terça-feira, 5 de novembro de 2013

DISCURSO DE BARROSO É INTERROMPIDO E LEVA “SERMÃO” DE CIDADÃO BELGA

 


Durão Barroso foi interrompido pelos protestos de um cidadão belga enquanto discursava. Outros empunhavam uma faixa onde se podia ler “Barroso: trabalha para o povo”.
 
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, fazia um discurso quando foi interrompido por um cidadão belga que, numa mistura de português e de espanhol, atacou as medidas de austeridade acusando-o de compactuar com os interesses dos grandes grupos.
 
“Como se pode fazer hoje o que se fazia há 70 ou 40 anos? É um escândalo o que se está a passar no seu país! O desemprego, as pessoas que não têm um tecto para viver. São pessoas que todos os dias lutam”, dizia o homem enquanto Barroso assistia, mudo.
 
Ao mesmo tempo um grupo de pessoas tentava levantar uma faixa onde se podia ler, em inglês, “Barroso: trabalha para o povo” enquanto alguns membros da comitiva do presidente o protegiam com o corpo.
 
Veja o vídeo aqui.
 
Notícias ao Minuto
 

CHIPRE: A ILHA DOS ESPIÕES

 


Süddeutsche Zeitung, Munique – Presseurop – imagem Len
 
Por causa da sua situação estratégica, Chipre é desde há muito tempo um importante local de espionagem. É a partir dali que, atualmente, agentes britânicos e americanos, disfarçados de turistas, intercetam as comunicações entre o Médio Oriente e a Europa. Uma investigação baseada nos documentos de Edward Snowden.
 
 
Para dar cumprimento ao regulamento pelo qual se regem, alguns chegam de calções amarelos, outros de boné na cabeça. É preciso não despertar suspeitas. Ninguém pode ficar a saber que os norte-americanos se dedicam à espionagem em Chipre – e, ainda por cima, a partir de uma base militar britânica. Por isso, os agentes norte-americanos são obrigados a disfarçar-se de turistas, antes de se dirigirem a Agios Nikolaos – onde se situa um dos principais postos de escuta dos serviços de informação britânicos no domínio das comunicações, o Government Communications Headquarters (GCHQ). A base militar esconde-se por trás dessa “estação estrangeira”, que tem o nome de código de “Sounder” nos documentos divulgados pelo antigo agente da NSA, Edward Snowden. É isso que indica a investigação jornalística realizada pelo diário grego Ta Nea, pela cadeia de televisão [grega] Alpha TV, pelo semanário italiano L’Espresso e pelo Süddeutsche Zeitung.

O posto de escuta situa-se na zona Oriental de Chipre, uma região pobre, perto da Linha Verde que separa a República de Chipre da parte turca da ilha. As imagens aéreas mostram alguns edifícios, antenas parabólicas, outras antenas. Em redor, a paisagem é árida e deserta. A base militar fica a cinco quilómetros da praia e da localidade mais próxima, onde as pessoas poderiam interrogar-se sobre a presença de estrangeiros disfarçados. A mais valia do local reside na sua tranquilidade. O GCHQ e a NSA não espiam o mundo apenas a partir dos seus centros mais conhecidos no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas também a partir de Chipre.
  
Cem quilómetros separam Chipre da Síria
  
A ilha funcionou como base central da espionagem britânica no Médio Oriente, desde finais dos anos de 1940. A situação no Sinai, no Iraque e na Síria é vigiada por espiões instalados em Chipre. A posição estratégica da ilha é ideal: fica apenas a 100 quilómetros da Síria e a não muito mais dos pontos quentes de Israel e do Líbano. Entretanto, a ilha tornou-se também um nó importante da vigilância da Internet e das telecomunicações do Médio Oriente e do Norte de África: passam por ela 14 cabos submarinos. Quem telefonar de Beirute para Berlim ou quem mandar uma mensagem de correio eletrónico para Telavive, tem fortes possibilidades de os seus dados passarem primeiro por Chipre, através de um cabo de fibra ótica. É sabido, pelo menos depois das revelações de Edward Snowden, que a interceção dessas linhas faz parte da rotina dos serviços secretos britânicos.
 
O GCHQ pode tirar partido da herança colonial do Reino Unido: mesmo depois da independência de Chipre, nos anos de 1960, a coroa britânica manteve duas bases militares na ilha. Ao contrário das instalações militares tradicionais, essas bases, designadas como “Sovereign Base Areas”, são consideradas como verdadeiros territórios ultramarinos. É numa delas que se encontra o posto de escuta de Agios Nikolaos.
  
Os espiões britânicos podem igualmente contar com a ajuda preciosa da empresa pública cipriota Cyprus Telecommunications Authority (CYTA), que coexplora um grande número dos cabos submarinos. Esta empresa de telecomunicações tem a obrigação contratual de cooperar com os britânicos. O que significa que – tal como muitas empresas britânicas e norte-americanas – é obrigada a colaborar nessas interceções e a satisfazer a sede de dados dos serviços secretos britânicos.
  
“Mastering the Internet”, dominar a Internet, constitui o objetivo confesso dos espiões de Sua Majestade. A cada segundo que passa, os agentes britânicos intercetam centenas de gigabytes: correio eletrónico, telefonemas, bases de dados. E, manifestamente, é a partir de Chipre que operam também os agentes que têm a seu cargo dossiês sensíveis: por exemplo, aqueles que espiam Israel – um país que, sob o nome de código de “Ruffle”, colabora com os norte-americanos e com os britânicos e que troca informações com eles. Terá sido igualmente a partir de Chipre que alguns agentes terão conseguido aceder à rede Tor, que é tida como uma rede segura. Num documento datado de 2012, esses agentes são louvados por serem “pessoas devotadas”, que têm no seu ativo muitas “missões difíceis”.
  
A NSA destaca os seus próprios agentes
  
Apesar de ser oficialmente uma base britânica, Agios Nikolaos é na realidade um projeto comum anglo-americano. Por várias vezes, os britânicos estiveram quase a fechar o posto de escuta; era preciso reduzir a importância do local. De todas essas vezes, os norte-americanos acabaram por vir em seu socorro, pois não queriam de modo algum perder esta base de importância estratégica. E não olharam a despesas. Hoje, a National Security Agency (NSA) paga metade das despesas de funcionamento. No GCHQ, a palavra de ordem é que a base deve continuar a funcionar a qualquer preço, para serem mantidas “relações sãs com os clientes norte-americanos”.
  
