quarta-feira, 23 de março de 2022

A DEMOCRACIA SEGREGACIONISTA

A morte é um drama que não tem maior ou menor valor de mercado conforme a vítima, mas o humanismo selectivo tornou-se uma virtude da civilização globalizante.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Diz a comunicação social corporativa – vale o que vale mas, por uma vez, até nem terá razão para mentir – que em poucos dias entraram mais refugiados em Portugal do que nos últimos sete anos. Um período em que se afogaram uns largos milhares de seres humanos nas águas do Mediterrâneo, sem esquecer os mais largos milhares que penam errando pela Turquia, sob maus tratos na Grécia ou em campos de concentração na Líbia, soluções finais possíveis graças aos nossos impostos, pois são financiadas pela União Europeia.

Se dúvidas ainda houvesse é legítima a conclusão de que a mentalidade do governo português e do Estado Português em geral é xenófoba, ao compasso do resto da União Europeia. Muitas virgens ofendidas argumentam que isto é uma calúnia própria de execrandos apoiantes de Putin, mas a aritmética é uma ciência exacta e ao menos os números não mentem. Entretanto, não sei se sabem, continuam a morrer diariamente, ao tentarem cruzar mares e desertos em busca da sobrevivência, dezenas de refugiados africanos, do Médio Oriente e de outras regiões onde as guerras imperiais e as nefastas práticas coloniais arrasam os direitos humanos minuto a minuto. Nada disso é notícia.

Porém, são pessoas de pele escura, andrajosas, esfomeadas, sem terem onde cair mortas na verdadeira acepção da palavra. Nada que tenha a ver com as gentes europeias, como qualquer dos nossos vizinhos, pessoas normais, bem-apessoadas, muitas louras e de olhos azuis oriundas da Ucrânia ocidental – que não do Donbass, essa zona da Ucrânia habitada maioritariamente por «sub humanos» ou «pretos da neve», como os qualificam os nazis de Kiev que sustentam o governo. Gente flagelada pela guerra há oito anos e que deve ser «enforcada» e «exterminada», como se ouve em manifestações também na capital ucraniana, abençoada pela democracia segregacionista instaurada pelos Estados Unidos e a União Europeia. Essa realidade, contudo, deve ser permanente omitida no contexto da asfixiante verdade única imposta sob pretexto da invasão russa da Ucrânia. Há circunstâncias tão inconvenientes que têm de ser banidas do discurso oficial nem que seja pelos arrogantes lápis azuis dos senhores ministros europeus, instituídos em coronéis de novo tipo, polidos de tecnocracia. Em boa verdade, a mentalidade que faz mexer os velhos lápis, ao serviço do todo-poderoso Ministério orwelliano da Verdade, torna-os obsoletos, porque tanto a censura praticada pelas hierarquias montadas ao serviço dos oligarcas proprietários dos centros de propaganda como a autocensura dos assalariados que têm as contas para pagar ao fim do mês são suficientes para garantir a lavagem cerebral da esmagadora maioria das populações.

Degradação do comportamento humano

Queiram ou não queiram os que se ofendem com o enunciado de simples factos à disposição de todos os cidadãos cujos horizontes extravasam a obsessão da comunicação social pela mentira e a manipulação, as autoridades que actuam em nome do Estado português e a partir de Bruxelas são xenófobas. Por isso, até o tráfico de seres humanos, que se manifesta já de modo frenético tirando proveito das vagas dramáticas de refugiados ucranianos – o que nada tem de inesperado – parece muito mais limpo, envolvendo potenciais escravas e escravos decerto mais cativantes para as numerosas e variadas práticas extremas e humilhantes de exploração. Mas chegar ao ponto de segregar entre refugiados de primeira e de segunda, tal como entre ucranianos de primeira e de segunda, equivale a afundar-se num dos níveis mais degradados e degradantes do comportamento humano. É isso que está a acontecer com os que se proclamam defensores inabaláveis dos direitos humanos, tão em pé de guerra, por exemplo, com dois mortos num bombardeamento russo em Kiev, tão omissos e silenciosos com a morte de 25 pessoas em Donetsk (Donbass) na sequência do disparo de mísseis ucranianos munidos com ilegais bombas de fragmentação – sabia disto senhor secretário-geral da ONU, sempre tão cheio de certezas quando acolhe as versões da NATO sem qualquer investigação ou fact-checking?

