quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Caso Isabel dos Santos: Desfecho do "Luanda Leaks" longe do fim?


Meses após o "Luanda Leaks", o caso Isabel dos Santos parece estar longe do fim. A PGR de Angola instaurou um processo contra a empresária. Mas, “excesso de formalismo” da justiça angolana dificulta uma solução.

Foi em janeiro deste ano que veio a público o escândalo "Luanda Leaks", que revelou esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano utilizando paraísos fiscais.

No mesmo mês, a empresária foi constituída arguida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por "má gestão e desvio de fundos" quando estava à frente da petrolífera estatal Sonangol, entre junho de 2016 e novembro de 2017. 

Segundo a PGR, este processo, instaurado na sequência do "Luanda Leaks", continua em "segredo de justiça". Por isso, volvidos quase oito meses, pouco ou quase nada se sabe sobre o seu andamento.

Caso "500 milhões": Leitura do acórdão marcada para sexta-feira em Luanda


Acórdão do caso "500 milhões" em que são arguidos José Filomeno dos Santos, ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, e Valter Filipe, antigo governador do Banco Nacional, será conhecido esta sexta-feira (14.08).

A anteceder a leitura do acórdão, em Luanda, deverão ser dadas as respostas aos mais de 100 quesitos apresentados na última sessão do julgamento, relativo a uma alegada transferência ilícita de 500 milhões de dólares (426 milhões de euros), que se realizou em 9 de julho.

Na ocasião, o juiz que preside ao julgamento, João Pitra, explicou que houve várias propostas de alteração e acréscimo de outros quesitos, construídos com base na acusação, pronúncia, questões pessoais dos representantes da defesa e da audiência de discussão e produção de provas, que o tribunal vai analisar para depois deliberar e formular o acórdão.

O julgamento, que teve início em 9 de dezembro de 2019, tem como arguidos o ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA) Valter Filipe e António Bule Manuel, administrador deste banco, ambos acusados dos crimes de peculato, burla por defraudação e branqueamento de capitais, para os quais o Ministério Público pediu penas não inferiores a 10 anos de prisão.

José Filomeno dos Santos, antigo presidente do Fundo Soberano de Angola e filho do ex-Presidente do país José Eduardo dos Santos, e Jorge Gaudens Pontes Sebastião, empresário angolano, acusados dos crimes de tráfico de influência, branqueamento de capitais e burla por defraudação, são igualmente arguidos neste processo, tendo o Ministério Público pedido para ambos penas de prisão não inferiores a sete anos.

África do Sul pronta para entrar em Cabo Delgado para “afastar forças mercenárias”


O académico sul-africano Andre Thomashausen defendeu hoje que a África do Sul deveria intervir em Cabo Delgado no âmbito de uma missão militar de paz regional e de reconstrução integrada daquela província no norte de Moçambique.

“Neste momento, a África do Sul também está ansiosa em limitar a entrada de grandes empresas mercenárias estrangeiras, canadianas, americanas, britânicas e francesas, e é por isso que está muito seriamente a considerar uma assistência militar oficial através das forças [de Defesa] regulares”, disse em entrevista à Lusa o académico e jurista sul-africano.

“Estamos a falar de um batalhão que poderá ser transferido para Cabo Delgado já em dezembro deste ano e há exercícios em curso para uma missão em Cabo Delgado”, avançou em entrevista à Lusa.

Na opinião do analista, a África do Sul poderia assumir um “papel moderador” no conflito em Cabo Delgado por forma a afastar “o perigo de forças mercenárias”, repor a “normalidade” e evitar “os abusos que neste momento estão a ser praticados pelas FADM [Forças Armadas de Moçambique]”.

A missão militar de paz sul-africana, referiu Andre Thomashausen, será destacada no âmbito regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

“Moçambique já solicitou esse apoio à SADC e é por aí que se poderá processar, e se houver um escalar da violência é muito provável que o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) também se venha a pronunciar e poderia haver uma operação semelhante à operação de manutenção de Paz na República Democrática do Congo, onde já existe desde há alguns anos uma presença sul-africana”, salientou.

