terça-feira, 31 de outubro de 2017

PORTUGAL À SOMBRA DE AMBIGUIDADES AINDA NÃO ULTRAPASSADAS – IX



Martinho Júnior | Luanda 

Em saudação aos 60 anos do MPLA, aos 52 anos da passagem do Che por África e aos 43 anos do 25 de Abril… e assinalando os 50 anos do início do “Exercício ALCORA” e os 50 anos do início da Guerra do Biafra. 

17- O 25 de Abril de 1974 em Portugal, favoreceu a descolonização, sem contudo impedir que essa descolonização fosse pautada pelos imponderáveis ao sabor das potências da época, assim como das correntes dominantes, que articularam seus interesses por via de interpostas entidades, resguardando-se na época, de certo modo, da visibilidade político-diplomática em direcção a África, em particular em direcção ao “apartheid”.

Dimensionavam seus passos, programas e relações numa atmosfera meio clandestina, meio envergonhada e sempre com a tradicional dose de subtil hipocrisia e cinismo, conformes aos costumes digeridos durante séculos!

A descolonização foi assim um processo inquinado, por que as ingerências e as manipulações sobre as até então colónias, interferiram duma forma ou de outra, com maior ou menor intensidade, a partir desde logo dos Estados Unidos e em vários“tabuleiros”: em Portugal, nas colónias em vias de independência, na Europa e em África (sobretudo na África Austral e Central).

Efectivamente, a posição de múltipla vassalagem de Portugal, era por si um incentivo às ingerências e manipulações das potências dominantes, sobretudo dos Estados Unidos em função dos interesses da aristocracia financeira mundial e isso foi desde então um processo continuado, uma constante prova de conspiração.

Nesse âmbito, Angola haveria de sofrer com mais intensidade esses impactos, pois face ao Não Alinhamento activo do Movimento de Libertação (MPLA), estavam disponíveis ao poder de manobra das potências que compõem a “civilização judaico-cristã ocidental”, os etno-nacionalismos angolanos (FNLA e UNITA), assim como seus vínculos de orientação, quer a partir do Zaíre, quer a partir do“apartheid” instalado na África do Sul e Namíbia ocupada, quer a partir da muleta portuguesa, tudo isso aproveitando o rescaldo do Exercício ALCORA e os bons ofícios dos conservadores do “Le Cercle” que se haviam antes implicado com a “Aginter Press”, enquanto houve Estado Novo em Portugal (Jaime Nogueira Pinto é uma das “emanações” que deu sequência, como foi antes Jorge Jardim), todos eles revendo-se no “aconselhamento” a Savimbi e a Dlakhama!

O 25 de Abril de 1974 enquanto revolução sustentou-se numa curta duração, por que a 25 de Novembro de 1975 sobreveio a contrarrevolução, que se apossou do rótulo para implementar os conteúdos a condizer aos interesses das oligarquias portuguesa e europeia: a “revolução dos cravos” serviu para o primeiro ensaio das “revoluções coloridas” da história, indexando o processo português à própria formação da União Europeia (Comissão Europeia), mas mantendo-o sempre em “rédea curta”, quer em relação aos auspícios e ideologias dominantes propagadas pelos Estados Unidos, quer em relação às doutrinas e auspícios da NATO.

As divisões sentidas em Portugal, na retoma do controlo do ambiente sócio-político pelos interesses intimamente implicados na“civilização judaico-cristã ocidental”, impactaram desde logo no Movimento das Forças Armadas, onde se fizeram esbater todos os processos de luta, com múltiplas implicações no seu quadro, na tipologia de orientações que foram tomadas e nas derivas que foram surgindo, com os elementos progressistas a sofrer o peso do desgaste até se esgotarem na sua neutralização.

É evidente que, “queimando os últimos cartuchos” das maiores implicações do quadro colonial-fascista, (casos, por exemplo dos generais António Spínola, Alpoim Galvão e Soares Carneiro), o 25 de Novembro de 1975 reinstalou Portugal nas correntes de vassalagem que tradicionalmente lhe são aplicadas, influenciando tanto nas questões de ordem interna, quanto nas questões de relacionamento para com os outros, Angola, “apartheid” e África Austral particularmente.

Os governos portugueses do após 25 de Novembro de 1975, inscreveram-se todos eles nessa “esquadria”, com maior ou menor ênfase e os exercícios de Mário Soares e de Cavaco Silva, são disso expoentes maiores, que por seu turno marcaram indelevelmente o tipo de relacionamentos de Portugal com Angola até aos dias de hoje, tendo como marcos o antes e o depois do Acordo de Bicesse, mas sempre na esteira dos múltiplos enredos de vassalagem portuguesa, inclusive no âmbito dos “salvados” do Exercício ALCORA.

