Martinho Júnior | Luanda
14- A abertura da Frente Leste do
MPLA, tendo como rectaguarda a Zâmbia, possibilitou a conjugação de esforços
das inteligências da internacional fascista e seus aliados (entre eles
alinhamentos das administrações estado-unidenses e dos governos britânicos de
turno), com várias linhas de pressão das quais destaco duas:
Uma constante e sistemática
pressão e “isolamento” do Presidente zambiano Kenneth Kaunda, com uma
Zâmbia integrada no Commonwealth e só depois respondendo ao Movimento dos Não
Alinhados;
Uma cada vez maior pressão sobre
o MPLA e seu quadro humano, com cenários distintos ao que o MPLA tinha
experimentado no tempo do “Vitória ou Morte”.
O Presidente zambiano, ainda que
assim não o quisesse, foi-se tornando vulnerável aos esforços conjugados de
circuitos de inteligência, que além dos distendidos pelas potências
anglo-saxónicas (Estados Unidos e Grã-Bretanha), tinham origem no colonialismo
português (com a PIDE/DGS e franjas da sua diplomacia num papel relevante),
no “apartheid”(tirando partido de linhas económicas decisivas, pois os
países do interior estavam dependentes das ferrovias e dos portos para
escoamento das matérias-primas e minerais) e no cartel do ouro, platina e
diamantes (Anglo American, De Beers, Lonrho…), um factor de peso por dentro da
fluidez do ”lobby dos minerais”, um dos principais suportes do Partido
Democrata dos Estados Unidos, um “lobby” instrumentalizado por um
sector importante da aristocracia financeira mundial ao nível dos clãs
transnacionais de banqueiros e industriais, Rockefeller e Rothschield.
O “copperbelt” zambiano
era (e é), em relação ao “lobby” dos minerais, o factor decisivo para
as suas manobras de inteligência; foi assim na elaboração do “pendor” do
Presidente Kenneth Kaunda, agenciando nas suas opções e integrado no campo de
acção da “civilização cristã ocidental”, ela própria reitora da Guerra
Fria recorrendo ao repescar dos resíduos fascistas e nazis.
As filtragens do “Le Cercle” (arregimentando
ou não as redes “stay behind” da NATO), juntaram-se a essas
conjugações e tudo isso possibilitou o frenesim da inteligência em prol e no
âmbito do Exercício ALCORA, para além das fronteiras coloniais e do “apartheid”,
com um crescendo de intensidade na Zâmbia desde que se manifestou a presença do
MPLA.
A existência dessas entrelaçadas
conjugações possibilitaria mais tarde a continuidade dos aproveitamentos
decorrentes do Exercício ALCORA por parte dos governos portugueses saídos do 25
de Novembro de 1975, conhecidos como os do“Arco de Governação” nos relacionamentos
para com a África Austral e para com Angola.
À medida que a situação foi
evoluindo numa Angola independente, assim os esforços dos serviços de
inteligência do“Arco da Governação” se foram adaptando.
As redes “stay behind” da
NATO ficaram assim disponíveis em relação à África Austral (em conexão e
suporte com a resistente internacional fascista), com a multiplicação e
conjugação de suas linhas de penetração e pressão, ampliando as potencialidades
dos seus vínculos sempre preparados para as transformações inerentes ao “mercado” (consolidando
a tendência em direcção à inteligência económica) desde antes do eclodir das
novas revoluções tecnológicas.
O Presidente Kenneth Kaunda tinha
uma linha ideológica “cristã” instalada numa plataforma de
artificiosa paz com matriz elitista na Zâmbia, que além de estar aberta ao jogo
das inteligências, permitia ser receptáculo da intensidade das influências
protagonizadas via “Le Cercle”.
Num quadro dessa natureza, a
PIDE/DGS tinha ao seu dispor um plasma de “interpares” muito
favorável, de tal ordem que foi por exemplo o Inspector Fragoso Alas a abrir o
escritório de interesses do colonialismo português dentro da Embaixada
franquista no Zaíre, em Kinshasa, antes da colocação de António Monteiro
naquela “posição diplomática”(diplomática?).
Em relação a Lusaka, foi jogada
com êxito a cartada de Jorge Jardim, sustentado pelos interesses em Moçambique
do clã Champalimaud.