Moçambique | Estado Islâmico diz ter capturado porto de Mocímboa da Praia


A informação foi avançada pelo próprio grupo terrorista, que divulgou imagens. A captura e ocupação do porto, na noite de terça-feira (11.08), vem na sequência de ataques que ocorreram nos últimos dias.

Ainda não há nenhuma comunicação do Governo de Moçambique, mas, de acordo com o portal moçambicano Zitamar News, os insurgentes capturaram o porto de Mocímboa da Praia depois de quase cinco dias de confrontos, que terão iniciado entre 5 e 6 de agosto. Soldados da marinha, conhecidos como fuzileiros navais, defendiam a infraestrutura, mas, na terça-feira, ficaram sem munição e os atacantes ganharam terreno.

O grupo terrorista divulgou nos seus canais de comunicação imagens de agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) mortos, assim como armas e munições que terão sido capturadas e armazenadas em duas barracas, alegadamente pelo braço moçambicano do grupo. As imagens estão a ser partilhadas no Twitter.

China alerta EUA para que “não brinque com o fogo” em relação a Taiwan


A China alertou, nesta quarta-feira (12), os Estados Unidos para que não “brinquem com o fogo” em relação a Taiwan, no momento em que um alto funcionário americano concluiu uma visita à ilha com uma homenagem ao ex-presidente Lee Teng-hui. 

“Em relação às questões sobre os interesses fundamentais da China, algumas pessoas nos Estados Unidos não devem ter ilusões e não devem brincar com o fogo”, disse à imprensa um porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian.

E recordou a oposição de seu país a qualquer contato oficial entre os Estados Unidos e Taiwan “sob qualquer pretexto”.

A China considera Taiwan como uma das suas províncias e condena qualquer ato oficial entre a ilha de 23 milhões de habitantes e autoridades estrangeiras.

Num cenário de tensões crescentes com Pequim sobre uma série de questões – pandemia, Hong Kong, direitos humanos, rivalidade comercial e tecnológica – o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, encerrou uma visita de três dias a Taiwan nesta quarta-feira. 

Azar é a autoridade mais importante americana a viajar para Taiwan desde 1979, ano em que os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipei.

Macau pode melhorar lei da segurança nacional sem ir atrás de Hong Kong


Macau, China, 12 ago 2020 (Lusa) -- O chefe do Governo de Macau reafirmou hoje que há margem para aperfeiçoar a lei sobre segurança nacional, sem que isso signifique que vai atrás da legislação imposta por Pequim a Hong Kong.

Ho Iat Seng disse também que não podia enquanto chefe do executivo excluir a hipótese de em Macau ocorrerem buscas num jornal, como sucedeu na segunda-feira em Hong Kong, sublinhando que essa é uma matéria judicial e que quaisquer diligências policiais do género têm de ser autorizadas pelos tribunais e cumprir a lei.

O governante voltou a lembrar que Macau já aprovou em 2009 a lei relativa à defesa da segurança do Estado, estabelecida no artigo 23.º da Lei Básica, a 'miniconstituição' do território que foi administrado por Portugal até 1999.

"Há algum espaço para melhorar? Sim. Isso já foi mencionado pelo secretário [para a Segurança] Wong [Sio Chak]. (...) Mas não vamos fazê-lo porque Hong Kong tem agora a lei de segurança", sublinhou Ho Iat Seng em resposta aos jornalistas, numa conferência de imprensa antes de partir para Pequim para uma viagem oficial de cinco dias.

Aplaudido após libertação, Jimmy Lai insta jornalistas a continuarem a lutar


Hong Kong, China, 12 ago 2020 (Lusa) - O magnata dos 'media' de Hong Kong Jimmy Lai, proprietário do jornal Apple Daily, alvo de buscas na segunda-feira, instou hoje os jornalistas a continuarem a lutar, um dia depois de ser libertado sob caução.

