quarta-feira, 9 de março de 2022

O HUMANISMO OCIDENTAL É DECENTE?

Pedro Tadeu* | Diário de Notícias | opinião

Por ser um bom cidadão do mundo ocidental condeno a invasão russa da Ucrânia, participo em manifestações contra Putin, choro os mortos de Kiev, comovo-me com o drama dos refugiados ucranianos, sou solidário com as vítimas da brutalidade russa e recuso comprar produtos russos. E faço-o com convicção.

Mas isto não chega, isto é humanismo genérico, serve para qualquer um em qualquer parte do mundo - o humanismo ocidental é especial, o humanismo ocidental é único, o humanismo ocidental é original, o humanismo ocidental exige mais de mim...

O humanismo ocidental é seletivo: ignorou os 12 mil haitianos enviados pelos Estados Unidos para a prisão de Guantánamo e a invasão do país em 1994; ignorou a instigação e a participação da NATO nas guerras da Jugoslávia e os seus 150 mil mortos; ignorou as duas Guerras do Golfo, a mentira que desculpou uma delas e os 100 mil mortos diretos que os combates provocaram; ignorou mais 100 mil mortos que o Iraque "protegido" pela coligação internacional lá instalada provocou; ignorou a presença norte-americana durante 20 anos no Afeganistão e os 65 mil mortes que ali ocorreram; ignorou os envolvimentos, desde 2001, diretos ou indiretos, de forças ocidentais na Síria (estimam-se 400 mil mortes); ignora o que se passa na Somália e no Iémen; ignora a ocupação da Palestina por Israel e, nos últimos anos, os 21 500 mortos desse conflito.

O humanismo ocidental tem coração mole para um lado e coração de pedra para o outro. As guerras espalhadas pelo mundo com envolvimento do Ocidente somam, em 30 anos, quase um milhão de mortos, a grande maioria civis, mas o bom cidadão ocidental não chora por eles.

O humanismo ocidental é dúbio. Condena vigorosamente a prisão do opositor de Putin, Alexei Navalny, mas deixa apodrecer na cadeia o denunciador das brutalidades das tropas americanas e da NATO, Julian Assange.

O humanismo ocidental é criterioso. Manifesta-se quando críticos de Putin são envenenados no estrangeiro mas arquiva no esquecimento o cientista inglês David Kelly que, misteriosamente, suicidou-se dois dias depois de depor no parlamento sobre a falsificação de provas da existência de armas de destruição maciça no Iraque. E o jornalista que deu essa notícia em primeira mão foi despedido.

O humanismo ocidental é esclarecido. Classifica a imprensa estatal russa de instrumento de propaganda "tóxica" mas glorifica o World Service da BBC, pago pelo Ministério dos Estrangeiros britânico e onde muitos jornalistas portugueses que lá trabalharam foram obrigados, durante décadas, a pedir autorização superior para fazer qualquer tipo de entrevista... e essa autorização só vinha depois de lida a lista de perguntinhas a fazer!

O humanismo ocidental é dinâmico. Indigna-se aos gritos com a censura de Putin ao jornalismo independente, mas refila baixinho quando proíbem a Russia Today de emitir no Ocidente ou quando os potentados das redes sociais, que ninguém controla, filtram o que o povo pode ou não pode dizer.

O humanismo ocidental enerva-se com a brutalidade policial contra manifestações políticas em países longínquos e contra as prisões indiscriminadas de gente comum, mas cala-se, conformado, quando isso é feito nos seus países contra os que recusam vacinar-se, contra os que exigem direitos para os negros, contra os sindicalistas, contra os imigrantes pobres e de pele escura. O humanismo ocidental já nem se lembra de George Floyd.

O humanismo ocidental é espertalhão. Explica todas as intervenções militares do Ocidente no resto do mundo com a necessidade de defender a democracia, o contexto histórico e sociológico das regiões, as tensões estruturais das economias locais, as rivalidades das religiões, as divisões tribais, as fronteiras mal definidas, a selvajaria dos ditadores locais. Mas para comentar a guerra ucraniana só aceita começar a análise por um facto: Putin invadiu no dia 24 de fevereiro o país de Zelensky. Falar do que está para trás, dos 13 mil mortos do Donbass, do crescimento da NATO para leste, por exemplo, é trair a Ucrânia, é trair o Ocidente, é trair a humanidade - e se o fazes, és mesmo má pessoa!

O humanismo ocidental é ingrato. Garante que a Rússia não é do Ocidente, exige que ignoremos 2 mil anos de cristandade partilhada, as leituras de Dostoiévski, Tolstoi, Tchekhov, Gorki; as músicas de Tchaikovsky, Stravinsky, Shostakovich, Prokofiev; os filmes de Eisenstein, Tarkovsky; os pensamentos de Bakunine, Lenine ou Trotsky. O humanismo ocidental acredita que nada deve do que é à Rússia.

