João
Marcos – Voz da América
Em
Benguela, os fiéis da seita A Luz do Mundo desapareceram, tendo muitos deles
fugido para o Huambo, onde, a 16 de Abril, registaram-se violentos confrontos
entre a polícia e seguidos de José Julino Kalupeteka. No dia anterior, um
polícia foi morto quando, segundo as autoridades, procuravam o líder da seita
que, ao que soube depois, estava no Huambo.
A
VOA procurou encontrar seguidores de Kalupeteka mas ninguém dá a cara, facto
que não surpreende o consultor social Nicelo da Silva , que justifica o sumiço
com o que chama de clima de intimidação e marginalização.
“A
sociedade apresentou uma atitude de marginalização”, explica Silva que, num
apelo à comunidade internacional, sugeriu ao Governo um inquérito independente
para apurar todos os factos.
Segundo
aquele técnico da Organização Humanitária Mundial(OHM), com uma investigação
independente das reais causas do problema “o Governo poderá ter medidas
preventivas, quer ao nível das seitas que existem em Angola, quer em relação ao
convívio com algumas igrejas que nós vemos que não são boas, nomeadamente para
as famílias”.
Entretanto,
a Administração do Lobito diz ter recebido cerca de 85 elementos da seita que
fugiram do Huambo.
Por
outro lado, o Governador de Benguela Isaac dos Santos reiterou que “precisamos da
palavra do senhor, dos nossos pastores, dos nossos líderes religiosos, mas
temos de estar atentos aos falsos profetas”.
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