sábado, 7 de novembro de 2015

Angola. CONFERÊNCIA ALUSIVA AO 40º ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL.




Pelas 15H00 de 6 de Novembro de 2015, no Salão Cultural do edifício LAASP, Liga Africana, em Luanda, teve lugar a Conferência alusiva ao 40º aniversário da independência nacional, integrando as comemorações de 11 de Novembro de 2015.

O Programa foi seguido à risca, prendendo a atenção de todos os presentes, que amiúde aplaudiram os aspectos mais relevantes das intervenções.

Pelas 16H00 com o Salão cheio duma audiência de angolanos e cubanos, a que se juntaram entidades de outras nacionalidades, incluindo diplomatas, soou de forma solene o hino nacional angolano, seguido de um minuto de silêncio em honra de todos aqueles que tombaram durante sua contribuição na luta contra o colonialismo, contra o “apartheid” e contra algumas das suas sequelas, pela independência nacional e a soberania angolana.
 
Abriu a sessão o Professor Doutor Carlos Mariano Manuel, Presidente da Liga Africana, que na sua Mensagem de Boas Vindas se referiu particularmente ao historial da Liga Africana, de forma a sublinhar o seu papel ao longo de várias gerações implicadas na tomada de consciência nacional e na luta.

Seguiu-se-lhe um momento de poesia, com três poemas de Agostinho Neto declamados por três alunos da Escola da Liga Africana.

A apresentação do conferencista foi feita pelo primeiro Primeiro-Ministro da República Popular de Angola e sócio co-fundador da Liga Africana, Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento, que salientou a longevidade da aliança do Movimento de Libertação em África com a Revolução Cubana e o papel do diplomata-conferencista nos acontecimentos da libertação em África e a sua trajectória ao serviço do estado revolucionário de Cuba.

Tomou por fim a palavra Óscar Oramas Oliva, que foi o primeiro digno Embaixador de Cuba em Angola.

O velho combatente e diplomata cubano, referiu-se com propriedade e fundamento à história épica vivida em África pelos internacionalistas cubanos, com realce para os enlaces vividos ao longo do processo angolano, tanto na frente militar, como na frente diplomática, quanto nas missões civis que dão sentido ao prolongamento da Operação Carlota muito para lá do calar das armas, sobretudo perante os desafios que se colocam na saúde, na educação e na reconstrução de Angola.

A cultura comum que se vai forjando, é um património exemplar para toda a humanidade se tivermos em conta as possibilidades de relacionamento no quadro do “Terceiro Mundo” e na cooperação Sul-Sul, com amplas perspectivas para no futuro se aprofundar.

Os laços que dão consistência a essa cultura, tiveram sua prova maior nos momentos mais decisivos da Luta de Libertação em África, com mais de 2000 cubanos internacionalistas a darem a sua vida pela causa angolana, entre eles o heróico Comandante Dias Arguelles, caído em combate durante a batalha do Ebo, há 40 anos.

Seguiu-se um período que possibilitou 5 perguntas recolhidas a partir da sala, que tiveram as devidas respostas por parte do Embaixador Óscar Oramas Oliva e Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento.

Entre as 18H00 e as 19H30 o acto deu lugar a um convívio acompanhado de cocktail, numa convivência simples, efusiva, digna e sem protocolo.

A iniciativa foi excelente se tivermos em conta que há muitos interesses que a todo o transe procuram desvirtuar a história, ou fazê-la esquecer, quando ela é tão importante para que no presente e no futuro se possam consumar os resgates do desenvolvimento sustentável em benefício de todo o povo angolano e de todos os povos de África, única forma de dignificar toda a humanidade e possibilitar levar-se a cabo o renascimento africano.

Conhecer a história é garantir rumo para Angola e honrar a vida de todo o povo angolano, na forja da identidade nacional.

Fotos de Martinho Júnior (clique para ampliar) 

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