mil estão sob vigilância das autoridades de saúde. Desde o início da pandemia em Portugal, houve mais de 59 mil suspeitas.

Jornal de Notícias

Mais um máximo de 864 mortos em Espanha nas últimas 24 horas


Já morreram mais de 9000 pessoas

Pelo segundo dia consecutivo é batido o recorde diário de mortos. O total de mortes em Espanha por covid-19 é agora de 9053. Os casos superam os 100 mil com 102.136 registados, 7.719 nas últimas 24 horas.

Espanha registou mais 864 mortes nas últimas 24 horas o que faz elevar o total de vítimas mortais por covid-19 para 9053, de acordo com as autoridades de saúde espanholas. São já mais de 100 mil os casos de infeção pelo novo coronavírus no país - 102.136 no total -, com o último dia a ter mais 7.719, um número inferior ao registado na terça-feira que foi 9222.

Nas unidades de cuidados intensivos estão 5.872 (mais 265 pessoas em relação ao dia anterior) e já foram dadas como curadas 22.647 pessoas, o que representa mais 3388 do que na terça-feira.

As autoridades de saúde têm referido que a situação está a estabilizar, com menos novos casos, o que se confirma hoje, mas sempre admitindo que as mortes vão continuar nos próximos dias. O jornal El País analisa hoje que as mortes por covid-19 dão sinais de desaceleração e que os números de entradas de pessoas nas urgências estão a diminuir, como aponta o Ministério da Saúde espanhol. "O número de mortos agora dobra a cada quatro a cinco dias em vez de a cada dois. A curva está a achatar após duas semanas de confinamento", lê-se no diário espanhol, que é contudo prudente, tendo em conta a tendência de outros países, como a Itália, que levam ao receio de milhares de mortes nesta semana.

Angola | “UMA MÃO LAVA A OUTRA”...


Martinho Júnior, Luanda 

…Esta era a filosofia dos que enveredando pela “economia do mercado” do tempo “das vacas gordas”, estimularam sem ética nem moral as políticas interesseiras e “emparceiradas” de portas escancaradas e abusavam desse “slogan” para justificar a cadência exponencial da galopante corrupção: “uma mão lava a outra”, lembram-se?!...

Agora Angola está a ser obrigada de facto a lavar as mãos de outra maneira e obrigatoriamente em tempo de “vacas magras”, “esquálidas” sobreviventes da última seca no sul: a mão da emergência Covid-19, lava a mão da emergência do petróleo enquanto “excremento do diabo” e o resultado é a procura intempestiva dum desinfectado estado, ainda que de emergência, o estado de emergência “que estamos com ele”!...

O combate ao vírus biológico caiu como uma luva num país em bancarrota, vulnerabilizado pelo neoliberalismo exacerbado de três décadas que levou à corrupção, neocolonizado sob as cinzas dum passado de vitórias… e com os recursos do petróleo a atingir a “fase de lua nova”!…

O melhor portanto seria parar, como se parou, mantendo estritamente o movimento anémico dos serviços mínimos que obrigam à economia das “vacas esquálidas” e é precisamente isso que em emergência se passou drasticamente a sentir e a fazer sentir, a começar no apertado novo “corpo” do próprio estado parido da emergência!...

De lavagem de mãos, em lavagem de mãos, mergulhemos ainda nossa memória na lavagem de mãos de Pôncio Pilatos, conforme às prédicas e escrituras!...

01- Pela primeira vez em Angola se declarou o estado de emergência e logo numa corrida acelerada, dum sôfrego atleta de 100 ou 200 metros, quase que com a rapidez siderada da expansão do vírus pandémico que passou a assolar toda a humanidade desrespeitando todos os limites convencionados e todas as convencionadas fronteiras!...

A Ministra da Saúde procurou cortar desde logo, (às primeiras leituras relativas à ameaça), o mal pela raiz, pedindo para se fechar as fronteiras a fim de isolar o país e colocar de quarentena a tentativa devassa do trânsito humano, mas o que vem detrás enquanto herança e inércia, impediu-a de filtrar os voos que chegavam de fora durante alguns dias, particularmente os voos oriundos de Portugal e isso foi determinante para a importação da pandemia, ainda que com escassos portadores da doença à deriva pelo país fora!...