Por altura da disputa da
independência de Angola, o Presidente Kenneth Kaunda, no rescaldo desses
esforços de inteligência, advogou Savimbi para presidente nos encontros com o
Presidente Gerald Ford e o seu Secretário de Estado, Henry Kissinger, elevando
desde logo a fasquia das opções de inteligência em torno de Savimbi.
É evidente que essa projecção é
um indicador das influências criadas durante o Exercício ALCORA, que se
prolongariam não só até ao fim do “apartheid”, mas durante o choque
neoliberal após o Acordo de Bicesse, a 31 de Maio de 1991…
Por outro lado quando os “Fieis”,
antigos “gendarmes” katangueses refugiados em Angola e utilizados
pela PIDE/DGS e Forças Armadas Portuguesas contra o esforço de penetração do
MPLA na sua Frente Leste até 25 de Abril de 1974, transformaram-se a propósito no “Front
Nationale de Libération du Congo”, sob chefia de Nathanael MBumba e assim, para
esse mesmo efeito, os serviços de inteligência do “Arco de Governação” não
perderam o pé em Angola, consolidando em resultado da “adaptação”, via
Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, o seu afã “oficial” no leste
em relação ao muito sensível sector dos diamantes.
É evidente que esse jogo foi
sempre um “cavalo de Troia” cuja incubação e cultura se tornou
providencialmente disponível para o “Arco de Governação”.
Essa linha de penetração permitiu
leituras não só no terreno aos serviços de inteligência do “Arco de
Governação”, mas também a garantida dilatação das linhas de penetração em
Angola e na República Democrática do Congo sobrevivendo ao derrube de Mobutu e
permitindo fazer a ligação actualmente aos Grandes Lagos e República Centro
Africana (outro país fértil em diamantes).
Quanto à pressão conjugada desse
leque de serviços de inteligência sobre o movimento de libertação em África, o
alvo era sem margem para dúvidas o MPLA, o seu Presidente António Agostinho
Neto e os dirigentes leais à sua linha de pensamento e acção, aqueles que
professavam a “Luta Continua”, entre eles todos os que assinaram a
Proclamação da gloriosas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, a
começar pelos Comandantes de Coluna Iko Carreira e Ludy Kissassunda, os dois
assinantes que surgem à cabeça da lista da Proclamação.
A sua trajectória após a
independência de Angola, confirma que qualquer um deles passou a ser “um
alvo a abater” para alguns dos serviços de inteligência (redes “stay
behind”) da “civilização cristã ocidental”, que souberam explorar em
benefício dos seus interesses e conveniências, durante mais de uma década,
vínculos pressionantes para dentro do MPLA e do estado angolano, visando
enfraquecer, subverter, ou neutralizar a sua linha ideológica que se
consubstanciou na República Popular de Angola, a sua acção e até a sua figura,
numa constante guerra psicológica intestina, inevitável para moldar o poder de
estado e da sociedade angolana aos seus desígnios “solft power” em
estrita conveniência do império da hegemonia unipolar e do capitalismo
financeiro, neoliberal e transnacional que o viria a nutrir após o colapso do
socialismo no início da década de 90 do século XX.
15- O alvo MPLA, o alvo António
Agostinho Neto e o alvo que constituíram alguns dos seus leais seguidores, tem
redundâncias hoje e eu cito o meu próprio exemplo.
De facto no ambiente da mega
Luanda actual (um subproduto do capitalismo financeiro neoliberal e
transnacional, há situações que se assemelham bastante às de Kinshasa em 1964,
ou às de Lusaka de 1974, em termos de impacto de redes de inteligência externas
e seus perniciosos efeitos “soft power”, ou seja em termos de guerra
psicológica em suas disponíveis “transversais”, tudo isso multiplicado
pelas novas tecnologias e pelas filosofias que desde a “escola de
Chicago” servem os interesses e as conveniências do poder dominante dos
1%...
Numa cidade atravancada de
comunidades que se foram refugiando ao longo do último conflito armado
(1992/2002), os substractos sociais mais pobres sofrem influências de vulto e
não possuem conteúdos educacionais, formativos e de ocupação ao nível dos padrões
aceitáveis para a vida em comunidades urbanas, pelo que as manipulações
ocorrem, sendo espelho disso, por exemplo, a expansão da “rádio mujimbo”,
os circuitos especulativos de comunicação não oficial.
