terça-feira, 9 de março de 2021

Portugal | Menos 30 doentes graves em dia com 847 casos e 30 mortes por covid

Portugal reporta 30 mortes por covid-19 e mais 847 casos associados à doença. Número de internado recua para valores de outubro de 2020.

O acumulado de casos de covid-19 ascende a 811306, já contabilizando os 847 testes positivos reportados no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta terça-feira. Desde o início da pandemia, morreram 16595 pessoas, das quais 30 nas últimas 24 horas, o número mais elevado após cinco dias consecutivos com menos de 30 vítimas mortais. Há um mês, foram 203 num só dia.

Nos hospitais, a tendência é também de descida, com o total de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) a cair pelo 25.º dia consecutivo - são agora 312 os doentes graves, menos 30 do que na segunda-feira. No total, há 1278 pessoas internadas nos hospitais portugueses, menos 125 do que ontem.

O total de doentes graves é o mais baixo desde 2 de novembro, quando havia 294 pessoas a lutar pela vida em unidades de cuidados intensivos em Portugal. Já ao nível de internamentos gerais, enfermaria e UCI, os números recuam a 21 de outubro, quando a covid-19 cingia às camas hospitalares 1272 pessoas.

O número de casos ativos caiu para 60493, menos 1055 do que na segunda-feira, e menos de metade dos 127867 doentes registados há um mês, a 9 de fevereiro.

Há 22096 pessoas sob vigilância das autoridades sanitárias, menos 1785 em relação aos dados de ontem. Uma vez mais, o número de recuperados é superior ao de novos casos, com mais 1872 pessoas a serem consideradas curadas da doença - 743218 desde o início da pandemia.

O total de casos registado esta terça-feira, 847, é fortemente inflacionado pelos números da Madeira, que reporta 344 casos (40% do total diário em Portugal), em virtude da correção dos valores, subvalorizados devido a uma traso de 48 horas no reporte de um laboratório. O total, na Região Autónoma madeirense, desde o início da pandemia, é, agora, de 7866 testes positivos e 63 óbitos.

Nos Açores, a correção dos dados retirou dois casos ao total, agora de 3806, mantendo o mesmo registo de 28 óbitos desde o início da pandemia.

Número mais baixo de mortos na Região Norte desde outubro

No continente, a Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a mais afetada pela terceira vaga da pandemia. Soma 307226 casos, 288 nas últimas 24 horas, e 6981 vítimas mortais, 20 das quais reportadas no boletim da DGS desta terça-feira, dois terços (66%) do total nacional de óbitos.

A Região Norte registou dois óbitos, o número mais baixo desde 15 de outubro, e 147 casos positivos, o terceiro registo mais baixo deste mês, depois dos 57 de ontem e dos 74 da segunda-feira da semana passada. No total, morreram 5263 pessoas na região mais setentrional do país, de um total de 327781 casos de covid-19 registados desde o início da pandemia, fez no dia 2 um ano.

Ao centro, foram registados 63 novos casos de covid-19 (115711 no total) e seis óbitos, elevando a negra contagem de vidas perdidas para 2957 na Região Centro.

No Alentejo, foram reportados três novos casos e uma morte (28662 e 959 no total, respetivamente), enquanto no Algarve estão registados 20254 casos (mais quatro) e 344 mortes, numa região que não perde vidas para a covid-19 há seis dias.

Todas as vítimas mortais tinham mais de 50 anos

Das 30 vítimas mortais registadas no boletim da DGS desta terça-feira, 12 (quatro homens e oito mulheres) tinham mais de 80 anos. Cifra que representa cerca de 40% do total nacional diário de óbitos num escalão etário, o mais penalizado pela covid-19, em que morreram 10970 pessoas desde o início da pandemia, o que corresponde a 66% do total nacional.

No escalão imediatamente anterior, morreram 11 pessoas (nove homens e duas mulheres), o que equivale a cerca de 37% das mortes registadas nas últimas 24 horas, 16 pontos acima da percentagem anual na faixa etária dos 70-79 anos, na qual pereceram 3510 pessoas (21% do total nacional) desde o início da pandemia.

Na faixa etária dos 60-69 anos morreram seis pessoas, três de cada género. Como no escalão anterior, sem surpresa devido à queda percentual entre os mais velhos, há uma diferença de mais de dois dígitos entre o percentil anual (cerca de 9%) e o registado nas últimas 24 horas (20%). Números, estatísticas, que correspondem a vidas interrompidas pela covid-19, no caso dos sexagenários, 1467 desde que aquela doença começou a matar em Portugal.

Num dia sem vítimas mortais com mais de 49 anos, registo para a morte de um homem no escalão dos 50-59 anos, faixa etária que perdeu 443 vidas desde o início da pandemia, 319 do sexo masculino e 124 do feminino.

Augusto Correia | Jornal de Notícias

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