Lai, que tinha sido detido na segunda-feira por suspeita de conluio com forças estrangeiras, ao abrigo da lei de segurança nacional, foi recebido com aplausos e ovações na redação do jornal, após 40 horas sob custódia policial.

"Continuemos a lutar!", disse Lai aos jornalistas. "Temos o apoio dos habitantes de Hong Kong, não podemos abandoná-los", instou Jimmy Lai, numa curta declaração transmitida em direto pelo jornal através das redes sociais.

Alvo de buscas por 200 agentes da polícia, na segunda-feira, o Apple Daily recebeu um forte apoio da população de Hong Kong, com filas a formarem-se de madrugada para comprar a publicação.

Jimmy Lai percorreu a redação do Apple Daily, debaixo dos aplausos dos funcionários.

Os vírus da pós-democracia do pós-capitalismo


A epidemia viral instalou-se, fazendo explodir com uma facilidade e uma velocidade inusual formas de vida, realidades sociais, equilíbrios geopolíticos, dogmas económicos.

Manuel Augusto Araújo | AbrilAbril | opinião

Inesperadamente um vírus irrompeu infectando globalmente o mundo, evidenciando e agravando toda uma situação que já existia e estava consolidada, fazendo emergir violentamente a parte do icebergue onde navegavam submersos os aspectos mais obscuros e abomináveis de uma sociedade onde tudo é descartável, das pessoas aos objectos, desde que o lucro esteja garantido. No sistema económico dominante o paradigma do crescimento sofreu uma travagem brusca e brutal mas a compulsão pelo lucro, que se manifesta de muitas maneiras, não abrandou. O capitalismo, mesmo ligado ao ventilador continua a vampirizar as nossas vidas.

No combate à pandemia planetária várias evidências, para o bem e para o mal, perfilaram-se, numa demonstração da falência do capitalismo neoliberal. Os países que melhor a enfrentaram e os que mais rapidamente estão a recuperar as suas economias são os que têm sistemas de saúde públicos mais robustos e que não se sujeitam à selvajaria da desregulação todo-o-terreno dos interesses privados, mantendo nas mãos do Estado as ferramentas fundamentais de controlo do desenvolvimento económico, mesmo aceitando algumas regras do mercado. No extremo oposto, Estados Unidos da América (EUA) e Brasil na linha da frente, a devastação prossegue sem fim à vista, o que não demove as forças dominantes, como se a pandemia fosse uma avaria na máquina de exploração em curso que provoca algumas panes no sistema predador.

Covid19: Todas as críticas à vacina russa


#Escrito e publicado em português do Brasil

Ela não chegou à decisiva fase 3 de testes. Não está disponível documentação sobre provas anteriores. Aplicá-la colocaria em risco as populações. Mas que teria levado Putin, conhecido pelo cálculo estratégico refinado, a anunciá-la com alarde?

Maíra Mathias e Raquel Torres | Outras Palavras

APROVAÇÃO-RELÂMPAGO

O presidente da Rússia Vladimir Putin surpreendeu os desavisados afirmando, ontem, que o país se tornou o primeiro no mundo a regulamentar o uso de uma vacina contra a covid-19: a Sputnik V, nomeada numa óbvia referência à corrida espacial da Guerra Fria. O movimento vinha sendo anunciado nas últimas semanas, como comentamos por aqui. No início do mês, o ministro da Saúde anunciou que uma vacina produzida no país seria aplicada em massa a partir de outubro e, na semana passada, o vice-ministro adiantou que o registro do produto seria concedido hoje. Acabou acontecendo um dia antes. 
O grande problema é que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia (e fabricada pela Binnopharm), não passou por todas as fases de testes que são necessárias para mostrar que ela funciona – o que já havia rendido um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) a Moscou na semana passada.

