sábado, 18 de abril de 2020

ÁFRICA REGISTA MAIS DE 1.000 MORTES POR COVID-19


Chefe de Gabinete do Presidente nigeriano está entre as vítimas. Mallam Abba Kyari, um dos políticos mais importantes do país, faleceu na sexta-feira (17.04). Casos registados em São Tomé dão negativo em novo teste.

Um dos políticos mais importantes da Nigéria morreu de Covid-19, informou a Presidência, este sábado (18.04).

Mallam Abba Kyari, chefe de gabinete do Presidente Muhamadu Buhari, faleceu na sexta-feira (17.04), vítima da doença.

"Que Deus aceite a sua alma", lê-se na declaração.

O político tinha viajado para a Alemanha no mês passado, "tinha dado positivo à devastadora Covid-19 e vinha recebendo tratamento", disse Femi Adesina, assessora especial do Presidente, na declaração.

Mallam Abba Kyari anunciou a sua doença no mês passado.

"Organizei eu mesmo os meus cuidados para evitar sobrecarregar ainda mais o sistema público de saúde, que enfrenta tantas pressões", afirmou.

O político foi criticado por não se ter isolado aquando do seu regresso à Nigéria e acusado de infetar outros altos funcionários governamentais.

Kyari era considerado por alguns como a figura mais poderosa do Governo da  Nigéria. Os nigerianos críticos de Buhari consideravam Kyari como o gestor do Governo.

Mais de 1.000 mortes em África

África registou mais de 1.000 mortes por Covid-19, segundo dados divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África), este sábado (18.04).

Um total de 52 dos 54 países africanos comunicaram infeções por coronavírus, com um número global de casos superior a 19.800.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) registou um aumento de 51% nos casos em África e um salto de 60% nas mortes.

Mas o chefe da OMS alertou que, devido à escassez de testes "é provável que os números reais sejam superiores aos reportados".

A Nigéria registou 493 casos de infeções por coronavírus e 17 mortes.

A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.


Covid Nos PALOP

Entre os países africanos lusófonos, Cabo Verde lidera em número de infeções, com 56 casos e uma morte.

A Guiné-Bissau contabiliza 50 pessoas infetadas pelo novo coronavírus e Moçambique tem 34 casos declarados da doença.

Angola soma 19 casos confirmados de covid-19 e duas mortes e São Tomé e Príncipe, o último país africano de língua portuguesa a detetar a doença no seu território, teve quatro casos confirmados que agora foram testados negativos.

Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), estão confirmados 51 casos positivos de infeção.

Casos em São Tomé testam negativo em novos testes

Na sexta-feira (17.04), o primeiro ministro são-tomense anunciou que os quatro casos que testaram positivo para a infeção pelo novo coronavírus, no início da semana passada, tiveram agora resultados negativos num novo teste, realizado num laboratório da Guiné Equatorial. 

Estes quatro casos, que tinham dado positivo após testes realizados no Gabão, fazem parte de um lote de 80 amostras enviadas pelo Governo de São Tomé e Príncipe para a Guiné Equatorial, das quais 79 deram agora resultado negativo, havendo um teste inconclusivo e que "carece de repetição".

"Informo que os quatro casos confirmados anteriormente no laboratório da Franceville [Gabão] foram repetidos e integram este lote", explicou o chefe do Governo, Jorge Bom Jesus, numa declaração à imprensa.

Estes quatro eram, até agora, os únicos casos identificados no país como positivos.

O ministro da Saúde, Edgar Neves, disse, por seu lado, que, tendo os resultados sido negativos, os quatro cidadãos saem da quarentena obrigatória a que estavam submetidos durante as últimas três semanas, podendo "fazer a sua vida normal".

Estado de emergência prorrogado

O primeiro-ministro anunciou também que, apesar deste resultado, o seu Governo remeteu ao Presidente da República, Evaristo Carvalho, "um pedido" para uma nova prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias.

Bom Jesus justificou o pedido com "o facto de muitas ações não estarem concluídas para garantir respostas consistentes e eficazes perante uma pandemia que continua a evoluir na nossa sub-região". 