Eu adoro os valores teóricos do humanismo ocidental, são um exemplo para o mundo, a sério, mas não aguento a constante prática violenta do humanismo ocidental, uma vergonha neste mundo, a sério.

*Jornalista

Portugal covidado | 14 595 novos casos, 19 mortos em 24 horas e1174 internados

Incidência com ligeira subida e internados descem

De acordo com o boletim da DGS, foram registados 14 595 novos casos e 19 mortos nas últimas 24 horas. Há agora 1174 doentes internados.

O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira indica que Portugal registou mais 19 mortes e 14 595 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas.

Lisboa e Vale do Tejo chegou às 6155 infeções e foi a região que mais casos reportou, seguido pelo Centro (2885), Norte (2294), Algarve (965), Alentejo (842), Açores (750) e Madeira (704).

No que diz respeito a mortes, a região Centro declarou oito, tendo as restantes sido no Norte (5), Lisboa e Vale do Tejo (3), Alentejo (1) e Algarve (11).

No que diz respeito a hospitais, há agora 1174 doentes internados (menos 51 que no dia anterior), dos quais 72 em unidades de cuidados intensivos (menos seis).

Em dia de atualização da matriz de risco, de acordo com os dados disponibilizados pela DGS, regista-se um ligeiro aumento da incidência, que é agora de 1411, 2 casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100 000 habitantes (era de 1398,1 na segunda-feira) no território nacional. Já no continente passou de 1316,3 casos para 1330,6.

O R(t) no território nacional continua numa fase ascensional e é agora de 0,91 (era de 0,84 na segunda-feira) e de 0,90 continente (era de 0,83).

Há neste momento 478 344 casos ativos da doença em Portugal, mais 3176 que no dia anterior.

Foram ainda registados mais 11 400 doentes recuperados da covid-19.

Cabo Delgado: Como resgatar as crianças-soldado e travar o seu recrutamento?

Membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique participam numa formação sobre como prevenir o recrutamento e utilização de crianças-soldado pelos insurgentes. Uma ideia é criar centros de acolhimento para as apoiar.

Como prevenir o recrutamento e utilização de crianças-soldado no norte de Moçambique? É o tema de uma formação de dez dias que está a decorrer no Batalhão de Chimoio, centro do país.

O objetivo é aumentar "a eficácia operacional do setor de segurança através da formação, orientação da doutrina e apoio no desenvolvimento de um currículo nacional para as violações graves contra a criança em conflito armado", explica Arsene Tshidimu, representante do Instituto Dallaire em Moçambique, um dos parceiros envolvidos no projeto.

Desde 2017 que a província nortenha de Cabo Delgado é palco de ataques terroristas. Em setembro passado, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou que centenas de rapazes foram raptados pelos insurgentes e treinados em bases espalhadas pela província, sendo forçados a lutar lado a lado com adultos contra as forças governamentais. Alguns dos rapazes têm apenas 12 anos.

Ciclone mais severo da época previsto para sexta-feira em Moçambique

O ciclone Gombe deverá atingir o norte de Moçambique na sexta-feira, apontam as mais recentes previsões meteorológicas, segundo as quais esta será a tempestade mais severa a atingir o país na presente época.

O ciclone Gombe deverá entrar em terra entre Nacala e Angoche, na costa da província de Nampula, no final da manhã de sexta-feira (11.03), e provocar chuva muito forte que poderá superar os 100 milímetros em 24 horas, prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano.

O INAM prevê que os ventos tenham rajadas a oscilar entre 120 e 150 quilómetros por hora.

De acordo com o serviço meteorológico francês das Ilhas Maurícias, que monitoriza a atividade ciclónica no sudoeste do oceano Índico, o Gombe vai entrar em Moçambique no estado de ciclone tropical intenso, o primeiro a ter esta gravidade ao atingir Moçambique na presente época.

Depois de entrar em terra na sexta-feira vai perder força, mas arrastar chuva forte para o interior, no sábado, até Nampula, capital provincial.

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- O elefante poderoso e a lebre inteligente

Seke La Bindo

O Elefante Poderoso dominava terras, rios e lagos. Quando passava, pachorrento, todos os animais se curvavam respeitosamente. Até o leão caçador lhe rendia vassalagem. Mas a Lebre Inteligente desafiava o seu poder. Enquanto todos se submetiam à sua força e majestade, ela tratava-o como um igual. Um dia, a Onça Ágil falou com a lebre e ouviu dela uma confissão inesperada. Percorreu todos os cantos da floresta e informou o que soube nessa conversa: O poderoso afinal era criado da inteligência. 

