terça-feira, 19 de julho de 2022

A REVOLUÇÃO CULTURAL RUSSA NA BASE DE SUA PRÓPRIA SOBREVIVÊNCIA

Martinho Júnior, Luanda

DA SOBREVIVÊNCIA, À EMERGÊNCIA E DA EMERGÊNCIA AO MULTILATERALISMO

01- É no húmus histórico da implosão da União Soviética que a Federação Russa começou a sua revolução cultural apontada ao século XXI.

Se o tandem Gorbatchov-Ieltsin protagonizou o colapso soviético e a sua devassa, é o tandem Putin-Medvedev que protagoniza a revolução cultural essencial para viabilizar a sobrevivência de um ente responsável, composto por mais de 300 identidades distintas, mas capazes de se unirem perante os maiores desafios, entre eles o da sua própria sobrevivência coesa e integrada!

Desde as guerras da Chechénia que a Federação Russa se empenhou sempre a fundo em questões de defesa e segurança entre as prioridades da revolução cultural integrada e integradora sob o ponto de vista emergente e multilateral…

A Rússia passou sempre a dedicar uma fatia das suas capacidades a actividades operativas ao redor de suas fronteiras no quadro da segurança vital comum e é por isso que os custos da libertação na Ucrânia, nas suas variáveis, são sequência de custos anteriores que conduziram à contínua valorização tecnológica de sua força militar e de inteligência ao mesmo tempo que põem a nu os desequilíbrios criados pelo exercício do poder da hegemonia unipolar.

O “ocidente natificado” esconde o conhecimento disso dos seus próprios povos e tenta também impedir que esse fenómeno seja conhecido em todo o Sul Global, mas os sinais vão-se acumulando através de índices que vão desde a enorme capacidade agrícola que se tem vindo a implementar no imenso espaço físico-geográfico da “mãe” Rússia, (os maiores produtores mundiais de alimentos são a China, os Estados Unidos, o Brasil, a Índia e a Rússia, quatro deles pertencem ao grupo BRICS), como nas tecnologias de ponta descobertas e aplicadas em função de capacidades científicas que se traduzem nas incomparáveis capacidades militares que se vão pouco a pouco tornando visíveis na Ucrânia em fase de libertação dos ukronazis.

A questão alimentar começa a estar num grau tão elevado de preocupações, em parte também provocadas por causa do aquecimento global, que os BRICS estão em vias de integrar a Argentina e o Irão, qualquer deles com possibilidades enormes de produção de alimentos!

De todos eles a Federação Russa é dos que possui as maiores reservas de água e de terras virgens que com o aquecimento global ficarão disponíveis para aproveitar em termos de desenvolvimento sustentável!...

Angola | OS ESTRAGOS DO GALO NEGRO E DA ADI TIMOR

Artur Queiroz*, Luanda

O General Matias Lima Coelho (Nzumbi) descreveu assim a parte final da operação policial e das Forças Armadas Angolanas (FAA) que pôs fim ao bando armado de Jonas Savimbi: “Foi criado um anel de fogo do qual nem as galinhas do mato conseguiam fugir. Os comandantes do cerco eram o coronel Faroeste, o coronel Kennedy e o brigadeiro Walla que, como era o mais graduado, ficou a comandar o cerco final. Este modelo foi proposto pelo comissário da Polícia Nacional Alfredo Eduardo Manuel Mingas (Panda), presente na Operação Kissonde desde o primeiro dia”.

Anos mais tarde, o comissário Panda viu-se envolvido num grave acidente de viação na sequência do qual pediu a exoneração de comandante-geral da Polícia Nacional. Ontem, quando fazia uma caminhada na Cidade do Kilamba, foi baleado por dois marginais que se puseram em fuga. Ainda conseguiu atingir um dos bandidos. 

Este episódio aconteceu apenas 24 horas depois de Adalberto da Costa Júnior anunciar que a ADI Timor, empresa servida por agentes dos serviços secretos israelitas, especialista em escutas ilegais e pirataria informática, está a orientar a campanha eleitoral da UNITA.  

E 48 horas depois do presidente do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, lançar um ataque violentíssimo contra os profissionais que possam enfrentar a “voz de barragem” lançada nas redes sociais e outras kibangas da Internet, apresentadas como “jornais”. Para a golpada dar certo, ninguém pode opor-se às mentiras, manipulações e falsas notícias que estão a ser cozinhadas pelos agentes da ADI Timor. Puseram um líder sindical a atacar trabalhadores!