O primeiro-ministro são-tomense sublinhou que "está a ser montado um hospital de campanha", com capacidade para 100 camas, doados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O governante referiu ainda que no âmbito do programa para evitar o alastramento da pandemia da covid-19 em São Tomé e Príncipe, o seu Governo comprou 3.000 testes rápidos, ventiladores, concentradores de oxigénios, botijas de reserva, materiais de proteção, consumíveis e medicamentos diversos, e que "se encontram em Portugal aguardando confirmação do embarque".

O executivo concluiu ainda a instalação de um centro de isolamento na Região Autónoma do Príncipe.

Por outro lado, a OMS enviou para São Tomé um especialista proveniente da Guiné Equatorial para montar o laboratório e espera-se, na capital do país, dentro dos próximos dias, a chegada de um epidemiologista cubano, que "já se encontra em Luanda".

Apesar dos resultados feitos na Guiné Equatorial darem praticamente todos negativos, o Governo diz que vai continuar com o programa de "desconcentração da população e distanciamento social e saneamento do centro da capital do país".

Deutsche Welle | AFP, AP, DPA, Agência Lusa, cvt

Leia em O País (mz)

HÁ QUE PROJECTAR EM MOÇAMBIQUE TODA A SOLIDARIEDADE


E TODO O AMOR RIGOROSO QUE SEU GENEROSO POVO TANTO CARECE!

Martinho Júnior, Luanda 

O estado da Mãe Terra, o estado da humanidade, faz crescer a disseminação de crises entrecruzadas numa cadência jamais antes experimentada!

Há lugares onde essa cadência é por demais sentida, numa rede asfixiante de subdesenvolvimento que toca até ao mais profunda raiz da alma, esse tão frágil cristal que se parte, que tão facilmente se esmaga, face a face à sobrevivência a cadência voraz consome a vida!...

Um desses lugares, cidadãos do mundo… é Moçambique!

01- … E assim tem sido, desde que o tratamento de choque foi semeado em tempo de “apartheid”, quando do lado do sinistro se desencadearam tentáculos de mau agoiro e de sangue que anda hoje perduram em tantas sequelas!... (https://interlusofona.info/pr-mocambicano-em-contacto-com-lider-da-renamo-para-conter-ataques-no-centro-do-pais/).

Foi mesmo assim quando desde as alturas em que Samora voava, quando a mão da barbárie arrancou sua própria vida de soldado indómito do movimento de libertação em África!... (http://paginaglobal.blogspot.pt/2013/01/mocambique-maputo-acredita-que-samora.html).

… O império queria a todo o custo abafar essa energia que movia montanhas no flanco leste de África, queria a todo o custo e de forma tão abrupta e traumática quanto lhe era possível, lançar o pânico do raio da morte e moveu esses tentáculos disponíveis e aptos a deixar os combatentes deserdados de suas mais legítimas faculdades, para tentar moldá-los à barbárie de suas conveniências, de suas manipulações e de suas acumuladas misérias!... (https://www.publico.pt/2003/06/01/jornal/morte-de-samora-machel-general-do-apartheid-baralha-os-dados-201881).

Para esse império e seus tentáculos, África haveria que continuar a ser ainda um corpo inerte, onde os arregimentados abutres tinham de vir depenicar o seu pedaço, década a década, para que a submissão fosse seu único garante, num regresso ao tempo do feudalismo, da escravidão e do obscurantismo portadores dos vírus das modernas alienações!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/03/sindroma-de-corpo-inerte.html).

Com isso os lucros seriam ainda mais avassaladores e chegariam mais facilmente às especulações, numa ordem geométrica em progressão, que nunca antes houve!...

Registaram-se mais 642 mortes em França nas últimas 24 horas


Morreram 19.323 pessoas em solo gaulês desde o início da pandemia

De acordo com o último boletim do ministério da Saúde francês registaram-se mais 642 mortes no decorrer das derradeiras 24 horas, o que fez elevar a cifra total de óbitos para 19.323 desde o início da pandemia.

Dos 642 óbitos contabilizados de quinta para sexta-feira, 364 ocorreram em seio hospitalar e 278 nas Ephad (lares de idosos).

A taxa de letalidade foi a mais baixa do mês de abril, traduzindo-se num acréscimo percentual de 3,44%, comparativamente ao número de óbitos que vinha das últimas 24 horas. 

Dar conta ainda que, atualmente, 30.639 pessoas estão hospitalizadas por infecção pela Covid-19, um decréscimo de 551 pessoas comparativamente ao boletim desta sexta-feira.

