sexta-feira, 11 de março de 2022

Voluntários do Donbass vs. Mercenários de Kiev: Qual é a diferença?

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AndrewKorybko* | One World

O confronto ideológico de forças é de antifascistas genuínos no lado de Donbass lutando contra falsos 'antifascistas' em Kiev, os últimos dos quais são fascistas genuínos. Isso faz com que os primeiros mencionados sejam voluntários genuínos, enquanto os segundos são mercenários genuínos, mesmo que o observador desavisado possa considerá-los voluntários ou mercenários.

O presidente Putin expressou seu apoio na sexta-feira à proposta do ministro da Defesa Shoigu de que a Rússia ajude a realocar os voluntários internacionais para Donbass que estão ansiosos para ajudar essas duas repúblicas recém-reconhecidas. De acordo com Shoigu, “O maior número de solicitações, mais de 16.000, veio do Oriente Médio. Acreditamos que devemos atender a esses pedidos, principalmente porque o assunto não diz respeito a dinheiro, mas a um desejo genuíno dessas pessoas. Conhecemos muitos deles; eles nos ajudaram a combater o ISIS no período mais difícil, durante os últimos 10 anos.”

O presidente Putin respondeu dizendo que “sobre a mobilização de mercenários de todo o mundo e enviando-os para a Ucrânia. Podemos ver que os patrocinadores ocidentais da Ucrânia e o regime ucraniano não estão escondendo esse fato. Eles estão fazendo isso abertamente e negligenciando as normas do direito internacional. Então, se você vir que alguns voluntários gostariam de vir e ajudar as pessoas em Donbass, especialmente sem remuneração, então devemos encontrá-los no meio do caminho e ajudá-los a se mudar para a zona de guerra.” Muito previsivelmente, a Western Mainstream Media (MSM) e seus aliados divulgaram os fatos sobre essa proposta.

Alguns descreveram esses voluntários como “ mercenários ”, enquanto o infame russófobo e ex-embaixador dos EUA na Rússia Michael McFaul twittou que este é “outro sinal de desespero de Putin”. Os fatos, no entanto, contradizem esse giro. Estes são voluntários genuínos inspirados pela solidariedade ideológica com o povo de Donbass em sua luta antifascista para apoiar seus irmãos de armas, especialmente na esfera humanitária e na garantia de segurança das “células adormecidas” após o término da fase quente do conflito atual, exatamente como muitos deles fizeram na Síria vis-à-vis o grupo terrorista proibido ISIS.

AS EXTREMAS-DIREITAS VÃO BENEFICIAR COM A GUERRA NA UCRÂNIA

O conflito está a internacionalizar-se com a chegada de combatentes estrangeiros: militantes de extrema-direita estão a dirigir-se para a Ucrânia e a Rússia está a mobilizar mais mercenários. A guerra pode estar a entrar numa nova fase.

Ricardo Cabral Fernandes | Setenta e Quatro

Com a destruição das cidades ucranianas pelas tropas russas e com os civis a serem as principais vítimas, a guerra na Ucrânia pode estar a entrar numa nova fase. Há uma crescente internacionalização do conflito com a presença de combatentes estrangeiros: militantes de extrema-direita estão a dirigir-se para a Ucrânia e a Rússia está a mobilizar mais mercenários. 

Desde 2014 que a Ucrânia é ponto de atração para combatentes estrangeiros que pretendem desenvolver as suas capacidades militares e contactos internacionais. Aconteceu dos dois lados do conflito, do ucraniano e do russo, mas desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, que a situação tem evoluído de forma acelerada, e preocupante. Basta que se queira olhar sem tentar justificar, implicitamente, uma extrema-direita a favor da outra.

“Todos os amigos da Ucrânia que se queiram juntar à Ucrânia na defesa do país, por favor venham. Dar-vos-emos armas. Em breve anunciaremos como o poderão fazer. Todos os que defendem a Ucrânia são heróis”, disse em conferência de imprensa o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Um dia depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, anunciou que o Governo iria formar uma Legião Estrangeira Ucraniana, um velho sonho de uma parte da extrema-direita no país.

Apelos semelhantes foram inclusive feitos por governantes ocidentais. A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, descreveu a guerra na Ucrânia como uma “batalha pela democracia” e disse apoiar quem for combater os russos. O parlamento letão votou, por unanimidade, permitir que os seus nacionais fossem combater para a Ucrânia e a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, anunciou que o seu governo deixará os dinamarqueses irem combater no país da Europa de Leste. 

Desde o primeiro apelo ucraniano que mais de 20 mil estrangeiros de 52 países responderam ao chamamento para integrarem a nova Legião Estrangeira, inscrevendo-se num site para esse efeito. A rede diplomática ucraniana começou a anunciar o recrutamento, incluindo a embaixada ucraniana em Portugal. Os governos senegalês, argelino e nigeriano opuseram-se ao recrutamento nos seus países, queixando-se às autoridades ucranianas. 

As autoridades ucranianas estão a privilegiar estrangeiros que já tenham formação militar, especialmente de forças especiais - não querem voluntários que sejam carne para canhão. Os perfis e as motivações dos estrangeiros que querem ir combater na Ucrânia são bastante heterogéneos: uns vão à procura de aventura, outros são simples mercenários, outros tantos são ex-militares que se mostraram chocados com a invasão e as imagens dos bombardeamentos de civis pelas tropas russas – parece ser o caso de ex-militares portugueses. Mas outros, os que mais preocupam e uma minoria no bolo total, são militantes de extrema-direita.

ARMAS BIOLÓGICAS NAS MÃO DE NAZIS -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

No dia 16 de Fevereiro de 2022, uns dias antes da operação militar da Federação Russa na Ucrânia para desnazificar o país, o Tribunal de Justiça da União Europeia aprovou a decisão da Comissão em cortar fundos europeus aos países membros “onde sejam constactadas violações do Estado de Direito”. Os estados violadores são Hungria e Polónia. Contestaram a decisão mas perderam. São oficialmente contra os princípios e valores da democracia e por isso caem sob o peso do “mecanismo de condicionalidade”. Enquanto não respeitarem o regime democrático, recebem zero de fundos.

"O Tribunal rejeita integralmente as ações movidas pela Hungria e pela Polônia", disse em comunicado, oito dias antes da operação especial militar na Ucrânia, o Supremo Tribunal da UE. As decisões da União Europeia “respeitam os limites das competências atribuídas à UE e o princípio da segurança jurídica". O mecanismo de condicionalidade permite privar de fundos europeus países em que sejam constatadas violações do Estado de Direito.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no dia 16 de Fevereiro de 2022, oito dias antes da operação especial militar na Ucrânia saudou a decisão dizendo: “As decisões de hoje confirmam que estamos no caminho certo. A Comissão Europeia agora analisará cuidadosamente o argumento das sentenças e seu possível impacto nas próximas etapas. Atuaremos com determinação contra Polónia e Hungria”.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que “o Estado de Direito como pedra fundamental da União Europeia precisa de proteção. As violações pela Hungria e a Polónia custam a nossa credibilidade e a nossa coesão. O veredicto de hoje do Tribunal de Justiça confirma outra ferramenta importante para a UE proteger e fortalecer a nossa comunidade de valores."