Não custa lembrar como funcionam os testes em seres humanos. Na fase 1 a vacina é administrada a um punhado de pessoas para ver se não há nenhum efeito adverso realmente grave. Na fase 2, dezenas ou centenas de pessoas recebem a vacina e o objetivo é continuar observando os efeitos colaterais, ao mesmo tempo em que se verifica a resposta do sistema imunológico e se estabelece a dosagem e a forma de administração, que vão ser usadas na fase seguinte. A fase 3, a mais importante, envolve milhares de pessoas e é nela que os pesquisadores checam se a resposta do organismo observada antes significa realmente imunidade: grupos recebem vacina ou placebo e são liberados no ‘mundo real’; tempos depois, verifica-se quantas pessoas ficaram doentes no grupo que tomou a vacina e no que recebeu placebo, e só assim dá para comparar e ver se o imunizante funciona. Como nessa etapa há muito mais gente envolvida, também é importante ver outros efeitos colaterais que podem não ser comuns o suficiente para aparecer nas fases 1 e 2 (mas que talvez sejam problemáticos quando a vacina é aprovada e administrada a milhões de pessoas). Mesmo depois da fase 3, a prova de fogo é a distribuição em massa, já com o produto no mercado. Deve-se continuar o monitoramento dos efeitos colaterais, porque não é impossível aparecer algo que requeira ajustes.

Os apelos por uma mudança de poder em Belarus não silenciarão


#Escrito e publicado em português do Brasil

A eleição que reelegeu Alexander Lukashenko foi uma farsa, mas a sociedade civil saiu vencedora em Belarus. Protestos em Minsk indicam que o tempo do ditador pode estar se esgotando.

As ditaduras vivem de mentiras. Elas censuram a mídia, controlam a comunicação de seus cidadãos e manipulam eleições de forma sistemática e descarada. Quando a trama de mentiras se desmorona, toda a estrutura do regime autocrático começa a cambalear.  

Foi exatamente isso que aconteceu neste domingo (09/08) de eleições em Belarus. Há 26 anos, Alexander Lukashenko está à frente do país que se formou como um jovem Estado-nação depois do colapso da União Soviética. Por quanto tempo Lukashenko continuará liderando o país é uma questão urgente, mesmo que agora ele possa reivindicar novamente uma vitória eleitoral com mais de 80% dos votos. Especialmente em seu próprio país, ninguém jamais acreditou nos resultados eleitorais do longevo ditador. Mas, agora, os cidadãos de Belarus estão se levantando contra a fraude nas eleições e tomando as ruas aos milhares.

O aparelho repressivo funciona: Belarus tem um dos sistemas de controle e repressão mais rigorosos do mundo. É bem possível que o governo de Lukashenko sobreviva à crise imediata após as eleições e que tiros, cassetetes de borracha e a censura da internet façam sua parte para manter, por enquanto, o ditador no palácio presidencial em Minsk.

George Soros, o inimigo número 1 extrema direita na Hungria


#Escrito e publicado em português do Brasil
Bilionário e filantropo nascido no país europeu completa 90 anos como protagonista de uma enxurrada de teorias da conspiração e histórias inventadas e disseminadas pelo governo conservador de Viktor Orbán.

Ele seria um dos donos ocultos do mundo, financia uma rede global de cúmplices, que se chamam de jornalistas ou ativistas dos direitos civis – mas que são, na realidade, seus agentes. Ele também comandaria políticos importantes e influentes tal fantoches. Seu objetivo seria roubar a identidade cultural e nacional de povos inteiros, escravizar países e forçá-los à escravidão eterna.

O homem de que dizem tudo isso é o bilionário e filantropo húngaro-americano George Soros, que faz 90 anos nesta quarta-feira (12/08). Desde meados da década de 1980, ele gasta bilhões na promoção da democracia e em projetos educacionais por meio das Open Society Fundations (OSF), que fundou. E com isso fez muitos inimigos ao redor do mundo.