A morte é um drama que não tem maior ou menor valor de mercado conforme a vítima, mas o humanismo selectivo tornou-se uma virtude da civilização globalizante, tal como os brancos sul-africanos definiam o regime de apartheid como sistema de «desenvolvimento independente» e os sionistas chamam «lei do Estado nação» às práticas assumidas pela fascizante supremacia judaica em Israel.

A guerra, o maior flagelo da humanidade, tem dois lados e em ambos se amontoam vítimas civis, todas elas com o mesmo valor e importância. Por isso não existe alternativa ao silenciamento das armas e à realização de negociações sérias e não fingidas. Tão criminosos são os que impõem condições inaceitáveis e humilhantes ao outro lado como os que, usando marionetas como «estadistas», manobram nos bastidores para que as negociações se arrastem de maneira inconclusiva – e a guerra prossiga e proporcione uma escalada para patamares muito mais mortíferos e abrangentes. Há quem aposte nisso em Moscovo, Washington, Bruxelas e, naturalmente Kiev. A irresponsabilidade tomou conta das castas governantes enquanto os mercadores da morte, desde os donos de exércitos de mercenários aos impérios fabricantes de armas, embolsam lucros com que nem eles próprios sonhavam.

É muito possível que, pelo andar da carruagem, aumentem as hipóteses de um confronto envolvendo armas de extermínio e no fim do qual não haverá condições nem vida para gozar essas riquezas. É uma opção dos senhores da guerra de todos os matizes – eles e quem os serve estão dispostos a correr o risco de o poderem fazer sobre montes de milhões de cadáveres. E nem sequer precisam de pagar para ver: enriquecem enquanto observam.

A saga das armas químicas e biológicas

A guerra é um manancial de lições. Assim soubessem os belicistas – aberração comum a todos quantos nos governam – estudá-las e extrair as conclusões convertíveis em significativas mudanças de ideias e alterações de comportamento. Enquanto é tempo.

Não nos iludamos, contudo, com isso. Os ventos não sopram nessa direcção.

Exemplo de que os senhores da guerra nada aprendem, antes estão mais atreitos a repetir manobras terroristas embrulhadas em gastos mas ainda eficazes papéis de propaganda, é o recurso às histórias sobre armas químicas e biológicas em cenários de conflito.

Trata-se de variantes do desmascarado episódio das armas de destruição massiva do Iraque de Saddam Hussein e que surgiram agora na guerra da Ucrânia depois de terem sido praticadas na Síria em áreas controladas pelos «terroristas moderados», um corpo mercenário gerido pela Al-Qaeda agindo por procuração da NATO.

Sabia-se há muito, embora fosse um segredo resguardado pelos meios de propaganda social, que os Estados Unidos tinham instalado laboratórios de «investigação» química e biológica na Ucrânia, tal como na Geórgia e em outras antigas repúblicas da União Soviética.

Os contratos datam de 2005, quando vigorava em Kiev um governo montado por Washington através da «revolução laranja», e foram reequacionados em 2013, para mal dos seus pecados, pelo executivo eleito dito «pró-russo» – em boa verdade representando toda a Ucrânia – de Viktor Yanukovych. Depois de terem constatado que os Estados Unidos apenas mostravam às autoridades de Kiev o que era de sua conveniência sobre as actividades nos citados laboratórios, os dirigentes ucranianos de então entenderam que era chegada a altura de denunciarem os contratos.

