segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Portugal do covid-19. Vêm aí mais contágios e mais mortes…


Acerca da pandemia, o Covid-19, num trabalho de Vera Lúcia Arreigoso, do Expresso, é relembrado que “Nunca o risco de contágio foi tão grande como agora”. É a verdade nua e crua, que a própria OMS confirma em artigo que se segue.

A irresponsabilidade do governo, em Portugal, está à vista. No Expresso pode ler o óbvio logo no primeiro parágrafo. Depois leia o que a OMS reitera.

É lamentável que os governantes não tenham encontrado alternativas a abrir as escolas, ao abrandar os cuidados a ter com os contágios óbvios da pandemia em curso. A decisão, por mais que pareça impossível, pode confirmar o que muito se diz sobre a pandemia: veio para matar os mais velhos e as cidadãos mais fragilizados e retirar peso aos custos orçamentais do SNS e afins.  Em Portugal, talvez mais de 700 mil idosos irão ser vítimas mortais do covid-19, estima-se.

É terrível que os cidadãos, muitos deles, pensem assim, desconfiados sobre a oportunidade que o governo (em Portugal, mas também na UE e resto do mundo) aproveita para, após os custos de agora com a pandemia, faça as contas ao que vai poupar no futuro no SNS. Aliás, nem é preciso fazer as contas ao que na realidade será certo e sabido.

Não queremos acreditar em tais maquiavelismos mas a dúvida paira e vai  continuar a pairar…

Do atrás citado, do Expresso, aconselhamos a ler o pior que vem aí, facilitado pelos poderes decisórios, governo, decerto aconselhado pelos “sábios” da DGS, cuja diretora já ouvimos aconselhar, sobre covid-19 e as medidas de segurança a tomar, determinados procedimentos e o seu contrário. Também nos do governo já ouvimos declarações desse modo. Anda tudo às aranhas, no improviso, na verdade de hoje que já não é válida passadas 24 horas. Compreende-se, andamos todos a aprender… O pior são os resultados perversos.

Leia o pior que aí vem. Mais contágios, mais mortes.

SC | PG



Covid-19. Nunca o risco de contágio foi tão grande como agora

O início das aulas vai colocar as deslocações das famílias num nível inédito desde que há pandemia, dando ao vírus maior liberdade de circulação. A maioria das pessoas terá uma infeção invisível e, por isso, os mais vulneráveis vão estar sob risco máximo, com o SARS-CoV-2 à espreita de um passo em falso. Doentes crónicos e idosos devem ter proteção total

uanto menos um vírus mata, mais depressa se propaga. As vítimas sobrevivem e asseguram o contágio de outras. Os dados recentes sobre o aumento das infeções entre uma população mais jovem e saudável (ver texto ao lado) sugerem que é nesta fase que está agora a pandemia e a partir da próxima semana deverá acentuar-se. O regresso à escola, com o aumento das deslocações familiares, vai dar ao vírus milhares de potenciais transmissores e colocar em grande risco os mais frágeis que com eles se cruzem no caminho ou até em casa. De agora em diante, a maior liberdade de uns terá de ser a menor de outros. Doentes crónicos, grávidas ou idosos devem proteger-se ainda mais.

“Nunca o risco foi tão elevado para quem é suscetível à doença. As escolas vão abrir e os pais voltar ao trabalho, com mais movimentos e maior utilização dos transportes públicos, e estes são dois novos fatores de risco”, alerta António Diniz, especialista em pneumologia e consultor da Direção-Geral da Saúde (DGS). “É preciso reunir o máximo de condições de segurança, porque se as crianças e os pais passam pela infeção com alguma tranquilidade, assim não é para quem tem alguma patologia subjacente ou idade avançada, e que tem de ser resguardado ao máximo”, diz.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.


Covid-19: OMS espera aumento de mortes na Europa em outubro e novembro

Segundo a OMS, o aumento do número de mortes diários deve-se ao crescimento dos casos em função da retomada da epidemia na Europa

Organização Mundial da Saúde (OMS) espera um aumento no número de mortes por covid-19 na Europa durante os meses de outubro e novembro, que serão "mais duros" por causa da pandemia, revelou o diretor regional da organização para a Europa.

"Vai ficar mais difícil. Em outubro e novembro veremos uma mortalidade maior", disse Hans Kluge em entrevista à Agência France Prece (AFP), quando o número de casos registados disparou no velho continente, mas com um número de mortos diário quase estável.

Segundo a OMS, o aumento do número de mortes diários deve-se ao crescimento dos casos em função da retomada da epidemia na Europa.

"Estamos numa altura em que os países não querem ouvir este tipo de más notícias, e eu compreendo", disse o diretor regional da OMS para a Europa, que, no entanto, quis enviar "a mensagem positiva" de que a pandemia "vai parar, num momento ou noutro".

A OMS Europa reúne esta segunda e terça-feiras os seus cinquenta Estados-membros para discutir a resposta à pandemia e acordar uma estratégia de cinco anos.

O alto funcionário da ONU avisou ainda os que acreditam que o fim da epidemia coincidirá com o desenvolvimento de uma vacina, ainda em andamento: "Eu ouço o tempo todo: 'a vacina vai acabar com a epidemia'. Claro que não!", afirmou Hans Kluge.

"Não sabemos nem se a vacina será eficaz em todas as camadas da população. Alguns sinais que estamos a receber é que será eficaz para uns, mas não para outros", sublinhou o médico belga, acrescentando: "E se de repente tivermos que desenvolver vacinas diferentes, que pesadelo logístico".

"O fim desta pandemia será quando, como comunidade, aprendermos a conviver com ela. E isso depende de nós. É uma mensagem muito positiva", disse.

O número de casos na Europa tem aumentado de forma acentuada há várias semanas, especialmente em Espanha e em França. Na sexta-feira, mais de 51.000 novos casos foram notificados nos 55 países da OMS Europa, mais do que os picos registados em abril, segundo dados da organização.

Ao mesmo tempo, o número de óbitos diários mantém-se, por enquanto, no nível observado desde o início de junho, cerca de 400 a 500 óbitos relacionados com a covid-19, segundo a mesma fonte.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 921.097 mortos e mais de 28,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Expresso | Lusa

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