De assimilação em assimilação em regime de guerra e terapia neoliberal desde 31 de Maio de 1991 (Acordo de Bicesse) e depois da injecção de vírus próprios dum surto de mais de três décadas oriundo dum Portugal do “arco de governação”, só nos faltava mesmo a importação de inocentes portadores de Covid-19 fora de controlo!...

É pois sintomático que o histórico dos portadores até agora se resuma fundamentalmente à inscrição nesse consumado “modelo” que “passou a fronteira” com a distinção entre “filhos de algo” e “classe económica”, (“nove em cada dez estrelas usam Lux”), para depois à pressa se corrigir, já tarde e em má hora, quando o país está sem preparação para tal, anémico, palúdico, sem máscara, nem luvas e nem sequer vitamina “C” quanto mais vacina!...

Brasil | Jornalistas viram as costas para Bolsonaro, após novas agressões durante coletiva


A reação ocorreu após jornalistas questionarem o presidente sobre a posição do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem contrariado várias declarações de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus. Com o aval do presidente, os apoiadores começaram a ofender os repórteres, que acabaram se retirando do local.

Jornalistas que acompanhavam uma fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular seus apoiadores a hostilizar e xingar os repórteres.

Segundo a agência inglesa de notícias Reuters, a reação ocorreu após jornalistas questionarem o presidente sobre a posição do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem contrariado várias declarações de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus. Na segunda-feira, por exemplo, Mandetta disse que a população deve seguir as orientações dos governos estaduais. No sábado, ele já havia reforçado a importância do isolamento social.

As falas vão na contramão de ideias defendidas por Bolsonaro, que vem atacando a respostas dos estados à pandemia e minimizado os riscos do coronavírus. Bolsonaro reagiu à pergunta sobre Mandetta insuflando a claque de apoiadores que marca presença diariamente em frente ao Palácio da Alvorada. Segundo a Reuters, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa “colocava o povo contra o presidente”.

Brasil | Partidos da oposição entram no STF com notícia crime contra Bolsonaro


Os partidos pedem ao Supremo que a comunicação de crime seja enviada à Procuradoria Geral da República (PGR) para a avalição do acolhimento da notícia

Sete partidos de oposição (PCdoB, PT, PDT, PSB, PSOL, Rede e PCB) protocolaram nesta terça-feira (31) uma notícia crime junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o presidente Bolsonaro. Os partidos pedem ao Supremo que a comunicação de crime seja enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR) para a avalição do acolhimento da notícia.

O presidente está sendo acusado de colocar a vida das pessoas em risco; infringir as normas sanitárias; prevaricação; e incitação ao crime. São infrações tipificadas no Código Penal com penalidade que variam de três a um ano de prisão, e multa. Caso a manifestação seja acolhida, a PGR pode propor uma ação penal contra Bolsonaro no STF. Todas estão no contexto dos crimes potencialmente cometidos pelo presidente na relação direta com a pandemia do coronavírus.

Os partidos destacam que o mundo enfrenta uma pandemia com diversos países adotando medidas “excepcionais” de distanciamento social, tendo em vista ser medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, no Brasil, pelo próprio Ministério da Saúde.

Além de discordar institucionalmente de tal política, Bolsonaro adotou posturas que vão na contramão das medidas indicadas por esmagadora maioria dos especialistas e adotadas por todas as nações já atingidas pelo novo coronavírus. O presidente ora incentiva aglomeração de pessoas, ora conclama que elas descumpram as recomendações médicas de isolamento voluntário e até mesmo utiliza a influência de seu cargo para infringir as medidas recomendadas.

“Configuram crimes de infração comum, que atentam contra a vida e a saúde humana, a incolumidade pública, a paz pública e a probidade da administração pública”, diz um trecho da petição.

