Ataque armado terá
provocado duas mortes em
Cabo Delgado
Grupo atacou na noite de quinta-feira
(23.08) uma aldeia no distrito de Macomia, matou duas pessoas, queimou 12 casas
e roubou alimentos, segundo relatos de residentes.
De acordo com as informações
recolhidas pela agência de notícias Lusa junto a residentes locais, o ataque
aconteceu pelas 22h na aldeia de Cobre, uma pequena povoação dependente do
posto administrativo de Quiterajo, no distrito de Macomia, na província nortenha
de Cabo Delgado.
Segundo relatos, os agressores
usaram catanas e armas de fogo e entraram na povoação sem que a população se
apercebesse, misturando-se com a plateia de um salão de exibição de filmes.
Pouco depois saíram do local e
começaram o ataque à aldeia, referiu a mesma fonte. Uma das vítimas morreu com
golpes de catana, enquanto outra foi abatida a tiro.
Ataques
Povoações remotas da província de
Cabo Delgado, situada entre a quase dois mil quilómetros a norte de Maputo, têm
sido saqueadas com violência por desconhecidos desde outubro de 2017,
provocando um número indeterminado de mortos, na ordem das dezenas, e um número
ainda maior de deslocados.
Os grupos que têm atacado as
aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas
intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de
tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.
Os ataques acontecem numa altura
em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na
região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos
empreendimentos.
Em diversas declarações sobre a
ação de grupos armados na província de Cabo Delgado, a polícia moçambicana
garantiu que tem a situação "sob controlo".
Agência Lusa | em Deutsche Welle
Quem são os
"cabecilhas" dos ataques no norte de Moçambique?
Polícia moçambicana divulgou os
nomes dos seis homens que supostamente lideram os ataques armados na província
de Cabo Delgado, no norte do país, e pediu à população colaboração para a
captura dos alegados "cabecilhas".
O comandante-geral da Polícia da
República de Moçambique (PRM), Rafael Bernardino disse, em declarações
reproduzidas segunda-feira (13.08) pela emissora pública Rádio Moçambique, que
os grupos
armados que protagonizam ataques em Cabo Delgado são
dirigidos por Abdul Faizal, Abdul Remane, Abdul Raim, Nuno Remane, Ibn Omar e
um sexto identificado apenas por Salimo.
"Consideramos esses como os
cabecilhas", declarou Bernardino Rafael, falando numa parada policial na
cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado.
Rafael Bernardino exortou também
as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas a "manterem o empenho"
no combate
aos grupos.
Apelo à população
O responsável exortou a população
a colaborar na localização dos responsáveis pelos referidos grupos armados.
"Apelamos à população para quem souber, quem tiver informações possíveis,
que levem à captura desses nomes que nós indicamos, contacte a Polícia da
República de Moçambique, para nós atuarmos", declarou o comandante-geral
da polícia moçambicana.
Povoações remotas da província
de Cabo
Delgado, situada entre 1.500
a 2.000 quilómetros a norte de Maputo, têm sido
saqueadas com violência por desconhecidos desde outubro de 2017, provocando um
número indeterminado de mortos e deslocados.
Os grupos que têm atacado as
aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas
intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de
tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira.
Os ataques acontecem numa altura
em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na
região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos
empreendimentos.
Agência Lusa | em Deutsche Welle
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