A Comissão Europeia enviou em Novembro de 2021 cartas formais a Varsóvia e Budapeste em novembro descrevendo “muitas deficiências democráticas” naqueles países. O governo nazi da Polónia recusa aceitar a primazia da legislação da União Europeia sobre as leis polacas. No caso da Hungria (com um governo de extrema-direita belicista) há “graves ilegalidades nos contratos públicos, conflitos de interesses e corrupção nos gastos de fundos europeus”. Durante meses, o Parlamento Europeu, que aprova os orçamentos plurianuais da União Europeia, exigiu à Comissão que cortasse os fundos aos dois países, imediatamente.

Biolabs dos EUA na Ucrânia': Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje

'Biolabs dos EUA na Ucrânia': Conselho de Segurança da ONU se reunirá a pedido da Rússia sobre questão de armas biológicas, a China também pode apoiar as reivindicações russas

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OpIndia

O Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião para sexta-feira, 11 de março de 2022, a pedido da Rússia. A reunião está sendo agendada para discutir as alegações russas de que os Estados Unidos conduzem atividades biológicas militares na Ucrânia, uma alegação negada pelo governo Biden, embora tenha admitido a presença da Biolabs na Ucrânia.

O pedido russo veio de seu primeiro vice-embaixador da ONU, Dmitry Polyansky, depois que os EUA rejeitaram as alegações russas de que estão administrando laboratórios químicos e biológicos na Ucrânia.

Os Estados Unidos continuaram a rejeitar as alegações russas de administrar esses laboratórios de guerra biológica na Ucrânia. A porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, Olivia Dalton, descartou a coisa toda como uma operação de 'falsa bandeira' da Rússia. Ela disse que esta é apenas a Rússia tentando iluminar o mundo e destacou a história russa do uso de armas químicas no passado.

Da secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, ao Pentágono, todos os funcionários dos EUA afirmaram que esta é apenas uma desculpa da Rússia para agravar a situação na Ucrânia. Os Estados Unidos acreditam que a Rússia pode estar preparando o cenário para usar suas próprias armas de destruição em massa com esses Biolabs como desculpa. Os comentários de Jen Psaki vieram em resposta às acusações da American Biolabs na Ucrânia pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Os EUA financiaram a Biolabs na Ucrânia, a China culpou recentemente os EUA por operar centenas de Biolabs em todo o mundo

É notável aqui que o site oficial da Embaixada dos EUA na Ucrânia, em sua página oficial do “Programa de redução de ameaças biológicas”, mencionou que eles financiaram e trabalharam em colaboração com vários laboratórios na Ucrânia em patógenos mortais.

No entanto, o depoimento da subsecretária de Estado para Assuntos Políticos norte-americano, Victoria Nuland, admitindo a presença da Biolabs na Ucrânia, pôs em dúvida as alegações de inocência dos EUA sobre o assunto.

A China também culpou recentemente os EUA por operar centenas de Biolabs em todo o mundo. Como a China também é membro permanente do CSNU, espera-se que as reivindicações da Rússia recebam apoio da China.

Em 8 de março, o Ministério das Relações Exteriores da China acusou os EUA de operar 336 Biolabs em 30 países, incluindo 26 apenas na Ucrânia. Ele havia exigido que o governo Biden prestasse contas completas de todas as atividades militares biológicas das quais participou e submetesse esses laboratórios a verificação multilateral.

A tão esperada reunião do Conselho de Segurança da ONU está marcada para as 21h30, horário da Índia, na sexta-feira. Embora, como a maioria das reuniões da ONU, nada de útil seja esperado.

Apoio de 1.6 milhões U$D para guerra biológica de EUA-Ucrânia contra a Rússia?

A Ucrânia recebeu US $ 1,6 milhão para estudar como as aves migratórias transmitem infecções

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Mais de 60 cientistas dos EUA, Ucrânia e Geórgia estiveram envolvidos nos estudos

MOSCOU, 10 de março. /TASS/. O financiamento para um projeto dos EUA em laboratórios biológicos ucranianos para estudar a transmissão de infecções por aves migratórias totalizou US$ 1,6 milhão, de acordo com uma apresentação de slides para uma entrevista coletiva de Igor Kirillov, chefe das forças de proteção contra radiação, química e biológica das forças armadas russas.

A apresentação mostra que o projeto foi implementado em 2018-2020. As alocações chegaram a US$ 1,3 milhão. Os slides mostram as rotas de migração de patos selvagens do sul da Ucrânia, rastreadas por GPS.

"Durante a migração da primavera, algumas das aves migraram para o nordeste", disseram os materiais. "A distância máxima é de 2.000 km, algumas aves percorreram a distância em 3-4 dias."

"Na época do ninho, os pássaros estavam na Rússia", mostraram os documentos.

A principal direção da migração dos patos na primavera é leste e norte, enquanto uma pequena porção das aves migra para oeste e sul, disseram os jornais.

Os slides indicam que 42 surtos do subtipo H5N1 (a "gripe aviária" altamente patogênica) foram registrados na Crimeia, Kherson, Odessa e Sumy em 2005-2006, e mais três surtos na Crimeia em 2008. O vírus afetou galinhas, patos, gansos, perus, cisnes mudos e biguás.

As alocações para um projeto para estudar o espectro de patógenos que são disseminados por morcegos atingiram US$ 1,3 milhão. Mais de 60 cientistas dos EUA, Ucrânia e Geórgia estiveram envolvidos nos estudos, programados para 2020-2023. O programa teve como objetivo identificar novos patógenos virais e bacterianos significativos para a saúde humana e animal em morcegos na Ucrânia e na Geórgia.

No domingo, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, disse a repórteres que as forças armadas russas, durante uma operação especial na Ucrânia, descobriram fatos que mostram que um programa biológico militar financiado pelos EUA estava sendo implementado lá. Segundo o general, as informações obtidas dos funcionários dos laboratórios biológicos ucranianos indicaram que em 24 de fevereiro houve uma destruição urgente de patógenos extremamente perigosos para as seguintes doenças: peste, antraz, tularemia, cólera e outras doenças mortais.

Em 24 de fevereiro, Putin anunciou uma operação militar especial em resposta a um pedido de ajuda dos chefes das repúblicas do Donbass. Ele ressaltou que Moscou não tem planos de ocupar territórios ucranianos, mas visa desmilitarizar e desnazificar o país. O Ministério da Defesa russo disse que as tropas russas não estão atacando cidades ucranianas, mas estão incapacitando a infraestrutura militar ucraniana, portanto, não há ameaças à população civil.