O primeiro desses clientes norte-americanos, a NSA, há muito que destaca os seus próprios agentes para Chipre. Mas, como isso é contrário aos termos do convénio assinado pelos Governos britânico e cipriota, os espiões norte-americanos têm de se apresentar incógnitos. Segundo o regulamento interno da NSA, têm de se fazer passar por turistas, por exemplo por excursionistas europeus – e, em caso algum, por “americanos típicos”.
 

UE - Itália: Fundos europeus para a reconstrução de Áquila caíram nas mãos erradas?

 

La Repubblica – Presseurop
 
Um relatório, apresentado a 4 de novembro pelo eurodeputado Søren Bo Søndergaard (GUE-NGL), membro da Comissão de Controlo Orçamental, critica a Itália pela gestão que fez dos 493,7 milhões de euros de fundos europeus destinados à reconstrução de Áquila, após o terramoto que provocou mais de 300 vítimas em abril de 2009, noticia La Repubblica.
 
O relatório cita as denúncias da associação antimáfia Libera e afirma que “uma parte dos fundos foi paga a empresas que têm ligações diretas ou indiretas com o crime organizado” e que as despesas são sistematicamente inflacionadas, apesar da utilização de materiais e de técnicas de qualidade inferior aos padrões da UE. Søndergaard exige, igualmente, que a Itália seja obrigada a devolver os fundos já utilizados – cerca de 350 milhões de euros – porque terá violado a regra segundo a qual os projetos realizados com fundos europeus não podem gerar lucros, uma vez que as casas construídas em Áquila serão arrendadas.
 
O relatório aponta igualmente o dedo à Comissão Europeia, por não ter estado suficientemente atenta à utilização do dinheiro do contribuinte europeu e terá, pelo contrário, “acobertado” o abuso do Governo italiano da época. A Comissão rejeitou as conclusões do relatório, classificando-o como “confuso” e diz-se preocupada com as suas possíveis “consequências mediáticas”.
 

UE - Espionagem: “Britânicos têm posto de escuta secreto no coração de Berlim”

 

The Independent - Presseurop
 
O Reino Unido poderá estar a operar “um ultra-secreto posto de escuta a partir da sua embaixada em Berlim para espiar a sede do poder alemão”, noticia The Independent.
 
A revelação foi feita na sequência das informações fornecidas pelo ex-funcionário da National Security Agency dos Estados Unidos, Edward Snowden, que sublinhavam o papel britânico como um dos “Cinco Olhos” de uma coligação internacional de espionagem que inclui os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Segundo o diário, fotografias aéreas da embaixada britânica em Berlim mostram uma potencial base de espionagem encerrada numa estrutura branca e cilíndrica, semelhante a uma tenda, que não pode ser facilmente vista da rua. A estrutura existe desde que a embaixada, que foi construída logo a seguir à reunificação alemã, abriu, em 2000.
 

ANGOLA E CABO VERDE TÊM RELAÇÃO EXCELENTE

 

Garrido Fragoso* - Jornal de Angola
 
A visita de Estado a Angola do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, começou ontem com a reafirmação, pelos dois países, da disponibilidade em elevarem para novos níveis a sua cooperação bilateral.
 
No almoço oferecido ao seu homólogo cabo-verdiano no Palácio da Cidade Alta, o Presidente da República José Eduardo dos Santos manifestou o desejo de que a cooperação com Cabo Verde “continue a ser exemplar e de excelência”.

José Eduardo dos Santos assegurou que esta visita vai “seguramente reforçar a amizade, a solidariedade e os laços históricos existentes entre os dois povos irmãos”, assentes em “afinidades políticas, culturais, afectivas e mesmo consanguíneas” que “constituem a base sólida” essa cooperação de “excelência”.

O Presidente de Cabo Verde disse que as relações com Angola são “excelentes” e acrescentou que “há condições para impulsionar mais as acções de cooperação em todos os sectores”. Jorge Carlos Fonseca pediu que a cooperação na área empresarial, económica, financeira, da ciência e tecnologia e dos transportes reúnem “todas as condições” para acompanharem a “dinâmica que conhece a vertente política e diplomática”.

O Chefe de Estado afirmou que a cooperação entre os dois países já existe em domínios identificados e com vantagens recíprocas, mas que “há sempre espaço para a alargar e elevar a outros patamares, no interesse comum dos dois povos”.

José Eduardo dos Santos declarou “ser do maior interesse que os empresários dos sectores públicos e privados dos dois países desenvolvam negócios e parcerias, no respeito das respectivas legislações, e sempre na perspectiva da criação de sociedades democráticas, inclusivas e prósperas”.

Os dois presidentes recordaram os laços comuns forjados pelos dois países durante a luta pela independência e Jorge Carlos Fonseca convidou o seu homólogo a visitar Cabo Verde, como “um sinal de grande honra” para o seu país.

O Presidente José Eduardo dos Santos salientou, como símbolo da amizade entre os dois países, a presença em Angola de uma numerosa comunidade cabo-verdiana, que partilham os bons e os maus momentos do processo de reconstrução e desenvolvimento e pelas várias famílias angolanas que comungam, em Cabo Verde, os sonhos e uma vida fraterna com os cabo-verdianos.

Violência em Moçambique

No discurso feito durante o almoço com o Chefe de Estado cabo-verdiano, o Presidente José Eduardo dos Santos condenou os actos de violência levados a cabo pela Renamo em Moçambique e apelou a Afonso Dlakama para que regresse à via do diálogo, “para a discussão dos problemas nacionais no seio das instituições do Estado democrático, existentes em Moçambique”. O líder cabo-verdiano também falou desta questão, apelando “à comunidade internacional e às partes envolvidas para que sejam procurados os caminhos do diálogo susceptíveis de conduzir à paz, tão essencial aos anseios mais profundos dos moçambicanos”.

Em relação à Guiné-Bissau, o Presidente José Eduardo dos Santos saudou a marcação da data das eleições gerais no país e exprimiu “a convicção de que serão garantidas as condições de segurança para que os actores políticos participem livremente nesse processo” e Jorge Fonseca pediu que as eleições “contribuam para o regresso a normalidade constitucional”. Depois do encontro privado com o Chefe de Estado, o Presidente de Cabo Verde foi ao plenário Assembleia Nacional, onde falou da importância desta sua visita “histórica” e dirigiu aos deputados uma mensagem muito positiva sobre o rumo que está a seguido por Angola.