É visível no Facebook, quanto a
juventude da capital está afectada pela nocividade do ambiente humano em Luanda
nas presentes conjunturas e condições, num país com uma grave assimetria e numa
cidade em desastre ambiental, com desequilíbrios frescos que foram implantados
sobretudo de 2002 a
esta parte…
Essa parte da sociedade não
está “acomodada” mas permanecendo confusa face ao incómodo duma luta
sócio-política que obrigatoriamente enfrenta o desafio das assimetrias e da
pobreza típica do subdesenvolvimento, está perdida quase sempre no esforço
quotidiano pela sobrevivência e absorvida pelos vínculos alienatórios que sobre
esses substractos impactam com toda a incidência perniciosa: “em nome da
democracia” o “boi tem de continuar a dormir” e quando acorda,
necessita que os vínculos do capitalismo financeiro transnacional actuem
formatados e confinados “no terreno”, conforme ao exemplo programado
dos “revús”…
Por indexar minha
ideologia, “honrando o passado e a nossa história” e interpretando
fielmente “a memória e os ensinamentos” do Guia Imortal que fundou o
estado angolano, alguns de forma oportunista e em especial quando eu me
identifico com a necessidade de luta contra o subdesenvolvimento em benefício
dos substractos mais desfavorecidos do povo angolano dos quais fazem parte a
esmagadora maioria dos que me são próximos, de forma acintosa, ou pejorativa,
ou leviana e de algum modo excludente, ou até subtilmente repulsiva, explorando
por vezes o obscurantismo e a ignorância, caem na tentação de me qualificar em
circuitos próprios ou mesmo em circuitos mais abertos e afins à sua maneira,
de “comunista”…
Esse é também um fenómeno
sintomático do grau de assimilação que os relacionamentos de carácter
estruturalista com Portugal têm vindo a provocar: a qualificação de “comunista” por
parte dos sociais-democratas e dos cristãos democratas, tem uma elevada dose de
subversão ideológica e de incoerência, por que objectivamente a sua visão
estruturalista é avessa àqueles que humana e socialmente professam que a luta
continue!
Nas circunstâncias conjunturais
internas actuais de Angola e num momento em que com as transformações, o
terceiro Presidente da República, General João Manuel Gonçalves Lourenço está
disposto a “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, a leitura
em termos comportamentais, psicológicos e tendo em conta os desenvolvimentos da
própria guerra psicológica de que a situação em Lusaka em 1974 foi exemplo,
leva-me a concluir que, apesar da fresca vontade manifestada oficialmente no
sentido da integração e das articulações subjacentes possíveis, em alguns dos
bastidores de tendência social-democrata da própria comunidade de segurança a
qualificação que me “atiram” como rótulo, é um indicador que falta
muita pedagogia e sabedoria para perceber o que à civilização diz respeito e o
que diz respeito à barbárie!
O subdesenvolvimento, as
assimetrias e a pobreza, são motivo para que as elites sócio-políticas se
incomodem com a situação do povo angolano, mas os sociais-democratas e os
cristão-democratas, já estão instalados e, muitos deles, acomodados!
Essa incongruência tem sido
agravada pelo facto duma parte da comunidade de Segurança do Estado, ter
passado a ser um dos alvos preferenciais da guerra psicológica movida pelas
potências indexadas à NATO, que já leva mais de três décadas tentando
pressionar, tentando dividir, tentando dilacerar esses instrumentos do poder
reduzindo-os apó a fim de os ir neutralizando e colocá-los à sua feição, ao
ponto de alguns sectores do próprio estado terem vindo a tratar essas franjas
como se fossem “excedentes” marginais, os “mambises” angolanos…
A chegada ao poder do camarada
Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço e aos serviços de responsabilidade do
General Fernando Garcia Miala, indiciam estar a começar a pôr um fim a essa
perniciosa situação, introduzindo capacidades de integração e de entrosamento
de articulações, que vai tornar possível a introdução duma cultura de
inteligência patriótica com pedagogia e persuasão, inaugurando uma nova era de
responsabilidade humana, social e sócio-política, aberta para responder aos enormes
desafios do presente e do futuro.