*Título PG

Reação dos EUA e Reino Unido a relatórios sobre biolabs na Ucrânia impressiona

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Também a delegação russa levantou a questão dos laboratórios biológicos dos EUA na Ucrânia, observou Konstantin Gavrilov

MOSCOU, 9 de março. /TASS/. O chefe da delegação russa nas Negociações de Viena sobre Segurança Militar e Controle de Armas, Konstantin Gavrilov, descreveu como impressionante a reação dos Estados Unidos, Reino Unido e Ucrânia aos relatórios sobre os laboratórios biológicos administrados pelos EUA na Ucrânia.

Gavrilov lembrou que uma reunião do Fórum de Cooperação em Segurança foi realizada para se concentrar na operação especial russa na Ucrânia, segurança nuclear e biológica, questões humanitárias e a transferência ilegal de armas pequenas para a Ucrânia.

A delegação russa levantou a questão dos laboratórios biológicos dos EUA na Ucrânia, disse ele.

"Sabe o que é incrível? É a reação dos representantes dos EUA, Reino Unido e Ucrânia após nosso discurso", disse o chefe da delegação russa no canal de notícias Rossiya-24 na quarta-feira.

Gavrilov disse que os representantes dos EUA e do Reino Unido disseram que a atividade dos laboratórios biológicos não viola os regulamentos internacionais, enquanto a delegação ucraniana não reconheceu sua existência. O chefe da delegação russa acrescentou que em mais de 30 anos nunca havia encontrado algo assim em sua prática diplomática.

"A julgar por nossas sessões, eles (representantes da OSCE - TASS) fizeram de tudo para fugir da questão (dos laboratórios biológicos administrados pelos EUA na Ucrânia - TASS) em seus discursos, enfatizando que a Rússia está conduzindo uma guerra, agressão, distorcendo os fatos e tudo assim. Tanto na mídia quanto aqui. Nada de novo. Mas eles estão evitando esse tópico de todas as maneiras possíveis. Nós o levantamos proativamente e geramos uma enxurrada de reações", disse Gavrilov.

"Você sabe, algum tipo de confusão. E quando você cita [o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA Victoria] Nuland dizendo que eles fariam o possível para evitar que material de pesquisa biológica caísse nas mãos das forças russas, eles simplesmente fazem não ouvir", disse ele.

Na terça-feira, Nuland disse que existem instalações de pesquisa biológica na Ucrânia. Washington estava fazendo o máximo para evitar que "qualquer um desses materiais de pesquisa caísse nas mãos das forças russas".

Anteriormente, Igor Kirillov, que chefia a força de proteção contra radiação, química e biológica do exército russo, informou que uma rede de mais de 30 laboratórios biológicos foi formada em solo ucraniano por ordem da Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) do Departamento de Defesa dos EUA. . Segundo ele, em 24 de fevereiro, todos foram instruídos pelo Ministério da Saúde ucraniano a destruir completamente os agentes biológicos localizados nos laboratórios.

O OCIDENTE ENSINOU À RÚSSIA UMA DURA LIÇÃO. É HORA DE APROVEITAR

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Irina Alksnis | RIA Novosti | opinião

O êxodo em massa de negócios estrangeiros da Rússia, entre muitas outras consequências, destruiu dois mitos nos quais o mundo acreditava tanto nas décadas anteriores que começou a tomá-los como uma verdade incondicional e auto-evidente.

Em primeiro lugar, trata-se da teoria popular de que as empresas multinacionais são as líderes, organizadoras e impulsionadoras da globalização, na qual inevitavelmente assumirão o controle dos estados-nação e, eventualmente, os suprimirão. Na última semana, ficou claro que qualquer empresa transnacional, por mais grandiosa, rica e poderosa que seja, tem uma pátria - e quando dá uma ordem (por exemplo, para sair deste ou daquele país), a única coisa que lhe resta é obedecer.

Pois bem, o segundo mito destruído naturalmente decorre do primeiro: que o negócio, especialmente o de grande porte, é pautado em suas atividades unicamente por considerações de benefício econômico. A mídia está cheia de estimativas de especialistas sobre as perdas das empresas que saem da Rússia, no valor de dezenas e centenas de milhões e, em alguns casos, até bilhões de dólares. As próprias marcas enquadram suas decisões com palavras sobre "suspensão temporária do trabalho", atrás da qual se lê o desejo de deixar a porta entreaberta e logo retornar ao mercado russo, mas, como em uma piada, "continuar a comer o cacto".

No entanto, para a Rússia , o que está acontecendo não é apenas e não tanto educacional, como representa um desafio enorme e muito difícil que precisa ser respondido. Nas próximas semanas e meses, o estado terá que tomar decisões urgentes para preencher as lacunas que se formaram – desde a prevenção do desemprego em massa até a continuidade da operação ininterrupta de indústrias-chave. Pode parecer absurdo, mas, por exemplo, a saída do McDonald's e de outras empresas similares realmente criará problemas com a alimentação pública nas grandes cidades - problemas que precisam ser resolvidos o mais rápido possível. Não há necessidade de falar sobre TI em outros setores estratégicos.

Mas, além das tarefas urgentes mais urgentes da Rússia (e não apenas da Rússia), à luz do que está acontecendo, uma revisão fundamental da própria abordagem estatal ao investimento estrangeiro está à frente.

FACEBOOK INCITA AO TERRORISMO, À VIOLÊNCIA E AO ÓDIO

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ONU preocupada com decisão de Meta (Facebook) de pedir violência contra russos

A ONU prometeu discutir com Meta a decisão sobre os apelos à violência contra os russos

GENEBRA, 11 de março - RIA Novosti. A decisão de Meta de permitir o incitamento à violência contra os russos é motivo de preocupação, disse Elizabeth Throssell, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, em um briefing.

"Falei com colegas que lidam com esses temas. E eles dizem que vão levantar essa questão com a Meta para entender melhor", disse ela.

Throssell chamou a atenção para a falta de clareza, pois tal decisão pode levar a discursos de ódio contra os russos em geral.

"Isso causaria muita preocupação", acrescentou.

Mais cedo, a Reuters, citando documentos internos da corporação, informou que o Meta, no contexto da situação na Ucrânia , permitiria que usuários do Facebook e Instagram em alguns países pedissem violência contra os russos e militares russos, bem como para o morte do presidente russo Vladimir Putin e do líder bielorrusso Alexander Lukashenko . Tratava-se de mudar a política de proibição do discurso de ódio nas redes sociais.

Foi esclarecido que a permissão temporária para incitação à violência se aplica a países como Rússia , Ucrânia e Polônia , bem como Letônia , Lituânia , Estônia , Hungria , Romênia e Eslováquia . E-mails relevantes foram enviados aos moderadores de conteúdo.

Mais tarde, o porta-voz da empresa, Andy Stone, esclareceu que a Meta havia suspendido sua proibição de incitação à violência contra os militares russos, mas não contra civis.

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. As forças armadas dizem que estão atacando apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas. Há vítimas de ambos os lados.

Depois disso, muitos países ocidentais impuseram sanções em larga escala contra Moscou, principalmente contra o setor bancário e o fornecimento de produtos de alta tecnologia. Além disso, muitas marcas e serviços anunciaram o encerramento dos trabalhos no país.