A Onça Ágil, sempre desconfiada, naquele dia prodigioso perguntou à Lebre Inteligente:

- Por que razão tu não te curvas ante o Elefante Poderoso?

A Lebre Inteligente respondeu com um sorriso de escárnio:

- Alguma vez uma senhora se curvou ante o seu criado?

A Onça Ágil riu-se da resposta mas a Lebre Inteligente insistiu, com ar sério:

- O Elefante Poderoso é o meu criado!

Foi então que a Onça Ágil percorreu todas aquelas paragens dando a notícia: o elefante é criado da lebre. Os poderosos são criados da inteligência!

O Elefante Poderoso um dia saiu da sua aldeia e no caminho encontrou uma grande assembleia de animais. Todos discutiam acaloradamente e reinava a confusão. Uns diziam que a Lebre Inteligente era louca e não merecia crédito. Outros diziam que o tamanho dos animais não é sinónimo de poder. No auge da discórdia, chegou, mesmo a propósito, quem podia tirar todas as dúvidas. O macaco perguntou logo ao elefante:

- É verdade, meu rei, que é criado da Lebre Inteligente? O Elefante Poderoso levantou a tromba e soltou um urro tremendo:

- Vou tratar dos meus negócios e quando regressar, respondo a essa questão. Tenho coisas mais importantes para resolver.

O Elefante Poderoso prosseguiu o seu caminho mas quando chegou à margem de uma lagoa, encontrou o veado a beber.

- Quando acabares de beber vai avisar a lebre que preciso de falar com ela, que esteja preparada porque tem de ir comigo a uma assembleia dos bichos da aldeia.

Angola | O QUE FAZER COM A "ALMOFADA FINANCEIRA" DO PETRÓLEO?

O preço do petróleo sobe no mercado internacional com as sanções impostas à Rússia e terá impacto positivo nas contas públicas de Angola, dizem economistas. Para onde deve ser canalizado o excedente do crude do país?

O preço do petróleo no mercado internacional continua a subir devido às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, após a invasão à Ucrânia.

O barril está a ser comercializado acima dos 100 dólares, quando o Orçamento Geral do Estado (OGE) angolano fixou um preço de 55 dólares por barril. Para onde deveria ser canalizado o excedente do crude do país?

A questão está a gerar debate em Angola, mas o economista Nataniel Fernandes não tem dúvidas: parte do excedente do petróleo deve ser canalizado para abater a dívida externa.

"Se tivermos um grande excedente das receitas vindas do petróleo, poderíamos procurar diminuir aquilo que é a nossa dívida com o exterior e essa dimnuição poderia aliviar-nos em OGE futuros", diz o economista.

Sissoco Embaló diz que está disponível para mediação entre Rússia e Ucrânia

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirma que o país está disponível para mediar a crise entre a Rússia e a Ucrânia, tendo em conta a sua experiência em conflitos, caso seja convidado para o efeito.

Apelamos às duas partes (Rússia e Ucrânia) para que se sentem à mesa das negociações e nós estamos disponíveis, se precisarem da nossa mediação, para falar com as partes", declarou o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

O líder guineense falava aos jornalistas no Palácio da Presidência do país, em Bissau, onde concedeu posse hoje a três novos comandantes das Forças Armadas.

O CERCO


Henrique Monteiro | HenriCartoon

O MUNDO TENEBROSO DOS ROQUEIROS – Artur Queirós

Artur Queiroz*, Luanda

Lá vou falar de mim. Ainda repórter informador e pago miseravelmente, apaixonei-me perdidamente por uma menina cujo pai era funcionário da Fazenda. O namoro pegou, os sonhos saltaram para as conversas, planos mirabolantes que davam sempre certo ocupavam os nossos encontros, as matinés no Restauração eram intimidades e ternuras e o filme que se lixasse. 

Ousadamente fui ao Bairro Operário e aluguei ao mais velho Afonso um quartinho que tinha buracos no zinco mas não faz mal, em Luanda chovia pouco e uns papelões resolviam facilmente as aberturas. Preferi considerá-las românticas janelas para a Lua. E em cima de um caixote de sabão da Congeral, transformado em mesinha-de-cabeceira, estava um candeeiro a pitrol. Era vidro e deixava ver a torcida e o líquido iluminante avermelhado. Um luxo. Levei a minha amada ao palacete e ela aprovou.

O passo seguinte foi ser apresentado à família. Ficou combinado um almoço de sábado em casa dos meus futuros sogros. Até moamba me fizeram. E essa foi a minha primeira derrota. Aprendi que funji se come mergulhando os dedos no molho e depois faz-se a bola que também é molhada antes de engolida. O sogro lançou-me um olhar fulminante e fez questão de mostrar que toda a gente comia de faca e garfo.

