Edite
Estrela critica a Direita devido às sanções de que Portugal pode ser alvo.
Numa
altura em que “as hipotéticas sanções a Portugal e Espanha continuam a dar que
falar”, a socialista Edite Estrela dedicou-lhe um artigo de opinião publicado
na Ação Socialista.
“As
famigeradas sanções vão e vêm ao sabor dos ventos da direita nacional e
europeia. Não admira que alguns tecnocratas europeus façam uma leitura
restritiva das regras orçamentais e considerem ‘normal’ aplicar sanções por défice
excessivo sem cuidar das causas nem do contexto”, escreveu a
socialista, eleita pelo círculo de Lisboa.
Consciente
de que “nunca a Europa falou a uma só voz” e de que, “proliferando os
porta-vozes, é natural que haja mensagens contraditórias”, a deputada destaca
que “os presidentes da Comissão, do Parlamento e do Conselho Europeu já
deixaram muito claro que a aplicação de sanções não faz sentido”.
“De
facto, o que é uma derrapagem de 0,2% do PIB comparada com o drama dos
refugiados, o Brexit, os ataques terroristas, a situação económica, o
desemprego e a crise da banca? Sensato seria tratarem dos reais problemas e
deixarem Portugal em paz. Só que a direita, cá e lá, perdeu o bom-senso”,
atirou.
No
entender de Edite Estrela, “Maria Luís Albuquerque, Pedro Passos Coelho e
Assunção Cristas atingiram o cúmulo do descaramento e sacrificam o interesse
nacional no altar da hipocrisia e da demagogia”.
“A
primeira afirmou, sem se rir, que se fosse ela a ministra das Finanças não
haveria sanções. Passos Coelho alega não entender o que se está a passar e vai
insinuando que as sanções não punem o passado, mas o futuro. Assunção Cristas,
que também integrou o governo responsável pelo défice excessivo, acusa o
primeiro-ministro António Costa de ter acordado tarde para o problema”,
justificou.
“Desfaçatez
não lhes falta, porque as sanções de que se fala dizem respeito ao défice de
2015. Responsabilidade deles, portanto”, rematou.
Goreti
Pera – Notícias ao Minuto
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