Nesses termos, há que inventar
para não se errar, mas a social-democracia e a democracia-cristã,
estruturalistas como são, pretendem formatar mentalidades e procuram impedir
que a criatividade que implica consciência crítica, morra no ovo!
A carga negativa que hoje o
termo “comunista” encerra em Angola quando utilizado de forma
oportunista pelos profetas da social-democracia rampante (mesmo que não seja
neoliberal), é incompatível com a dignidade, com a coerência e com a
clarividência das razões daqueles que perfilham os ideais, as práticas e o
exemplo de António Agostinho Neto, de Lúcio Lara, de Iko Carreira, de Ludy
Kissassunda e de tantos comandantes, dirigentes, combatentes,
internacionalistas e esclarecidos lutadores que levaram por diante, de forma
patriótica, ou de forma solidária e enfrentando tantos riscos, a saga do
movimento de libertação em África, hoje a saga da lógica com sentido de vida em
benefício de toda a humanidade!
Um dos objectivos dessa surda “objecção”,
é neutralizar a criatividade dos que, face ao subdesenvolvimento crónico que
advém do passado, procuram patrioticamente encontrar soluções em benefício de
todo o povo angolano… também aí há sinais que permitem avaliar até onde
chegaram as influências de impactos de linhas de penetração inteligente
provenientes do exterior, inclusive dentro dos instrumentos do poder de estado
angolano!
Para as mentalidades formatadas a
todos os níveis a partir do “soft power” injectado a partir do
exterior, a criatividade patriótica é considerada uma concorrência avessa até
aos padrões da sociedade de consumo forjada pelo capitalismo financeiro
transnacional que se reflecte em Angola.
Esses sinais levaram a, até ao
fim do exercício governativo do Presidente José Eduardo dos Santos e em função
da guerra psicológica de que a República de Angola tem sofrido particularmente
desde a perda dos seus primeiros aliados socialistas, que uma importante franja
da comunidade da Segurança do Estado ao ter sido sistematicamente
marginalizada, passasse a ser considerada desde praticamente o acordo de
Bicesse (31 de Maio de 1991), como se dum potencial inimigo se tratasse!
Quando se tem comemorado em
Setembro o mês que anualmente honra António Agostinho Neto, desde 2002 tem sido
sintomático lembrar-se o poeta, como se a poesia dele não fosse o resultado de
sua própria vivência como Comandante, como Dirigente, como Combatente e Lutador
incansável, como um ser extraordinário em termos de sensibilidade e
inteligência e sobretudo como um ser de inexcedível vontade no sentido ético e
moral da acção do movimento de libertação em África, firme nas suas profundas
convicções e práticas marxistas-leninistas!
A tendência social-democrata,
como não corresponde a uma filosofia materialista dialética, evidencia o poeta
para ocultar esse Comandante, esse Dirigente, esse Combatente e esse Lutador,
ou até abrir a porta para o denegrir em inqualificáveis (e pidescos) processos
de neo-assimilação.
Alguns dos que lhe deveriam ser
fieis, ao abandonarem o materislismo dialético, voltaram à origem das
doutrinas, filosofias e ideologias introduzidas pelos canais religiosos que
fomentaram a sua própria formação na sua juventude…
Por essa razão, os que
correspondem ainda que limitadamente a António Agostinho Neto, nas suas
convicções e nas suas práticas patrióticas, solidárias e internacionalistas,
são “prendados” em ambientes pré escolhidos ou não, quantas vezes com
toda a facilidade, com toda a ligeireza, com todo o oportunismo, com todo o
cinismo capaz de ambiguidade pejorativa, o rótulo de “comunistas”, de modo
a que se continue a abrir espaço às pretensões dessas formatadas“personalidades”,
acomodados parceiros internacionais do mercenarismo “civil” típico
das correntes capitalistas neoliberais e transnacionais…
Em Angola não há partido
comunista e quando um dia o houve, foi minúsculo, efémero e integrou-se na
formação do próprio MPLA.