Na hora de jiboiar debaixo da mandioqueira fiz conversa com o pai da minha amada. Ele vestia fato completo, com colete e tudo. E eu sorrindo perguntei:

-Não sente calor com essa roupa toda?

Ele lançou-me um olhar fulminante. Numa pose entre o altaneiro e o arrogante respondeu:

-O calor em África é um mito dos brancos.

Ameaça fronteiriça. Os EUA criaram dezenas de biolaboratórios na Ucrânia

# Publicado em português do Brasil

MOSCOU, 9 de março - RIA Novosti - Elena Popova. O Ministério da Defesa russo descobriu laboratórios biológicos na Ucrânia que trabalhavam para os Estados Unidos. O departamento está confiante de que suas atividades foram rapidamente reduzidas na esperança de evitar que especialistas confirmem que Kiev e Washington violaram a Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas e Toxínicas. Moscou e Pequim pediram repetidamente aos americanos que se unam a um documento internacional para controlar ameaças bacteriológicas. Mas a Casa Branca não concordou.

Na fronteira

"Uma rede foi formada no território da Ucrânia, incluindo mais de 30 laboratórios biológicos, que podem ser divididos em pesquisa e sanitário-epidemiológicos", Igor Kirillov, chefe das tropas de proteção contra radiação, química e biológica das Forças Armadas russas , disse em um briefing. Segundo ele, essas instalações, localizadas em Lvov, Kharkiv e Poltava, trabalharam com agentes infecciosos perigosos "como parte de um programa biológico militar liderado pelos EUA".

O cliente é o Escritório de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) do Departamento de Defesa dos EUA. A empresa ligada ao Pentágono Black and Veatch participou do projeto. Kirillov observou que em Lvov eles estavam envolvidos nos agentes causadores da peste, antraz e brucelose, em Kharkov e Poltava - difteria, salmonelose e disenteria.

O anúncio também foi feito pelo representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov. A Rússia tem os documentos relevantes. Os biolaboratórios foram fechados às pressas, explicou o departamento, por causa dos temores do Pentágono de que "especialistas russos confirmassem a violação pela Ucrânia e pelos Estados Unidos da Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas e Toxínicas".

A atividade dos biolaboratórios, destacou o Ministério da Defesa, levou a um aumento incontrolável na incidência de infecções especialmente perigosas, um aumento observado desde 2014. O número de casos de difteria, rubéola, tuberculose, sarampo aumentou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Ucrânia na lista de países com alto risco de surto de poliomielite.

Rússia e China estão preocupadas

Moscou e Pequim há muito se preocupam com a atividade biológica-militar dos Estados Unidos e seus aliados. No início de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com o líder chinês Xi Jinping. Os chefes de Estado assinaram uma declaração conjunta sobre as relações internacionais que entram em uma nova era e o desenvolvimento sustentável global. Em particular, eles confirmaram que “a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Armazenagem de Armas Bacteriológica (Biológica) e Toxina e sobre Sua Destruição (BTWC) é de importância essencial como pilar da paz e segurança internacionais”.

“As partes pedem aos Estados Unidos e seus aliados que ajam de forma aberta, transparente e responsável, informando adequadamente sobre suas atividades biológicas militares realizadas no exterior e em seu território nacional”, diz o documento.

Especialistas e políticos chineses e russos, incluindo o acadêmico da Academia Russa de Ciências, o Honorável Doutor da Rússia Gennady Onishchenko, lembraram repetidamente da necessidade de controlar a atividade biológica militar estrangeira de Washington.

"A declaração dos dois líderes se concentra na ameaça nuclear, química e na vida real que voltou à tona - armas descontroladas de destruição em massa - biológicas. Rússia e China enfatizam sua determinação em manter a autoridade e a eficácia da Convenção", acrescentou. observou o cientista.

Em 2001, os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente das negociações sobre o desenvolvimento de um protocolo adicional ao BTWC, segundo o qual um órgão independente, o Secretariado Técnico, deveria monitorar as atividades microbiológicas de todos os países.

"Isso aconteceu depois que os militares dos EUA usaram em seu próprio território uma formulação biológica de combate da cepa Ames do antraz, resistente a todos os antibióticos e não passível de tratamento. sua pesquisa microbiológica", - especificou o acadêmico da Academia Russa de Ciências.

A Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Armazenamento de Armas Biológicas e Toxínicas foi aprovada em 1972. É o único documento internacional desse tipo.

"Os líderes russos e chineses estão pedindo a Washington que retorne ao campo jurídico internacional. Os americanos estão discutindo sobre a origem natural ou artificial do coronavírus. Em 2001, eles sabotaram a adoção de um mecanismo de controle juridicamente vinculativo. "Mas isso é impossível, e os Estados Unidos só podem fazer declarações infundadas. Hoje, os Estados Unidos são os principais infratores, são suas ações que perturbam o mundo", afirma Onishchenko.