Discurso no Parlamento

O Presidente de Cabo Verde saudou, ontem, em Luanda, o esforço que as Assembleias Nacionais dos dois Estados desenvolvem para “consolidar as jovens democracias nos respectivos países” e para que assumam o seu verdadeiro papel.

Jorge Carlos Fonseca discursou durante a sessão especial na Assembleia Nacional, por ocasião da visita oficial que efectua desde sábado a Angola, na presença de líderes dos Parlamentos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que reúnem hoje em assembleia.

O Chefe de Estado cabo-verdiano falou das relações de amizade entre os Parlamentos de Angola e do seu país e sublinhou o facto de ser a segunda vez, desde que assumiu o cargo há dois anos, que se dirige ao Parlamento de um país, apesar de ter estado em mais de uma dezena, em diferentes contextos. O presidente da Assembleia Nacional disse que Angola e Cabo Verde são países com um “inegável passado comum”, forjado na luta pela Independência Nacional profundamente comprometidos na luta contra o subdesenvolvimento.

“A apreensão desta exigência é um acto que se reveste, em primeiro lugar, de carácter estratégico, pois a nossa cooperação, no período pós-guerra colonial, visava a nossa afirmação como povos livres de todas as formas de alienação e exploração”, afirmou o líder do Parlamento.

Fernando da Piedade Dias dos Santos destacou o dinamismo que caracteriza as relações inter-parlamentares de âmbito multilateral ao nível da CPLP, com destaque para a Assembleia Parlamentar da organização lusófonas.

O protocolo de cooperação entre a Assembleia Nacional de Angola e de Cabo Verde foi celebrado em Maio de 1999. Fernando da Piedade Dias dos Santos lembrou que, por via deste instrumento, foi instituído o quadro formal das relações entre os dois Parlamentos visando dinamizar a troca de experiências no domínio político e parlamentar.

Economia pujante

O Presidente Jorge Carlos Fonseca considerou a economia angolana “um dos motores da economia regional e continental” e que exerce grande atracção sobre os investidores e empresas. “O crescimento da economia angolana é incontestável. Angola cresce a um ritmo importante, gerando recursos susceptíveis de tornar mais fácil a concretização do sonho de um desenvolvimento económico, social e ambiental”, afirmou o Chefe de Estado cabo-verdiano.

Jorge Fonseca disse que um apreciável número de quadros e empresas cabo-verdianas prestam o seu “modesto contributo” no processo de desenvolvimento angolano, salientando que outros quadros e empresas preparam-se para seguir o mesmo exemplo.

O Presidente de Cabo Verde apelou ao uso dos instrumentos para a promoção das relações económicas, empresariais e humanas entre os dois Estados, e criação de condições para facilitar a circulação e promover o investimento.

“Cabo Verde e Angola sairão a ganhar com o reforço das relações a nível de quadros, empresas, universidades e agentes de cultura”, disse o Chefe de Estado, para quem “cabe apenas aos políticos e instituições a criação de condições ideais para que a cooperação bilateral se fortaleça e fortifique com benefícios mútuos”.

Jorge Carlos Fonseca sublinhou que a concretização dos interesses bilaterais pode ser reforçada e potenciada através das regiões naturais em que os dois países estão inseridos: África Austral e do Oeste. “Podemos estar a inaugurar uma nova etapa nas nossas relações, que se têm pautado por uma boa cooperação, solidariedade e grande amizade”, disse o Chefe de Estado.

Jorge Carlos Fonseca garantiu tudo fazer para que os laços de amizade e cooperação entre Angola e Cabo Verde se fortifiquem cada vez mais nas esferas política, económica e financeira aos níveis bilateral e multilateral.

Jorge Fonseca sublinhou que, passados dois anos após a sua eleição para o cargo de Chefe de Estado de Cabo Verde, o seu discurso no Parlamento angolano foi a sua “segunda intervenção numa instituição parlamentar de um país amigo, um país africano, apesar de ter estado em mais de uma dezena de Estados em diferentes contextos” e referiu-se a Angola como um país “importante, pujante e dinâmico”.

* com ANGOP – foto Rogério Tuti no JA

"ATIRARAM PEDRAS À NOSSA EMBAIXADA" - cartoon em Jornal de Angola

 


Os "desconhecidos" que na manhã do passado domingo causaram estragos nos vidros e fachada da Embaixada de Angola em Lisboa ainda não foram identificados pela polícia portuguesa, que seja de conhecimento público. A presidência e o governo angolano afirmaram de imediato que aquele incidente, causado por vândalos, não está relacionado com os "desentendimentos" entre Angola e Portugal. Mas certamente que o governo de Angola aguarda com alguma impaciência pela captura e punição dos referidos "desconhecidos" que vandalizaram a Embaixada. Enquanto isso não acontece o JA traz a propósito o seu humor em cartoon. (Redação PG)
 
Fonte do cartoon: Armando Pululo, em Jornal de Angola
 

Angola: NITO ALVES EM GREVE DE FOME

 


Pais do adolescente avistaram-se com diplomatas da União Europeia para pedirem ajuda; Bloco Democrático lança campanha em prol do activista
 
Coque Mukuta – Voz da América
 
O adolescente activista cívico Manuel Chivonde Baptista Nito Alves detido em Setembro por mandar imprimir tshirts com slogans contra o presidente José Eduardo dos Santos começou uma greve de fome Domingo à noite.

Nito Alves foi preso a 12 de Setembro.

Isto ao mesmo tempo que os seus pais se avistavam com diplomatas da União Europeia para lhes pedir que exerçam pressões sobre Luanda para a libertação do seu filho.

No encontro com responsáveis da União Europeia em Angola, os pais apresentaram a situação do seu filho.

Fernando Baptista, pai de Nito Alves, disse ter recebido a garantia de que o caso será levado a Bruxelas e que posteriormente a União Europeia poderá contactar as entidades angolanas para pedir a soltura do adolescente.

“Os passos que eles prometeram dar é informar a Comunidade Europeia em Bruxelas e só assim é que vão manter o contacto com o Governo de Angola” disse acrescentando que o encontro ora realizado foi salutar:

“Espero que ajam tal como se conversou lá,” acrescentou.

