O Ministério da Defesa de
Moçambique anunciou a neutralização de vários elementos que têm protagonizado
ataques armados em Cabo Delgado, no norte do país. Isto resulta de operações no
distrito de Mocímboa da Praia.
"Durante a operação, vários
malfeitores foram neutralizados e outros colocaram-se em fuga", lê-se num
comunicado do Ministério da Defesa de Moçambique distribuído esta sexta-feira
(01.11) à imprensa.
De acordo com o documento, os
"golpes de artilharia" contra grupos armados ocorreram na
quinta-feira e hoje em Muidumbe e na zona de Marere, na foz do rio Messalo,
distrito de Mocímboa da Praia, na província de cabo Delgado.
"As operações prosseguem e
as Forças de Defesa e segurança continuam em perseguição aos insurgentes que se
encontram fugitivos", acrescenta o documento, que não avança mais detalhes
sobre as operações.
Uma fonte policial consultada
esta sexta-feira pela agência de notícias Lusa indicou que um dos últimos
ataques dos grupos armados ocorreu no domingo contra um carro que levava
militares na região de Mbau, onde foram registadas pelo menos quatro vítimas
mortais, todas das forças moçambicanas.
A região de Cabo Delgado é
afetada desde outubro de 2017 por ataques armados levados a cabo por grupos
criados em mesquitas da região e que eclodiram em Mocímboa da Praia.
Como consequência já terão
morrido, pelo menos, 250 pessoas, quase todas em aldeias isoladas e durante
confrontos no mato, mas, nalgumas ocasiões, a violência atingiu transportes na
principal estrada asfaltada da região, bem como a área dos megaprojetos de
exploração de gás, onde há várias empresas subempreiteiras portuguesas.
Desde junho que o grupo
'jihadista' Estado Islâmico tem reivindicado alguns dos ataques, mas
autoridades e analistas ouvidos pela Lusa têm considerado pouco credível que
haja um envolvimento genuíno do grupo terrorista que vá além de algum contacto
com elementos no terreno.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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