Covid-19 | EUA: Mais de 700 mortos num dia. Trump pede a cidadãos que se "preparem"


Esta terça-feira, os Estados Unidos ultrapassaram pela primeira vez a barreira das 700 vítimas mortais num dia. No seu briefing diário, Donald Trump disse aos americanos que se aproximam "duas semanas difíceis".

Os Estados Unidos registaram esta terça-feira mais de 700 mortes por causa da doença Covid-19, ligada à pandemia do novo coronavírus, avança a Reuters. É um número recorde desde o eclodir do surto viral no país, onde, até há uns dias, o presidente garantia que tudo estaria a funcionar na normalidade por altura da Páscoa.

Donald Trump, na imagem acima acompanhado pelo seu principal perito em doenças infecciosas, Anthoni Fauci, tem agora um discurso bastante diferente. "Quero que cada americano esteja preparado para os dias difíceis que se avizinham. Vamos atravessar duas semanas muito difíceis", disse o governante republicano, em conferência de imprensa, esta terça-feira, a partir de Washington.

O presidente disse ainda que estão a ser recolhidos cerca de 10 mil ventiladores porque "o aumento [de casos] está a chegar". "E depois, com esperança, (...) vamos começar a ver alguma luz ao fundo do túnel, mas estas vão ser duas semanas muito, muito dolorosas", disse.

O número de mortes relacionadas com a Covid-19 nos Estados Unidos deverá agora ultrapassar as 3.700, aguardando-se a divulgação dos números oficiais. Sublinhe-se que a maior parte das mortes ocorre no estado de Nova Iorque, o epicentro do surto virtal no país.

Os Estados Unidos registam mais de 185 mil casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 6.000 já recuperaram da doença, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Getty Images

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Indígenas da Amazónia pedem aos governos medidas de proteção urgentes


A Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (COICA), que reúne comunidades dos nove países amazónicos, instou na terça-feira os respetivos Governos a adotarem medidas de proteção para enfrentarem a pandemia do novo coronavírus.

Numa declaração de caráter urgente, a COICA frisou a "dupla vulnerabilidade" dos povos originários em questões de "exclusão e marginalização histórica", recordando que, diante da declarada emergência de saúde, faltam "protocolos específicos" para enfrentar a pandemia.

A organização exigiu que os Governos dos países amazónicos "tomem medidas urgentes de proteção para as comunidades indígenas, incluindo campanhas de informação e prevenção nos seus próprios idiomas, assim como o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde que prestam serviços às comunidades".

Exigem ainda que, "de forma pública", cada Governo dos países que compõem a bacia amazónica aceite as suas responsabilidades para com os povos indígenas, e que os reconheçam como "populações especialmente vulneráveis à pandemia".

A COICA reúne as confederações e organizações de povos indígenas dos nove países da bacia amazónica: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território francês ultramarino).

Maduro acusa navio cruzeiro português de ato de "terrorismo e pirataria"


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o cruzeiro de bandeira portuguesa "Resolute" de ter realizado um ato de "terrorismo e pirataria" contra um barco da Marinha venezuelana que se afundou segunda-feira, após colidirem.

Nicolás Maduro instou as autoridades do Curaçau, onde o barco está ancorado, a investigar este "ato de pirataria internacional".

"Há que rever todos os protocolos para atender este tipo de casos, porque se aplicou um protocolo em condições normais de paz, que se aplica no direito internacional", que se "convidou a ir até um porto de Margarita (ilha venezuelana) e seria acompanhado em paz e tranquilidade", disse esta terça-feira à noite.

Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante a ativação do Conselho de Estado para debater sobre soluções para combater a pandemia da covid-19 e condenar a recente proposta dos Estados Unidos para formar um Governo de transição para a Venezuela.

Segundo Nicolás Maduro, o barco da Marinha venezuelana foi abalroado "de maneira brutal".

"O barco [de bandeira portuguesa] que investiu [sobre]a nossa nave é oito vezes mais pesado, é como se um gigante pugilista de 100 quilogramas agarrasse um menino pugilista e o golpeasse", frisou.