Uma campanha “Deixem o Nito fazer os exames”, foi lançada na tarde Segunda-feira pela juventude do Bloco Democrático no largo do Primeiro de Maio com velas acesas para exigirem às autoridades que permitam a Nito Alves fazer os exames escolares que começaram hoje.

A Amnistia Internacional tinha já lançado uma campanha pedindo aos angolanos para escreverem ás autoridades pedindo a libertação do jovem.
 

ANO DE 2013 FOI PÉSSIMO PARA OS JORNALISTAS ANGOLANOS - MISA Angola

 


Sindicato diz também que jornalistas são alvo de perseguições
 
Manuel José – Voz da América
 
O ano de 2013 é o pior para o exercício do jornalismo angolano considera a secção de Angola do Media Institute of Southern Africa, MISA – Angola.

Num exclusivo a Voz da América o presidente do MISA-Angola Alexandre Solombe disse que este está ser o pior ano para os jornalistas angolanos.

"Os registos e a estatística confirmam que efectivamente o ano de 2013 foi um dos piores para os jornalistas de Angola," disse Solombe que argumenta a afirmação com a quantidade de jornalistas perseguidos principalmente pelos órgãos de justiça do país.

"Há uma espécie de estratégia de pressão sobre jornalistas por via do sistema judicial, creio que estamos a registar um número Record quanto á perseguição a jornalistas por via de dos órgãos do estado, jornalistas que são chamados permanentemente a depor, constituídos arguidos," disse notando também a violência física em alguns casos contra jornalistas.

O secretario adjunto do Sindicato de Jornalistas Angolanos Teixeira Cândido confirmou a perseguição feita a jornalistas em Angola.

"Hoje ainda há colegas que no exercício da sua profissão são detidos e hoje domina a auto censura em quase todos os órgãos de comunicação social," disse

O jurista e cientista político Nelson Pestana Bonavena disse que "o poder executivo tem muita dificuldade em conviver com a realização dos direitos fundamentais dos cidadãos e tem quartado a liberdade de imprensa, não pratica o contraditório, manipula a informação"

No contraponto, o deputado pelo partido no poder João Pinto reconhece haver algum excesso de agentes do estado ao lidar com jornalistas mas nada mais do que isso.

"'E importante reconhecer que em muitas situações surgem colisão de direitos e o excesso de zelo dos funcionários o que leva a que por vezes que se quartem liberdades," disse.
 

Moçambique: EXÉRCITO “SOFRE QUATRO BAIXAS E 19 FERIDOS” EM EMBOSCADA

 

05 de Novembro de 2013, 13:26
 
O exército sofreu hoje quatro baixas e ferimentos em mais de 19 militares após uma emboscada de homens armados em Gorongosa, Sofala, no centro, disseram hoje à Lusa várias fontes.
 
Dos feridos, "16 estão em situação grave", a maioria com projécteis em várias partes do corpo, principalmente na cabeça e membros superiores, disse uma enfermeira de serviço no hospital local.
 
"O camião passou de manhã para abastecer com mantimento a posição do exército na Casa Banana, e no regresso sofreu uma emboscada da Renamo antes do Vunduzi. Sofremos baixas e feridos", disse à Lusa uma fonte militar, sem avançar números.
 
Na viatura atacada, disse, havia uma força conjunta do exército e da Força de Intervenção Rápida (FIR), ligada a polícia.
 
"Um camião militar descarregou ao princípio da tarde vários feridos, mais de 19 homens, no banco de socorro do hospital de Gorongosa, e outros três corpos foram depositados na morgue. O hospital está isolado por militares e a imprensa está com dificuldades de trabalhar", disse à Lusa um jornalista local.
 
Em declarações à Lusa, o director do Hospital distrital de Gorongosa, Jerónimo Langa, confirmou a entrada de vítimas de ataques de homens armados naquela unidade hospitalar, sem adiantar pormenores.
 
"Estou na emergência, saberão (detalhes) depois", insistiu Jerónimo Langa ao telefone.
 
Na semana passada, dois homens, supostamente guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), feriram três militares, roubando-lhes as armas, quando tomavam banho no rio Vunduzi, a escassos dois quilómetros da base de Sadjundjira, assaltada e ocupada pelo exército, e de onde fugiu há 16 dias o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
 
Moçambique vive a mais grave tensão político-militar desde a assinatura do acordo de paz, em 1992, que acabou com 16 anos de guerra civil.
 
Lusa – com Sapo MZ
 

Moçambique: DETIDOS MAIS DOIS RAPTORES EM MAPUTO

 


Dois indivíduos identificados pelos únicos nomes de Justino, de 24 anos de idade e Inácio, de 28 anos foram detidos na província de Maputo, indiciados no sequestro de uma cidadã identificada por Rissana Rafik, de 36 anos de idade, soube hoje o nosso Jornal.
 
Rissana Rafik foi raptada no passado dia 24 na esquina das ruas da Serventia e da Udenamo, no bairro do Alto-Maé, na capital do país, quando acabava de chegar ao seu local de trabalho, uma fábrica de gelo doce.
 
No acto do rapto, a vítima estava na companhia do seu motorista, numa viatura de marca Toyota Runx, chapa de inscrição ACA-242-MC. Ela foi sequestrada e levada para um cativeiro no bairro Bunhiça, no município da Matola, província de Maputo.
 
Entretanto, a vítima conseguiu ludibriar os sequestradores e fugiu do cativeiro tendo-se dirigido a uma unidade da polícia mais próxima, onde denunciou os raptores. Na ocasião, as autoridades policiais identificaram e detiveram parte dos membros do grupo dos raptores, nomeadamente dois jovens e uma mulher identificados por I. Ngomane, 28 anos de idade, J. Fumo (24 anos) e J. Chongo (53 anos), aos quais se juntam estes dois últimos.
 
Jornal Notícias (mz)
 

CHINA ANUNCIA MAIS APOIOS PARA PAÍSES DO FÓRUM MACAU, INCLUINDO MOÇAMBIQUE

 

Almiro Mazive, da AIM, em Macau

Macau, 05 Nov (AIM) O vice Primeiro-Ministro chines, Wang Yang, anunciou hoje um conjunto de oito novas medidas cujo objectivo é apoiar o desenvolvimento económico e social dos países da África e Ásia, membros do Fórum Macau, incluindo Moçambique.

