A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa reúne-se este sábado na sua sede em Lisboa para debater a situação na Guiné-Bissau, depois do golpe de estado militar registado na quinta-feira à noite no país.
A reunião extraordinária a nível ministerial tinha sido convocada por Angola para debater o cenário resultante do anúncio feito por Luanda na segunda-feira sobre o fim da missão angolana de apoio ao setor militar na Guiné-Bissau (Missang).
Segundo disse na sexta-feira à agência Lusa o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira, o principal objetivo do encontro será agora "o de continuar a persuadir todas as estruturas, no sentido não só da preservação da segurança e da integridade física das pessoas que estão sob custódia (primeiro-ministro e presidente interino), mas também da criação de canais de comunicação para permitir a procura de uma solução negociada para a atual crise".
Este novo enfoque da reunião foi debatido na sexta-feira, já em Lisboa, entre Simões Pereira e o ministro das Relações Exteriores de Angola, George Chicoti.
Segundo Simões Pereira, da resolução que for aprovada pode esperar-se que "posicione a CPLP face aos acontecimentos" e também, dado que a organização lusófona é dos organismos internacionais que tem acompanhado mais de perto a situação na Guiné-Bissau, "servirá também para aconselhar os outros parceiros no sentido de se encontrar uma plataforma de procura de uma solução equilibrada, tanto quanto possível, para a atual crise".
Na reunião, que será presidida por Georges Chicoti, participam os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, da Guiné-Bissau, Adelino Mano Queta, e de Cabo Verde, Jorge Borges.
Moçambique estará representado pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banzé, Timor-Leste pelo embaixador junto da CPLP, Martins Barreto, e o Brasil pelo sub-secretário para a África, Paulo Cordeiro.
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