A ADI Timor actua no Gana, ao serviço do Presidente Nana Akufo-Addo. Naquele país, a Oposição tem maioria na Assembleia Nacional, por isso, o líder do órgão de soberania, Alban Bagbin (partido Congresso Nacional Democrático), foi eleito com 138 votos contra 136 do candidato do Novo Partido Patriótico, liderado pelo Chefe de Estado.  

No Gana a instabilidade política é permanente. John Dramani Mahama, líder da Oposição, acusa o presidente eleito de amordaçar a democracia. As forças armadas são constantemente chamadas a intervir para repor a ordem pública. Numa zona onde a Oposição tem a base social de apoio mais numerosa surgiram ontem casos de febre hemorrágica, causados pelo vírus de Marburgo, tão grave como o ébola. 

A doença do vírus de Marburgo é transmitida aos seres humanos por morcegos frugívoros. O que tem isto a ver com a ADI Timor? A direcção da UNITA que responda. Não se esqueçam da declaração de amor feita por Israel à Ucrânia, país onde existiam 17 laboratórios de armas biológicas, antes de 24 de Fevereiro.

Angola | Tchizé dos Santos demarca-se de carta e diz que é contra amnistias

Tchizé dos Santos demarcou-se hoje do conteúdo de uma carta subscrita pelos filhos mais velhos do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos, salientando que vai lutar "até ao fim" pela honra do pai e que é contra amnistias.

"Eu não assinei esta carta, não tive conhecimento e não assinei. Concordo que o meu pai não deve ser enterrado agora porque não faz sentido. Concordo que o corpo do meu pai seja enterrado em Angola quando houver condições e quando as pessoas que o perseguiram até à morte já não sejam Governo", sublinhou, referindo-se ao Presidente João Lourenço.

"O que quero que fique bem claro é que eu lutei pela honra e dignidade do meu pai até as últimas consequências e que uma dessas lutas inclui não aceitar nem pedir amnistia alguma, porque o meu pai não roubou ninguém e eu não tenho de servir de bode expiatório para os roubos de outras pessoas do MPLA, incluindo João Lourenço, Ana Dias Lourenço e a sua máquina e os seus amigos, que agora querem dar a entender que vão fazer uma amnistia porque a família dos Santos pediu", vincou.

A filha do ex-Presidente disse que enquanto cidadã angolana "jamais iria subscrever um documento desses", afirmou, destacando que "não tem nada a ver com essa carta" e questionando a autenticidade da mesma.

"Nenhum dos meus irmãos me informou que tivesse escrito, assinado ou mandado essa carta, eu duvido que seja verdadeira porque ninguém me informou da sua existência. Se tivessem sido iria achar que estavam a trair a memória e a honra do meu pai e demarco-me redondamente", declarou à Lusa.

Numa carta enviada hoje à Lusa pelos serviços de assessoria da filha Isabel dos Santos, em que consta a assinatura de "Tchizé" dos Santos, os filhos mais velhos do ex-Presidente angolano defendem uma lei de amnistia geral e o "fim dos processos judiciais e institucionais contra muitos angolanos".

Na carta, assinada por outros filhos de Eduardo dos Santos - Isabel, José Filomeno "Zenu", Joess e José Eduardo Paulino "Coreon Dú" - comprometeram-se a colaborar na realização de um funeral nacional, mas após as eleições de 24 de agosto e pedem um mausoléu para acolher os restos mortais.

Notícias ao Minuto | Lusa

Angola | JORNALISTA SEM ÉTICA DÁ GALO NEGRO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os órgãos de comunicação social deixaram há muito de ser espaços de liberdade para serem ocupados pelos poderes instalados. O único problema que se coloca é saber se são legítimos ou ilegítimos. No que diz respeito ao sector empresarial do Estado não há dúvidas: O poder foi legitimado pelo voto popular e sabemos quem manda. Quanto à chamada “imprensa privada” reina a confusão, a falta de transparência e sobretudo ninguém sabe donde vem tanto dinheiro. Por isso perderam legitimidade. 