Wang, que falava durante a sessão de abertura da 4ª Conferência Ministerial do Fórum Macau, destacou entre estas medidas, que deverão ser executadas no período compreendido entre 2014 e 2016, a disponibilização de um fundo no valor de 300 milhões de dólares norte-americanos para empréstimos, em condições favoráveis, destinados à construção de infra-estruturas e projectos de produção.

Este gigante asiático também comprometeu-se a convidar duas mil pessoas, incluindo trabalhadores estudantes de pós graduação, dos países da Africa e Asia do Fórum Macau, nomeadamente Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo verde e Timor Leste, para projectos de formação na China e vice-versa. 

Um total de 1.800 bolsas de estudo serão oferecidas pela China, como forma de incentivar e apoiar o intercâmbio de estudantes entre os PLP e esta potência económica asiática.

Nesta mesma esfera, a China vai destacar, no próximo triénio, 210 médicos a este mesmo grupo de países.

A China compromete-se ainda a usar a plataforma de Macau como ponto de partilha de informação para um melhor intercâmbio de bilingues qualificados, para além de apoiar na construção de infra-estruturas destinadas ao ensino e formação, e doar equipamentos de radio, televisão e telecomunicações, e um projecto de energia solar para iluminação pública.

Por seu turno, o Ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, disse acreditar que o Fundo de Cooperação e de Desenvolvimento entre este gigante asiático e os Países de Língua Portuguesa (PLP) constitui uma alavanca fundamental no impulso que se pretende dar ao investimento privado e ao estabelecimento de parcerias público-privadas.

Este Fundo foi anunciado em Macau, no decurso da 3ª Conferência Ministerial do Fórum Macau, como uma alavanca para impulsionar o investimento privado e o estabelecimento de parcerias público-privadas.

O Ministro, que também falava na sessão de abertura, explicou que este facto vai maximizar as oportunidades de investimento existentes entre as partes que,através deste através deste Fórum, tem vindo a impulsionar as trocas comerciais entre a China e os PLP. Este intercâmbio tem como meta atingir 160 biliões de dólares norte-americanos até 2016.
 
O Fundo de Cooperação tem como capital social mil milhões de dólares e é promovido pelo governo da China, por iniciativa conjunta do Banco de Desenvolvimento desta potência asiática e do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização do Macau.

O Fundo de Cooperação e de Desenvolvimento entre a China e os PLP constituirá uma alavanca fundamental no impulso que se pretende dar ao investimento privado e ao estabelecimento de parcerias público-privadas, explicou o chefe da diplomacia moçambicana, para de seguida apelar aos países que integram o Fórum a direccionarem os seus investimentos à área de infra-estruturas, principalmente no meio rural, por forma a torná-lo propenso a produtividade.

Segundo o Ministro, a experiência conjugada a realidade de Moçambique e de outros Países de Língua Portuguesa (PLP) mostra que é no meio rural onde vive a maioria da população.

Baloi vincou ainda a necessidade de se investir na agricultura, saúde e educação, dando maior enfase a formação técnico-profissional, também virada ao desenvolvimento local, e com os olhos postos na promoção do auto-emprego.

A nossa experiência conjugada à realidade de Moçambique e de outros países aqui representados, mostra que devemos estabelecer infra-estruturas económicas e sociais básicas para dotar o meio rural de melhores condições de vida e torná-lo mais propenso à produtividade, afirmou Baloi.

Segundo o Ministro, trata-se de áreas cruciais para a redução da pobreza e que podem simultaneamente galvanizar a integração regional.

(AIM) Mz/sg

COVEIROS DE PORTUGAL "MOSTRAM A SUA MÁ RAÇA” – PAULO PORTAS NA CHINA

 

António Veríssimo
 
Corre aqui em baixo sob o título INCÚRIA DE PAULO PORTAS OFENDE CHINESES EM MACAU – compilado do jornal Hoje Macau “Portas chega quase duas horas atrasado a recepção. Metade dos convidados tinha já partido”, que diz tudo, que demonstra a incúria dos ministros de Portugal que um presidente da República teima em manter na desastrosa e destruidora governação. “Estes é que são os autênticos coveiros de Portugal que assim nos mostram a sua má raça”, disse-nos um indignado empresário português que mantém negócios há muitos anos em Macau. Referindo~se à postura vergonhosa e inadmíssivel de Paulo Portas, vice-ministro do atual e nefasto governo de Portugal.
 
Não merece repetir o que de modo pormenorizado poderão ler sobre o atraso de duas horas de Paulo Portas e a implícita ofensa que causou aos cidadãos de etnia chinesa, para além da vergonha também causada aos portugueses que o aguardaram ou que não suportaram a espera por um vice-ministro português que pretende irradiar responsabilidade e competência mas que comprova ser igual ou ainda pior que os seus pares no governo. Importa é dar a relevância justificada à incúria deste vice-ministro pelo seu comportamento neste vergonhoso incidente, manifestando a indignação sentida.
 
Esta é mais uma demonstração da impreparação manifestada em várias ocasiões pelos que compõem o elenco governamental de Portugal. É ainda mais uma demonstração da inutilidade e prejuízo crescente do danoso cumprimento de mandato do presidente Cavaco Silva. Não fosse Cavaco Silva proteger e manter partidária, sectária e obstinadamente este governo incompetente e Portugal não se encontraria tão condicionado sob as garras da troika e dos mercados. Tão sem soberania. A competência e o patriotismo são os condimentos imprescindiveis para que a chamada “crise” seja amenizada, suportada, resolvida e ultrapassada. Essas, porém – competência e patriotismo -, comprovadamente, não são qualidades de muitos dos ministros que elencam este mau governo de Portugal. Nem existem no governo, nem sequer no PR Cavaco Silva, como tem estado à vista e compreensão de quase todos. Não admira então que estes sejam denominados os principais carrascos dos portugueses e coveiros de Portugal. O vergonhoso comportamento de Portas, hoje, na China, em Macau, é mais que uma prova disso mesmo. Até quando e a que profundidade vão enterrar Portugal?
 

INCÚRIA DE PAULO PORTAS OFENDE CHINESES EM MACAU

 


Portas chega quase duas horas atrasado a recepção. Metade dos convidados tinha já partido
 
 
Falta de chá - Paulo Portas chegou atrasado. Não se explicou, não pediu desculpas e falou para quem não estava lá
 
O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, chegou quase duas horas atrasado a uma recepção organizada no passado domingo pelo consulado de Portugal em Macau para a comunidade portuguesa local, o que fez com que cerca de metade das pessoas que se encontravam presentes tenham abandonado o evento antes da sua chegada.