Por isso quer durante a Luta de
Libertação, quer depois numa lógica com sentido de vida que nos anima, que me
anima, o MPLA não pode ser indiferente em relação àqueles, entre os quais
muitos comunistas em todo o mundo, que a seu tempo apoiaram Agostinho Neto e
seus ideais socialistas, nem os que lhe foram e são fiéis à sua “memória e
ensinamentos”, sem mácula de oportunismo, sem mácula de subversão ideológica e
sem se deixarem iludir nos meandros dum “soft power” qualquer por
mais decisiva que seja a potência de ingerência, de manipulação, ou de suporte,
identificada com o império da hegemonia unipolar ao sabor dos interesses da
aristocracia financeira mundial, de 1%!
Entre os 99% há que distinguir
nos termos da civilização ou da barbárie, o que é saudavelmente patriótico,
solidário ou internacionalista (por isso mesmo um incómodo permanente) e o que
é nocivamente mercenário a coberto de consumismos acomodados que colocam o
lucro acima da vida, mesmo que haja imensa capacidade de integração e um leque
imenso de articulações!
Manter hoje a cabeça fria, as
mãos limpas e o coração ardente, é incompatível com qualquer oportunismo
social-democrata, por mais insignificante que ele pareça ser e isso não é uma
questão de “radicalização”, por que é sempre uma motivação de coerência,
de consciência crítica e um incómodo rebelde mas respeitador da identidade para
com o próprio povo angolano, tendo em conta a densidade dos imensos resgates
culturais que há para realizar em nome da felicidade e da sustentabilidade do futuro.
Essa lição foi dada, com a prova
de sua própria vida, pelo Presidente António Agostinho Neto!
Martinho Júnior - Luanda, 1 de Setembro de 2018
Imagens:
- Cindindo com a URSS, a República
Popular da China sob a liderança de Mao Tse Tung em relação a África foi-se
aproximando dos Estados Unidos, conforme documenta a foto (encontro de líderes
Mao-Ford-Kissinger, em 1975); África, particularmente a África Austral, tem
vindo a pagar uma factura pesada por causa dessa cisão e dessa aproximação: a
RPC até velados relacionamentos teve com o “apartheid”;
- Encontro do Presidente Kenneth
Kaunda com o Presidente Gerald Ford e o Secretário de Estado Henry Kissinger,
em Maio de 1975, na Sala Oval; objectivo: delinear as estratégias para com
Angola; na altura Kenneth Kaunda propunha Savimbi para Presidente de Angola;
- Livro que documenta um
relacionamento que reproduzia os interesses do “lobby” dos minerais
em relação à Zâmbia, que se tornou na chave, durante a década de 70 do século
XX, da tensão entre a linha da frente informal progressista e as linhas da
internacional fascista, sustentadas pelo Exercício ALCORA;
- O “gabinete civil” do
General António Spínola na Guiné Bissau: Fragoso Alas é o 1º, à esquerda do
grupo;
- A facção Chipenda foi um
artifício criado dentro do MPLA, a fim de o subjugar aos interesses do âmbito
do Exercício ALCORA; a sua própria trajectória em 1975 (ano dos encontros entre
Kaunda e Gérald Ford) e depois, comprova o seu agenciamento, que foi sendo
utilizado até ao fim de sua vida.
Anteriores de Martinho Júnior:
Uma longa luta em África – I – http://paginaglobal.blogspot.com/2016/11/uma-longa-luta-em-africa-i.html
Uma longa luta em África – II – http://paginaglobal.blogspot.pt/2016/11/uma-longa-luta-em-africa-ii.html
Uma longa luta em África – III – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/01/uma-longa-luta-em-africa-iii.html
Uma longa luta em África – IV – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/01/uma-longa-luta-em-africa-iv-mobilizacao.html
Uma longa luta em África – V – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/02/uma-longa-luta-em-africa-v.html
Uma longa luta em África – VI – http://paginaglobal.blogspot.com/2017/06/uma-longa-luta-em-africa-vi.html
Algumas outras consultas:
Leituras de algumas das esteiras
do Exercício ALCORA na África do Sul – Open Secrets – https://www.opensecrets.org.za/;
Apresentação do livro “Apartheid
guns and money” – O Exercício ALCORA, sendo secreto, integrou e estimulou
todas as acções secretas do“apartheid” e seus “links” externos – https://www.opensecrets.org.za/agm/#
Segredos do “apartheid” desclassificados
– o 1º duma série de 20 – https://www.dailymaverick.co.za/article/2017-12-15-declassified-apartheid-profits-a-president-a-billionaire-and-the-bounty-hunters/
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