A França registou até agora 111.821 casos de Covid-19, o que representa um acréscimo de 2.569 no último dia (mais 2,35%). 

Recordar que à escala mundial, França é o quarto país com maior número de óbitos, assim como de diagnosticados, atrás de Estados Unidos, Itália e Espanha.

Ricardo Santos Fernandes | Notícias ao Minuto | Imagem: © Reuters

Leia em Notícias ao Minuto: 

TRUMP, A MÍDIA, E O DESASTRE DA COVID-19


Publicado originalmente em 14 de abril de 2020

No sábado, o New York Times publicou uma longa reportagem documentando o fracasso do governo Trump em responder às repetidas advertências, vindas de dentro do próprio governo federal, de que os Estados Unidos estavam à beira de um desastre que ameaçava centenas de milhares de vidas.

O Times observou: “O gabinete responsável por monitorar pandemias do Conselho Nacional de Segurança recebeu relatórios de inteligência no início de janeiro, prevendo a propagação do vírus para os Estados Unidos e em poucas semanas já apresentava alternativas, como manter os estadunidenses afastados do trabalho e fechar cidades do tamanho de Chicago. O Sr. Trump evitaria tais medidas até março.”

Esses alertas foram repetidos pelos Institutos Nacionais de Saúde, pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e até mesmo por membros do gabinete presidencial. Apesar desses alertas, o governo Trump não conseguiu implementar as medidas mais básicas para conter a pandemia. Em 2 de março, quase dois meses após Trump ter recebido as advertências iniciais de que a pandemia atingiria os Estados Unidos, havia menos de 500 casos confirmados de COVID-19 em todo o país. Naquela altura, a pandemia já se espalhava sem controle há mais de um mês.

Em público, Trump minimizou deliberadamente a gravidade da doença, alegando falsamente que a pandemia não era pior que uma gripe. Argumentou que ela desapareceria por si mesma e declarou que a doença era uma “farsa”. No domingo, Trump retuitou uma publicação que o encorajava a demitir o Dr. Anthony Fauci, seu principal conselheiro científico, que declarou publicamente que, se as medidas tivessem sido implementadas mais cedo, vidas teriam sido salvas.

Claramente irritado com a exposição da incompetência de seu próprio governo, Trump, como de costume, atacou ferozmente a imprensa na segunda-feira, insultando repórteres em uma nova demonstração de ignorância, brutalidade, reacionarismo e autoglorificação. Como sempre, Trump passou a maior parte de sua coletiva de imprensa elogiando a si mesmo e negando toda a responsabilidade pelo desastre que está se desenrolando.

Apesar da reportagem do Times fazer uma denúncia importante da incompetência da resposta de Trump à pandemia, ela deixa de fora uma parte essencial do quadro. Não explica por que a classe dominante como um todo estava tão despreparada para lidar com a pandemia.

Mais 30 mortes em Portugal devido à Covid-19. Há 19685 infetados


O número de casos de Covid-19 em Portugal subiu para 19685 nas últimas 24 horas, mais 663 casos do que sexta-feira. Trata-se de um aumento de cerca de quase 3,5%. Há ainda 687 vítimas mortais, um aumento de 30 óbitos em relação aos dados divulgados ontem.

A destacar no boletim que faz o ponto da situação em Portugal, com dados referentes às últimas 24 horas, é o número de recuperados, que subiu de 519 para 610, um aumento de 91 casos. Há 5166 pessoas a aguardar o resultado de testes já efetuados.

O número de doentes internados diminuiu de 1284 para 1253, mas há mais seis infetados com Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos, num total de 228. No que respeita à mortalidade, continua a não existir registo de qualquer óbito abaixo da faixa etária 40-49 anos, centrando-se a maior letalidade da doença nos doentes com mais de 80 anos.

Jornal de Notícias | Imagem: Rui Oliveira/Global Imagens

ERRAR É HUMANO. INSISTIR NO ERRO PODE SER JORNALISMO



Há dez anos, em recessão,   jornalistas económicos deram a cara pelo corte de salários, como forma de dar competitividade às empresas. E disseram que não havia alternativa.

Não entenderam, na altura, o básico da economia. Individualmente, se eu poupar, terei mais rendimento disponível. Mas em sociedade, se todos pouparmos, retiramos rendimento uns aos outros. Porque o meu consumo  (a minha menor poupança) é o rendimento de alguém. E uma simples recessão, transforma-se em desemprego, fome, depressão. E tudo irá pelo cano abaixo.

