quarta-feira, 12 de novembro de 2014

APELO AOS JOVENS TIMORENSES FAZ SENTIDO SE HOUVER MAIS INVESTIMENTO




PR timorense apela a jovens para contribuírem para o desenvolvimento nacional

Díli, 12 nov (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, apelou hoje aos jovens timorenses para aproveitarem a independência para estudarem e contribuírem para o desenvolvimento nacional.

"Como chefe de Estado, apelo aos jovens para que aproveitem esta independência para estudarem e aprenderem ciências, com seriedade, contribuindo assim para o nosso desenvolvimento nacional", afirmou o Presidente, numa mensagem por ocasião do 23.º aniversário do massacre de Santa Cruz.

Segundo Taur Matan Ruak, o dia que hoje se celebra é importante para todos recordarem os jovens que "demonstraram com firmeza o espírito da independência", manifestando-se contra a "ocupação ilegal" de Timor-Leste.

"Foram muitos os timorenses que pagaram um preço elevado. Muitos perderam a vida. O seu sofrimento despertou a comunidade internacional para a luta pela independência e permitiu que hoje tenhamos um país independente e soberano", salientou o chefe de Estado.

Na mensagem, Taur Matan Ruak referiu também que o país "ainda tem muitos desafios pela frente" que só podem ser superados com "pessoas qualificadas, trabalhadoras e humildes".

"Assim, lembro aos jovens que se hoje não aproveitarem o tempo para estudar, não poderão usufruir das oportunidades do futuro, porque o país pertence apenas àqueles que querem aproveitar estas oportunidades, e estudar e aprender para enriquecerem o seu conhecimento", concluiu.

A 12 de novembro de 1991 mais de duas mil pessoas reuniram-se numa marcha até ao cemitério de Santa Cruz, em Díli, para prestarem homenagem ao jovem Sebastião Gomes, morto em outubro desse ano por elementos ligados às forças indonésias.

No cemitério, militares indonésias abriram fogo sobre a multidão. Segundo números do Comité 12 de Novembro, 2.261 pessoas participaram na manifestação, 74 foram identificadas como tendo morrido no local e 127 morreram nos dias seguintes no hospital militar ou em resultado da perseguição das forças ocupantes.

A maior parte dos corpos continua em parte incerta.

MSE // VM

Organização timorense pede ao Governo mais investimento na educação dos jovens

Díli, 12 nov (Lusa) - A organização timorense Fundação Mahein pediu hoje, Dia da Juventude Timorense, ao Governo de Timor-Leste para investir mais na educação dos jovens, para os preparar para as lutas da pós-independência, nomeadamente o desenvolvimento do país.

"A Fundação Mahein considera que o Governo deve gastar recursos para assinalar um jovem caído, mas também para qualificar as novas gerações para as lutas pós-independência de Timor-Leste", refere organização, em comunicado.

Timor-Leste celebra hoje o Dia da Juventude Timorense para assinalar os 23 anos passados desde omassacre de Santa Cruz, quando mais de duas mil pessoas marcharam até àquele cemitério de Díli para prestarem homenagem ao jovem Sebastião Gomes, morto por elementos ligados às forças indonésias.

No cemitério, militares indonésios abriram fogo sobre a multidão e provocaram a morte de 74 pessoas no local. Nos dias seguintes, mais de 120 jovens morreram no hospital ou em resultado da perseguição das forças ocupantes.

"O tempo de luto já é longo e os jovens de hoje têm de enfrentar novas batalhas em Timor-Leste para a estabilidade e desenvolvimento", salienta a Fundação Mahein.

Para a organização timorense, é altura de o Governo atribuir "verbas significativas" para recursos humanos, principalmente para os jovens trabalharem em todos os setores, para fortalecer a construção da Nação.

"Além disso, o Governo deve investir de forma inteligente e profundamente na educação, tanto formal como informal, para preparar os jovens para o futuro. Com investimento de qualidade, o sistema educativo pode produzir uma geração de jovens timorenses disciplinados e qualificados para liderarem o caminho", sublinha a organização.

Segundo a Fundação Mahein, a população jovem timorense é a que menos atenção recebe do Governo, o que provoca marginalização, desemprego, educação incompleta e pobreza.

"O resultado combinado destas forças é o conflito, o que compromete o sacrifício histórico dos companheiros do massacre de Santa Cruz", refere a organização, sublinhando que as comemorações devem servir para fazer uma perspetiva profunda sobre o passado, presente e futuro do novo Timor-Leste.

MSE // ARA

Título PG

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