As teorias da conspiração sobre ele dificilmente valeriam a pena mencionar se fossem levantadas apenas por obscuros extremistas de direita com um número limitado de seguidores. Mas as alegações listadas acima vêm de ninguém menos que Viktor Orbán, chefe de governo da Hungria, um país da União Europeia (UE).

E Orbán não está sozinho nisso. Em quase todos os lugares da Europa Oriental, George Soros se tornou uma das mais odiadas figuras nos últimos anos. Frequentemente, são os políticos do governo que consideram Soros um inimigo. Por exemplo, os parceiros da coalizão nacionalista do primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, estão atualmente acusando o rico filantropo de organizar protestos nacionais contra o governo do país.

No entanto, nenhum político vai tão longe quanto Orbán em suas acusações. Em junho, por exemplo, o primeiro-ministro húngaro enfatizou em uma de suas entrevistas semanais à emissora pública aliada ao governo Kossuth-Rádió que ele não é alguém que suspeita de conspirações em toda parte – mas que elas existem, como no caso de Soros contra a Hungria.

As pesquisas de opinião na Hungria mostram como as narrativas sobre Soros encontram eco na população. A grande maioria das pessoas no país vê o bilionário do mercado de ações como uma figura totalmente negativa que exerce uma influência prejudicial. E muitos húngaros acreditam em histórias comprovadamente falsas inventadas sobre Soros.

Antes das eleições parlamentares húngaras de 2018, cerca de dois terços dos eleitores estavam convencidos de que o bilionário concorreria num partido com o seu nome – embora esse partido não exista e Soros nunca tenha participado de uma eleição húngara ou mesmo feito campanha na Hungria.

Rússia, um voto pela estabilidade nacional


#Escrito e publicado em português do Brasil

Antonio Rondón Garcia*

Moscou, 9 ago (Prensa Latina) Rússia parece concluir hoje com um voto pela estabilidade nacional, no meio de um avanço positivo na luta contra a Covid-19 e o aparecimento de elementos nos Estados Unidos e países vizinhos, dirigidos a desestabilizar esta nação.

A Chancelaria russa deveu ser pronunciado sobre um relatório apresentado pelo secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, sobre a suposta atividade de propaganda não só da imprensa russa, mas também do departamento de informação do ministério de Assuntos Exteriores.

O governo russo denuncia as tentativas de Washington de dominar os meios de difusão e de conter o rendimento de opinião alternativa no país, o qual constitui, denúncia, uma violação da liberdade de expressão, um tema empregado pelo Ocidente para atacar a outros países.

A agência Sputnik, com versões em mais de 30 idiomas, e o canal Russia Today, com variantes em inglês, espanhol, francês, alemão e árabe, são motivo de preocupação permanente na Casa Branca, pois rompem o esquema antirrusso que difunde a suposta imprensa livre norte-americana.

Daí que o relatório apresentado por Pompeo, que também está à frente dos esforços por demonizar à direção política chinesa, é considerado uma manobra dirigida a promover o curso antirrusso de Washington e elementos de desestabilização neste país.

Assim, se considera propaganda e falsificação os resultados positivos do combate contra a pandemia de Covid-19, incluído o avanço na criação de uma vacina própria contra essa doença que seria certificada no dia 12 de agosto e poderia ser produzida em massa em outubro.