E foi isso que acontece face ao seu espanto!

Esses jornalistas económicos foram igualmente responsáveis por um desastre económico e social que levou à maior recessão de sempre, a uma emigração história e a um desemprego de 25% da população activa (quase 1,5 milhões de pessoas). E ainda hoje se vive o rescaldo dessa recessão em que, mesmo com uma subida do emprego, os salários são ainda muito baixos. E apesar disso, pouco se aprendeu.

Passados dez anos e face ao confinamento económico, os empresários - e os jornalistas logo a seguir - fazem renascer a visão tacanha da mercearia de que é preciso cortar salários. E voltam a dizer não há alternativa. Face à paragem da economia, os trabalhadores são colocados perante um corte salarial, a suspensão dos contratos, o trabalho parcial (ou seja, menos ordenado), ou ao próprio despedimento. Os empresários, esses, conhecem a aritmética: quando forçados, poupam por inteiro: despedem. E o risco é que, quando voltarem a contratar mais adiante, fazem-no por salários mais baixos. E entretanto, todos os custos passam para o Estado.

Nesta crise que a pandemia cria, haveria de se encontrar um financiamento colectivo dos seus custos. Mas o despedimento e o corte salarial não são soluções - são problemas e geram problemas ainda maiores. Porque é idiota esperar - só porque a causa da crise é diferente - que a mesma política seguida há dez anos tenha resultados diferentes. A solução terá de ser encontrada noutras medidas, a discutir.

E porque tudo está a acontecer de novo, deixem-me trazer para a luz do dia essas afirmações irresponsáveis, produzidas há pouco mais de alguns anos. Antes que seja demasiado tarde, antes que os jornalistas voltem a esquecer-se - de novo - do básico em economia.

Portugal | Homenagem: Aplausos para quem nos protege e cuida de nós


Forças de segurança e corpos de bombeiros realizaram, esta sexta-feira, uma ação de agradecimento aos profissionais de saúde pelo trabalho no combate à pandemia de Covid-19, com desfiles junto a vários centros hospitalares do país. Os aplausos foram recebidos com mais aplausos vindos do outro lado.

À iniciativa da PSP, juntaram-se a Guarda Nacional Republicana, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Polícia Marítima, as polícias municipais e corpos de bombeiros.

Jornal de Notícias | Imagem: António Pedro Santos / Lusa

Portugal | AMANHÃ*


Anabela Fino * | opinião

Instalou-se o coro mediaticamente ampliado do «vai ficar tudo bem», do «temos de estar unidos», do «toca a todos», juntamente com os cada vez mais apocalípticos cenários do que aí vem (que visam sobretudo instalar a ideia de que será tão mau que tudo deverá ser aceite pelos trabalhadores). A realidade já está à vista, nos despedimentos selvagens, no lay-off à medida do patronato, no condicionar dos direitos de acção colectiva dos trabalhadores, a começar pelo direito à greve e, por outro lado, nos salamaleques ao grande capital e à banca. A luta de amanhã terá de estar à altura desta ofensiva.

Primeiro condicionou-se os direitos de greve, de manifestação e de resistência; depois foi suspenso o direito das comissões de trabalhadores e associações sindicais de participação na elaboração das leis do trabalho. Mas dizem-nos que vai ficar tudo bem.

Primeiro cortou-se um terço ao salário dos trabalhadores, mantendo-se no entanto o desconto de 11% sobre o salário para a Segurança Social; depois facilitou-se o lay-off, deixando nas mãos das empresas o poder de despedir os trabalhadores não abrangidos, ao mesmo tempo que eram isentadas do pagamento de contribuições para a Segurança Social, a famosa TSU aplicada a cada salário. Mas repetem-nos que temos todos de estar unidos.

Em poucos dias, quase 32 mil empresas mandaram mais de 500 mil trabalhadores para casa, e o próprio Governo estima que haverá em breve um milhão de trabalhadores na mesma situação, pelo que os encargos chegarão aos mil milhões de euros mensais. Mas dizem-nos que temos de ser resilientes.