A recepção estava marcada para as 21 horas, mas o vice-primeiro-ministro português entrou na sala da residência consular (ex-Hotel Bela Vista) quando já eram quase 23 horas. Entretanto, praticamente todos os convidados de etnia chinesa tinham já partido, expressando delicadamente o seu desagrado pela situação. “Todos sabemos como os chineses consideram este tipo de atraso como uma ofensa e uma falta de consideração”, explicou ao HM um empresário português há muito radicado na região. “É incompreensível esta atitude que basicamente tirou face à nossa comunidade. Uma vergonha! Inenarrável!”, concluiu.
 
De facto, de etnia chinesa, permaneceram na sala apenas alguns elementos do Gabinete de Ligação do Governo da República Popular da China (RPC) e Cao Guangjing, presidente da empresa China Three Gorges que, recentemente, adquiriu uma posição maioritária na EDP. Figuras de destaque da RAEM, como Ambrose So, David Chow ou a sua esposa e deputada Melinda Chan tinham já abandonado o evento. Basicamente, na sala ficaram apenas portugueses residentes de Macau e os que se deslocaram de Portugal no âmbito do Fórum Macau, com o intuito de ouvir o discurso de Portas.
 
Discurso equivocado

Certamente que equivocado quanto à audiência para a qual discursava, o vice-primeiro-ministro (que não explicou nem se desculpou pelo seu inusitado atraso) fez um resumo, “breve” nas suas palavras, das relações económicas recentes entre Portugal e a RPC, na sua vertente exclusivamente económica, como se se estivesse a dirigir unicamente a empresários chineses e não à comunidade portuguesa de Macau como um todo que era, afinal, a destinatária do convite endereçado para a recepção.
 
Paulo Portas, sem novidade, falou de Portugal e do “fim da recessão”, de como é vantajoso investir no nosso país, repetindo o discurso governamental, cujos dados estatísticos são regularmente rejeitados pela oposição em Lisboa, como agora aconteceu quando da discussão do Orçamento de Estado. Entrando numa espécie de discurso de marketing do país, Portas basicamente realçou as vantagens de investir em Portugal.
 
Médicos, arquitectos, advogados, professores, engenheiros, jornalistas, profissionais de turismo e outras profissões, que constituem a estrutura fundamental da presença portuguesa em Macau, foram simplesmente ignorados num discurso que se limitou a citar os números por todos conhecidos das relações económicas e comerciais entre os dois países [ver caixa] e procurou, uma vez mais, vender as vantagens do investimento externo. “Provavelmente, ele pensa que nós não estamos informados sobre o desenvolvimento das relações entre a China e Portugal que não vemos televisão ou não lemos jornais”, comentou um dos presentes, que lamentou também a falta de referência à comunidade portuguesa de Macau. “Infelizmente, a vinda de representantes do Estado português redunda quase sempre nisto: na nossa perda de face e na necessidade de nos desculparmos perante os chineses por uma notória falta de chá. Mais valia que não pusessem cá os pés”, disse outro dos presentes ao HM, que sublinhou também o facto de Portas se apresentar na recepção sem gravata e de camisa aberta.
 
“O vice-primeiro-ministro veio tornar mais difícil a missão do cônsul Vítor Sereno que já é em si mesma uma missão difícil, ao invés de o ajudar a projectar de forma positiva o bom nome de Portugal”, comentou ainda uma personalidade de destaque da comunidade portuguesa ao HM.
 
Até terça-feira à tarde, Paulo Portas vai encontrar-se com um vice-primeiro-ministro e com o ministro do Comércio da China, Wang Yang e Gao Hucheng, respectivamente. Antes de assumir o seu actual posto, Wang Yang foi o responsável máximo pela província de Guangdong, imprimindo um extraordinário mas equilibrado ritmo de desenvolvimento, acção que lhe valeu, segundo fontes bem informadas garantiram ao HM, um dos mais importantes lugares no actual governo da RPC.
 
O que disse Portas
 
– Os vistos ‘gold’ irão permitir um investimento em Portugal superior a 300 milhões de euros até ao final de 2013. Já foram investidos em Portugal mais de 200 milhões de euros e 80% desse investimento teve lugar no imobiliário. Três quartos do investimento – que originou a emissão de 318 vistos – teve origem na China, “nomeadamente através de Macau”, o que permite que o programa “esteja a ser um sucesso”.
 
- Portugal o que mais se precisa é de “quem invista, crie riqueza e possa dinamizar o comércio, nomeadamente imobiliário que é importante para que a economia portuguesa confirme os seus sinais positivos”. Como exemplo da importância do programa de vistos ‘gold’, Paulo Portas lembrou que em 2012 a AICEP contratualizou 1.300 milhões de euros de investimento em Portugal e que só este ano o visto dourado vai somar “mais 200 milhões de euros”, acreditando que até ao final do ano somará “mais 300 milhões de euros”.
 
- O desenvolvimento das relações luso-chinesas é “absolutamente espectacular” porque “fora da União Europeia, a China está entre os três principais clientes de Portugal”. “Os resultados da nossa parceria estratégica com a China são absolutamente espectaculares. Na última década, a China subiu 18 lugares na lista dos principais clientes de Portugal”.
 
- O governo “tenciona continuar a abrir a economia portuguesa ao investimento nacional e estrangeiro” e “o investimento vindo da República Popular da China é bem-vindo”.
 
- “O mais antigo país da União Europeia com fronteiras estáveis mostrou que é possível uma empresa ganhar uma privatização (EDP) desde que apresente a melhor proposta” e “as instituições portuguesas não esquecerão que a China investiu em Portugal num período difícil”.
 
- Com a criação do Fórum Macau, em 2003, “a China reconheceu a importância da lusofonia no concerto das nações do século XXI e os países lusófonos, cada um à sua maneira, reconheceram a importância inelutável da China na construção de uma nova ordem económica e política internacionais”.
 
- A lusofonia é “um bloco cultural em ascensão” e “sobretudo na América Latina e em África, o crescimento demográfico dos povos que falam português é exponencial”.
 