Alguns meses depois aconteceu o golpe de Maidan para instaurar uma «democracia» na Ucrânia, que começou a ser levada à prática com um governo integrando dez dirigentes de organizações nazis. Relação parcial de causa e efeito entre o desejo governamental de encerrar os laboratórios biológicos norte-americanos e a conspiração que derrubou o executivo de Yanukovych? Não há elementos que permitam ir além da especulação, mas o certo é que o golpe garantiu a Washington a possibilidade de continuar as «investigações» nos seus laboratórios químicos e biológicos sem qualquer interferência indesejável dos anfitriões.

Em 24 de Fevereiro último, dia do início da nova fase da guerra através da invasão russa, o Ministério da Saúde de Kiev, certamente cumprindo ordens emanadas de Washington, ordenou o encerramento de todos os laboratórios norte-americanos e a destruição dos sensíveis materiais neles produzidos. «Para evitar que caíssem nas mãos dos russos», alegaram as autoridades ucranianas ocidentais, em sintonia com os tutores norte-americanos.

No Congresso dos Estados Unidos assistiu-se então a uma esclarecedora troca de impressões entre o senador Marco Rubio e a secretária de Estado adjunta dos Assuntos Internacionais, Victoria Nuland. Olhem que dois! O fascista gusano que controla directamente o terrorista Guaidó nas tentativas de golpe contra a Venezuela e a neoconservadora que chefiou operacionalmente o golpe de 2014 em Kiev e colocou no governo dez chefes nazis.

Nuland disse na ocasião a Rubio, sob juramento e pesando muito bem as palavras, que os Estados Unidos «têm na Ucrânia instrumentos de pesquisa biológica e agora estamos verdadeiramente preocupados com a possibilidade de as tropas russas os passarem a controlar; por isso trabalhamos com as tropas ucranianas para impedir que esses resultados de investigação caiam em poder dos russos».

Deixando claro que a «conversa» fora ensaiada nos bastidores com intuitos político-terroristas muito precisos, Rubio quis saber quais as possíveis consequências na eventualidade de acontecer o pior, isto é, Moscovo tomar conhecimento do que se passava nesses laboratórios praticamente secretos. Nuland não se fez rogada: «É um clássico padrão russo queixarem-se de que a outra parte faz aquilo que eles planeiam fazer; se houver um incidente químico-biológico os russos estarão por detrás dele».

Ao que poderia acrescentar-se que «é um clássico padrão» norte-americano, com mais de cem anos de prática, a organização das chamadas operações de bandeira falsa mesmo que ponham em risco cidadãos dos Estados Unidos e aliados.

A partir da encenação no Congresso de Washington começou a falar-se insistentemente num ataque russo com armas químicas na Ucrânia. O que qualquer analista militar independente considera uma iniciativa tola e contraproducente por parte de quem está a ganhar a guerra e que, porque o uso de tais armas provoca consequências imprevisíveis, pode virar-se contra os próprios militares de Moscovo presentes no terreno. Seria um tiro no pé que não parece em consonância com a estratégia russa seguida até agora no território da Ucrânia.

Como os ataques químicos e de bandeira falsa são essencialmente uma «arma dos desesperados», uma tentativa de último recurso em quase irreversível perda de causa para tentar virar o rumo dos acontecimentos, deverá antes esperar-se uma acção desse tipo realizada pela parte ucraniana para acusar a Rússia e forçar a NATO a entrar directamente no conflito.

Um tal cenário é possível, se os defensores da escalada militar forem reforçando posições à medida que o processo negocial esmoreça.

O Ministério da Defesa russo alertou há dois dias: «Sabemos com toda a certeza que o Serviço de Segurança da Ucrânia, com o apoio dos países ocidentais, prepara uma provocação com o uso de substâncias tóxicas contra civis». A informação, disponível para quem esteja interessado, circula em meios oficiais russos, censurados ou não, e tem um valor relativo não maior ou menor que a conversa encenada entre Rubio e Nuland. É apenas mais um dado a ter em conta no caso de o pior cenário se verificar e produtos químicos surgirem no terreno.