No dia em que as instituições do Poder Judicial fizerem cumprir a lei, ficamos a saber quem está por trás de uma actividade que balança entre a extorsão e os mais repugnantes crimes de abuso de liberdade de imprensa. Nessa altura pode ser que sejam conhecidas as fontes de financiamento, os autores morais da devassa da vida privada, dos atentados à honra e ao bom-nome de pessoas e instituições, quem se serve da comunicação social para a chantagem e extorsão. Mas também quem são os mandantes de autênticos atentados aos interesses mais sagrados do Estado angolano. 

Jornalistas sem escola e sem conhecimentos das regras do ofício são facilmente manipulados. Chantagear e extorquir através da comunicação social é fácil, quando não há ética nem deontologia profissional. A irresponsabilidade é a mãe de todos os crimes, de todas as omissões, de todas as manipulações através da Imprensa. A impunidade reinante faz com que crimes graves de abuso de liberdade de imprensa sejam repetidos até há exaustão. E a sua repetição acaba por torná-los inócuos.

Os profissionais competentes sabem que há muito estamos no ponto em que os crimes de abuso de liberdade de imprensa são encarados como uma “normalidade”. A sociedade já nem sequer reage com indignação quando um jornalista rouba a honra de um cidadão, à luz do dia, nas páginas dos jornais, nas rádios, nas televisões, nos currais da Internet onde circula mais porcaria do que nas kibangas dos porcos. Ninguém se indigna quando são publicadas matérias que tresandam a chantagem e à respectiva extorsão.

Primeiro, as vítimas são despojadas da honra e do bom-nome. Mais tarde, todos os direitos de personalidade vão na enxurrada de lama que esses órgãos de comunicação social atiram sobre pessoas e instituições. Ninguém trava este massacre! Mas sabemos que os direitos de personalidade são protegidos pela Constituição da República e pela Lei Penal. Como nada acontece, a impunidade dos criminosos ganha foros de direito absoluto. Por isso é urgente saber donde vem o dinheiro que alimenta esta máquina infernal que está a destruir a credibilidade do Jornalismo Angolano.

Os que pagam estes crimes, os seus mandantes, deviam reflectir sobre o monstro que estão a alimentar. Pensem apenas nisto. Um dia destes, aparece por aí um qualquer analfabeto a escrever que Camões é um poeta medíocre como Agualusa fez com Agostinho Neto. Um jornalista sem carteira profissional diz que De Gaulle era o “general Coca-Cola” ou Eisenhwoer foi um torturador. Macron é um corrupto e Biden tem um império construído à custa da corrupção. E envolvem nestas calúnias e mentiras os seus familiares. 

COMO O OCIDENTE FRACASSARÁ NA UCRÂNIA -- Sachs

#Publicado em português do Brasil

Provocação à Rússia é ápice de um projeto malogrado de dominação global. Por que EUA já não podem executá-lo. Quem são os neocons, que o conceberam. Como ditam a política externa de Biden e podem abrir caminho para a volta de Trump

Jeffrey D. Sachs* |no Other News | Tradução: Alice News, adaptada por Outras Palavras

A guerra na Ucrânia é o ápice de um projeto de 30 anos do movimento neoconservador americano. O governo Biden está repleto dos mesmos neocons que defenderam as guerras de escolha dos EUA na Sérvia (1999), Afeganistão (2001), Iraque (2003), Síria (2011), Líbia (2011), e que tanto fizeram para provocar a Rússia a invadir a Ucrânia. O histórico dos neoconservadores é de um desastre absoluto, mesmo assim Biden formou sua equipe com neoconservadores. Como resultado, Biden está levando a Ucrânia, os EUA e a União Europeia a mais um desastre geopolítico. Se a Europa tiver alguma visão própria, ela se separará desses desastres da política externa dos EUA.

O movimento neocon surgiu na década de 1970 em torno de um grupo de intelectuais de atuação pública, vários dos quais foram influenciados pelo cientista político da Universidade de Chicago, Leo Strauss, e pelo classicista da Universidade de Yale, Donald Kagan. Os líderes neoconservadores incluíam Norman Podhoretz, Irving Kristol, Paul Wolfowitz, Robert Kagan (filho de Donald), Frederick Kagan (filho de Donald), Victoria Nuland (esposa de Robert), Elliott Cohen, Elliott Abrams e Kimberley Allen Kagan (esposa de Frederick). 