E mais não disse…
 
*Título PG
 

Timor-Leste chama encarregados de Negócios da Austrália e EUA por causa de espionagem

 


"Queremos reiterar que condenamos qualquer atividade ilegal e utilização indevida das sedes diplomáticas para fazer espionagem a quem quer que seja", afirmou José Luís Guterres
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse hoje que vai chamar os encarregados de negócios das embaixadas da Austrália e dos Estados Unidos para pedir explicações sobre espionagem no sudeste asiático.
 
"Nós, em função dos dados que temos, resolvemos chamar os encarregados de negócios das embaixadas dos Estados Unidos e da Austrália para pedirmos explicações sobre o que se passou", disse à agência Lusa o chefe da diplomacia timorense.
 
José Luís Guterres falava à Lusa antes de viajar para a Indonésia para participar no Fórum da Democracia em Bali, que vai contar também com a presença do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que se desloca quarta-feira para aquela ilha indonésia.
 
"Queremos reiterar que condenamos qualquer atividade ilegal e utilização indevida das sedes diplomáticas para fazer espionagem a quem quer que seja", afirmou José Luís Guterres.
 
A decisão do governo timorense foi tomada na sequência de um encontro realizado entre vários ministérios e os encarregados de negócios devem ser chamados nos próximos dias, acrescentou o chefe da diplomacia timorense.
 
No passado dia 30, um especialista australiano em informações afirmou, durante uma entrevista ao canal ABC, que a Austrália espiou em vários países da Ásia Pacífico para depois partilhar a informação obtida com os Estados Unidos.
 
A Austrália integra há décadas o acordo secreto dos "Five Eyes" (Cinco Olhos), ao qual pertencem os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e a Nova Zelândia para partilharem informação e evitar a espionagem entre eles.
 
"Nós temos uma experiência negativa com a própria Austrália. De maneira que esperamos que os Estados Unidos e a Austrália nunca mais usem meios ilegais para obter informação sobre os países", disse José Luís Guterres.
 
Timor-Leste acusou este ano formalmente as autoridades australianas de espionagem relacionada com o acesso a informações confidenciais sobre petróleo e gás no mar de Timor.
 
Jornal i - Lusa
 

COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DAS MULHERES TIMORENSES

 

05 de Novembro de 2013, 16:43
 
A Secretaria de Estado para a Promoção de Igualdade está a celebrar desde o dia 3 de novembro o Dia Nacional das Mulheres Timorenses, com o lema "Diz não à violência doméstica, juntos ao serviço do desenvolvimento Nacional."
 
Desde domingo que várias têm sido as comemorações para destacar o papel da mulher timorense. Desde uma missa de agradecimento, na catedral, em Vila Verde, até à deposição de flores no cemitério dos Heróis da Pátria, em Metinaro.

Maria Tapó foi uma figura exemplar para todas as mulheres na Luta pela Libertação Nacional, em 1975.

A escolha do dia 3 de novembro, como Dia Nacional das Mulheres Timorenses baseia-se no assassinato de Maria Tapó, que há trinta e sete anos, morreu lutando pela independência.

É em novembro de 1977 que o primeiro Presidente da República da altura, Nicolau Lobato, toma a iniciativa e decide atribuir o dia em memória de todas as mulheres timorenses. Só em 2005 é que o Parlamento Nacional decreta o dia 3 de novembro, como o Dia Nacional das Mulheres Timorenses.

Hoje, à tarde, no Centro de convenções de Díli, a Secretária de estado para a promoção de igualdade, Idelta Rodrigues, o vice primeiro-ministro Fernando de Araújo e o Presidente da República Taur Matan Ruak irão dizer breves palavras sobre o dia nacional da Mulher timorense. O dia terminará com danças tradicionais e visitas às várias bancadas expostas com informação respetivamente ao dia.

Nos dias 6, 7 e 8 várias delegações de outros países irão chegar a Timor-Leste e irão juntar-se às várias comemorações, incluíndo encontros bilaterais, jantares e concertos.

Diáriamente a TVTL está a exibir também vários filmes relacionados com o tema da mulher.

SAPO TL
 

Moçambique: Segundo rapto em Maputo, que vive o pior dia na vaga de sequestros

 

05 de Novembro de 2013, 13:30
 
Duas mulheres foram esta manhã raptadas em Maputo, uma moçambicana e outra de nacionalidade portuguesa, naquele que está a ser o dia mais dramático desta vaga de crimes.
 
Depois da informação já confirmada pelo cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, do rapto de uma cidadã portuguesa esta manhã, na cidade satélite da Matola, a agência Lusa recebeu indicações de um outro caso que visou uma mulher moçambicana de 33 anos, ocorrido por volta das 08:00 horas no bairro Laulane, nos arredores da capital.
 
Em declarações à Lusa, Samuel Maibasse, responsável de segurança da organização não-governamental (ONG) Save the Children, disse que a mulher de um dos funcionários desta ONG foi esta manhã raptada na sua residência, perante os seus filhos, irmã e cunhado, alegadamente por cinco homens.
 
"A primeira pessoa trazia uma pasta - o cunhado do meu colega (que presenciou o crime) disse que pensavam que eram da Electricidade de Moçambique - de onde tirou uma pistola, mandou as crianças deitarem-se, começou a recolher telefones e exigiu dinheiro, levaram computadores e mais coisas, e, no final, levaram com eles a esposa", disse Maibasse.
 
"Disseram para não informar a polícia e foram-se embora. Ele [o colega de trabalho] informou logo a polícia. Ainda não temos clareza se é rapto ou se queriam roubar e a levaram para protecção deles", acrescentou o responsável.
 
Sobre o caso da cidadã portuguesa, o rapto ocorreu no interior da empresa onde exerce funções de gestora financeira, estando neste momento as autoridades portuguesas estão a acompanhar o desenvolvimento da situação.
 
Este é o segundo rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que começou em 2011 e que tem visado sectores abastados da sociedade moçambicana.
 
Os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
 
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram ainda divulgadas.
 
Lusa – Sapo MZ com foto
 

Moçambique: ARMAS DA RENAMO SÃO ILEGAIS, afirmam juristas

 

Deutsche Welle
 
Juridicamente, o maior partido da oposição pode ser ilegalizado por ter armas e realizar ataques contra civis. Mas juristas consideram que o Estado moçambicano tenta evitar a ilegalização.
 