O recurso a esse estratagema, como estão recordados, não aconteceria pela primeira vez. Falsos ataques químicos foram encenados na Síria na Primavera de 2017 por terroristas associados à Al-Qaeda, os chamados «Capacetes Brancos», e atribuídos ao governo de Damasco. A ocasião foi aproveitada pela administração norte-americana de Trump e pelos governos britânico e francês para efectuarem um ataque com centenas de mísseis de cruzeiro contra território sírio. Jornalistas britânicos testemunharam que a encenação cinematográfica do «ataque químico», envolvendo crianças sequestradas como «actores», esteve a cargo da produtora «Olive» do Reino Unido, em associação com os Capacetes Brancos. Foi quanto bastou para desencadear um ataque de potências da NATO contra a Síria soberana. E existe na NATO quem esteja desesperado por uma oportunidade deste tipo agora na Ucrânia.

Trabalhos sobre coronavírus

Os invasores russos confiscaram, entretanto, alguns documentos dos laboratórios biológicos norte-americanos na Ucrânia e tornaram-nos públicos no site do Ministério da Defesa de Moscovo, disponíveis quando este não é alvo de ataques cibernéticos vá lá saber-se de quem.

O «Projecto UP4», por exemplo, desenvolvido nos laboratórios de Kiev, Odessa e Kharkov, estudou a possibilidade de propagar infecções muito perigosas através de aves migratórias, designadamente a gripe H1N1 e a chamada «doença de Newcastle».

Outros projectos têm, entre as prioridades identificadas, a investigação sobre patógenos bacteriológicos e virais que podem ser transmitidos por morcegos a seres humanos tais como os da peste, leptospirose, brucelose, filovírus e também coronavírus. Coronavírus: não pode ser mais actual, o que poderá fazer pensar, apenas pensar, sobre a pressa de Donald Trump em cunhar o patógeno responsável pela Covid-19 como «vírus chinês».

É previsível que, na sequência de tantas acusações a outras nações de serem responsáveis pelo desenvolvimento de armas químicas e bacteriológicas, os Estados Unidos tenham também os seus projectos nessa área, quanto mais não seja, como a NATO sempre alega, com objectivos «defensivos». Afinal é a lógica da componente militar da geoestratégia.

O mais natural, no entanto, seria que os laboratórios dedicados a essas actividades estivessem situados essencialmente nos Estados Unidos, tal como acontece, por exemplo, com o de Fort Detrick, encerrado temporariamente de maneira abrupta pouco antes do aparecimento «oficial» do Sars-Cov 2 gerador da Covid-19. Pelo que parece legítima a pergunta: por que razão criar mais de duas dezenas de laboratórios químicos e biológicos em países como a Ucrânia, a Geórgia e outras antigas repúblicas soviéticas que fazem precisamente fronteira com a Rússia? É só uma pergunta.

Auto sanções e dignidade nacional

A resposta ocidental à invasão russa da Ucrânia, as «sanções infernais» que seriam impostas à mesma – e não haja dúvidas quanto a isso porque todos os cenários montados apontavam nessa direcção – caso houvesse ou não agressão militar, tem consequências cuja amplitude está muito longe de ser conhecida.

As sanções são um produto das «guerras híbridas» próprias da mentalidade imperial. Com ou sem a cobertura subserviente da ONU, Washington define os conteúdos e os alvos dos castigos e todos os países do mundo são obrigados a obedecer; caso contrário, sujeitam-se igualmente a punições cuja abrangência está nas mãos, naturalmente, dos agentes imperiais. Atentemos nas últimas ameaças dos Estados Unidos dirigidas à China no sentido de se preparar para sofrer punições no caso de tomar iniciativas que minimizem o efeito das sanções sobre a economia e o povo russo. Pequim ou cumpre essas ordens ou… Esperemos para ver.

As autoridades chinesas, ligadas à Rússia por um acordo estratégico de cooperação abrangente aliás muito recente, já informaram, a par de numerosos outros países que representam muito mais de metade da população mundial, que não acatariam as actividades persecutórias de Washington; cujo objectivo último e desesperado é evitar o fim da unipolaridade como «ordem» internacional.

