Díli, 30 jul 2019 (Lusa) - O
ex-primeiro-ministro timorense Xanana Gusmão rejeitou qualquer irregularidade
no programa de reabilitação de estradas em Díli, num texto enviado à Câmara de
Contas, após uma auditoria à execução orçamental do Fundo de Infraestruturas em
2015.
Xanana Gusmão afirmou, no texto,
que o Governo teve em conta a realidade do país, e quis apoiar as empresas
timorenses e melhorar a eficácia das obras.
Estas são algumas das linhas
essenciais do texto de contraditório que Xanana Gusmão enviou, em seu nome e de
ex-governantes, na sequência de um relatório da Câmara de Contas (CdC), que fez
uma auditoria à execução orçamental do Fundo de Infraestruturas em 2015.
Xanana Gusmão, que em 2015 era
primeiro-ministro, e posteriormente ministro do Planeamento e Investimento
Estratégico, respondeu à Câmara de Contas em nome de todos os membros do
Conselho de Administração do Fundo de Infraestruturas (CAFI).
O ex-primeiro-ministro lembra que
uma fatia significativa das obras públicas tinha, até então, sido atribuída a
empresas internacionais que "instalam-se em Timor, executam a obra, fecham
as portas e vão embora", pelo que defende "discriminação
positiva" em prol de empresas timorenses.
"Estamos convencidos que é
uma função do Governo a capacitação das empresas nacionais, preferindo a sua
contratação em relação a empresas estrangeiras, sempre que tal contratação não
represente um aumento de custos para o erário público", refere o texto.
"Precisamos de mais empresas
nacionais, com mais experiência, para que estas possam, no médio/curto prazo
apresentar-se aos concursos públicos internacionais em pé de igualdade com os
gigantes internacionais", sublinha.