A principal mensagem dos neocons é que os EUA devem predominar militarmente em todas as regiões do mundo e devem enfrentar as potências regionais em ascensão que um dia poderão desafiar o domínio global ou regional dos EUA, principalmente a Rússia e a China. Com este objetivo, a força militar dos EUA deve estar pré-posicionada em centenas de bases militares em todo o mundo e os EUA devem estar preparados para liderar guerras de escolha, conforme seja necessário. As Nações Unidas devem ser usadas pelos EUA somente quando for útil para fins dos EUA.

Essa abordagem foi explicada primeiro por Paul Wolfowitz em seu projeto de Orientação de Políticas de Defesa (DPG) escrito para o Departamento de Defesa em 2002. O projeto pedia a extensão da rede de segurança liderada pelos EUA para a Europa Central e Oriental, apesar da promessa explícita do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Hans-Dietrich Genscher, em 1990, de que a unificação alemã não seria seguida pela expansão da OTAN para o leste. Wolfowitz também defendeu as guerras de escolha americanas, defendendo o direito dos Estados Unidos de agir de forma independente, mesmo solitária, em resposta a crises que preocupam os EUA. De acordo com o general Wesley Clark, Wolfowitz já havia deixado claro para Clark em maio de 1991 que os EUA liderariam operações de mudança de regime no Iraque, na Síria e em outros ex-aliados soviéticos.

NOVA FRENTE EM CHAMAS NA UCRÂNIA


#Traduzido em português do Brasil

O governador da região russa de Kursk afirmou que os militares russos iniciaram missões de combate na fronteira do distrito de Glushkovsky com a região ucraniana de Sumy. Os combates foram realizados dentro da operação militar russa no país vizinho.

Assim, pode-se supor que os militares russos lançaram uma ofensiva na região de Sumy, inflamando novas linhas de frente no leste da Ucrânia. A operação provavelmente visa repelir as Forças Armadas da Ucrânia de suas posições nas áreas de fronteira de onde estão bombardeando o território russo.

Ao mesmo tempo, unidades de artilharia russas realizaram vários ataques às posições militares ucranianas na região de Sumy. As áreas de Zarutsky, Starikovo, Budivelny e Esmani foram atingidas.

Os militares ucranianos na cidade de Kharkov também são atingidos pelas forças russas. Um dos alvos em 17 de julho teria sido a fábrica de Khartron, onde os instrutores estrangeiros estariam estacionados.

Até agora, nenhum avanço de nenhum dos lados em guerra foi relatado nas regiões de Sumy e Kharkov. Mas os ataques ucranianos ao território russo não pararam.

À noite, explosões foram relatadas na periferia oeste da cidade russa de Kursk. Nenhuma vítima foi relatada e os danos causados ​​pelos ataques não foram revelados.

O governador pediu aos moradores que mantenham a calma explicando as explosões pelas operações em andamento na fronteira.

Nos últimos dias, as Forças Armadas da Ucrânia realizaram vários ataques de artilharia no território da Rússia. As aldeias fronteiriças de Zernovo e Tetkino nas regiões de Bryansk e Kursk foram bombardeadas. Não houve danos ou feridos significativos. Na região de Belgorod, alguns alvos não identificados foram interceptados por sistemas de defesa aérea.

As forças DPR e LPR, bem como civis na região de Donbass, também são bombardeadas pelas forças ucranianas, inclusive com as armas fornecidas pelos parceiros estrangeiros de Kiev.

O MLRS HIMARS fabricado nos EUA atingiu a cidade de Alchevsk no LPR. Um depósito de munição na cidade Stakhanov também foi danificado pela artilharia ucraniana. O fogo caótico continuou na cidade de Donetsk e seus arredores.

O regime de Kiev afirmou estar pronto para usar o HIMARS fabricado nos EUA para atacar a península da Crimeia. Apesar das promessas de Kiev de não bombardear os territórios russos com seus HIMARS, eles afirmam que a Crimeia é um alvo perfeito, pois não é reconhecido como território russo por Kiev ou por Washington. Moscou já alertou para uma resposta aterrorizante para a Ucrânia no caso de tal ataque.

Até agora, os militares russos destruíram três HIMARS ucranianos de 12 sistemas fornecidos pelo Ocidente.

O terceiro foi atingido por mísseis russos na região de Krasnoarmeysk em 17 de julho.