Na China, os doentes continuam a diminuir e médicos já regressam a casa


Imagem documenta momento de alegria vivido no país onde teve início a pandemia

Doentes e médicos estão de regresso a casa numa altura em que a China começa a voltar à normalidade após o surto de Covid-19.

Só esta terça-feira, 186 doentes de Covid-19 regressaram a casa, depois de terem tido alta do hospital. Os pacientes foram fotografados no momento em que saíram do hospital e são vistos com o polegar para cima, indicando que está tudo ok. Apesar das máscaras, é possível ver a felicidade de quem venceu esta batalha.

Segundo os dados da Comissão Nacional de Saúde chinesa, o número total de pessoas que já recuperaram da doença, é de 76.238. Só esta terça-feira, 186 tiveram alta.

Com os doentes a irem para casa, quem também começa a respirar de alívio são os médicos. Segundo a agência de notícias Xinhua, o primeiro grupo de profissionais de saúde que se deslocaram para a província de Hubei para dar resposta à propagação do novo coronavírus já acabou período de quarentena a que foi sujeito, estando de regresso a casa para se juntar às respetivas famílias, na cidade de Tianjin.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Twitter

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Voo de repatriamento de professores em Timor-Leste "nos próximos dias"


Díli, 01 abr 2020 (Lusa) -- A Embaixada de Portugal em Díli informou hoje que é esperado "nos próximos dias" em Díli um voo para transportar para Lisboa professores, cooperantes e outros cidadãos portugueses em Timor-Leste.

A informação sobre o voo foi comunicada por 'email' aos portugueses que já confirmaram a sua vontade de partir, segundo a mensagem a que a agência Lusa teve acesso.

O 'email' informa as pessoas que já estão inscritas para o voo -- mais de 200 -- que a viagem deverá acontecer "nos próximos dias" estando apenas a aguardar-se "autorizações de escala e sobrevoo de alguns países".

Os viajantes devem estar preparados "para partir em breve (...). Serão informados assim que o voo saia de Lisboa, de modo a que possam ultimar os preparativos, evitando por outro lado que, quem se encontre fora de Díli, se desloque com demasiada antecedência", refere a embaixada.

No 'email' é explicado que o voo é comparticipado em 50%, pelo que cada passageiro terá que pagar 1.300 euros "mediante um compromisso de reembolso", tendo que para isso assinar um documento em que garante o pagamento ao Estado por transferência bancária.

Quase 990 pessoas em quarentena em Timor-Leste


Díli, 01 abr 2020 (Lusa) - Quase 990 pessoas estão atualmente em quarentena domiciliária em 17 locais designados pelo Governo timorense em vários pontos do país, como medida preventiva da covid-19, segundo informação atualizada fornecida pelo Ministério da Saúde.

Os dados mais recentes, divulgados hoje, mostram que 346 pessoas estão a cumprir quarentena em casa e que as restantes estão noutros locais, identificados apenas como locais de A a Q, mais três que anteriormente.

A este total somam-se outras 243 pessoas que já cumpriram o período de quarentena de 14 dias nas suas casas.

A informação indicou que foram realizados dez testes com resultado negativo, mantendo-se no país apenas um caso confirmado.

No seu relatório mais recente sobre a situação em Timor-Leste, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que ainda não há "casos de transmissão local" no país.

Timor-Leste avança com ensino à distância pela televisão, rádio e redes sociais


Díli, 01 abr 2020 (Lusa) -- O Ministério da Educação timorense anunciou que vai avançar com o ensino à distância para todos os níveis escolares até pelo menos 18 de abril, devido ao fecho das escolas para se conter o surto da covid-19.

Para isso o Governo vai recorrer a programas especiais na televisão e rádio públicas, RTTL e na TV Educação, bem como a canais na rede social Facebook e na plataforma de partilha de vídeos YouTube para divulgar conteúdos educativos.

