Martinho Júnior, Luanda
Pelas
15H00 de 6 de Novembro de 2015, no Salão Cultural do edifício LAASP, Liga
Africana, em Luanda, teve lugar a Conferência alusiva ao 40º aniversário da
independência nacional, integrando as comemorações de 11 de Novembro de 2015.
O
Programa foi seguido à risca, prendendo a atenção de todos os presentes, que
amiúde aplaudiram os aspectos mais relevantes das intervenções.
Pelas
16H00 com o Salão cheio duma audiência de angolanos e cubanos, a que se
juntaram entidades de outras nacionalidades, incluindo diplomatas, soou de
forma solene o hino nacional angolano, seguido de um minuto de silêncio em
honra de todos aqueles que tombaram durante sua contribuição na luta contra o
colonialismo, contra o “apartheid” e contra algumas das suas
sequelas, pela independência nacional e a soberania angolana.
Abriu
a sessão o Professor Doutor Carlos Mariano Manuel, Presidente da Liga Africana,
que na sua Mensagem de Boas Vindas se referiu particularmente ao historial da
Liga Africana, de forma a sublinhar o seu papel ao longo de várias gerações
implicadas na tomada de consciência nacional e na luta.
Seguiu-se-lhe
um momento de poesia, com três poemas de Agostinho Neto declamados por três
alunos da Escola da Liga Africana.
A
apresentação do conferencista foi feita pelo primeiro Primeiro-Ministro da
República Popular de Angola e sócio co-fundador da Liga Africana, Lopo
Fortunato Ferreira do Nascimento, que salientou a longevidade da aliança do
Movimento de Libertação em África com a Revolução Cubana e o papel do
diplomata-conferencista nos acontecimentos da libertação em África e a sua
trajectória ao serviço do estado revolucionário de Cuba.
O
velho combatente e diplomata cubano, referiu-se com propriedade e fundamento à
história épica vivida em África pelos internacionalistas cubanos, com realce
para os enlaces vividos ao longo do processo angolano, tanto na frente militar,
como na frente diplomática, quanto nas missões civis que dão sentido ao
prolongamento da Operação Carlota muito para lá do calar das armas, sobretudo
perante os desafios que se colocam na saúde, na educação e na reconstrução de Angola.
A
cultura comum que se vai forjando, é um património exemplar para toda a
humanidade se tivermos em conta as possibilidades de relacionamento no quadro
do “Terceiro Mundo” e na cooperação Sul-Sul, com amplas perspectivas
para no futuro se aprofundar.
Os
laços que dão consistência a essa cultura, tiveram sua prova maior nos momentos
mais decisivos da Luta de Libertação em África, com mais de 2000 cubanos
internacionalistas a darem a sua vida pela causa angolana, entre eles o heróico
Comandante Dias Arguelles, caído em combate durante a batalha do Ebo, há 40
anos.
Seguiu-se
um período que possibilitou 5 perguntas recolhidas a partir da sala, que
tiveram as devidas respostas por parte do Embaixador Óscar Oramas Oliva e Lopo
Fortunato Ferreira do Nascimento.
Entre
as 18H00 e as 19H30 o acto deu lugar a um convívio acompanhado de cocktail,
numa convivência simples, efusiva, digna e sem protocolo.
A
iniciativa foi excelente se tivermos em conta que há muitos interesses que a
todo o transe procuram desvirtuar a história, ou fazê-la esquecer, quando ela é
tão importante para que no presente e no futuro se possam consumar os resgates
do desenvolvimento sustentável em benefício de todo o povo angolano e de todos
os povos de África, única forma de dignificar toda a humanidade e possibilitar
levar-se a cabo o renascimento africano.
Conhecer
a história é garantir rumo para Angola e honrar a vida de todo o povo angolano,
na forja da identidade nacional.
Fotos
de Martinho Júnior (clique para ampliar)
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