Cabo Verde será um dos primeiros países africanos a receber vacinas contra a Covid-19 através da plataforma internacional Covax, que contribuirá para a imunização de 35% da população do arquipélago, anunciou a ONU.
"A nossa equipa no país está orgulhosa em informar que Cabo Verde foi confirmado como um dos primeiros países africanos a receber o primeiro lote [de vacinas] pela Covax", disse esta segunda-feira (22.02) Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Nas próximas semanas, Cabo Verde vai poder comprar e administrar vacinas para cerca de 200 mil pessoas, o que representa 35% da população", acrescentou Dujarric.
Este anúncio resulta de quatro
meses de trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), com a liderança da coordenadora residente do
sistema da ONU
A Covax é
uma iniciativa conjunta da OMS e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI)
para fornecer vacinas contra a Covid-
Apoio do Banco Mundial
Cabo Verde foi o primeiro país africano a receber apoio económico do Banco Mundial para comprar vacinas, com a aprovação de um financiamento adicional de cinco milhões de dólares (cerca de 4,1 milhões de euros) em 11 de fevereiro.
"Foi a primeira operação financiada pelo Banco Mundial em África a apoiar um plano de imunização à Covid-19 e a ajudar a comprar e distribuir vacinas através da Covax", disse o porta-voz do secretário-geral da ONU.
O financiamento adicional será usado para comprar 400 mil doses de vacinas e equipamentos de proteção individual, inclusive máscaras.
No início de fevereiro, a Covax previa a distribuição de cerca de 337 milhões de vacinas a 145 países, incluindo sete países lusófonos - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste - que no conjunto terão acesso a cerca de 14 milhões de doses na primeira fase de distribuição.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Deutsche Welle | Lusa
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