Setores da saúde e educação guineenses paralisam esta semana, acusando o Governo de "falta de interesse" na resposta às suas reivindicações. Pagamento de dívidas e efetivação de novos ingressos estão entre as exigências.
A Frente Social da Guiné-Bissau, que junta os sindicatos da saúde e da educação, inicia uma greve de uma semana esta segunda-feira (06.03), perante a "falta de interesse" do Governo para resolver as reivindicações daqueles setores.
Os quatros sindicatos, dois do setor da saúde e dois do setor da educação, decidiram avançar para a greve até sexta-feira, porque, apesar das discussões e da mediação de uma organização de mulheres, o "Governo de iniciativa presidencial, liderado por Nuno Gomes Nabiam, não voltou à mesa negocial".
Contactado pela agência Lusa na sexta-feira, o porta-voz da Frente Social e presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins da Guiné-Bissau, Yoyo João Correia, disse que a greve, cujo pré-aviso foi entregue ao Governo no início de fevereiro, se mantém, porque o Executivo continua sem dialogar.
Falta de consenso
Na última paralisação, em novembro, o porta-voz da Frente Social já lamentava a falta de consenso entre os sindicatos e Governo e apelava à negociação. Em entrevista à DW, Yoyo Correia reiterava que "os pontos constantes do caderno reivindicativo [dos trabalhadores] são essenciais", mas deixava a ressalva: a equipa negocial dos sindicatos é "flexível".
Os funcionários dos setores da saúde e educação reivindicam, entre dezenas de pontos, o pagamento de dívidas, a efetivação de novos ingressos, a aprovação de estatutos de carreira dos profissionais de diagnóstico e terapêutica ou resolução de irregularidade na aplicação do Estatuto de Carreira Docente.
Deutsche Welle | Lusa
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