Portugal | "O CDS e o Chega não gostam da ideia sequer do 25 de abril"


Francisco Louçã referiu que "a sessão que está prevista para o 25 de abril resulta de uma atividade essencial da vida do Parlamento". Já sobre o Dia do Trabalhador e o 13 de maio, o fundador do Bloco de Esquerda mostra algumas reticências.

O Conselheiro de Estado Francisco Louçã admitiu, esta sexta-feira, no seu espaço de comentário político  semanal na SIC Notícias, concordar com as cerimónias do 25 de abril no Parlamento, mas mostrou algumas reticências quanto às comemorações do Dia do Trabalhador e dia 13 de maio.

"A sessão que está prevista para o 25 de abril resulta de uma atividade essencial na vida do Parlamento. O debate sobre se isto é adequado ou não é um pouco absurdo. A comparação que o CDS faz com um ato privado, que não é do Estado, que é uma cerimónia religiosa da Páscoa, não tem sentido", disse o comentador, lembrando que apenas dois partidos votaram contra essa cerimónia e que têm apenas uma razão para tal.

"O CDS e Chega não gostam sequer da ideia do 25 de abril e, portanto, encontraram aqui um pretexto para mostrar às suas direitas muitos extremadas que são mais fiéis representantes dos seus ideais", atirou.

Já sobre as manifestações do Dia do Trabalhador e o 13 de maio, em Fátima, o fundador do Bloco de Esquerda mostrou-se mais reticente. "O 1 de maio ou 13 de maio devem ser acautelados nas condições que permitam a garantia da segurança das populações", explicou.

Quanto ao 13 de maio, Francisco Louçã relembrou que as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Direção-Geral da Saúde (DGS) são que se evite aglomerados de pessoas nos próximos meses e, na sequência disso, missas em lugares fechados e com muitas pessoas.

Já quanto ao Dia do Trabalhador, o bloquista deixou aos dirigentes das confederações sindicais uma dica: um manifestação em modo 'caravana' com veículos.

Afinal, pandemia pode não ter começado em dezembro nem em Wuhan


Geneticista da Universidade de Cambridge defende que a Covid-19 "começou a infetar e a propagar-se nos humanos entre 13 de setembro e 7 de dezembro".

E se a pandemia do novo coronavírus não tiver tido início no passado mês de dezembro nem na cidade chinesa de Wuhan? Mais do que uma hipótese, este é, neste momento, um cenário plausível para Peter Forster, geneticista da Universidade de Cambridge.

Em entrevista concedida ao jornal South China Morning Post, o investigador britânico alertou que, ao contrário daquilo que tem vindo a ser noticiado, é provável que a Covid-19 tenha chegado aos seres humanos em setembro.

"O vírus pode ter-se mutado até à sua forma final eficiente em humanos há meses, mas manteve-se num morcego ou em outro animal, ou até mesmo humano, durante vários meses sem infetar qualquer outro indivíduo", começou por dizer.

"Depois, começou a infetar e a propagar-se nos humanos entre 13 de setembro e 7 de dezembro, gerando a rede que apresentamos, agora, no jornal 'Proceedings of the National Academy of Sciences'", acrescentou.

EUA com mais de 700 mil infetados e mais de 36 mil mortos


Foram registados 3.856 mortos, nas últimas 24 horas

Os Estados Unidos ultrapassaram, na sexta-feira, os 700 mil casos da covid-19 registados desde o início da epidemia no país, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

O país, que é desde o final de março o mais atingido do mundo pela covid-19 causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), conta agora 700.282 casos de contágio e 36.773 mortos, indicou.

Segundo a mesma fonte, consultada às 20:30 de sexta-feira (01:30 de hoje em Lisboa), os Estados Unidos registaram 3.856 mortos, nas últimas 24 horas, um número que inclui óbitos "provavelmente relacionados" com a covid-19 e não contabilizados inicialmente.

Esta semana, Nova Iorque anunciou que ia adicionar 3.778 mortes "prováveis" da covid-19 ao balanço de vítimas mortais da cidade.

Os Centros de prevenção e luta contra as doenças norte-americanos (CDC, uma agência governamental) indicaram que o país contava, na sexta-feira pelas 20:00 tmg (21:00 em Lisboa), 33.049 mortes, incluindo 4.226 prováveis, causadas pela covid-19.