Biolaboratórios americanos no espaço pós-soviético

Após o colapso da URSS, centros de pesquisa americanos foram abertos na Geórgia, Cazaquistão, Tajiquistão e Uzbequistão com base em institutos soviéticos que lidavam com doenças infecciosas e desenvolviam vacinas contra peste, cólera e febre tifóide desde a década de 1950.

No meio de uma corrida armamentista, a perspectiva de uma guerra biológica e química era muito real. Havia rumores de que as instituições soviéticas estavam desenvolvendo armas biológicas contra o Ocidente. Não havia provas. Mas após o colapso da URSS, vazamentos perigosos tiveram que ser evitados. Os Estados Unidos se ofereceram para ajudar - no âmbito do Programa Cooperativo de Redução de Ameaças.

Fundos alocados para o estudo de doenças perigosas. Mas com a condição de que especialistas americanos também possam trabalhar em laboratórios. As cepas coletadas na Ásia Central e no Cáucaso foram exportadas para o Ocidente. As doações foram alocadas a partir do orçamento da OTAN e do Pentágono.

Washington garantiu que a pesquisa foi realizada apenas para fins pacíficos. No entanto, após a declaração do ex-ministro da Segurança do Estado da Geórgia, Igor Giorgadze, estourou um escândalo. Segundo ele, os funcionários do centro admitiram que estavam cumprindo ordens do Pentágono. Existe "equipamento para pulverizar substâncias nocivas e munições com material biologicamente ativo". Além disso, dezenas de pacientes tratados lá morreram em um dos centros. O ex-ministro não descartou que eles fizessem experimentos em pessoas no laboratório. Os EUA negaram tudo.

O Pentágono destinou US$ 108 milhões para o Laboratório Central de Referência (CRL) em Alma-Ata. Esta instalação é considerada estatal e especializada no estudo de cepas de vírus características do Cazaquistão. Há quatro anos, um aumento na incidência de meningite foi registrado na república. Espalharam-se rumores de que era uma experiência de Washington.

Existem biolaboratórios semelhantes no Tajiquistão e no Uzbequistão. Eles também foram financiados pelos americanos. No outono de 2020, o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, em uma reunião com seus colegas da SCO, reclamou que "Washington, sob o pretexto de assistência epidemiológica à Organização de Cooperação de Xangai, está coletando dados biológicos". A China exigiu o fechamento de todas as instalações de pesquisa americanas na Ásia Central.

Cazaquistão, Uzbequistão e Tadjiquistão alegam que não têm nenhum desenvolvimento militar dos EUA. Pequim e Moscou não estão tranqüilizadas com isso.

"As guerras do século 21 são híbridas. Devemos entender isso claramente. O mais importante é entender suas leis, para combatê-las - não apenas infecções, mas também esses ataques híbridos de informação-terroristas projetados para todos os setores da sociedade. Epidemiologia sempre foi um problema político - porque se trata do impacto em toda a sociedade, não apenas nos doentes", enfatiza Onishchenko.

O Ministério da Defesa russo observou que, nos últimos dois anos, a Alemanha vem estudando os patógenos da febre hemorrágica da Crimeia-Congo, leptospirose, meningite e hantavírus na Ucrânia para garantir a segurança biológica nas fronteiras externas da UE. Segundo Igor Kirillov, sob o pretexto de testar medicamentos e prevenir a infecção por coronavírus, “vários milhares de amostras do soro de pacientes, principalmente pertencentes ao grupo étnico eslavo, foram retirados da Ucrânia”. Os biomateriais foram entregues ao Walter Reed Research Institute do Exército dos EUA.

Imagem: © AFP 2022 / Mario Tama/Getty Images

Ler em Página Global:

Antonov: EUA temem ser acusados de violar a Convenção de Armas Biológicas

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Programa de armas biológicas da Ucrânia apoiado pelos EUA: falso ou crível?

Quão crível era a ameaça nuclear da Ucrânia à Rússia antes do conflito?

UCRÂNIA QUASE CRIOU UMA BOMBA NUCLEAR SUJA

JORNALISTA AMERICANA CRITICOU BIDEN POR CAUSA DA UCRÂNIA

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Fox News: Autoridades dos EUA não tinham competência para evitar a crise na Ucrânia

MOSCOU, 9 de março - RIA Novosti - Um aumento nos preços dos combustíveis poderia ter sido evitado se os Estados Unidos estivessem no comando de um governo competente, disse a jornalista da Fox News.

"Biden deveria ter insistido que a crise ucraniana fosse avaliada de forma realista. No entanto, sua equipe não queria desistir da perspectiva de a Ucrânia ingressar na Otan. Em retrospecto, isso é um grande erro", disse ela.