*Título PG

Putin aprovado | Mais de 77% dos russos confiam em Putin, mostra pesquisa

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Pesquisa VTsIOM: 74,6% dos russos aprovam o trabalho de Putin como presidente, 77,4% confiam nele

MOSCOU, 11 de março - RIA Novosti. Vladimir Putin tem a confiança de 77,4% dos russos, seu trabalho como presidente da Federação Russa é aprovado por 74,6%, de acordo com os resultados de uma pesquisa da VCIOM .

A taxa de aprovação das atividades do presidente no período de 28 de fevereiro a 6 de março foi de 74,6%, o índice de confiança de Putin para o mesmo período foi de 77,4%, de acordo com os resultados do estudo.

Segundo a pesquisa, 18,7% dos entrevistados manifestaram desconfiança no presidente e 16,4% não aprovam seu trabalho na presidência.

A pesquisa da iniciativa " VCIOM -Sputnik" foi realizada de 28 de fevereiro a 6 de março. Russos com mais de 18 anos participam da pesquisa; 1.600 entrevistados são entrevistados diariamente. O valor médio para sete dias da pesquisa é dado.

O método de pesquisa é uma entrevista por telefone. Para esta amostra, o tamanho máximo do erro com probabilidade de 95% não excede 1%.

Imagem: Getty Image

Guiné-Bissau | Congresso adiado? "Nada vai impedir o PAIGC de se reunir"

Comissão preparatória admite que congresso do PAIGC poderá ser adiado alguns dias por causa de uma providência cautelar. À DW, político confessa que Simões Pereira poderá reconquistar a liderança: "É o melhor que temos".

É uma boa notícia para o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). O Governo da Guiné-Bissau levantou algumas restrições impostas no âmbito do combate à pandemia de Covid-19 e volta a ser possível realizar atividades político-partidárias, como o X congresso do PAIGC.

O encontro foi adiado em fevereiro e inicialmente agendado para esta semana. Mas, ao que DW África apurou, já não deverá realizar-se de 10 a 13 de março, por causa de uma providência cautelar interposta por um ex-militante.

Ainda assim, Manuel Santos, presidente da comissão preparatória do Congresso, acredita que esta questão será ultrapassada em breve e diz que nada impedirá o PAIGC de se reunir em congresso.

Angola | DISSIDÊNCIA PODE SER TRAIÇÃO

Artur Queiroz*, Luanda

Primeiras eleições multipartidárias em Angola. O objectivo foi chancelar a democracia representativa e enterrar de vez a República Popular. Eu estava lá, 47 anos, mas como tinha ar de galã do cinema, ninguém me dava mais do que 46 e meio. Um rapaz novo! O MPLA era apontado como perdedor pela imprensa internacional e os argumentos invocados pelos escribas eram hilariantes ou tão desconchavados que me deprimiam. Os propagandistas da CIA e do Pentágono engendraram uma narrativa e todos a repetiam acefalamente. Depois estendiam a mão e os donos deixavam lá umas moedas. 

O MPLA estava cercado e silenciado. Quebrei o cerco e dei voz aos seus dirigentes. Todas as semanas escrevia um caderno inteiro na revista “Sábado”. Os enviados dos Media portugueses repetiam penosamente os recados que lhes faziam chegar. A UNITA já ganhou as eleições e o MPLA vai perder, porque não foi capaz de governar Angola desde 11 de Novembro de 1975. Vejam bem, nem sequer conseguiram levar água e luz aos habitantes dos musseques!

O MPLA tinha na direcção da campanha um trio de peso: Lopo do Nascimento, Kundi Paiama e Marcolino Moco. A ligação entre a direcção partidária, as delegações provinciais, municipais, comunais e os comités era feita por João Lourenço e uma equipa muito aguerrida mas também muito profissional. Todos os movimentos, todas as acções de campanha, todos os comícios, a distribuição de propaganda e equipamentos eram da responsabilidade do actual Presidente da República. E ainda tinha a se cargo a informação e os contactos com os Media.

O meu primeiro pensamento foi que aquilo era muita areia para a camioneta de um homem só. Mas uma semana depois rendi-me. João Lourenço dava conta de todos os recados, abria todas as frentes e desenhava a política de informação, diariamente. Fiquei a saber por ele que o MPLA ia promover as figuras de Marcolino Moco e Salomão Xirimbimbi: “Como vamos ganhar as eleições, esses dois dirigentes vão ser a imagem do nosso Governo. Moco como primeiro-ministro e Xirimbimbi o homem da área económica e da promoção de negócios e investimentos estrangeiros”.

Entrevistei os dois em Luanda, entrevistei Kundi Paiama no Huambo, entrevistei Lopo do Nascimento depois de um comício memorável no Lubango. No dia das eleições publiquei na primeira página da revista Sábado uma sondagem, da responsabilidade de Luís Filipe Colaço, que dava maioria absoluta ao MPLA. Cem por cento certa. Os vários contactos que mantive com direcção da campanha do MPLA mostraram-me que João Lourenço e Marcolino Moco tinham uma relação muito próxima, cimentada pela amizade e a camaradagem.

Marcolino Moco, na qualidade de cabeça de lista do MPLA e secretário-geral do partido, foi convidado a fazer Governo. Mais tarde fiz com ele o livro MARCOLINO MOCO UM GOVERNO À PROVA DE GUERRA. Salomão Xirimbimbi era o homem da área económica. Os sicários da UNITA não os deixaram cumprir o programa de governo e destruíram Angola, regressando à guerra. Hoje chegou-me o som de uma entrevista de Marcolino Moco à Rádio Eclésia. O que ouvi deixou-me em estado de choque. 

Um jurista brilhante, académico, formador de jovens na área do Direito despiu-se de todas essas credenciais e pôs-se a especular. Disse mais ou menos isto: O Tribunal Constitucional vai reprovar os congressos do MPLA e da UNITA e volta tudo às direcções anteriores. Só que o MPLA regressa à liderança de João Lourenço e a UNITA à de Isaías Samakuva. Porque João Lourenço tem medo de Adalberto da Costa Júnior! Marcolino Moco também disse que a presidente do Tribunal Constitucional recebeu ordens para anular o congresso da UNITA.

Marcolino Moco, jurista, entra em especulações. Marcolino Moco jurista ofende a presidente do Tribunal Constitucional de uma forma gratuita, vestindo a pele de um qualquer engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior ou Abílio Canmalata Numa.

Marcolino Moco político ofende o Presidente da República João Lourenço dizendo que ele dá ordens a titulares do Poder Judicial e concretamente à presidente do Tribunal Constitucional.

Marcolino Moco político chegou ao topo da sua carreira nas fileiras do MPLA. Conheci-o como jovem, dirigente da JMPLA. Fiz com ele um livro quando era primeiro-ministro de um Governo do MPLA. A nossa amizade nasceu e consolidou-se sob a bandeira do MPLA, com a militância nas fileiras do MPLA.