A vacina Sputnik V como salvadora da humanidade


Um artigo proibido nos media ocidentais

Kirill Dmitriev [*]

Este artigo de opinião conta a história por trás da criação da vacina russa contra a COVID-19 e enfatiza o desejo da Rússia de cooperar com a comunidade internacional. Contudo, ele foi rejeitado pelos media ocidentais. No entanto, tal informação é crucial para o esforço internacional na luta contra o maior desafio do mundo e gostaríamos que os leitores decidissem por si mesmos por qual motivo tal editorial foi rejeitado.
Este artigo pode ser republicado por qualquer media que julgue útil apresentar aos seus leitores a história e alguns factos sobre a primeira vacina contra a COVID-19 a ser registada no mundo. O Fundo Russo de Investimentos Directos (RFPI, na sigla em russo) também lançou o site https://sputnikvaccine.com/prt/ para prover informação precisa e actualizada sobre a vacina.
O êxito russo no desenvolvimento da vacina para COVID-19 tem raízes históricas

O "momento Sputnik" aconteceu. A vacina russa Sputnik V foi lançada, tornando-se a primeira vacina contra a COVID-19 registrada no mundo e evocando memórias do lançamento surpresa de um satélite soviético em 1957, o qual abriu à humanidade as portas da exploração espacial .

Esta nova era levou não só à competição, mas também a muitos esforços colaborativos, incluindo a missão conjunta Apollo-Soyuz realizada pelos EUA e pela União Soviética.

Uma vacina contra a COVID-19 é a prioridade número um mundial e muitos países, organizações e empresas declaram estar perto de desenvolver uma . Até o final deste ano, alguns outros países já deverão ter as suas próprias vacinas. É importante que barreiras políticas não impeçam que as melhores tecnologias disponíveis sejam usadas para o benefício de todas as pessoas na face do mais sério desafio que a humanidade encarou em décadas.

Infelizmente, ao invés de olhar para a ciência por trás da comprovada vacina adenoviral e vectorial, testada e desenvolvida pela Rússia, alguns políticos e medias internacionais decidiram focar na política e nas tentativas de minar a credibilidade da vacina russa.

Acreditamos que tal comportamento é contraproducente e apelamos a um "cessar-fogo" político sobre as vacinas em face da pandemia da COVID-19 .

Não é do conhecimento geral em todo o mundo que a Rússia tem sido um dos líderes globais em pesquisas de vacinas por séculos. A imperatriz russa Catarina, a Grande, deu um exemplo em 1768, quando recebeu a primeira vacinação contra a varíola do país, 30 anos antes de o mesmo ter sido feito nos EUA.

Em 1892, o cientista russo Dmitry Ivanovsky observou um efeito incomum enquanto estudava folhas de tabaco infectadas pela doença do mosaico.

As folhas permaneciam contagiosas mesmo depois de o cientista ter removido as bactérias. Porém, isso foi feito meio século antes que o primeiro vírus pudesse ser visto por um microscópio, tornando a pesquisa de Ivanovsky o nascimento de uma nova ciência chamada virologia.

Desde a descoberta de Ivanovsky, a Rússia tem sido um dos líderes globais em virologia e pesquisa de vacinas, formando inúmeros cientistas talentosos tais como o pesquisador Nikolai Gamaleya, que estudou no laboratório do biólogo francês Louis Pasteur em Paris e em 1886 abriu na Rússia a segunda estação do mundo de vacinação para a raiva.

A União Soviética continuou o apoio às pesquisas de vírus e vacinas. Todos os nascidos depois da Segunda Guerra Mundial receberam vacinas obrigatórias contra a pólio, tuberculose e difteria.

Num raro exemplo de cooperação durante a Guerra Fria, três importantes virologistas soviéticos foram aos EUA em 1955 oferecer oportunidades de testes na União Soviética para uma vacina americana contra a pólio, uma doença mortal que tirou a vida de milhões de pessoas. Se então fomos capazes de cooperar, podemos e devemos fazer isso agora.


Ópio para o povo, morte para os mais velhos


O ópio do povo vem em força a Portugal. Futebol. Começa hoje a Liga dos Campeões. O jornalista de sociedade Rui Gustavo, do Expresso, explana em muitas palavras o evento. Obrigado, não somos servidos.

