Macau, China, 02
abr (Lusa) - O cônsul-geral de Portugal em Macau, Vítor Sereno, assumiu hoje o
posto de delegado do país no Fórum Macau, organismo onde, garantiu, Portugal
está empenhado numa relação cada vez mais forte que seja benéfica para todos.
"Portugal,
como disse o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, na quarta conferência
ministerial, tem o maior interesse no estabelecimento de parcerias entre empresas
portuguesas e chinesas para o desenvolvimento de projetos nos países de língua
portuguesa e na China continental no âmbito do Fundo de Cooperação e
Desenvolvimento do Fórum Macau", disse Vítor Sereno em declarações à
agência Lusa à margem da primeira reunião em que participou como delegado de
Portugal.
Por outro lado,
acrescentou, as iniciativas do plano de ação para os próximos três anos, que
incluem um centro de distribuição de produtos alimentares, a criação de um
centro de apoio às Pequenas e Médias Empresas dos países de língua portuguesa e
um centro de convenções e exposições "assumem-se de grande relevância para
Portugal".
"Queremos
reforçar o nosso relacionamento, a partilha de experiências que permitam a
todos nós beneficiarmos do conhecimento do outro, das melhores experiências e
das melhores práticas nos mais variados setores", disse, ao salientar que
Portugal está no Fórum Macau porque tem empresas "com conhecimento,
experiência, dimensão e qualidade úteis e necessárias em qualquer país em áreas
como, por exemplo, as energias verdes, os moldes, a gestão de frotas
potenciando a capacidades das telecomunicações atuais".
Vítor Sereno
recordou também que a capacidade técnica dos portugueses está patente na
"excelência das empresas portuguesas em Macau e nos quadros técnicos
residentes".
"O Fórum Macau
é uma plataforma de oportunidades para todos nós, mas falando das empresas
nacionais, existem, através deste organismo, desafios para o tecido empresarial
e para a economia que nos permitem potenciar a capacidade de inovação",
disse ao recordar que as próprias autoridades chinesas destacaram na reunião
ministerial que Portugal e Brasil possuem "valências para o
desenvolvimento de projetos tripartidos quer em África quer em Timor-Leste"
Pequim nomeou Macau
como a sua 'ponte' para uma maior cooperação económica e comercial entre a
China e os países de língua portuguesa, um reforço de ligações que se estende
atualmente a outras áreas como a formação e a cultura.
JCS // APN - Lusa
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