sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Vinte timorenses conseguem bolsas para estudar em universidades australianas


Díli, 29 nov 2019 (Lusa) -- Vinte mulheres e homens timorenses foram selecionados para receber bolsas de estudo australianas para completarem bacharelatos em várias áreas em universidades daquele país, informou o Governo australiano.

Em comunicado, Camberra explicou que os bolseiros vão estudar cursos em áreas como política económica, nutrição e ciências de saúde, entre outras, sendo a primeira vez que as bolsas abrangem bacharelatos.

O Governo australiano indicou que, no passado, as bolsas internacionais eram quase na totalidade dadas para formação ao nível de mestrados ou doutoramentos, e menos para bacharelatos.

Isso implica uma participação maior de homens entre os beneficiários, já que o ingresso de mulheres no ensino superior era mais reduzido do que o de homens, havendo menos mulheres com bacharelato ou licenciaturas.

"Este ano as bolsas australianas para Timor-Leste reintroduziram apoios ao nível superior inicial, uma mudança que levou a uma mais que duplicação do número de pedidos de mulheres, em comparação com os três anos anteriores", refere-se no comunicado.


O embaixador australiano em Díli, Peter Roberts, destacou a maior participação de mulheres no programa que permite "não só que desenvolvam os seus conhecimentos e capacidades, mas ajudará a fortalecer a relação de amizade" entre os dois povos.

Uma das bolseiras é Safira Carvalho, 20 anos, natural de Viqueque, na ponta leste do país, que vai para a Austrália para completar um bacharelato em nutrição.

"Estou entusiasmada em poder estudar na Austrália e em desenvolver o meu conhecimento sobre política de nutrição. Quando completar o meu curso quero voltar para Timor-Leste para ajudar o meu país a lidar com subnutrição, educando os mais jovens sobre alimentação saudável e regulamentação e segurança alimentar", explicou.

No comunicado refere-se que os 20 bolseiros juntam-se a mais de 308 timorenses que participaram no programa no passado e que agora estão "em posições influentes no Governo e nos setores público e privado".

ASP // JMC

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