O futuro político de Moçambique continua incerto, sobretudo porque ainda não se sabe onde está Afonso Dhlakama, o líder Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), o maior partido da oposição.

Desde o assalto à residência de Dhlakama em Satunjira, no centro do país, que não se sabe o seu paradeiro. Paralelamente, a violência aumentou e os ataques multiplicam-se nalgumas regiões moçambicanas.

Nas notícias há mais alegações de que os últimos ataques foram realizados por homens da RENAMO do que propriamente certezas. Ainda assim, só o facto do maior partido da oposição estar na posse de armas já seria ilegal, segundo o jurista moçambicano Alexandre Chivale.

"O líder da RENAMO gabava-se de ser o único dirigente de um partido político armado no mundo", recorda Chivale. No entanto, "à luz não só da Constituição, mas também da legislação ordinária, não se permite que partidos políticos usem a força para fazer valer as suas pretensões."
 
"Muita paciência"

Mas a RENAMO tem um estatuto próprio, considera o jurista. "Por ser membro do Conselho de Estado, naturalmente merece algum respeito por parte do Estado moçambicano", diz Alexandre Chivale. "O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que Afonso Dhlakama é um interlocutor válido e um parceiro estratégico da paz. Mas sem isso significar que ele é exclusivamente o proprietário da paz."

Críticos afirmam que o Governo falhou ao permitir que a RENAMO continuasse com armas durante os 21 anos que seguiram ao Acordo Geral de Paz. Por causa disto, e segundo Chivale, o Ministério Público deve analisar o comportamento deste partido nos últimos tempos.

"As autoridades têm tido muita paciência para se evitar ir aos extremos", afirma. "Repare-se que os ataques protagonizados pela RENAMO remontam a abril, mas nem por isso houve esta atuação musculada das Forças Armadas, justamente para manter um certo bom senso e uma certa responsabilidade. Até porque o Estado tem mais a perder do que propriamente a RENAMO."

Analistas consideram ainda que as armas na posse da RENAMO são um instrumento muito importante para pressionar o Governo a respeitar as suas exigências.
 
Desarmar a RENAMO?

O jurista Hélder Matlhaba considera que a resposta sobre o desarmamento da RENAMO se encontra no Acordo Geral de Paz: "Penso que ainda há um espaço de diálogo", diz Matlhaba.

"É importante que os atores políticos criem esse espaço para que exista um diálogo franco, na perspetiva de que o povo está acima de todos e quaisquer interesses", refere.

De acordo com Hélder Matlhaba, tendo em conta a situação atual no país, o Governo moçambicano tem legitimidade para agir. Até porque a RENAMO tem armas e estão em causa vidas humanas, continua.

"Há outras combinações que estão previstas no Código Penal em relação a perdas humanas que podem ser registadas", diz o jurista. Mas adverte: "Qualificar isto como um movimento rebelde seria o mesmo que rasgarmos o Acordo Geral de Paz."

21 anos depois de gozar de paz e estabilidade social, Moçambique vive os piores momentos político-militares, com ataques que estão a matar civis.
 
Autoria: Romeu da Silva (Maputo) – Edição: Guilherme Correia da Silva / António Rocha
 
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Moçambique: PORTUGUESA RAPTADA EM MAPUTO ESTA MANHÃ

 


Mulher portuguesa raptada em Moçambique
 
Uma cidadã portuguesa foi esta terça-feira de manhã raptada na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade.
 
Uma cidadã portuguesa foi esta terça-feira de manhã raptada na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade.
 
O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira, adiantou a mesma fonte.
 
Este é o segundo rapto conhecido envolvendo cidadãos portugueses, de uma onda de sequestros que começou em 2011 e que tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
 
Governo português em "contacto permanente" para seguir rapto de portuguesa
 
O Governo português vê "com muita tristeza" a notícia do rapto de uma cidadã portuguesa em Moçambique e mantém "contactos permanentes" com o executivo moçambicano, disse esta terça-feira à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
 
Uma mulher portuguesa foi raptada esta manhã na Matola, cidade satélite de Maputo, capital de Moçambique, por três homens armados, disse à Lusa uma fonte da comunidade. O rapto ocorreu no interior da empresa onde a portuguesa exerce funções de gestora financeira.
 
Este é o segundo rapto envolvendo portugueses, depois de em meados de julho um empresário ter sido sequestrado.
 
Desde então, disse à Lusa o secretário de Estado José Cesário, o executivo português "tem mantido contactos permanentes com o Governo moçambicano" através da embaixada em Maputo e do cônsul geral, "no sentido de haver toda a atenção" em relação a estes casos.
 
Sobre o rapto da cidadã ocorrido esta terça-feira, José Cesário afirmou que o Governo está "a acompanhar" a situação e têm ocorrido "contactos entre membros" dos governos dos dois países.
 
"Continuamos a transmitir ao Governo moçambicano toda a preocupação relativamente ao bem-estar e à segurança de cidadãos portugueses que estão em Moçambique", disse o secretário de Estado das Comunidades.
 
Admitindo que notícias como esta criem "algumas preocupações" entre a comunidade, José Cesário reiterou os apelos para que os emigrantes "tenham cautela e cuidado".
 
No entanto, sublinhou, "as pessoas que conhecem Moçambique sabem que, de um modo geral, os riscos são extremamente reduzidos".
 
O governante salientou que "há sempre riscos em qualquer país do mundo, isto acontece em Moçambique como acontece em qualquer sítio, como a Venezuela, Brasil ou África do Sul".
 
De acordo com dados oficiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), estão inscritos cerca de 32 mil portugueses nos consulados-gerais de Maputo e da Beira, dos quais perto de 10 mil são expatriados.
 
No final da semana passada, o MNE, através da secretaria de Estado das Comunidades, emitiu um alerta a recomendar aos viajantes que tenham "a maior cautela nas deslocações", devido à "particular incidência de raptos" em Maputo.
 
Os portugueses são aconselhados a "não frequentar locais isolados, evitar as rotinas, incluindo não efetuar diariamente os mesmos percursos, não exibir bens com valor monetário significativo e manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre as deslocações".
 
A onda de sequestros começou em 2011 e tem visado setores abastados da sociedade moçambicana.
 
O cônsul geral de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse à Lusa que os familiares da vítima já foram informados do sucedido, adiantou.
 
A identidade da vítima e a identificação da empresa não foram divulgados.
 
Lusa
 

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