Segundo relatos da mídia, no último fim de semana, o custo da gasolina nos Estados Unidos chegou a sete dólares, o que não é observado desde 2008.

O jornalista acredita que sob Donald Trump isso nunca teria acontecido, já que o ex-presidente americano era nacionalista e "defensora" da energia.

Por sua vez, após a chegada de Joe Biden à Casa Branca, a presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi e o líder da maioria no Senado Chuck Schumer tudo fizeram para anular as decisões de Trump, que “tornaram a América mais forte por dentro e por fora”, concluiu o apresentador.

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia . O presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "a proteção de pessoas que foram submetidas a bullying e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Para isso, segundo ele, está prevista a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", para levar à justiça todos os criminosos de guerra responsáveis ​​por "crimes sangrentos contra civis" no Donbass.

Em resposta, o Ocidente impôs novas sanções anti-russas. Em particular, vários dos maiores bancos, incluindo Sberbank e VTB, caíram sob eles. A União Europeia, os EUA, o Canadá e vários outros países fecharam os céus para aeronaves russas. Várias empresas estatais tiveram dificuldade em atrair capital estrangeiro. Sanções foram impostas ao fornecimento de produtos de alta tecnologia para a Rússia.

Imagem: © REUTERS/Kevin Lamarque - Presidente dos EUA Joe Biden

PM paquistanês responde duramente ao apelo do Ocidente para condenar a Rússia

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Primeiro-ministro paquistanês Khan indignado com apelo ocidental para condenar operação especial da Rússia na Ucrânia

MOSCOU, 9 de março - RIA Novosti  - O primeiro-ministro paquistanês Imran Khan criticou duramente os diplomatas ocidentais que o pediram para condenar a operação militar especial da Rússia na Ucrânia, escreve o The Times.

Segundo a publicação, anteriormente os embaixadores de vinte e dois países publicaram uma carta conjunta na qual pedem a Islamabad que apoie uma resolução da ONU condenando as ações da Rússia na Ucrânia .

Note-se que a Índia, a China e o Sri Lanka também se abstiveram de votar na Assembleia Geral da ONU.

Imran Khan lembrou que a última vez que o Paquistão apoiou as ações dos EUA e da OTAN no Afeganistão , uma onda de violência e descontentamento varreu o país.

Depois que a Rússia lançou uma operação especial na Ucrânia, o Ocidente começou a impor novas sanções. Em particular, o Banco Central caiu sob as restrições, várias instituições de crédito foram desconectadas do sistema SWIFT. A Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2 . A União Europeia e os Estados Unidos fecharam os céus para aeronaves russas. Dezenas de grandes empresas deixaram o mercado russo.

Nesse contexto, o Banco Central imediatamente elevou a taxa básica para 20% ao ano, e o Ministério das Finanças obrigou os exportadores a vender 80% das receitas cambiais sob todos os acordos de comércio exterior, projetados para estabilizar a taxa de câmbio do rublo. Outras medidas para apoiar a economia também estão sendo introduzidas. Segundo as autoridades russas, o país tem uma grande margem de solidez financeira, o Gabinete de Ministros pensou em maneiras de resolver possíveis problemas com antecedência.

Imagem: © AP Photo / Thomas Peter - Primeiro-ministro paquistanês Imran Khan

Ministério das Relações Exteriores alertou estrangeiros que foram lutar na Ucrânia

Ministério das Relações Exteriores: Rússia não é responsável pela vida de estrangeiros que foram lutar na Ucrânia

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MOSCOU, 9 de março - RIA Novosti - A Rússia não é responsável pela vida dos estrangeiros que decidem participar das hostilidades na Ucrânia, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

"Qualquer atividade armada contra militares russos será interrompida imediatamente", acrescentou.

Em 24 de fevereiro, Vladimir Putin anunciou o início de uma operação especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia . O exército russo está atacando instalações militares de um estado vizinho, há baixas em ambos os lados.

Chegam à Ucrânia mercenários estrangeiros que, segundo o Ministério da Defesa russo, preparam provocações e sabotagens com armas fornecidas pelo Ocidente.

Em Kiev, foi relatado que o número total de pedidos de estrangeiros para participar do conflito do lado da Ucrânia se aproximou de 20.000.

Imagem: © RIA Novosti / Natalia Seliverstova - O edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa na Praça Smolenskaya-Sennaya em Moscou

O desenvolvimento da situação - no relatório online >> RIA Novosti

É RIDICULO CULPAR A CHINA PELO CONFLITO NA UCRÂNIA

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko * | One World

Para simplificar demais o conflito, é o que acontece quando um dilema de segurança fica quente. A China acredita que, se os dilemas de segurança não podem ser evitados preventivamente, eles devem ser resolvidos diplomaticamente, se possível, mas isso só pode acontecer se todas as partes estiverem negociando de boa fé, o que os EUA e a OTAN não estavam fazendo de acordo com a Rússia. . Tentar culpar Pequim pela pior crise de segurança desde a crise dos mísseis cubanos de 1962 não é nada além de uma distração do papel de Washington em exacerbar o dilema de segurança explicado e provocar a reação da Rússia.