Aníbal António Cavaco Silva, instalado no Partido Popular Democrático, hoje Partido Social Democrata, estava ao nível da transição “flácida” do fascismo para uma dócil democracia representativa e multipartidária (https://www.youtube.com/watch?v=PrAuhzw8Zc8), ao sabor do 25 de Novembro de 1975, pois se até esse partido foi fundado por um membro da ala liberal, Francisco Sá Carneiro, sem disparar um tiro, nem ir para as ruas, muito menos enfrentando riscos desnecessários, a partir do aconchego do seu próprio escritório e na sombra requintada dos salões.

Mário Alberto Nobre Lopes Soares, fluindo duma oposição autoconsiderada de “democrata” em “oposição” para com o Estado Novo, demonstrou nos seus exercícios ao abrigo do Partido Socialista Português do após 25 de Novembro de 1975, quanto seu engenho correspondia a um perfil próximo dos interesses da CIA (Frank Charles Carlucci) em Portugal (conforme os “Contos Proibidos” de Rui Mateus, https://aventar.eu/2010/12/19/contos-proibidos-o-ficheiro/) e dos relacionamentos a condizer de Portugal com África, sobretudo com Angola, África Austral e África Central, associando-se às causas mais reacionárias desde então e sempre abusando de forma obscena do rótulo de “democrata”, compatível com o carácter de Savimbi, espelhado em todo o seu curriculum e“obra”!

Os exercícios governativos dos dois entrosaram-se nos seus propósitos em relação a Angola, moldados numa afinidade sombria e de mau augúrio, afinaram sempre num mesmo diapasão, “repescando” o que foi possível “salvar” do Exercício ALCORA, sobretudo em relação a Savimbi (e a Dlakhama).

Com Savimbi, apesar do significado da “Operação Madeira”, das estreitas conexões com o “apartheid” entre 1968 e 1991 e da“osmose” com o regime e interesses de Mobutu, foi sempre um “interlocutor válido”, quer para Cavaco Silva, quer para Mário Soares, inclusive quando em 1992, por via do choque neoliberal, se decidiu pela “somalização” de Angola (https://www.youtube.com/watch?v=57RdC1ia7ak)!

Habituados a “dividir para melhor reinar”, optaram a descoberto, ou na sombra, em reforço dum etno-nacionalismo capaz de“somalizar” Angola e levar essa “prova de vida” até ao ponto de rebuçado da imposição, dolorosa, ou persuasiva, do capitalismo neoliberal.

“Padrinho disto tudo”, dizem alguns relativamente a Mário Soares (http://portadaloja.blogspot.com/2014/12/mario-soares-o-padrinho-disto-tudo.html)... E não é que, até de tráfico em tráfico e sem fronteiras, é essa a sensação também na situação em Angola dos nossos dias?

Foi preciso o cartel dos diamantes abandonar a saga dos “diamantes de sangue”, que era tão prejudicial à sua imagem e à imagem dos próprios Oppenheimer, para que os governos portugueses forjados no após 25 de Novembro de 1975, que sempre manipularam entre os “interlocutores válidos angolanos” (independentemente do seu carácter, ou do carácter de sua sustentabilidade), tirassem partido do choque, para melhor reproduzirem os interesses económicos e financeiros em direcção a Angola, fortalecendo os impactos e os nexos da terapia neoliberal.

Como não podia deixar de ser, estavam todos animados da saga “anticomunista”, correspondendo como vassalos à voz do dono e para que não houvesse equívoco em relação à sua “obra evangelizadora”, reduziam tudo ao estéril pó da Guerra Fria, para embarcar, logo à partida, no sucedâneo do capitalismo neoliberal até aos nossos dias, de forma a desgastar até à medula o cobiçado alvo Angola.

O Acordo de Bicesse (assinado em 31 de Maio de 1991), situando-se na charneira, foi propício ao papel estimulado para Portugal pelas correntes neoliberais que emergiram à escala global a partir de Ronald Reagan e Margareth Thatcher (https://www.prospectmagazine.co.uk/arts-and-books/neoliberalism-reagan-thatcher-hayek-friedman), na projecção de relacionamentos possíveis num quadro de vassalagem, que durante o tempo do choque ficou aparentemente suspenso, “na gaveta”(1992/2002), para depois surgir à luz do dia de 2002 para cá, de forma a contribuir para formatar a jovem “democracia representativa” angolana e algumas das transversais humanas da própria sociedade angolana (as novas elites angolanas e os que não conseguem vencer até hoje as amarras do etno-nacionalismo)!

Para que não ficassem “orgulhosamente sós” nessas piedosas tarefas, a aristocracia financeira mundial permitiu que se inscrevessem entre outros relacionamentos similares projectados por outros concorrentes neoliberais para com Angola, inclusive algumas das poderosas máfias chinesas afins (recorrendo à exploração do “êxito” a partir dos círculos de Macau e Hong Kong), à ilharga dos relacionamentos bilaterais entre os estados de Angola e da República Popular da China.