Marcolino Moco é um dissidente do MPLA e a dissidência, pelos vistos, obrigou a excrementar a sua amizade com João Lourenço. Porquê? Este primeiro mandato do Chefe de Estado decorreu sob esta bandeira: Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem. 

Eu acho que algumas coisas que estavam mal ficaram pior e outras que estavam bem ficaram mal. Outras foram corrigidas com sucesso e muitas que estavam bem, ficaram ainda melhor. Em Agosto o eleitorado julgará se o balanço é positivo ou negativo. Se a governação corre mal isso é motivo para dissidência? Então todos os partidos do mundo ficam vazios porque no exercício do poder, nem tudo corre bem, nem todas as promessas são cumpridas e muitas medidas políticas dão para o torto. Quando isso acontece, os militantes do MPLA devem ajudar a corrigir o que corre mal, nunca baterem com a porta na cara das e dos camaradas que estão no Executivo.

O Hospital D. Alexandre do Nascimento correu muito bem. O Hospital Hematológico, uma maravilha. A ministra da Saúde até disse que tem poucos médicos angolanos e “vamos formar mais especialistas”. Os centros de hemodiálise em várias províncias correm bem. Um deles é no Hospital Pedalé o mentor político de Marcolino Moco. O Plano Integrado de Intervenção nos Municípios funciona em pleno. Muito bom. O Programa Kwenda é um bom instrumento de combate à pobreza.

Marcolino Moco é dissidente do MPLA porque há dificuldades na execução do programa de governo. E colocou-se nos antípodas elegendo o engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior como o seu líder. Meu caro Moco. A UNITA ainda é aquele sinédrio de bandidos que matou o teu irmão. Ainda é o bando de assassinos que tentou matar-te no Huambo. É uma seita que tem Jonas Savimbi como deus. É o bando armado que destruiu Angola quando eras primeiro-ministro. O MPLA continua a ser o que sempre foi. O partido que fundou a Nação Angolana. Assim, a dissidência tem outro nome. Um dia destes digo-te qual é. 

* Jornalista

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- O Homem que Invejou a Sorte da Sogra

Seke La Bindo

Thumba era um grande negociante. Ia das aldeias vizinhas do rio Luchico até ao Lóvua e Chitato vender as suas colheitas. Por isso, passava muito tempo fora de casa. Quando voltava, surpreendia a esposa com belos panos e no lar nunca faltava sal e fósforos. A sua comida preferida era feijão com pirão. A mulher já sabia e quando ele voltava dos negócios, preparava uma grande panela de feijão que toda a família comia com prazer.

Um dia Thumba regressou a casa sem que ninguém o esperasse. Mal entrou em casa viu a grande panela do feijão na fogueira. Ficou muito feliz e pensou:

- A minha mulher é adorável, mesmo sem saber que estou de regresso, está a fazer uma feijoada!

Estava ele com este pensamento quando viu a sogra sentada num banquinho ao fundo do quintal. Afinal o manjar era para a visita. Ficou muito desiludido porque a mulher não estava a cozinhar a sua comida preferida para ele, mas para a mãe. Triste e irritado entrou em casa e foi descansar na esteira. A jornada tinha sido tão longa que só lhe apetecia dormir.

A mulher tinha ido a casa de uma vizinha e quando deu pela chegada do marido ficou muito feliz e foi imediatamente procurá-lo para lhe dar um abraço. Mas Thumba recebeu-a com frieza.

- O que se passa meu marido, já não gostas de ver a tua mulher no regresso de tão longa jornada?

- Sim, gosto, mas estou cansado e agora prefiro que me deixes descansar.

- Meu marido, tens uma panela de feijão à espera! 

- Não, o feijão é para a visita de nossa casa. 

- Isso pensava eu, mas ela não gosta de feijões. Então fui às árvores do rio apanhar masenda. Os troncos estão cheios de larvas e eu trouxe grande quantidade que chega para todos!

Thumba ouviu estas palavras e ficou arrependido por ter uma reacção tão negativa. Afinal era ele que ia comer os feijões. Ficou irritado e frustrado sem qualquer razão. Se não fosse tão precipitado tinha vivido o reencontro com alegria e felicidade.

A sogra de Thumba percebeu que o genro estava frustrado e irritado. Mas não quis aprofundar os problemas entre marido e mulher. Quando ele regressou ao quintal disse ao genro, com uma voz doce e amigável:

- Tem mais valor aquele que se domina a si próprio do que quem conquista uma cidade!

A esposa de Thumba pôs a mesa. Para a sua mãe, que era visita, preparou uma panela de masenda. Ela e o marido comeram os feijões enquanto o viajante contava todos os sucessos da sua viagem ao Lóvua.

No final da refeição, Thumba deu um pano à sogra e outro à esposa. Para as crianças ele trouxe roupas novas. Todos ficaram felizes.

Ndóho ya makúnde séhejela nayo, hánji nôko-weno kéxi kwálya: Fica feliz com os feijões que vês preparar para a tua sogra, talvez ela não goste e ficam para ti. 

Guardado está o bocado para quem o há-de comer.

AUSÊNCIA DE ISABEL DOS SANTOS DE ANGOLA DIFICULTA INVESTIGAÇÕES

Palavras do procurador-geral de Angola, que justifica ainda a morosidade do processo com a sua complexidade. Hélder Pitta Grós está de visita a São Tomé, onde Angola foi elogiada pela reforma no setor da Justiça.

O procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Grós, disse, esta quinta-feira (10.03), que a ausência da empresária Isabel dos Santos do país está a dificultar o andamento dos processos em curso contra a empresária.

"O processo está numa fase de investigação criminal, que é uma fase secreta, portanto partilhamos só com os advogados, quando necessário, e está a ser feito trabalho internamente, não é ético da nossa parte estar a divulgar peças ou atos processuais", disse o procurador à Lusa em São Tomé e Príncipe, onde assistiu à inauguração do novo edifício do Ministério Público.

Questionado sobre a demora nas investigações à empresária e filha do antigo presidente de Angola José Eduardo dos Santos, o procurador-geral de Angola respondeu: "A morosidade em termos de resultado definitivo é, por um lado, a complexidade e grandiosidade do processo, e por ela [Isabel dos Santos] não se encontrar em Angola, isso também cria algumas dificuldades".

O processo, acrescentou: "Não morreu, está vivo, e vamos obtendo cada vez mais provas para consolidar a peça final do processo".

Elogios a Angola

No evento em São Tomé e Príncipe, em que participou Hélder Pitta Grós, Angola foi elogiada pelas várias reformas, nomeadamente no setor da Justiça.

"É bom ver reconhecido o trabalho que temos feito em Angola, temos muito mais para fazer do que aquilo que já foi feito, mas é um incentivo ver que há um reconhecimento externo de que estamos a trabalhar e no bom caminho, e assim permite-nos mobilizar outras forças para nos apoiar nesse combate", disse o procurador.