South Front

VER VÍDEO

EXÉRCITO DA UCRÂNIA NÃO ESTÁ A GANHAR, MAS SUA PROPAGANDA ESTÁ


#Traduzido em português do Brasil

Se você olhar para os fatos, a imagem é clara: a Rússia está libertando cidade após cidade e está ganhando cada vez mais terreno em sua operação militar especial no Donbass. Todo o resto é propaganda, feita pelo regime ucraniano e difundida por jornalistas ocidentais. Eles estão tentando esconder o fato de que o regime ucraniano está perdendo o conflito, porque isso pode prejudicar o apoio popular ao fornecimento de armas.

Todo mundo que acompanhou a mídia ocidental ao longo de 2022 (o que não é algo que eu recomendaria) deve ter notado um padrão agora. Repetidas vezes, as emissoras e jornais ocidentais estão se esforçando para explicar as perdas da Ucrânia no conflito como vitórias. E vai além disso: eles estão tentando convencer seu público de que a Ucrânia está realmente vencendo o conflito, apesar de todas as evidências em contrário, enganando assim seu público e enganando as pessoas comuns para apoiar o fornecimento de armas. O problema: está funcionando. As pessoas parecem ter parado de pensar por si mesmas.

Lysychansk é um exemplo perfeito. Semana após semana, a mídia noticiava equipamentos mal conservados e baixas em massa do lado russo, enquanto o exército ucraniano estava 'altamente motivado' e até 'superior'. E então, de repente, a mensagem de que 'Lysychansk caiu' (observe também o enquadramento de 'caído' em vez de 'libertado', que foi o que realmente aconteceu). Muitas vezes trazida sem qualquer contexto. Como se ninguém visse isso chegando. O mesmo aconteceu com Severodonetsk uma semana antes, que também viu um rápido avanço russo que foi ignorado pela mídia até que a cidade fosse libertada.

O que acontece então, é que eles inventam mentiras e desculpas para justificar o que aconteceu. 'Foi uma retirada tática!' 'Foi apenas uma batalha, a Ucrânia vai ganhar a guerra!' 'A Ucrânia está em desvantagem neste terreno!' 'Espere até que os efeitos das sanções realmente comecem!' 'O exército russo está tão desmoralizado que a Ucrânia vai retomar a cidade na próxima semana!' Esta é apenas uma seleção, é claro. Nunca você verá um momento de reflexão, porque eles não apenas cometeram um erro, mas deliberadamente enganaram o público.

Portugal | O VERDADEIRO ARTISTA

Paulo Baldaia* | Diário de Notícias | opinião

Tinha começado muito bem, feito um congresso à medida das necessidades e das possibilidades, forçando a nota onde o anterior líder tinha falhado com estrondo. E não, não é da unidade do PSD que estou a falar, porque unir um partido deixando de fora todos os principais apoiantes do líder dos últimos quatro anos não é unir, é expurgar o que se julga impuro. É uma ferida que ninguém quer ver, não deixa de ser uma ferida aberta que ainda não se sabe como vai cicatrizar. Joga, ainda assim, a favor de Luís Montenegro, a capacidade de procurar unir os cacos, com os diferentes convites a Jorge Moreira da Silva ou a chamada de rioístas para liderar uma bancada de rioístas.

Onde Rui Rio falhou com estrondo e Montenegro parecia querer fazer diferente foi na relação com o Chega. O agridoce desta relação que nunca foi nem carne, nem peixe, com a anterior liderança, chegando ao profundo disparate de admitir, nos últimos dias de campanha, uma geringonça com a extrema-direita, parecia ter passado a assunto muito bem resolvido pelo novo líder. Quem critica o PS por ter feito uma aliança com a extrema-esquerda que não quer a NATO nem o euro, mesmo depois de os socialistas terem deixado estas matérias fora do acordo, e promete que, com ele, coisa parecida nunca acontecerá, está a dizer ao Chega que nunca será poder.

O problema é que André Ventura acusou o toque e, no chumbo da sua moção de censura à maioria de Costa, logo um parlamentar do Chega se chegou à frente para perguntar ao PSD se achava que, nos Açores, "estão coligados com populistas, fascistas e extremistas?", ameaçando de seguida com a queda do governo regional. Bastou esperar 10 dias para perceber que o recado foi ouvido. Montenegro aceita a geringonça açoriana, onde o Chega põe e dispõe da agenda política, e até a elogia, adaptando a narrativa de modo a que as políticas populistas, fascistas e extremistas fiquem fora do léxico da governação, mas os políticos que defendem essas políticas populistas, fascistas e extremistas possam ficar dentro do arco do poder.

