Martinho Júnior, Luanda
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Menos de três meses desde que começou a preencher o lugar da Casa Branca, o
novo Presidente de turno rende-se e reduz-se à insignificância de todos os
anteriores, enquanto sargentos-às-ordens da aristocracia financeira mundial,
mais concretamente do núcleo duro do “abrangente” grupo belicista,
que responde à agenda de defesa do dólar como irrevogável moeda padrão das
transacções internacionais, sobretudo as ligadas aos produtos energéticos, num
quadro prevalecente de hegemonia unipolar.
A
moeda padrão está refém da poderosa banca privada de famílias tradicionais
oriundas da velha Europa, conforme denunciou Louis McFadden e por isso o
papel-moeda continua a ser reproduzido pela banca privada, o que propulsa o
esforço militar e o militarismo “além mar”, num ciclo vicioso que a
administração Trump e seus aliados “protecionistas” não conseguirão
reverter.
Impossível
reverter também alterações substanciais ao valor das matérias-primas, por muito
raras que elas sejam: é a aristocracia financeira mundial, em função do seu
domínio avassalador assenhoreado com a manipulação global do dólar, que dita a
regra de todos os jogos, reservando para si o mais suculento por via de
carteis, ou de consórcios que há muito eliminaram qualquer veleidade de
concorrência.
Sendo
esse o único plano estratégico em vigor de âmbito unipolar, a hegemonia
unipolar obrigando a “formatação” de Trump à sua determinação, lança
mão de todos os planos constituintes de ingerência, manipulação, caos,
terrorismo e domínio no absoluto, pelo que qualquer que seja o inquilino na
Casa Branca, qualquer que seja o programa eleitoral com que cada novo inquilino
for eleito, é essa a trilha a cumprir e ponto final no assunto.