Questionado sobre as recentes notícias que dão conta de uma investigação ligada à compra de dois edifícios pelo Ministério dos Transportes a um amigo de infância do ministro, pelo valor de quase 100 milhões de euros, Pitta Grós confirmou uma investigação, mas desvalorizou o caso, apontando que há muitas averiguações que não dão em nada.

"Nós não divulgamos o trabalho feito no inquérito, porque podemos antes do inquérito criminal, temos de chegar ao final do inquérito preliminar feito pela direção nacional de prevenção e combate à corrupção, e só no final, havendo provas ou factos suscetíveis de serem considerados crimes, passamos para a segunda fase, que é o processo-crime", explicou o procurador.

"Nesta fase processual os visados nem sequer são interrogados, há inquéritos que são instaurados e depois acabam por ser arquivados por não encontrarmos indícios de crimes, temos de esperar que o inquérito seja concluído para vermos se vamos passar à segunda fase de instauração de processo-crime e aí as pessoas são notificadas da sua condição como arguidos", acrescentou, concluindo: "Todos os dias instauramos processos de inquérito, mas nem todos chegam a processo crime".

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ), que integra vários órgãos de comunicação social, analisou, ao longo de vários meses, 356 gigabytes de dados relativos aos negócios de Isabel dos Santos entre 1980 e 2018, que ajudam a reconstruir o caminho que levou a filha do ex-presidente angolano a tornar-se a mulher mais rica de África, divulgando as principais conclusões no princípio de 2020.

Durante a investigação foram identificadas mais de 400 empresas (e respetivas subsidiárias) a que Isabel dos Santos esteve ligada nas últimas três décadas, incluindo 155 sociedades portuguesas e 99 angolanas. 

Deutsche Welle | Lusa

Moçambique | Dívidas ocultas: Sentença marcada para 1 de Agosto

O anúncio da data foi feito, esta quinta-feira, pelo juiz Efigénio Baptista, que admitiu a possibilidade da data poder ser alterada, uma vez que há atos processuais e despachos que ainda devem ser realizados.

O juiz do processo principal das dívidas ocultas em Moçambique marcou a leitura da sentença para 1 de agosto, admitindo a possibilidade de uma alteração da data por força de atos processuais que ainda terão de ser praticados.

Efigénio Baptista, no final da sessão das alegações finais, declarou: "1 de agosto, às 10:00 [de Maputo], em princípio, fica essa data marcada para a leitura da sentença".

O magistrado admitiu que a data da leitura da decisão pode sofrer alteração, porque ainda há atos processuais e despachos que devem ser realizados.

O debate sobre um pedido de arresto provisório de bens dos 19 arguidos do processo principal das dívidas ocultas é um dos pontos sobre os quais a defesa, acusação e juiz ainda terão de se debruçar antes da leitura da sentença, observou o magistrado.

Na sessão desta quinta-feira (10.03), o Ministério Público contra-alegou os argumentos dos advogados da defesa, tendo estes replicado, cabendo, por último, a palavra, a cada um dos 19 arguidos.

Os 19 arguidos reiteraram a sua inocência, pedindo a absolvição dos crimes de que são acusados.

Nas suas alegações finais na semana passada, o Ministério Público moçambicano pediu ao tribunal pena máxima para oito dos 19 arguidos, pena próxima da máxima para 10 arguidos e a absolvição de apenas um.

O Ministério Público moçambicano pediu ainda ao tribunal que os arguidos sejam condenados ao pagamento de uma indemnização de 2,3 mil milhões de euros, correspondentes ao total das dívidas ocultas, acrescidos de juros de 779 mil euros calculados até 2019.

Deursche Welle | Lusa

Embaixada: Maputo "está a tentar localizar" moçambicano raptado na Ucrânia

Ainda não há informações sobre o paradeiro, nem sobre os motivos do rapto do moçambicano Álvaro Cossa em Kiev. Há movimentações diplomáticas para tentar encontrar o empresário, diz a Embaixada de Moçambique na Alemanha.

Álvaro Cossa vive na Ucrânia há mais de 30 anos e, nos últimos dias, tem falado à imprensa moçambicana sobre a guerra no país. Porém, esta semana o empresário foi sequestrado por pessoas até aqui não identificadas, quando ia/vinha do supermercado. 

Em declarações recentes à DW África, o empresário lamentou a invasão russa. Cossa disse também ao canal moçambicano STV que "o Ocidente tem grande culpa", porque deixou o conflito alastrar-se durante muitos anos.

A DW entrevistou o ministro conselheiro da Embaixada de Moçambique na Alemanha, Julião Langa, sobre as ações para resgatar Cossa, bem como sobre as medidas de Maputo para apoiar os cerca de 15 estudantes moçambicanos que se refugiaram na Polónia, fugindo da guerra na Ucrânia.

Operação especial da Rússia na Ucrânia pode ter sucesso sem mudança de regime

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

Os objetivos sócio-políticos e militares que a Rússia pretende alcançar podem ser cumpridos por meios diplomáticos, desde que o presidente ucraniano Zelensky tenha a vontade.

A operação militar especial da Rússia na Ucrânia visa perseguir vários objetivos: parar o genocídio de Kiev do povo russo indígena de Donbass; desnazificar e desmilitarizar o país; assegurar a sua neutralidade; e, idealmente, encorajando-o a proteger os direitos das minorias, bem como reconhecer a reunificação da Crimeia com a Rússia e a independência das Repúblicas do Donbass. Todas essas tarefas ambiciosas podem ser realizadas sem mudança de regime, especialmente considerando o fato de que a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova , confirmou recentemente que seu país não tem tais intenções.

Por mais complexo que tudo pareça, a situação é bastante simples. Os EUA assumiram o controle das burocracias militares, de inteligência e diplomáticas permanentes da Ucrânia (“estado profundo”) por procuração depois que as forças fascistas-nacionalistas aliadas concluíram seu golpe da Revolução Colorida “EuroMaidan” no início de 2014 . Isso levou o país ao caminho sombrio de ser artificialmente transformado no chamado “anti-Rússia”, que se refere ao conceito de armar todo o estado contra seu vizinho fraterno e justificar esses objetivos belicistas através da ideologia fascista que foi posteriormente imposta sobre sua sociedade.

A Rússia procurou resolver diplomaticamente a crise de mísseis não declarada provocada pelos EUA na Europa, compartilhando seus pedidos de garantia de segurança com os EUA e a OTAN, mas sem sucesso. Eles não negociaram sinceramente com Moscou de boa fé, nem levaram a sério suas preocupações legítimas. A informação da inteligência russa sobre o início pré-planejado de Kiev de uma terceira escalada de guerra civil no Donbass, os programas de armas de destruição em massa (WMD) daquele país e a neutralização acelerada dos EUA das capacidades de segundo ataque nuclear da Rússia levaram o presidente Putin a decidir agir quando o fez.