Na nota, o Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD) apelou à colaboração da comunidade educativa e das autoridades locais para garantir que o processo de estudo pode continuar, apesar das limitações.

"As salas de aula podem não estar disponíveis, mas a aprendizagem tem que continuar", refere-se.

"Encorajamos todos a que acompanhem o programa Escola em Casa, com lapiseira e caderno", notou.

As escolas e demais centros educativos, que estão encerrados desde 23 de março, vão continuar assim pelo menos durante o período de estado de emergência, que termina a 26 de abril.

A decisão afeta mais de 300 mil crianças em todo o país e inclui os 13 Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (PCAFE), um projeto luso-timorense que integra 140 docentes portugueses e a Escola Portuguesa de Díli.

Timor-Leste tem um caso confirmado de infeção pela covid-19 e está em estado de emergência desde sábado.

ASP // JMC

Covid-19: "Faz o que eu digo e não o que eu faço" é o lema dos dirigentes moçambicanos?


Não tem sido vista como modelo a seguir na prevenção da Covid-19. Quando doente, a elite política é assistida em clinicas caríssimas. Mas é a mesma elite que garante que o serviço nacional de saúde está preparado.

"O exemplo vem de cima", diz o adágio popular. Mas em Moçambique parece que não é levado muito ao pé da letra por certos altos funcionários do Estado, pelo menos pelo que a imprensa local reporta. E o caso do edil da cidade de Maputo foi o mais gritante. Eneas Comiche não teria assumido publicamente e imediatamente a sua condição de suspeito de contágio por coronavírus, depois de ter estado com o príncipe Albert II do Mónaco, este mês, em Londres, infetado com  Covid-19.

Um facto que não passou despercebido à imprensa local que denunciou ainda um aparente comportamento de risco do edil que teria continuado a sua agenda de trabalho, mesmo sabendo que podia ser um potencial infetado. E as suspeitas só se agravaram depois da sua esposa ter assumido a uma televisão privada local que tem coronavírus e o continuo silêncio do edil. Um situação que leva a concluir que a frase que reina, na verdade, "faz o que eu digo e não o que eu faço".

Moçambique | Ataques em Cabo Delgado: Centenas de deslocados chegam a Pemba


Deslocados fogem da violência nos distritos de Mocímboa da Praia e Quissanga, na província moçambicana de Cabo Delgado. Chegados a Pemba, a capital provincial, contam horrores.

Há cada vez mais famílias a chegar a Pemba, fugindo dos ataques armados no norte. Só nos últimos dias chegaram à cidade centenas de pessoas provenientes de Mocímboa da Praia e de Quissanga, duas localidades atacadas pelos homens armados.

Alguns chegam a Pemba a pé, outros de barco. O local de desembarque é o bairro de Paquitequete.

À chegada, uma das pessoas que fugiu de Quissanga conta os horrores passados a 25 de março, quando o local onde vivia com a sua família foi tomado pelo grupo armado que aterroriza a região há cerca de três anos.

"Nenhuma casa eles deixaram lá. Acho que [os atacantes] têm umas bombas que lançam e produzem fogo. Entraram ali numa noite. Tive de correr de lá para as Quirimbas e, no dia seguinte, apanhei barco para aqui."

COVID-19 - Medidas dos países/cidades da UCCLA


Há mais de 40 mil mortos e mais de 830 mil pessoas infetadas nos vários países, até ao dia de hoje! Uma triste realidade que marca o início do ano 2020 - o tão desejado ano da mudança, como muitos diziam! -, reflexo do COVID-19 que assola sociedades inteiras e deixa uma rasto de morte. 

Face ao confinamento obrigatório, a UCCLA sempre atenta às suas cidades/regiões e empresas não poderia deixar de disponibilizar toda a informação útil sobre as medidas que os governos dos diversos países (onde existem cidades/regiões e empresas UCCLA) estão a tomar e quais os dados prementes e necessários nesta altura.

UCCLA

Acompanhe AQUI as informações disponibilizadas pela UCCLA para os países da CPLP / PALOP e ainda  Espanha e Macau.

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