O que se aconselha ao novo líder do PSD é ir ouvir com muita atenção o que disse no Congresso do Porto. Na política, é sempre possível dizer uma coisa e fazer outra, a memória diz-nos até que é coisa que acontece com muita frequência. Mas, neste caso, uma réplica continental daquele sismo político açoriano, só com Montenegro a desdizer Montenegro. O verdadeiro artista destes novos tempos da política, com um Parlamento onde cabem oito partidos, mas mesmo assim é possível a maioria absoluta de um só partido, e onde a terceira força política é um partido racista e xenófobo, tem sido André Ventura. Não só porque é perito em captar as atenções mediáticas, mas também porque mantém refém o maior partido da oposição. É obra, já toda a gente percebeu como funciona o artista, mas ele continua a ser eficaz com a sua estratégia repetitiva.

Se o PSD quiser perceber onde está metido, sugiro que vá ver como os principais sites de informação trataram a visita de Luís Montenegro aos Açores. Acrescento que não vale a pena culpar os jornalistas por estarem sempre a falar do Chega. Para que isso não aconteça basta manter o que disse no congresso. Pode demorar um pouco, mas se convictamente quiserem o partido racista e xenófobo fora de qualquer solução governativa, o assunto deixa de ser assunto.

*Jornalista

PORTUGAL CONTINUA A ARDER CONTRA A CORAGEM DOS BOMBEIROS

De ontem ao fim da noite para hoje os bombeiros continuam incansavelmente a lutar contra as chamas. Dizem que os fogos abrandaram, que está mais húmido e mais fresco, o certo é que os bombeiros não param. São horas e horas consecutivas de cansaço numa luta quase inglória em que tantas vezes a morte espreita. Mas isso de que vale para governantes chafurdando na economia e nas finanças? 

Vale nada a não ser reconhecimento em palavras, quando o fazem – muitos deles fazem-no hipocritamente. Remuneração digna é que para os bombeiros não há e não é com palavras que os bombeiros nem os portugueses com remunerações indignas pagam as contas. 

Aos bombeiros e outros de profissões mais arriscadas tudo lhes sai do coirão, excepto a coragem. Depois vêm os políticos de trampa, os ministros e os presidentes, os ‘dótores’, os sábios e entendidos falar de barato, às vezes até com promessas falsas, da coragem daqueles homens e mulheres que labutam e lutam com o inimigo ardente que consome bens e vidas. E não mais porque eles, os bombeiros/as muito salvam. 

Aqueles, os do 'parlapié' de circunstância não conseguem esconder as suas cobardias e falsidades por se revelarem-lhes nos olhos e pescoços cobertos de colarinhos brancos sinalizando os crimes que têm o poder de cometer impunemente, falseando e não reconhecendo de facto com ações adequadas os esforços sobre-humanos dos soldados da paz… É sempre a mesma coisa. Os donos das fossas putrefactas da política, da economia e das finanças não mudam e são imensos os que danados e vítimas amaldiçoam-lhes as mães que os pariram. Ora, ora, afinal até haverá muitas delas que disso não são culpadas. É o costume, paga o justo pelo pecador, pelos bandidos que vimos passearem-se pelas televisões. Os da choldra.

LUSA E SANTA PEDOFILIA AVANÇA AO PÉ COXINHO - há criminosos 'abençoados'?

"A Igreja ocultou muitas situações. Todas as instituições o fazem"

O psiquiatra e membro da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Daniel Sampaio é o entrevistado desta terça-feira do Vozes ao Minuto.

A Comissão Independente criada para investigar abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa já recolheu 352 testemunhos de vítimas desde que foi criada, há seis meses. Destes testemunhos, 17 seguiram para o Ministério Público.

Numa altura em que esta Comissão luta para que o silêncio deixe de ser a cortina que esconde estes casos, o Notícias ao Minuto falou com o psiquiatra e membro da Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Daniel Sampaio sobre o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, o que falta fazer e as questões de saúde mental que estão associadas a estas vítimas. 

Abordamos, ainda, os abusos sexuais ocultos na Igreja e as consequências que os mesmos têm nas vítimas ao longo da sua vida. Daniel Sampaio debruçou-se, também, sobre o silêncio - muitas vezes por medo ou por vergonha -, que se torna trunfo dos agressores, e sobre necessidade de uma investigação aprofundada por parte do Ministério Público (MP) e Polícia Judiciária (PJ).