Este número é ligeiramente inferior ao avançado pela Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos são o país com o mais elevado número de mortos causado pela doença respiratória, à frente da Itália (mais de 22 mil mortos), da Espanha (mais de 19 mil mortos) e de França (mais de 18 mil mortos).

EUA | Desemprego atinge mais de metade dos residentes em Los Angeles


Os setores do entretenimento e da restauração foram dos mais severamente atingidos pelas restrições impostas para mitigar a pandemia de covid-19 em Los Angeles, contribuindo para atirar mais de metade dos residentes para o desemprego.

Foi o que aconteceu a William Francis, de 44 anos, que perdeu o emprego no restaurante de luxo onde trabalhava há dois anos quando o estabelecimento decidiu encerrar totalmente as portas por causa da pandemia.

"Os meus chefes perceberam o que estava a acontecer e anteciparam-se ao encerramento obrigatório, para facilitar o nosso acesso aos benefícios de desemprego", disse à Lusa o norte-americano, que estudou teatro e fez carreira na restauração durante as últimas duas décadas em LA.

Segundo um estudo divulgado esta sexta-feira pela Universidade do Sul da Califórnia, apenas 45 por cento dos residentes em Los Angeles mantêm o emprego. Mesmo os que não foram demitidos na indústria do entretenimento, uma das grandes forças da cidade, viram os seus trabalhos afetados, como foi o caso do músico Raymond Bergstrom, 41 anos. "Todos os concertos desapareceram e tenho um projeto suspenso indefinidamente", afirmou.

No caso de William Francis, a expectativa é poder recuperar o emprego quando a pandemia de covid-19 for debelada, citando uma comunicação "transparente" e constante da gerência que o dispensou. "Seremos os primeiros a ser chamados quando as restrições forem levantadas", afirmou.

Casos de COVID-19 na Rússia ultrapassam 30 mil, com aumento diário recorde


Moscovo, 17 abr (Xinhua) -- A Rússia registou um aumento de 4.070 casos de COVID-19 nas últimas 24 horas, com o número total atingindo 32.008 nesta sexta-feira, mostraram dados oficiais.

O número total de mortos subiu de 232 para 273, enquanto 2.590 pessoas se recuperaram, incluindo 286 nas últimas 24 horas, informou o centro de resposta ao novo coronavírus da Rússia em um comunicado.

A República de Altai confirmou seu primeiro caso, o que significa que a pandemia se espalhou para todas as 85 regiões da Rússia.

Moscovo, a cidade mais atingida em todo o país, confirmou 1.959 casos nas últimas 24 horas, somando 18.105 até agora.

Prevê-se que o pico de infecções em Moscovo ocorra nas próximas duas ou três semanas, revelou a vice-prefeita da cidade, Anastasia Rakova, num vídeo para trabalhadores médicos.

Ela também disse que o número de pessoas que se recuperam do novo coronavírus está aumentando e espera que a tendência positiva se fortaleça.

A Rússia anunciou seus dois primeiros casos de COVID-19 em 31 de janeiro, com os casos aumentando significativamente desde o final de março. O número total alcançou 10 mil em 9 de abril e 20 mil em 14 de abril.

Uma equipa médica chinesa trabalha na Rússia desde 11 de abril para ajudar na luta contra a COVID-19.

Todos os russos, exceto aqueles que trabalham para instituições e estabelecimentos essenciais, estão de férias remuneradas de 30 de março a 30 de abril, como parte dos esforços do país para conter a disseminação do vírus.

China | Xi conversa por telefone com Putin sobre pandemia da COVID-19


Beijing, 17 abr (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, falaram por telefone na quinta-feira à noite, reafirmando o apoio mútuo na luta contra a COVID-19 e rejeitando a politização da pandemia.

Uma vez que a doença do coronavírus está se espalhando pelo mundo, todos os países enfrentam a árdua tarefa de combater a epidemia, disse Xi.

Lembrando que ele e Putin mantiveram duas conversas telefônicas em um mês para trocar opiniões e coordenar posições sobre como cooperar melhor na prevenção e controle da epidemia, Xi disse que isso demonstrou mais uma vez o alto nível das relações China-Rússia.

Xi observou que Putin está planejando e comandando pessoalmente a batalha da Rússia contra a doença contagiosa e introduziu uma série de medidas eficazes de prevenção e controle.