Como nem só de futebol se vive, ainda bem, Gustavo prossegue no Curto com outras abordagens. Referindo: “Depois do vírus do silêncio que se abateu sobre a morte de 18 pessoas (17 utentes e um funcionário) num lar em Reguengos de Monsaraz, levantou-se finalmente um clamor de protestos entre a classe política. Francisco Rodrigues dos Santos, do CDS, não hesitou em falar de “crime humanitário” e acusou o Estado de “preocupar-se mais com animais do que com idosos”. Da direita à esquerda finalmente agora quase todos acordaram, antes, ao que parece, estavam todos naquela postura de que “se lixem os velhos”…

Porque já ontem démos para esse “peditório”, sobre o tema, convidamos a ler-nos aqui: Abandonados pelos Golias da agora idade ativa, pelo "sistema". É a antecedência do Curto por Joana Pereira Bastos, trabalhadpra na Impresa do tio Balsemão, a jornalista falava no “Vírus do Abandono”, exatamente sobre o crime coletivo e humanitário em Monsaraz. Abandono é o que os idosos têm por destino e condição. Uns mais que outros. O tio Balsemão, também idoso, decerto que não passa por essas más horas, dias, semanas, meses, anos… A maioria dos velhos(as) em Portugal é o que lhes resta por sobrevivência. E a Economia, esfregando as manápulas, à espera que eles(as) morram… de tédio e/ou de fome. Agora até apareceu o covid-19 para facilitar as “coisas”. Só em Portugal já somam milhares, os que se sabem e os que não se sabem (nem convém). Esplêndido sistema. O Hitler encafuava judeus, ciganos, velhos e outros nas câmaras de gás. Que mau. Os da modernidade usam covid’s e outros tapa-olhos que dizem ser muito mais humanos. Pois.

Mas nem só de velharias e morte vive o Curto, nem nós. Também o autor de hoje (Rui para os amigos) assim não vive. Daí abordar os nazis que desfilaram com mascaras brancas à porta do SOS Racismo, a casa do antirracismo. Vão ler, a seguir. Por nós, no PG, já botámos “faladura” em  Andam nazis impunes à solta em Portugal .

E que mais? Para saber mais só tem que clicar e ficar servido.

Pelo PG já chega de Curto e de tristes matérias.

Bom dia. Bom fresco e borrifos habituais neste mês de Agosto. Pois. Avante.

MM | PG

Andam nazis impunes à solta em Portugal


Sem lugar para dúvidas e mais tolerâncias/cobardias perante o que está a acontecer nos ataques da extrema-direita à democracia.

São nazi-fascistas-racistas-xenófobos que de dia para para dia estão a descarregar com maior descaramento e impunidade o que as suas bílis perversas, antidireitos humanos e antidemocráticas contêm.

O Expresso apresenta em exclusivo artigo subordinado ao tema. Portugal vai consentido o avanço dos extremistas fascistas, a começar por um Ventura que ocupa lugar de deputado no Parlamento, eleito por nazis e racistas juntamente com alguns enganados pelas palavras populistas que escondem o objetivo da sua ideologia de ódio, de desumanidade, da preparação da antecâmara de crimes contra a humanidade. Tal como Hitler e outros criminosos, tal como o regime de Salazar em Portugal e nas ex-colónias. 

Numa breve alusão ao trabalho de Hélder Gomes e Marta Gonçalves, em exclusivo:

“Pode acontecer algo imprevisível a qualquer momento devido ao nível de ódio atual”: o caso da “parada Ku Klux Klan” (e o que diz a lei)

O caso remonta ao último sábado quando nacionalistas se reuniram no exterior da associação antirracista, em Lisboa, com máscaras brancas e tochas em punho. A SOS Racismo está a ultimar uma queixa a apresentar ao Ministério Público. Mas o que diz a lei sobre o que aconteceu - a Constituição foi violada? Mamadou Ba, da SOS Racismo, diz que recebeu a 6 de agosto um email a anunciar “a formação de uma nova milícia de extrema-direita que se iria encarregar do seguinte: sempre que um nacionalista fosse preso um antirracista seria morto”.

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