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Um surto de cólera em Cuba matou três pessoas na parte oriental da ilha, 130 anos depois de o último caso conhecido ter sido reportado, noticia a AFP, avança a agência Lusa.
Os profissionais do sector da saúde identificaram 53 pessoas infectadas com a doença na cidade costeira de Manzanillo.
Através de uma declaração no diário oficial Granma, o Ministério cubano da Saúde Pública pormenorizou que as pessoas falecidas eram três idosos, com 66, 70 e 95 anos, respectivamente.
As autoridades acrescentaram ainda que cerca de mil pessoas estão a receber tratamento médico preventivo em Manzanillo, uma cidade com cerca de 130.000 habitantes.
Fortes chuvadas e temperaturas elevadas foram as explicações oficiais para o reaparecimento desta doença intestinal, que se dissemina através de água e alimentação contaminada.
A doença causa fortes diarreias e vómitos, conduzindo a desidratação. É facilmente tratável com hidratação e antibióticos, mas pode ser fatal se não for tratada a tempo.
Este surto causou uma preocupação particular em Cuba, que se orgulha de ter um dos mais admirados sistemas regionais de saúde pública, o qual é visto como um dos sucessos do regime comunista, que já tem meio século de existência.
O último paciente conhecido a ter morrido de cólera foi Manuel Jimenez Fuentes, que faleceu em 1882, quando a ilha ainda era uma colónia de Espanha.
No vizinho Haiti, um surto devastador de cólera está a ser combatido desde Outubro de 2010, sendo-lhe imputadas já 7.500 mortes. Este foi o primeiro surto no Haiti, um país pobre, em décadas e tem sido atribuído a um conjunto de “capacetes azuis” da Organização das Nações Unidas, provenientes do Nepal.
A doença já se espalhou para a outra metade da ilha Hispaniola, onde está a mais rica República Dominicana, país no qual já se noticiaram 360 mortes e 20.000 infectados.
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