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timorense apela a jovens para contribuírem para o desenvolvimento nacional
Díli,
12 nov (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, apelou hoje aos
jovens timorenses para aproveitarem a independência para estudarem e
contribuírem para o desenvolvimento nacional.
"Como
chefe de Estado, apelo aos jovens para que aproveitem esta independência para
estudarem e aprenderem ciências, com seriedade, contribuindo assim para o nosso
desenvolvimento nacional", afirmou o Presidente, numa mensagem por ocasião
do 23.º aniversário do massacre de Santa Cruz.
Segundo
Taur Matan Ruak, o dia que hoje se celebra é importante para todos recordarem
os jovens que "demonstraram com firmeza o espírito da independência",
manifestando-se contra a "ocupação ilegal" de Timor-Leste.
"Foram
muitos os timorenses que pagaram um preço elevado. Muitos perderam a vida. O
seu sofrimento despertou a comunidade internacional para a luta pela
independência e permitiu que hoje tenhamos um país independente e
soberano", salientou o chefe de Estado.
Na
mensagem, Taur Matan Ruak referiu também que o país "ainda tem muitos
desafios pela frente" que só podem ser superados com "pessoas
qualificadas, trabalhadoras e humildes".
"Assim,
lembro aos jovens que se hoje não aproveitarem o tempo para estudar, não
poderão usufruir das oportunidades do futuro, porque o país pertence apenas
àqueles que querem aproveitar estas oportunidades, e estudar e aprender para
enriquecerem o seu conhecimento", concluiu.
A
12 de novembro de 1991 mais de duas mil pessoas reuniram-se numa marcha até ao
cemitério de Santa Cruz, em Díli, para prestarem homenagem ao jovem Sebastião
Gomes, morto em outubro desse ano por elementos ligados às forças indonésias.
No
cemitério, militares indonésias abriram fogo sobre a multidão. Segundo números
do Comité 12 de Novembro, 2.261 pessoas participaram na manifestação, 74 foram
identificadas como tendo morrido no local e 127 morreram nos dias seguintes no
hospital militar ou em resultado da perseguição das forças ocupantes.
A
maior parte dos corpos continua em parte incerta.
MSE
// VM
Organização
timorense pede ao Governo mais investimento na educação dos jovens
Díli,
12 nov (Lusa) - A organização timorense Fundação Mahein pediu hoje, Dia da
Juventude Timorense, ao Governo de Timor-Leste para investir mais na educação
dos jovens, para os preparar para as lutas da pós-independência, nomeadamente o
desenvolvimento do país.
"A
Fundação Mahein considera que o Governo deve gastar recursos para assinalar um
jovem caído, mas também para qualificar as novas gerações para as lutas
pós-independência de Timor-Leste", refere organização, em comunicado.
Timor-Leste
celebra hoje o Dia da Juventude Timorense para assinalar os 23 anos passados
desde omassacre de Santa Cruz, quando mais de duas mil pessoas marcharam até
àquele cemitério de Díli para prestarem homenagem ao jovem Sebastião Gomes,
morto por elementos ligados às forças indonésias.
No
cemitério, militares indonésios abriram fogo sobre a multidão e provocaram a
morte de 74 pessoas no local. Nos dias seguintes, mais de 120 jovens morreram
no hospital ou em resultado da perseguição das forças ocupantes.
"O
tempo de luto já é longo e os jovens de hoje têm de enfrentar novas batalhas em
Timor-Leste para a estabilidade e desenvolvimento", salienta a Fundação
Mahein.
Para
a organização timorense, é altura de o Governo atribuir "verbas
significativas" para recursos humanos, principalmente para os jovens
trabalharem em todos os setores, para fortalecer a construção da Nação.
"Além
disso, o Governo deve investir de forma inteligente e profundamente na
educação, tanto formal como informal, para preparar os jovens para o futuro.
Com investimento de qualidade, o sistema educativo pode produzir uma geração de
jovens timorenses disciplinados e qualificados para liderarem o caminho",
sublinha a organização.
Segundo
a Fundação Mahein, a população jovem timorense é a que menos atenção recebe do
Governo, o que provoca marginalização, desemprego, educação incompleta e
pobreza.
"O
resultado combinado destas forças é o conflito, o que compromete o sacrifício
histórico dos companheiros do massacre de Santa Cruz", refere a
organização, sublinhando que as comemorações devem servir para fazer uma
perspetiva profunda sobre o passado, presente e futuro do novo Timor-Leste.
MSE
// ARA
Título
PG
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