A União Europeia, mais papista que o papa e onde a esmagadora maioria dos 27 espremem as meninges para inventar novos castigos à Rússia e engrossar o pacote montado em Washington, está finalmente a dar-se conta de que quem vai à guerra dá e leva – o que também é válido para a arma das sanções.

Na verdade, os governos começam a ter a noção do efeito auto sancionário das sanções à Rússia através das reacções de preocupação, e até de pânico, de amplos estratos das populações, já afectados pelo ressurgimento dos resultados nefastos da crise da economia e pela transformação da austeridade em política económica permanente.

Os preços vão por aí acima e aos cidadãos comuns começa a ser difícil entender, apesar da campanha asfixiante, que se castiguem os povos europeus para poder punir o povo russo por uma guerra pela qual, afinal, os povos não são responsáveis. Uma visão elementar e terra-a-terra que os oligarcas de cá e de lá são incapazes de compreender, vivendo como vivem numa realidade paralela criada por encomenda.

Os governos, com uma contumácia irreprimível, mentem a todo o vapor para esconder e minimizar o efeito de boomerang das sanções contra a Rússia através de um comportamento errático que faz da União Europeia um carrocel estonteante onde todos elogiam a unidade enquanto esbracejam cada um para seu lado na vertigem de falsidades e contas mal feitas.

Em Portugal, a este quadro junta-se o desprezo, agora sem limites, pela soberania nacional. Perante o aumento imparável dos preços da energia e dos combustíveis, como matriz para uma carestia geral, o primeiro-ministro e o venerando chefe de Estado, espezinhando a dignidade nacional num capacho, dizem que «esperam pela autorização da Comissão Europeia» para reduzirem o IVA da energia eléctrica e tentarem minimizar os custos ao consumidor. «Autorização», imaginem. E logo da senhora Von der Leyen, personalidade de irreprimível índole autoritária ao serviço da oligarquia dominante na Europa que ninguém elegeu para nos governar; e da Comissão Europeia, idem aspas. «As leis são claras quanto a isso» (a «necessidade de autorização») assegura, vergando a coluna num primor de menino bem-comportado, o chefe do governo enquanto o executivo espanhol já decidiu que, com ou sem a bendita «autorização», vai mesmo reduzir o IVA da electricidade.

Mais ucraniano ocidental, atlantista e europeísta que português, o primeiro-ministro dança ao toque da música de Bruxelas, inamovível no preito de vassalagem à Comissão Europeia e à NATO – ou seja, a Washington. Quanto aos portugueses, que se alimentem de vento (poupo-vos ao vernáculo mais usado nestas circunstâncias), andem a pé e se confinem ao lay-off, como antecâmara do despedimento, enquanto vão ruindo as pequenas e as médias empresas, o tecido económico e social se esfacela, enriquecem os mais ricos e empobrecem ainda mais os mais pobres.

Então sim, o povo russo estará devidamente castigado, tal como os povos da União Europeia; e os povos ucranianos vegetarão na mais negra das misérias, provavelmente continuando ainda a sofrer às mãos dos nazis. Para as oligarquias de cá e de lá, ao fim e ao cabo uma grande irmandade, tudo está bem quando acaba bem. As guerras, sejam na Ucrânia, no Afeganistão, no Iraque, no Mali, Palestina, Sara Ocidental, Cabo Delgado, Síria, Líbia, Iémen, Congo, Sudão, Somália e tantos outros lados fazem-se para ter os seus vencedores – os mesmos de sempre independentemente do lado do campo de batalha em que obriguem os seus povos a combater. Custe o que custar, desde que não seja aos próprios mandantes.

*José Goulão, Exclusivo AbrilAbril

Imagem: Coletes salva-vidas recolhidos na ilha de Lesbos foram colocados em frente ao edifício do Parlamento germânico por activistas da Sea-Watch e do Kollektiv ohne Namen para exigir do próximo governo alemão um tratamento digno dos migrantes que buscam a Europa. Berlim, 5 de Dezembro de 2021 CréditosCLEMENS BILAN / EPA

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