Refira-se que o último balanço da CI foi feito a 30 de junho.

»» A Igreja Católica foi a única instituição portuguesa que decidiu encarar o problema do abuso sexual contra crianças ««

Já foram recolhidos mais de 350 testemunhos de abusos sexuais no seio da Igreja, 17 dos quais seguiram para o MP, de acordo com o último balanço. Que avaliação faz do que tem sido descoberto através do trabalho da Comissão e porquê uma percentagem tão mais baixa de casos que seguem para o MP?

Em primeiro lugar, devemos lembrar que a Igreja Católica foi a única instituição portuguesa que decidiu encarar o problema do abuso sexual (AS) contra crianças. Muitos outros grupos que acolhem e lidam com crianças, incluindo as famílias, deveriam ter a mesma preocupação e atitude. Porque o AS é uma situação muito mais frequente do que se possa imaginar: o conjunto dos estudos de prevalência indica que o AS contra rapazes está entre 66 e 88/1000 e contra raparigas está entre 164 e 197/1000.

Este problema merece toda a atenção, por isso espero que o trabalho da Comissão Independente seja o ponto de partida para que este tema nunca seja esquecido.

O número reduzido de casos enviados para o MP é fácil de explicar: a maioria dos testemunhos não é muito recente e as situações têm mais tempo do que o prazo de prescrição previsto. Pessoalmente espero que o MP e a PJ estejam à altura das suas responsabilidades, porque há muito para investigar.

»» As vítimas não são levadas a sério e o abusador é protegido ««

A cultura do silêncio é, para si, uma forma destes abusos se perpetuarem?

A ocultação deste problema existe em todos os casos e também ocorreu na Igreja Católica. As vítimas não são levadas a sério e o abusador é protegido, ou porque se receia acusá-lo ou porque ele fez erguer uma atmosfera de silêncio, com constrangimento e coação sobre a vítima. Os nossos testemunhos demonstram que pode haver décadas de silêncio e ocultação.

Como é que se faz a destrinça entre os casos reais e aqueles que tentem “preencher o inquérito a brincar”, como referido por si numa entrevista em maio?

Temos mais de 350 testemunhos validados, mas 29 excluídos. A exclusão é fácil, porque o nosso inquérito online tem coerência interna nas perguntas, e quem o preenche de forma pouco séria depressa é detetado.

Por outro lado, as respostas validadas são de tal modo intensas que não deixam dúvidas sobre a sua veracidade.

»» A Igreja ocultou muitas situações. Mas como expliquei acima, todas as instituições, grupos e, sobretudo, famílias o fazem ««

A Igreja tenta calar, de alguma forma, as vítimas? Ou seja, há relatos de ameaças ou represálias para quem denunciar os abusos?

A Igreja ocultou muitas situações. Mas como expliquei acima, todas as instituições, grupos e, sobretudo, famílias o fazem. É muito difícil de aceitar que um adulto, muito conhecido da criança, a possa agredir sexualmente. Na Igreja Católica impressiona verificar como aquela criança abusada, em muitos casos, tinha laços de união espiritual com um membro da Igreja, que estava lá para a acolher, proteger e dirigir espiritualmente.

Não falamos de ameaças ou represálias, que podem ter havido. Limitamo-nos a descrever situações de constrangimento, dado o poder do abusador sobre a vítima.

As vítimas dos abusos sexuais acabam por ficar com questões de saúde mental e não existe, em Portugal, resposta a este nível, como já referiu anteriormente. Que resposta acha que deveria ser criada e em que moldes?

De notar que 60% das crianças abusadas vêm a revelar, ao longo da vida, sintomas graves de psicopatologia, nomeadamente perturbações de stress pós-traumático, perturbações de ansiedade e perturbações depressivas, num contexto de alterações mantidas da sua vida afetiva e sexual.

Sabemos que o acesso a consultas de Psiquiatria e de Psicologia no SNS não é fácil no nosso país. Por isso defendo, a nível pessoal, prioridade para este problema, com a criação de uma 'Via Verde' de acesso para todas as vítimas de AS, nas consultas externas de Psiquiatria de todo o país.

Quanto à Igreja Católica, a minha ideia - falo também pessoalmente - é de que deveriam  ser disponibilizadas consultas de Psicologia  para  as vítimas, em todas as dioceses.

