O
Governo indonésio informou o executivo timorense que vai permitir a concessão
de vistos à chegada nos postos fronteiriços na ilha de Timor-Leste na próxima
semana por ocasião das comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses.
Em
comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros timorenses explica ter sido
informado na sexta-feira pela Embaixada da Indonésia em Díli de que a situação
temporária estará em vigor entre 23 e 30 de novembro.
Aplica-se
nos postos fronteiriços de Mota Ain e Wini/Sakato, ou seja, nos dois locais de
passagem para quem queira deslocar-se de Timor-Leste para o enclave de Oecusse,
onde decorrem as comemorações oficiais dos 500 anos de contactos entre
portugueses e timorenses e o 40º aniversário da proclamação da independência de
Timor-Leste.
"Relativamente
às comemorações dos 500 anos de afirmação da identidade de Timor-Leste,
marcadas para 28 de novembro de 2015, o Governo da Indonésia, particularmente a
Direção Geral de Imigração e o Ministério da Justiça e Direitos Humanos da
República da Indonésia, concorda no atendimento de visto à chegada para
cidadãos timorenss que usem passaporte comum, nos pontos de entrada de Mota Ain
e Wini Sakato, entre 23 e 30 de novembro", refere a nota remetida pela
missão diplomática.
A
decisão, considera o Governo, facilita significativamente a movimentação da
população timorense que queira deslocar-se a Oecusse para as comemorações.
Recorde-se
que, normalmente, a excessiva burocracia indonésia e um custo mínimo de 100
dólares americanos em vistos dificulta significativamente as deslocações para o
enclave de Oecusse.
Ir
por terra para o enclave, localizado na costa norte da metade indonésia da
ilha, obriga ao pagamento de vistos de entrada e saída na Indonésia (a 50
dólares americanos cada) e a um complexo processo burocrático que pode durar
semana e meia.
A
situação torna-se ainda mais complexa e cara para quem pretenda levar carro de
Timor-Leste (custa pelo menos 130 dólares em documentação, se se viajar
sozinho) e, ainda mais, no caso de camiões com material, o que dificulta
qualquer tentativa de quem quer beneficiar dos projetos de desenvolvimento que o
Governo timorense tem em curso no enclave.
ASP
// SO - Lusa
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