O lado chinês está confiante de que, sob a forte liderança de Putin, a Rússia certamente impedirá a disseminação da COVID-19 em uma data precoce, salvaguardará a segurança e a saúde das pessoas e restaurará o desenvolvimento econômico e social, acrescentou Xi.

A China e a Rússia estão conectadas por montanhas e rios, e seu povo compartilha uma amizade calorosa, assinalou Xi, acrescentando que o povo chinês terá em mente a assistência total da Rússia no momento mais difícil da luta chinesa contra a epidemia.

Segundo o presidente chinês, nos últimos dias, a equipe de médicos especialistas enviados pelo governo chinês vem trabalhando ativamente em Moscou e trocando experiências com seus colegas russos sobre como combater a doença.

A China forneceu um lote de assistência à Rússia e ajuda ativamente a Rússia a comprar suprimentos médicos antiepidêmicos na China, disse Xi, acrescentando que a China continuará oferecendo o apoio firme ao vizinho.

O presidente chinês expressou sua gratidão pelos esforços ativos que a Rússia fez para os cidadãos chineses na Rússia, dizendo acreditar que a Rússia, como sempre, protegerá o trabalho e a vida normais dos cidadãos chineses em seu território.

Ele destacou que a politização e a rotulagem da pandemia da COVID-19 são prejudiciais à cooperação internacional e sugeriu que a China e a Rússia trabalhem juntas para proteger a segurança global da saúde pública.

Notando que o comércio bilateral no primeiro trimestre deste ano aumentou 3,4% em termos anuais, Xi apontou que a expansão é especialmente valiosa no contexto da tendência geral de queda na economia mundial.

A China e a Rússia devem explorar novas formas flexíveis e diversas de cooperação em meio a medidas regulares de prevenção e controle de epidemias, de modo a impulsionar continuamente a cooperação bilateral, disse.

Ele disse estar confiante de que, através do teste da pandemia, a coordenação estratégica sino-russa se tornará mais resistente e robusta, e a amizade entre os dois povos se tornará mais forte do que antes.

Leia em Xinhua:

China regista dez novos casos de contágio local e 17 importados


Pequim, 18 abr 2020 (Lusa) - A China registou 27 casos da covid-19, nas últimas 24 horas, incluindo dez de contágio local, informou hoje a Comissão de Saúde do país.

O país asiático mantém assim a tendência de queda no número de casos importados, depois de um aumento significativo no início da semana, entre cidadãos chineses que entraram na província de Heilongjiang, no nordeste da China, a partir da Rússia.

Entre os casos de contágio local, sete foram detetados em Heilongjiang, dois na província de Guangdong, adjacente a Macau, e um em Sichuan, no sudoeste da China.

Até às 23:59 de sexta-feira (16:59 em Lisboa), não houve novas vítimas mortais.

O país voltou assim a reduzir o número de infetados "ativos", para 1.058, entre os quais 85 em estado grave.

O número total de infetados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 82.719, incluindo 4.632 mortos. Até ao momento, 77.029 pessoas tiveram alta.

As autoridades chinesas referiram que 723.835 pessoas que tiveram contacto próximo com infetados estiveram sob vigilância médica na China, entre as quais 8.893 permanecem sob observação.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 153 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.

JPI // EJ

Atualizado número total de mortos na cidade chinesa onde começou surto para 3.869


Pequim, 17 abr 2020 (Lusa) - As autoridades da cidade onde começou o surto do novo coronavírus, em dezembro passado, anunciaram hoje que mais 1.290 pessoas morreram em Wuhan, o que eleva o número total de óbitos locais para 3.869.

Com esta atualização, o número de vítimas mortais na China subiu para 4.632.

Estes casos não tinham sido ainda contabilizados nas estatísticas oficiais porque, no auge da epidemia na cidade, alguns pacientes morreram em casa, sem terem sido atendidos nos hospitais, então sobrelotados, afirmaram.

Os números oficiais só incluíam, até aqui, mortos nos hospitais, indicaram, na nota difundida nas redes sociais.

Com 11 milhões de habitantes, Wuhan, capital da província de Hubei (centro), esteve mais de dois meses sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas.

Em quase todos os países europeus e nos Estados Unidos, a taxa de letalidade é superior a 10%, quase o dobro do registado pela China, mesmo com esta atualização das autoridades de Wuhan.

Vários líderes mundiais questionaram já a gestão da crise pelas autoridades chinesas.

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