18- A versão sobre o Acordo de Bicesse, de Isaías Samakuva, é por si bastante esclarecedora, quanto ao que diz respeito ao capitalismo neoliberal, quer em relação ao período do choque, quer em relação ao período da terapia, colocando-se o autor como um “aproveitador nato” das engenharias de então, depois da trajectória da UNITA, um etno-nacionalismo filtrado pelo colonialismo português, pelo “apartheid” e pelo regime de Mobutu (http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=21293:lider-da-unita-faz-revelacoes-sobre-os-acordos-de-bicesse&catid=23:politica&Itemid=1123&lang=pt)...

Observe-se como as suas palavras encaixam que nem luva no espírito daqueles que em Portugal, na sombra, reflectiram em Bicesse os “salvados” do Exercício ALCORA:

… “O dia 31 de Maio não consta da lista oficial dos feriados nacionais. Porém, depois do dia 11 de Novembro de 1975, nós, na UNITA, consideramos que o dia 31 de Maio de 1991 é um dos dias mais importantes da nossa história política.

Se em 1975 Angola nasceu como estado independente, foi em 31 de Maio de 1991 que os angolanos firmaram os alicerces para a construção de uma nova independência, digamos, para a construção de um futuro inclusivo e partilhado por todos. Um futuro de liberdade, reconciliação e prosperidade para todos.

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Os alicerces dessa construção são os Acordos de Paz Para Angola, assinados em Portugal pelo Presidente da República, Eng. José Eduardo dos Santos e pelo Presidente da UNITA, Dr. Jonas Malheiro Savimbi. Foram mediadores dos Acordos três governos: dois que estiveram envolvidos na guerra pós-colonial angolana, o governo da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e o governo dos Estados Unidos da América; e o governo que foi um dos principais responsáveis pelo conflito político pós independência, o Governo de Portugal”…

Inebriado com os lívidos fantasmas que se esbateram em Bicesse, Samakuva faz uma leitura acomodada ao jeito dos expedientes do capitalismo neoliberal, precisamente numa altura em que a URSS era sacudida pelo terramoto do tandem Gorbatchov/Ieltsin(https://actualidad.rt.com/actualidad/216572-gorbachov-eeuu-democracia-cafe-obama), Cuba acabava de ser “afastada” de África (tal como de quaisquer outras negociações) começando a viver os primeiros dias do “período especial” e o governo angolano se apresentava, em “metamorfose”, sem melhores soluções.

Nessa altura Savimbi (tal como Chivukuvuku e Samakuva) exultavam graças ao apoio dos seus aliados externos (governo português incluído) e aos “bons ofícios” que levaram a que em Angola se alterasse profundamente o carácter dos organismos de inteligência e segurança do estado, se pusesse fim ao Partido do Trabalho e se estabelecesse um ponto final para as FAPLA, apesar de elas saírem vitoriosas no terreno das disputas na África Austral, a ponto de ter sido possível as independências da Namíbia e do Zimbabwe, assim como o colapso do “apartheid” na África do Sul.

Conforme escrevi em “Mercenários até quando?- I” (http://pagina--um.blogspot.com/2010/11/mercenarios-ate-quando-i.html):

“Tudo começou em 1985 e à volta de interesses norte-americanos e europeus, particularmente no que diz respeito aos diamantes.

O processo 105/83 que desmantelou o tráfico ilícito de diamantes, foi levado a julgamento e os réus dele constantes foram na maior parte dos casos condenados, mas no seu rescaldo, os oficiais da então Segurança do Estado da 1ª República que haviam cumprido com as suas obrigações (em resultado desse processo o tráfico ilícito de diamantes sofreu um rude corte e o estado angolano havia recuperado a sua posição de controlo das transacções), foram presos, julgados e condenados a pesadas penas, pois afinal, ironia das ironias, estavam a fazer um golpe de estado sem efusão de sangue (Processo 76/86).

Para julgar esses oficiais-feitos-réus, houve que substituir o velho Tribunal Popular Revolucionário (o mesmo que havia julgado os mercenários de 1975/1976) por um novo, dimensionado para as conveniências dos clãs que despontavam na sociedade angolana com expressão política no Congresso do MPLA realizado na altura e abrindo-se para um outro poder cujo carácter iniciou a fase de embrião, ao mesmo tempo que se produziram alterações de vulto no aparelho da então Segurança de Estado.