O porta-voz do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, respondeu recentemente às mentiras americanas sobre a posição de seu país em relação ao conflito na Ucrânia e o papel que poderia ter desempenhado em evitá-lo. Ele disse que “essa maneira de abdicar da responsabilidade e espalhar calúnias é muito hipócrita e vil”. Isso segue alegações na mídia americana de que o presidente chinês Xi Jinping pediu a seu colega russo Vladimir Putin que adiasse sua operação especial até o final dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

Também vem na esteira de autoridades dos EUA que criticam a China por sua postura neutra em relação ao conflito nas Nações Unidas. Pequim se absteve de resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral condenando Moscou por suas operações militares na vizinha ex-República Soviética. A República Popular também se recusou a sancionar Moscou. Essas expressões soberanas da independência estratégica do país irritaram a declinante hegemonia unipolar que exige o pleno cumprimento de seus ditames.

O conflito na Ucrânia é muito complexo e multifacetado. Não é tão simples como o Ocidente o interpreta mal ao descrever os eventos como a chamada “invasão russa”. A China respeita a integridade territorial de todos os países, mas também não acredita em nenhum ou grupo deles, como a OTAN, fazendo movimentos com o pretexto de aumentar sua própria segurança que, em última análise, ocorre às custas de terceiros, como a Rússia. Para simplificar demais o conflito, é o que acontece quando um dilema de segurança fica quente.

Esse conceito remete à teoria das Relações Internacionais de que países que adotam certos movimentos – principalmente militares – sob o pretexto de se defender acabam, deliberada ou inadvertidamente, despertando a preocupação de outros de que tais movimentos sejam à custa de sua própria segurança. O segundo estado então empreende seus próprios movimentos semelhantes que alimentam as preocupações de segurança do primeiro, desencadeando assim uma espiral de medidas crescentes que reduzem a confiança e aumentam as tensões.

A GUERRA NA UCRÂNIA DIA-A-DIA

Ataques aéreos fazem dezenas de mortos no leste da Ucrânia. AIEA perdeu contacto com Chernobyl 

Milhares de civis conseguiram fugir da cidade de Sumy e Portugal tem cavernas para armazenamento de gás "maiores do que a torre Eiffel". Siga em direto na TSF.

09 mar08:53

Cristina Lai Men

Estádio de Leiria transformou-se numa "grande casa" para acolher refugiados

Os camarotes do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, ganharam nos últimos dias uma nova missão, uma disposição diferente e até novas cores: o azul e o amarelo da Ucrânia. O objetivo é receber "numa grande casa", quem foge da guerra. E os primeiros 50 chegam já esta semana.

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Rússia e Ucrânia combinam corredores humanitários durante dia inteiro

A Rússia e a Ucrânia concordaram em estabelecer corredores humanitários para a evacuação da população ucraniana durante um dia completo, adiantam as autoridades ucranianas, citadas pela agência de notícias AFP.

09 mar08:25

Lusa

Japão envia coletes à prova de bala, capacetes e mantimentos para Ucrânia

O Japão enviou coletes à prova de bala, capacetes, mantimentos e vestuário de inverno para a Ucrânia, sendo esta a primeira vez que doa estes equipamentos a outro país.

O Japão mantém uma postura pacifista, desde a Segunda Guerra Mundial, durante a qual foi bombardeado, em Hiroshima (ilha de Honshu) e Nagasaki (ilha de Kyushu), com a bomba atómica, em agosto de 1945.

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Ler em Página Global – Crimes de guerra e contra a humanidade:

Antonov: EUA temem ser acusados de violar a Convenção de Armas Biológicas

Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica: Departamento de Estado dos EUA

Antonov: EUA temem ser acusados de violar a Convenção de Armas Biológicas

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Al Mayadeen -- O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, diz que os Estados Unidos estão preocupados que os patógenos armazenados nos laboratórios biológicos ucranianos caiam nas mãos da Rússia.

O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que os EUA temem ser acusados ​​de violar a Convenção de Armas Biológicas (BWC).

Vale ressaltar que o BWC proíbe efetivamente o desenvolvimento, produção, aquisição, transferência, armazenamento e uso de armas biológicas e tóxicas.

Ele também acrescentou que os EUA também "temem que os patógenos armazenados em laboratórios biológicos ucranianos caiam nas mãos dos russos".

Anteriormente, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland Ucrânia, afirmou que a Ucrânia possui instalações de pesquisa biológica, com os EUA preocupados com a possibilidade de ficarem sob o controle das forças russas.