Relembramos o número de telefone da CI, para testemunhos - 917110000 - e o endereço da página oficial para mais informações - darvozaosilencio.org.

Marta Ferreira | Notícias ao Minuto

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Arquidiocese afasta padre de Samora Correia por esconder alegados abusos

ESCUTA, ZÉ NINGUÉM! JÁ ESTAMOS A ASSAR... BEM FEITO!

Cristina Peres cozinhou o grande almoço da manhã. Senhora jornalista do setor internacional do jornal Expresso propriedade do tio Balsemão do secreto-misterioso Bildeberg dos insaciáveis ricaços vem em primeiro falar-nos do suicídio coletivo pronunciado pelo inútil António Guterres secretário-geral da ONU, coitado. Ele, Guterrres, tão boa pessoa, tão beato, tão robotizado p’ra nada ou só p’ra fazer de conta, mostrou a sua preocupação legítima sobre se estarem borrando para as alterações climáticas e o aquecimento que já nos assa neste planeta de uns quantos obtusos viciados em dólares, euros, prata, ouro, diamantes e o inimigo apontado chamado de petróleo, gasolina e etc dos seus derivados…

Tonecas 'tantan', querido companheiro desta trampa de planeta, os seres humanos são assim, não há nada a fazer. O que querem é enriquecer até mais não e são tão estúpidos que a ganância os vai riscar do planeta dos vivos e depois serão pó, cinzas e mais nada. Esses tipos nem se lembram que quem vai ficar nesta desgraça de planeta são os seus filhos e netos ao cubo  que também marcharão para a morte por não haver oxigénio para respirar, nem temperatura ambiente suportável para a humanidade. Eles, então podres de ricos com o que os avós gananciosos e estúpidos deixaram de herança, também serão vítimas… Vítimas da ganância dos poderosos, vigaristas, ladrões de quem descendem. Vão bater a bota tal como todos nós os pobretanas, escravos, explorados, oprimidos, vigarizados… por vós viciados da riqueza. E assim, grosso modo, faz-se justiça.

Deixa andar, caro Tonecas. Estes gajos do piorio querem nadar em riquezas deslumbrantes e suicidar-se afogados em riquezas. Estão-se nas tintas para assassinarem a humanidade e até os seus descendentes. Com a gula transformaram-se em criminosos de fatos, gravatas e tudo do bom e do melhor. Até se transformaram no veneno do planeta, das sociedades, dos países, dos povos. Depois dos dinossauros os humanos foram e são a maior merda que surgiu no planeta Terra e agora até querem descobrir outros planetas para onde possam ir dar cabo de tudo que consigam… O mais provável é que desses ricaços e criminosos planetários nem meia-dúzia escapem e serão os últimos a terem um morte horrível, algo que até merecem. Sim, eles estão tão cegos, surdos e alheados da realidade que nem percebem que estão a armar as suas próprias idas para o tal suicídio de que falas, querido Tonecas SG da ONU para fazer de conta e de enganoso bem. Pronto. Acaba-se com a raça humana. Outros aparecerão para substituir essa, esta, a nossa… merda de raça. E depois volta tudo ao mesmo, a ganância não acabará e a filha da putice também não. Basta olharmos para essa ONU e para os dos governos arrebanhados no planeta para percebermos isso. Outros virão para prosseguirem a fazer trampa. Sejam eles macacos e macacas, baratas ou formigas todos serão agarrados pela ganância e depois de uns milénios extinguir-se-ão. E Deus, esse que dizem que vai voltar não aparecerá. Dirão: raios-o-parta. Pois. Cá por mim faria o mesmo com uma raça tão danada, terrível, como a nossa. Mandava-os todos às urtigas. Não merecem o ar que respiram. Nem nada. São a escória do planeta. Até tu, Tonecas.

Ena. Esta espécie de prosa está demais. Se conseguiram ler até aqui recomendo que leiam ou releiam “Escuta, Zé Ninguém! - Wilhelm Reich – Fnac”.

Está ali (aqui) muito desta tal humanidade. Pois.

Bom dia e um queijo com um bom carrascão. Já agora: desculpem qualquer coisinha que pode parecer mais ofensiva. Essa não era nem é a intenção, é a constatação de verdades.

O Curto do Expresso a seguir. Leiam, porque ler permite aprender sempre, até pela negativa – ou aquilo que se considere negativo. Vá nessa.

MM | PG

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