Artur Queiroz*, Luanda
Israel é a potência ocupante da Palestina. Ostenta esse estatuto. Por isso não tem o direito a defender-se dos ocupados. Pelo contrário, o Povo Palestino, oprimido, é que tem o dever de se libertar dos ocupantes. Mesmo que isso não esteja incluído no cardápio das regras impostas pelo estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA).
O movimento de libertação HAMAS defende a luta armada contra o ocupante estrangeiro (Israel). Para isso criou um braço armado, as Brigadas Al-Qassam que enfrentam as tropas ocupantes há muitos anos. Muitas acções são indubitavelmente terrorismo. Não incluo os acontecimentos do dia 7 de Outubro passado, porque o governo de extremíssima direita de Telavive não permite que se saiba o que realmente aconteceu. É preciso saber quem permitiu a abertura na “muralha intransponível “ da Faixa de Gaza. Quem desligou os alarmes. Quem manietou as forças armadas de Israel durante horas. Quem matou quem e porquê.
Estas respostas podem ser
dadas cabalmente por militares prisioneiros nas mãos das Brigadas Al-Qassam. E
essa hipótese pode justificar os bombardeamentos diários, permanentes, a um
território densamente povoado (colmeias humanas) onde há a certeza absoluta de
que cada bomba vai matar dezenas de civis. Os bombardeadores (terroristas) querem
mesmo matar. Exterminam seres humanos condenados a um regime de apartheid, além
da ocupação estrangeira. Estamos seguramente a assistir ao genocídio dos
palestinos
A potência ocupante, Israel, não tem o direito a defender-se daqueles que oprime. Os palestinos têm o direito de atacar os opressores e ocupantes estrangeiros em nome da Dignidade Humana. Em nosso nome. Em nome de todos os que amam a Liberdade. Os palestinos estão a lutar em nome dos angolanos, retribuindo-lhes os longos anos de Luta Armada contra o colonialismo. Os anos de guerra contra o regime racista de Pretória até obrigá-lo à rendição nos Acordos de Nova Iorque.
Enquanto a Palestina estiver ocupada, enquanto os palestinos forem vítimas do regime de apartheid imposto pelos nazis de Telavive, ninguém no mundo é livre. Ninguém. E quem não lutar ao lado dos palestinos é cúmplice do nazismo dos nossos dias. Benjamim Netanyahu é um Hitler pançudo, boçal, mas mais sanguinário e exterminador do que o original. Ele e todo o seu gabinete de assassinos cruéis.
O governo de Israel diz que no fim do genocídio vai ocupar a Faixa de Gaza “por tempo indefinido”. O governo do estado terrorista mais perigoso do nundo (EUA) diz que a ocupação é “por algum tempo”. Leia-se, mais 56 anos. O eixo nazi que sufoca a Humanidade já decidiu. Para EUA, Israel e seus aliados os palestinos são para exterminar e a Palestina não pode ser livre. É necessário obter muita força humana para derrotar o nazismo dos nossos dias.
O Presidente Putin sobre o genocídio na Palestina fez esta declaração no dia 30 de Outubro, que foi censurada no ocidente alargado: “Não há justificação para os terríveis acontecimentos em Gaza, onde centenas de milhares de pessoas estão a ser mortas indiscriminadamente, sem terem para onde fugir ou esconder-se dos bombardeamentos”.
O Governo de Pequim segue o mesmo
discurso. Do Brasil chegam as críticas mais contundentes aos nazis de Telavive.
A África do Sul condenou o regime de apartheid imposto aos palestinos e o
genocídio na Palestina. Chamou o seu embaixador
O governo indiano alinhou com as posições do BRICS: “Apelamos a negociações directas para um Estado da Palestina Soberano, independente e viável, vivendo dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, lado a lado, em paz com Israel”.
A solução existe há muitos anos mas Israel boicota e sabota. Por isso ocupa a Palestina há 56 anos, ignorando todas as resoluções da ONU. Eis os termos da solução: “Um Estado Palestino independente tal como decidiu o Conselho de Segurança da ONU, dentro das fronteiras de 1967, que coexiste em paz e segurança com Israel”.
O governo nazi de Telavive está fora da solução. Enveredou pelo genocídio. O HAMAS está fora da solução ao não reconhecer a existência de Israel. Mas uns e outros só contam na medida em que os EUA, a União Europeia e o Reino Unido quiserem. Até agora provam diariamente que apostam no genocídio dos palestinos. Armam e apoiam os genocidas.
O mobutista Tulinabo Mushingi, capataz dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, depois de “controlar” o Palácio da Cidade Alta foi às instalações do Novo Jornal verificar se os serventes estão a cumprir. Levava a palmatória e o chicote mas não foi preciso usar os instrumentos. O acontecimento foi tão importante que o Jornal de Angola noticiou. Quando chegar a vez do capataz ir visitar o órgão do sector público da comunicação social, mesmo que decidia dar palmatoadas e chicotadas vai ser mais brando. E até pode dar matabicho.O mobutista Tulinabo Mushingi aceitou deixar-se fotografar com os serventes. O Álvaro Sobrinho queria entrar na fotografia mas os polícias portugueses não o deixaram fugir à Justiça de Lisboa. O servente Armindo Laureano, pingando felicidade, escreveu esta mensagem: “É bom receber amigos e leitores assíduos do nosso jornal”.
No noticiário das 13 horas de hoje da TPA, uma menina da embaixada do estado terrorista mais perigoso do mundo teve muitos minutos de tempo de antena para nos dizer que se os camponeses angolanos tiverem juízo, podem ganhar muito dinheiro em dólares! A senhora da recuperação de activos ouviu e já está afiando a moca das extorsões. Feitas as contas fica tudo em casa, isto é, nos cofres do estado terrorista mais perigoso do mundo. É mais extorsão menos extorsão.
Ponto final. O Abílio Camalata Numa anda outra vez a destruir torres dos cabos de alta tensão. É boi é boi ele é um boi voador. Mandem prender esse boi seja esse boi o que for! A não ser que esteja a trabalhar para os que recebem comissões para repor a rede.
* Jornalista
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