domingo, 7 de janeiro de 2024

Portugal | É oficial. Acordo que formaliza Aliança Democrática está assinado

PSD, CDS-PP e PPM assinaram acordo de coligação Aliança Democrática

PSD, CDS-PP e PPM assinaram, este domingo, o acordo de coligação Aliança Democrática, numa cerimónia que decorre na Alfândega do Porto. Após a oficialização deste acordo, seguiram-se os discursos. 

Miguel Guimarães, antigo bastonário da Ordem dos Médicos, foi o primeiro a discursar em representação dos independentes. "Senti que não posso continuar calado naquilo que diz respeito ao que está a acontecer no nosso país", disse, destacando que esta nova Aliança tem "todas as condições para governar Portugal".

No seu discurso, houve, claro, destaque para o estado da Saúde no país. Miguel Guimarães acusou o PS de estar a "destruir" o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"O Governo está a destruir o Serviço Nacional de Saúde. Estamos a falar da falência daquilo que são os responsáveis pela Saúde em Portugal. Falta estratégia, planeamento e orientação", disse.

"O acesso a cuidados de Saúde é incerto e tardio", apontou, defendo um acordo de regime para a promoção de Saúde e um novo modelo de reorganização do SNS.

Momento "importante e simbólico para o nosso país"

Depois de Miguel Guimarães, tomou a palavra Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, que falou num momento "importante e simbólico para o nosso país".

Depois de notar que "o perigo da eternização da esquerda" é "um risco e um problema dos nossos dias", tal como era em 1979,  Gonçalo da Câmara Pereira defendeu que a Aliança Democrática "representa a única esperança de derrotar o PS e os seus aliados da 'geringonça'", atirou.

"Se assim não for, o PS instalar-se-á no poder durante anos", alertou.

"Poucas vezes, como agora, tivemos tantos pilares fundamentais do regime democrático controlados e colonizados"

Nuno Melo subiu depois ao palco. Numa referência às comparações que têm sido feitas ao longo das últimas semanas com aqueles que levaram a cabo a AD de 1979, Nuno Melo disse aqueles que agora se juntam têm a "mesma determinação no combate ao socialismo, no amor a Portugal" de Francisco Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa e Gonçalo Ribeiro Telles.

"Poucas vezes, como agora, tivemos tantos pilares fundamentais do regime democrático controlados e colonizados por todos os tipo de socialismo em Portugal", disse, referindo que as eleições de 10 de março serão a primeira um "referendo" para os portugueses dizerem "se aceitam ou não o estado a que Portugal chegou" e se "sim ou não estão disponíveis mudar o que temos", nomeadamente "filas intermináveis" nos centros de saúde.

Aproveitando a crise na Habitação, o líder centrista focou-se nas críticas a Pedro Nuno Santos: "É o rosto personificado do desastre". Mas António Costa não escapou e foi considerado o grande 'culpado' do atual estado do país. "A culpa não é de Pedro Passos Coelho, nem de Paulo Portas. É de António Costa. E, já agora, tenho muito orgulho de ter feito parte desse Governo", notou.

Para Nuno Melo, a Aliança Democrática é a "única alternativa credível, experimentada e com quadros extraordinários capazes de dar um novo rumo a Portugal". "Não temos tempo para experimentalismos em Portugal", apontou.

Fala agora, em último, mas com mais tempo, Luís Montenegro, presidente do PSD. 

"Estamos no caminho correto para recuperar a governação do país e, por via dela, dar esperança e bem-estar aos portugueses", disse.

Imagem em TSF: O líder do CDS, Nuno Melo, o presidente do PSD, Luís Montenegro, e pelo líder do PPM, Gonçalo Ribeiro Teles na assinatura do acordo da Aliança Democrática © Fernando Veludo/Lusa

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