Deu-se assim não só o início duma profunda alteração do carácter do estado angolano, preparando-se o caminho para o termo do sonho duma sociedade de feição socialista, ao mesmo tempo que se passou a introduzir sem remissão a lógica capitalista que sustentou a 2ª e sustenta 3ª república, muito antes das profundas alterações ocorridas nos países socialistas de então”…

Grande parte dos traficantes de diamantes e moeda condenados no âmbito do processo 105/83, além de serem portugueses, ou luso-descendentes, respondiam a interesses que na Europa estavam sedeados em Portugal (comércio de diamantes), na Bélgica (Bolsas de Antuérpia) e na Suíça (bancos como o UBS e o Trade Development Bank), pelo que os sensíveis organismos político-diplomáticos portugueses em Angola e os sistemas de inteligência portugueses, filtraram as conveniências da época, reflectindo também com isso os “salvados” do Exercício ALCORA no que aos relacionamentos para com Angola diziam respeito.

Na parte que me toca enquanto instrutor desse processo, tenho a referir que, continuando a ser na altura Chefe de Sector NATO da Contra Inteligência Geral da Segurança do Estado (1983/1985), fui também instrutor do processo contra uma rede da BOSS/NIS (serviços de inteligência do “apartheid”) formada por portugueses e um angolano, instrutor do capitão Winand Johannes Petrus Du Toit capturado em Cabinda e coordenador de muitos expedientes secretos que acompanhavam os indícios das movimentações de potenciais inimigos de Angola particularmente em Luanda e Benguela, quer dizer: um estudioso dos sinais de todo o tipo de actividade inimiga entrosada particularmente aos interesses de Savimbi e do “apartheid”.

Na altura a capacidade do estado era assumida com bastante rigor, apesar de já se aperceberem os primeiros sinais de desestabilização, no sentido de “abertura” na direcção do capitalismo neoliberal, desde as afectações que haviam no tecido social.

Também nessa altura se começava a dar espaço em Angola, às capacidades de inteligência económica no recurso dos serviços externos particularmente das potências componentes da “civilização judaico-cristã ocidental”, com Portugal a alcançar um patamar que seria depois subjacente ao ambiente do Acordo de Bicesse a 31 de Maio de 1991, providenciando uma parte da terapia após o choque neoliberal!

As decisões que foram tomadas contra esse rigor em relação à Segurança do Estado em 1985/86, foram o primeiro passo na direcção da factura pesada que os angolanos têm hoje de enfrentar relativas aos sucessivos impactos do capitalismo neoliberal nos tecidos humanos da sociedade e dentro das instituições, visíveis “a olho nu” pouco mais de 30 anos depois!

Foi graças ao conjunto de “bons ofícios” esbatidos e burilados em Bicesse, que as “obrigatórias metamorfoses” do estado angolano providenciaram debilitamentos de tal ordem que iriam permitir a Savimbi, por via do choque, a saga “dos diamantes de sangue”…

Foi graças também a essa injecção de infectada democracia multipartidária que, com a terapia rampante, promovido a partir do eixo da hegemonia unipolar, que se chegou hoje em Angola à “economia de casino”, onde facilmente se sentem à vontade tráficos, especulação e até resíduos do “apartheid” sul-africano, que dominam nas conjunturas típicas do sul de Angola, particularmente no Cuando Cubango e Cunene, no norte da Namíbia e noutros países vizinhos que compõem o KAZA TFCA (https://www.kavangozambezi.org/index.php/en/), passando dos Parques Nacionais para a implantação de fazendas, para a criação de gado, infiltrando-se nas aspirações da diversificação económica… dando sequência em termos formatados e adaptados pelo capitalismo neoliberal, à dose ultraconservadora inculcada pelo Exercício ALCORA e seus fluxos década após década até aos fluxos correntes, que entre outras mais coisas se esbate nas crescentes vulnerabilidades da moeda Kwanza e mina o sistema económico e bancário de Angola, em prejuízo de sua independência e soberania!

Martinho Júnior - Luanda, 23 de Outubro de 2017.

Ilustrações:
- Capa do livro ALCORA, o acordo secreto do colonialismo;
- Mário Soares e Jonas Savimbi: comuns “provas de vida”;

A consultar de Martinho Júnior
Eleições na letargia duma colónia periférica – http://paginaglobal.blogspot.com/2013/10/eleicoes-na-letargia-duma-colonia.html 
Programa soft power da CIA contra Angola, passa por Portugal – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/01/programa-soft-power-da-cia-contra.html 
Neocolonialismo em brandos costumes e dois episódios – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/neocolonialismo-em-brandos-costumes-e.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – I – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – II – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/04/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_30.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – III – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – IV – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_8.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – V – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_14.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – VI – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda_18.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – VII – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/06/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Portugal à sombra de ambiguidades ainda não ultrapassadas – IX – http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/07/portugal-sombra-de-ambiguidades-ainda.html 
Geoestratégia para um desenvolvimento sustentável – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/01/geoestrategia-para-um-desenvolvimento.html 
De Argel ao Cabo da Boa Esperança – http://paginaglobal.blogspot.com/2016/12/de-argel.html

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