Dados sobre laboratórios biológicos encontrados na Ucrânia não ajudam no caso dos EUA contra alegações sobre sua conformidade com a Convenção de Armas Biológicas e Toxinas (BTWC), disse na terça-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. 

Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica: Departamento de Estado dos EUA

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Al Mayadeen --  Depois que a Rússia revelou a existência de Biolabs na Ucrânia, os Estados Unidos se manifestam e expressam preocupação com a obtenção de "qualquer informação" por Moscou.

A Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica, e os Estados Unidos estão preocupados que eles possam ficar sob o controle das forças russas, disse a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos Victoria Nuland na terça-feira, enquanto as forças russas avançam na Ucrânia antes de seu cessar-fogo.

"A Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica, das quais, de fato, estamos bastante preocupados que as forças russas possam estar tentando obter o controle", disse Nuland durante uma audiência no Senado.

De acordo com o subsecretário, Washington está trabalhando com Kiev em como eles podem impedir que qualquer um desses materiais de pesquisa caia nas mãos das forças russas "caso se aproximem".

Dados sobre dados de laboratórios biológicos encontrados na Ucrânia não ajudam no caso dos EUA contra alegações sobre sua conformidade com a Convenção de Armas Biológicas e Toxínicas (BTWC), disse na terça-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. 

No domingo, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, anunciou que a Rússia forneceria uma análise de documentos sobre um programa para a criação de componentes de armas biológicas na Ucrânia.

UCRÂNIA: A GUERRA E OS TRINTA E SEIS MIL MERCENÁRIOS

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Damasco, 8 de março (SANA) Dezesseis mil mercenários chegaram à Ucrânia para lutar ao lado da administração de Kiev e outros 20 mil enviados por empresas privadas, principalmente dos Estados Unidos, chegarão nas próximas horas. Isso foi confirmado por Volodymyr Zelenski, o presidente neonazista da Ucrânia em guerra.

Heródoto foi o primeiro a falar sobre o fenômeno dos Mercenários, aludindo ao Exército Cartaginês da época. Desde então, o fenômeno vem sendo estudado devido ao qual muitos jovens se ofereceram para lutar no exército, em troca de remuneração ou outros benefícios.

Ao longo da história humana houve casos de exércitos mercenários significativos que levaram povos e governos a vitórias e derrotas militares. Mas, sempre a um custo muito alto de sangue derramado por quem pereceu, e por quem os contratou porque procurou usar seus serviços para promover uma guerra.

Uma das entidades mais conhecidas ao longo do tempo é a Legião Francesa, fundada em 1831. Desde o início, procurou recrutar todos os estrangeiros que serviam nas unidades militares francesas, para ajudar a manter o vasto império colonial.

Com o passar dos anos, a entidade perdeu a ancestralidade e se tornou uma espécie de quadrilha mercenária que lutava por dinheiro, e era capaz de hastear qualquer bandeira em benefício de seus contratantes.

Uma expressão patética das ações da Legião Francesa foram os episódios dramáticos da Guerra da Argélia de 1945 até a proclamação da Independência daquele país.

A Autoridade Palestina reflete a hipocrisia internacional sobre a Palestina

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Ramona Wadi | Midle East Monitor | opinião

A Autoridade Palestina alcançou tardiamente os padrões duplos da comunidade internacional quando se trata de declarar apoio à Palestina enquanto mantém a impunidade com a qual Israel pode agir. No entanto, a AP ainda está longe de reconhecer essas táticas em sua própria política, o que em si é uma grande contradição, uma vez que Ramallah está em dívida com o consenso internacional sobre a Palestina e suas repercussões.

Em uma declaração recente relatada pela agência de notícias Wafa , o Ministério das Relações Exteriores da AP declarou que "a política de dois pesos e duas medidas da comunidade internacional tornou-se uma cobertura para a persistência de Israel em roubar terras palestinas e aprofundar sua rebelião e negação de acordos assinados, lei internacional, Estados Unidos Resoluções das Nações e perspectivas para a paz." Só que não se tornou apenas uma capa; sempre foiuma capa. É por isso que a ONU não comemorará seu Plano de Partilha de 1947 e expressa uma falsa preocupação com um dia internacional de solidariedade aos palestinos, por exemplo. Sem mencionar que o simbolismo anexado até hoje é também um verniz através do qual a ONU se apresenta como a principal agência de direitos humanos, em vez de cúmplice de violações do direito internacional.

O papel da ONU na colonização da Palestina por Israel não pode ser negligenciado nem exagerado. A AP teria sido elogiada por apontar as discrepâncias, não fosse por seu próprio papel em garantir que os palestinos permaneçam longe da autonomia política e da independência.

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