As Forças Armadas Russas (RAF) estão tomando o máximo cuidado para travar uma guerra limpa que limite as baixas civis e os danos colaterais em total alinhamento com as opiniões de seu Comandante-em-Chefe sobre a unidade histórica de russos e ucranianos que ele elaborou em seu detalhado artigo do verão de 2021. Isso explica os números de baixas oficialmente relatados pela Rússia na semana passada, bem como o fato de que a Grande Potência da Eurásia não flexionou irresponsavelmente seu poderio militar para destruir completamente as cidades ucranianas exatamente como os EUA destruíram a Iugoslávia, afegãos, iraquianos, líbios, sírios e outros ao longo dos anos.

CHEGA DE COCA-COLA E HAMBURGUERES

Fornecedores ocidentais de alimentos e bebidas suspendem o trabalho na Rússia

# Publicado em português do Brasil

Isso está ocorrendo em meio à operação especial da Rússia na Ucrânia e novas sanções ocidentais contra Moscou

MOSCOU, 9 de março. /TASS/. Cadeias de restaurantes e fornecedores de alimentos estrangeiros estão seguindo os passos de outras indústrias, começando a anunciar a suspensão de suas operações na Rússia.

Isso está ocorrendo em meio à operação especial da Rússia na Ucrânia e novas sanções ocidentais contra Moscou. A TASS reuniu os destaques das decisões de empresas estrangeiras.

Comida rápida

- A empresa norte-americana McDonald's anunciou planos para fechar temporariamente todos os seus 850 restaurantes na Rússia. Mas eles continuam funcionando, e a linha direta russa não conseguiu esclarecer quando a decisão de suspender as operações entrará em vigor. A empresa prometeu continuar a pagar salários aos funcionários russos, que somam um total de 62.000 pessoas.

- A empresa americana Yum! A Brands , dona das redes KFC e Pizza Hut, suspendeu os investimentos na Rússia e não planeja novas inaugurações. Os pontos de venda administrados pela empresa, ao invés de franquias, vão suspender o trabalho.

- A rede de restaurantes de fast food Burger King negou as especulações de que estava deixando a Rússia. A empresa disse que continuará trabalhando no país, abrirá novos restaurantes em 2022 e "ainda considera o país como um de seus mercados estratégicos". As dificuldades com o fornecimento de alguns ingredientes são temporárias e não críticas, disse a empresa.

- A Starbucks , com sede nos EUA, encerrará por enquanto sua operação na Rússia, incluindo suprimentos de alimentos para a Rússia.

Bebidas não alcoólicas

- The Coca-Cola Company , que produz bebidas não alcoólicas, interromperá temporariamente o trabalho na Rússia. Possui 10 fábricas de engarrafamento em todo o país.

- A PepsiCo não venderá bebidas por enquanto, incluindo 7Up e Mirinda, e comprará publicidade na Rússia. A empresa continuará a vender produtos essenciais, como fórmulas infantis e produtos lácteos. A PepsiCo apoiará 20.000 de seus funcionários na Rússia e 40.000 trabalhadores na indústria agrícola que estão envolvidos em suprimentos.

Bebidas alcoólicas

- A Heineken está suspendendo as exportações de cerveja e projetos de investimento na Rússia. A produção e venda de cerveja sob a marca Heineken serão temporariamente interrompidas. Ao mesmo tempo, as fábricas russas da Heineken, assim como as divisões operacionais e comerciais, não estão sendo fechadas. A Heineken, cujo portfólio inclui marcas como Amstel, Okhota e outras, possui sete cervejarias na Rússia. A empresa também se recusou a receber lucro das atividades operacionais de sua divisão russa. A empresa disse que o cuidado com os funcionários continuará sendo sua prioridade.

- A Carlsberg , dona das marcas Tuborg, Holsten e Kronenbourg, também está desistindo de novos investimentos na Rússia e das exportações de produtos de outras divisões para a Baltika russa. A empresa dinamarquesa garantiu que está "se esforçando para apoiar os funcionários". A Baltika vai adaptar processos e planos às novas mudanças.

- A Diageo , maior produtora mundial de bebidas alcoólicas, dona de marcas como Guinness, Baileys, Captain Morgan e outras, suspendeu o fornecimento para a Rússia.

Comida 

- O fabricante finlandês de laticínios Valio decidiu encerrar seu trabalho na Rússia. A empresa possui uma fábrica perto de Moscou, que emprega 400 pessoas. Se ele apoiará seus funcionários não foi relatado.

- A produtora de café Paulig , com sede na Finlândia, também anunciou sua saída da Rússia, mas não disse o que acontecerá com os 200 funcionários de sua planta na região de Tver.

- A empresa finlandesa Fazer , que produz chocolate e produtos de panificação, parou de trabalhar na Rússia. As empresas da empresa em Moscou e São Petersburgo empregam 2.300 pessoas.

- A empresa britânica de tabaco Imperial Brands , que produz as marcas Davidoff, Richmond e Gitanes, interromperá temporariamente as vendas, fabricação e publicidade de seus produtos na Rússia. Os funcionários russos continuarão sendo pagos. A empresa tem uma fábrica em Volgogrado.

- A empresa francesa de alimentos Danone disse que permanecerá no mercado russo. A empresa pretende continuar a fornecer alimentos aos consumidores e pacientes.

O que acontece com os funcionários?

- Se a empresa parou ou suspendeu o trabalho, o empregador é obrigado a continuar pagando os funcionários, disse Alexander Shershukov, vice-chefe da Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia (FNPR). Ele disse que quando os trabalhadores são demitidos, eles devem receber um aviso de acordo com a lei russa. Se os direitos das pessoas forem violados, o sindicato da empresa poderá defendê-los. Uma pessoa também pode fazer isso por conta própria, entrando em contato com os serviços de direitos trabalhistas do governo ou levando o assunto ao tribunal.

- O desemprego não deve aumentar no segmento de restaurantes, disse Sergey Mironov, presidente do Sindicato dos Gerentes de Restaurantes da Rússia e ombudsman do negócio de restaurantes em Moscou, à TASS. Os funcionários do McDonald's tentarão conseguir empregos em outros lugares em um mercado de trabalho com escassez de mão de obra, disse ele. Ele também explicou que seria um desafio para a rede de fast-food KFC deixar completamente a Rússia, já que a maioria de seus pontos de venda opera como franquias.

Imagem: © Kirill Kukhmar/TASS

Rússia não quer guerra, mas garantirá independência do Ocidente, enfatiza Lavrov

# Publicado em português do Brasil

Sergey Lavrov destacou que Moscou está pronta para discutir garantias de segurança para Kiev e não descartou a possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin da Rússia e Vladimir Zelensky da Ucrânia

ANTALYA /Turquia/, 10 de março. /TASS/. Moscou nunca quis a guerra e busca acabar com o conflito atual, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma entrevista coletiva após uma reunião com seus colegas ucranianos e turcos, Dmitry Kuleba e Mevlut Cavusoglu.

