Acerca da pandemia, o Covid-19, num
trabalho de Vera Lúcia Arreigoso, do Expresso, é relembrado que “Nunca o risco
de contágio foi tão grande como agora”. É a verdade nua e crua, que a própria
OMS confirma em artigo que se segue.
A irresponsabilidade do governo,
em Portugal, está à vista. No Expresso pode ler o óbvio logo no primeiro parágrafo.
Depois leia o que a OMS reitera.
É lamentável que os governantes não
tenham encontrado alternativas a abrir as escolas, ao abrandar os cuidados a
ter com os contágios óbvios da pandemia em curso. A decisão, por mais que pareça impossível,
pode confirmar o que muito se diz sobre a pandemia: veio para matar os mais
velhos e as cidadãos mais fragilizados e retirar peso aos custos orçamentais do SNS e afins. Em Portugal, talvez mais de 700 mil idosos irão ser vítimas mortais do covid-19, estima-se.
É terrível que os cidadãos,
muitos deles, pensem assim, desconfiados sobre a oportunidade que o governo (em
Portugal, mas também na UE e resto do mundo) aproveita para, após os custos de
agora com a pandemia, faça as contas ao que vai poupar no futuro no SNS. Aliás,
nem é preciso fazer as contas ao que na realidade será certo e sabido.
Não queremos acreditar em tais maquiavelismos mas a dúvida paira e vai continuar a pairar…
Do atrás citado, do Expresso,
aconselhamos a ler o pior que vem aí, facilitado pelos poderes decisórios,
governo, decerto aconselhado pelos “sábios” da DGS, cuja diretora já ouvimos aconselhar, sobre covid-19 e as medidas de segurança a tomar, determinados
procedimentos e o seu contrário. Também nos do governo já ouvimos declarações
desse modo. Anda tudo às aranhas, no improviso, na verdade de hoje que já não é
válida passadas 24 horas. Compreende-se, andamos todos a aprender… O pior são os resultados perversos.
Leia o pior que aí vem. Mais contágios,
mais mortes.
SC | PG
Covid-19. Nunca o risco de
contágio foi tão grande como agora
O início das aulas vai colocar as
deslocações das famílias num nível inédito desde que há pandemia, dando ao
vírus maior liberdade de circulação. A maioria das pessoas terá uma infeção
invisível e, por isso, os mais vulneráveis vão estar sob risco máximo, com o
SARS-CoV-2 à espreita de um passo em falso. Doentes crónicos e idosos devem ter
proteção total
uanto menos um vírus mata, mais
depressa se propaga. As vítimas sobrevivem e asseguram o contágio de outras. Os
dados recentes sobre o aumento das infeções entre uma população mais jovem e
saudável (ver texto ao lado) sugerem que é nesta fase que está agora a pandemia
e a partir da próxima semana deverá acentuar-se. O regresso à escola, com o
aumento das deslocações familiares, vai dar ao vírus milhares de potenciais
transmissores e colocar em grande risco os mais frágeis que com eles se cruzem
no caminho ou até em casa. De
agora em diante, a maior liberdade de uns terá de ser a menor de outros.
Doentes crónicos, grávidas ou idosos devem proteger-se ainda mais.
“Nunca o risco foi tão elevado
para quem é suscetível à doença. As escolas vão abrir e os pais voltar ao
trabalho, com mais movimentos e maior utilização dos transportes públicos, e
estes são dois novos fatores de risco”, alerta António Diniz, especialista em
pneumologia e consultor da Direção-Geral da Saúde (DGS). “É preciso reunir o
máximo de condições de segurança, porque se as crianças e os pais passam pela
infeção com alguma tranquilidade, assim não é para quem tem alguma patologia
subjacente ou idade avançada, e que tem de ser resguardado ao máximo”, diz.
Este é um artigo do semanário
Expresso. Clique AQUI para
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Covid-19: OMS espera aumento de
mortes na Europa em outubro e novembro
Segundo a OMS, o aumento do
número de mortes diários deve-se ao crescimento dos casos em função da retomada
da epidemia na Europa
Organização Mundial da Saúde
(OMS) espera um aumento no número de mortes por covid-19 na Europa durante os
meses de outubro e novembro, que serão "mais duros" por causa da
pandemia, revelou o diretor regional da organização para a Europa.
"Vai ficar mais difícil. Em
outubro e novembro veremos uma mortalidade maior", disse Hans Kluge em
entrevista à Agência France Prece (AFP), quando o número de casos registados
disparou no velho continente, mas com um número de mortos diário quase estável.
Segundo a OMS, o aumento do
número de mortes diários deve-se ao crescimento dos casos em função da retomada
da epidemia na Europa.
"Estamos numa altura em que
os países não querem ouvir este tipo de más notícias, e eu compreendo",
disse o diretor regional da OMS para a Europa, que, no entanto, quis enviar
"a mensagem positiva" de que a pandemia "vai parar, num momento
ou noutro".
A OMS Europa reúne esta segunda e
terça-feiras os seus cinquenta Estados-membros para discutir a resposta à
pandemia e acordar uma estratégia de cinco anos.
O alto funcionário da ONU avisou
ainda os que acreditam que o fim da epidemia coincidirá com o desenvolvimento
de uma vacina, ainda em andamento: "Eu ouço o tempo todo: 'a vacina vai
acabar com a epidemia'. Claro que não!", afirmou Hans Kluge.
"Não sabemos nem se a vacina
será eficaz em todas as camadas da população. Alguns sinais que estamos a
receber é que será eficaz para uns, mas não para outros", sublinhou o
médico belga, acrescentando: "E se de repente tivermos que desenvolver
vacinas diferentes, que pesadelo logístico".
"O fim desta pandemia será
quando, como comunidade, aprendermos a conviver com ela. E isso depende de nós.
É uma mensagem muito positiva", disse.
O número de casos na Europa tem
aumentado de forma acentuada há várias semanas, especialmente em Espanha e em França. Na sexta-feira,
mais de 51.000 novos casos foram notificados nos 55 países da OMS Europa, mais
do que os picos registados em abril, segundo dados da organização.
Ao mesmo tempo, o número de
óbitos diários mantém-se, por enquanto, no nível observado desde o início de
junho, cerca de 400 a
500 óbitos relacionados com a covid-19, segundo a mesma fonte.
A pandemia de covid-19 já
provocou pelo menos 921.097 mortos e mais de 28,8 milhões de casos de infeção
em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
Expresso | Lusa
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