terça-feira, 27 de julho de 2021

Gigantes das novas tecnologias estão alinhados com o governo dos EUA

Em declarações à agência Xinhua, esta semana, Alonso afirmou que «há uma conivência, um alinhamento dos grandes empórios das telecomunicações e das novas tecnologias com as decisões do governo norte-americano».

O jornalista fez estes comentários a propósito da suspensão recente, por parte da YouTube e da Google, das contas do diário cubano Granma, do canal de televisão Cubavisión Internacional e do programa televisivo «Mesa Redonda», este último dirigido e apresentado por Alonso.

A suspensão, que se prolongou durante quase 24 horas, foi justificada com uma suposta infracção das leis de exportação dos Estados Unidos, que são aplicadas no contexto do bloqueio que, há mais de meio século, Washington mantém contra Cuba.

Em declarações à agência Xinhua, esta semana, Alonso afirmou que «há uma conivência, um alinhamento dos grandes empórios das telecomunicações e das novas tecnologias com as decisões do governo norte-americano».

O jornalista fez estes comentários a propósito da suspensão recente, por parte da YouTube e da Google, das contas do diário cubano Granma, do canal de televisão Cubavisión Internacional e do programa televisivo «Mesa Redonda», este último dirigido e apresentado por Alonso.

A suspensão, que se prolongou durante quase 24 horas, foi justificada com uma suposta infracção das leis de exportação dos Estados Unidos, que são aplicadas no contexto do bloqueio que, há mais de meio século, Washington mantém contra Cuba.

«O que é irónico no caso é que cerca de 24 horas depois, quando há uma denúncia internacional, quando a questão do bloqueio é denunciada, e o apontamos e condenamos como a causa do apagão informativo, a Google devolve a conta sem qualquer explicação», lembra Alonso.

Noutras ocasiões, noutras situações, as suspensões fundamentaram-se em alegadas violações de determinadas regras ou nalguma actividade estranha na rede, mas isso não foi o que se passou agora, sublinhou o jornalista.

«Isto faz parte, sem dúvida, de ensaios de apagões informativos contra Cuba por parte da administração norte-americana», afirmou, acrescentando que aquilo que se passou mostra como a suposta independência que exigem a empresas como Huawei ou Tiktok é falsa, porque «não a aplicam às suas próprias empresas, que não podem ir para lá das leis norte-americanas, e, além disso, aplicam a priori as normas do bloqueio contra Cuba».

Para o director do Cubadebate, estas empresas norte-americanas inserem-se na estratégia de confrontação do governo dos Estados Unidos contra Cuba, Venezuela, China e Irão.

«O que está em jogo por trás de tudo isto são acções de carácter geoestratégico e geopolítico, que não têm nada a ver com questões tecnológicas ou com violações das regras próprias do funcionamento das redes sociais», referiu.

No entender do jornalista cubano, Washington procura manter o controlo das comunicações, que «é ter o domínio cultural e ideológico e também o domínio simbólico», disse.

Muita censura

Em Setembro do ano passado, o Twitter suspendeu as contas dos principais meios de comunicação cubanos durante uma intervenção televisiva do presidente do país, Miguel Díaz-Canel, na qual deu conta dos obstáculos impostos por Washington ao abastecimento de combustível à Ilha.

Então, a empresa norte-americana bloqueou também as contas de Raul Castro Ruz, ex-presidente de Cuba, e da sua filha, Mariela Castro, deputada e directora do Centro Nacional de Educação Sexual, além das do diário Granma, do Cubadebate, da Radio Rebelde e do Canal Caribe.

Ao longo dos anos, os gigantes norte-americanos das tecnologias censuraram muitas outras contas cubanas, incluindo a da União de Jovens Comunistas, da agência Prensa Latina e do diário cubano Juventud Rebelde.

AbrilAbril

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