Ele destacou que Moscou está pronta para discutir garantias de segurança para Kiev, não descartou a possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin da Rússia e Vladimir Zelensky da Ucrânia e não esperava um conflito envolvendo armas nucleares.

A TASS reuniu as principais declarações que Lavrov fez.

Plataforma adicional

As principais conversas entre Moscou e Kiev acontecem na Bielorrússia, onde as delegações dos dois países já se reuniram três vezes: "Uma conversa de negócios está em andamento lá".

Moscou está atualmente esperando por "uma resposta específica" às "iniciativas extremamente específicas na forma de um projeto de documento legal", que foram apresentadas na terceira rodada de negociações.

O arrependimento de Kuleba sobre o fato de que nenhum progresso foi alcançado em Antália na questão do cessar-fogo de 24 horas é infundado: "Ninguém faria um acordo de cessar-fogo aqui. Não viemos aqui para substituir a plataforma de negociação bielorrussa".

Ao mesmo tempo, a Rússia está pronta para realizar reuniões em várias plataformas, inclusive no mais alto nível. A possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Vladimir Zelensky foi discutida na reunião de Antália "mas requer preparativos".

Operação na Ucrânia

Moscou não tem planos agressivos contra outros países. "Não estamos planejando atacar outros países. Na verdade, também não atacamos a Ucrânia." No entanto, a Rússia tem informações de que Kiev planejava lançar uma ofensiva contra o Donbass já em março.

A proposta da Rússia de abrir corredores humanitários todos os dias para a evacuação de civis das zonas de batalha continua em vigor.

Alegações sobre o sequestro de pessoas por tropas russas na Ucrânia são notícias falsas, enquanto a maternidade da cidade de Mariupol, que foi alvo dos militares, deixou de ser usada para o fim a que se destinava há muito tempo: "Foi transformada em uma base para os distantes -direita batalhão Azov."

Tensões nucleares

Lavrov não espera que uma guerra nuclear estoure. "Eu não quero acreditar nisso e não acredito. Gostaria de salientar que a questão nuclear <...> foi levantada apenas por políticos ocidentais, ou seja, aqueles dos países da OTAN."

Moscou está alarmada com o fato de o Ocidente continuar falando sobre possíveis tensões nucleares: "É certamente alarmante que o Ocidente continue levantando esse assunto de maneira freudiana".

Relações com o Ocidente

Moscou resolverá os problemas econômicos desencadeados pelas sanções ocidentais para garantir que nunca mais dependa do Ocidente: "Nunca mais teremos ilusões de que o Ocidente possa ser um parceiro confiável. <...> E nunca teremos ilusões de que o Ocidente não trairá a outra parte em momento algum. Trairá a todos e até seus próprios valores."

A reação "frenética" do Ocidente às ações da Rússia na Ucrânia "mostra que uma verdadeira luta de vida ou morte está em andamento pelo direito da Rússia de existir no mapa do mundo e garantir plenamente seus interesses legítimos".

A Rússia apresentou suas propostas sobre garantias de segurança "com toda a seriedade", mas obteve apenas "notas de referência" em resposta. “Quando lidamos com pessoas honestas, tratamos os assuntos com honestidade e, se fosse assim, tudo estaria resolvido e os acordos de segurança teriam sido alcançados. No entanto, não vemos parceiros que estivessem dispostos a lidar conosco honestamente. "

Os países ocidentais estão criando ameaças principalmente a si mesmos fornecendo armas a Kiev porque essas armas, incluindo sistemas de mísseis de defesa aérea portáteis, podem ficar fora de controle: "Isso criará riscos e ameaças à aviação civil sobre a Ucrânia que durarão anos , e eles também podem se espalhar para toda a Europa."

Laboratórios biológicos dos EUA

A Rússia exige que os Estados Unidos forneçam explicações sobre as atividades de seus laboratórios biológicos na Ucrânia, um pedido oficial sobre o assunto já foi enviado: criando armas biológicas, além disso, armas direcionadas a certas etnias."

No entanto, Moscou não ficou surpresa com a reação do Ocidente aos relatos sobre os laboratórios. "Não é surpreendente que as autoridades de Washington tenham rejeitado publicamente 'rumores', que é como eles chamam, sobre suas atividades ilegais na Ucrânia. os americanos estarem envolvidos em algumas atividades biológicas militares na Ucrânia".

Imagem: © Ministério das Relações Exteriores da Rússia/TASS

'Sanções não trará paz': China critica cruzada liderada pelos EUA com energia russa

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, destacou que China e Rússia mantêm cooperação estável no setor de energia

PEQUIM, 9 de março. /TASS/. A proibição completa das exportações de petróleo e gás da Rússia desencadeará dilemas econômicos que devem afetar severamente todos os lados, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em uma entrevista na quarta-feira.

"A China é definitivamente contra sanções unilaterais que não se baseiam no direito internacional. Brandir um bastão de sanções não trará paz e segurança. Isso só levará a sérios problemas para a economia e a qualidade de vida nos países correspondentes", alertou.

"Nesta situação, todos perdem. As sanções só vão intensificar a divisão e o confronto", alertou o diplomata.

"China e Rússia mantêm uma cooperação estável no setor de energia. E continuaremos a buscar uma interação comercial normal com base nos princípios de igualdade, respeito mútuo e benefícios, e isso inclui o setor de petróleo e gás", concluiu.

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um decreto na terça-feira, proibindo as importações de energia da Rússia e novos investimentos no setor de energia russo.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em 24 de fevereiro que, em resposta a um pedido dos chefes das repúblicas do Donbass, tomou a decisão de realizar uma operação militar especial na Ucrânia, enfatizando que Moscou não tem planos de ocupar territórios ucranianos. Os países ocidentais responderam às ações das autoridades russas aplicando sanções contra pessoas físicas e jurídicas.

Imagem: O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian © EPA-EFE/WU HONG

Pequim promete resposta dura se EUA aplicarem sanções à China devido à Ucrânia

# Publicado em português do Brasil

No processo de estabelecer relações com a Federação Russa, os EUA não têm o direito de impor as chamadas sanções contra empresas e indivíduos chineses, observou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

PEQUIM, 10 de março. /TASS/. Pequim pretende retaliar com medidas duras, se Washington impor sanções à China devido à discórdia entre a Rússia e os EUA sobre a crise ucraniana, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, nesta quinta-feira.

"No processo de estabelecer relações com a Federação Russa, os EUA não têm o direito de impor as chamadas sanções contra empresas e indivíduos chineses", enfatizou o porta-voz em um briefing. "Caso contrário, a China dará uma resposta resoluta e séria."

Segundo o diplomata, as sanções de Washington contra a Rússia não farão nada para resolver o dilema da Ucrânia. "Pelo contrário, os EUA criam mais dores de cabeça dessa maneira", acrescentou.

Como Zhao Lijian observou, as ações de Washington não apenas causam danos econômicos aos lados, mas também "têm um impacto [negativo] no processo de acordo político".

Imagem: O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian  © EPA-EFE/ROMAN PILIPEY

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