domingo, 4 de dezembro de 2022

Cooperação russo-iraniana expande do Levante para a Ásia Central e o sul do Cáucaso

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

À medida que a Rússia e a Índia comercializam mais na Ásia Central e no Cáucaso Meridional por meio do Corredor de Transporte Norte-Sul, a coordenação russo-iraniana também se expandirá naturalmente nessas regiões.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Baqeri, disse a repórteres em Moscou no domingo que ele e seus colegas russos formularam mecanismos para expandir a coordenação em uma ampla gama de regiões. Segundo ele, “as relações entre Irã e Rússia não se limitam à questão da Síria. Teerã e Moscou estão engajados em uma cooperação muito boa na esfera do Cáucaso, já que o formato 3+3 é um modelo muito bom para criar segurança regional no Cáucaso.”

Também foi relatado que ele fez referência à cooperação russo-iraniana no Afeganistão durante a última reunião multilateral em Moscou sobre esta questão, que incluiu de forma importante uma trilateral entre seus países e a Índia. A tendência emergente é que essas duas grandes potências multipolares expandiram sua cooperação do Levante para a Ásia Central e o sul do Cáucaso, o que mostra o papel importante do Irã na transição sistêmica global .

As sanções que o Golden Billion do Ocidente liderado pelos EUA impôs à Rússia após o início de sua operação especial inadvertidamente acelerou a grande convergência estratégica entre aquele país-alvo e o Irã. Isso ocorreu devido à lógica simples de ambos serem vitimados pela política de pressão máxima do bloco da Nova Guerra Fria de fato , mas também foi impulsionado pelo papel crescente da Índia na grande estratégia russa depois que ela se tornou a válvula alternativa de Moscou à pressão ocidental.

Os leitores intrépidos podem aprender sobre isso nesta análise de hiperlink que enumera quase quatro dúzias de peças relacionadas ao longo do ano passado que vão muito além do escopo do presente artigo, mas o ponto principal é que o Irã serve como a ponte geoeconômica natural entre esses dois Grandes Potências, para não falar de energia promissora também. À luz do pedido relatado pela Rússia para que a Índia aumente suas exportações em cinco vezes , faz todo o sentido que a coordenação russo-iraniana também se expanda como resultado.

Este desenvolvimento adiciona um contexto estratégico aos seus laços, uma vez que o Corredor de Transporte Norte-Sul (NSTC), que facilitará o comércio russo-indiano, passa pelo Irã, permitindo que os três criem em conjunto um terceiro pólo de influência para romper o atual bi das Relações Internacionais. -impasse multipolar definido pelo duopólio de superpotências sino-americanas. À medida que a Rússia e a Índia comercializam mais na Ásia Central e no sul do Cáucaso por meio do NSTC, a coordenação russo-iraniana também se expandirá naturalmente nessas regiões.

Isso explica por que o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano acabou de visitar Moscou com a intenção de formular mecanismos para esse fim nessas duas partes da Eurásia entre eles, que se baseiam em sua coordenação anterior bem-sucedida no estado levantino da Síria, posicionado centralmente. Os observadores devem, portanto, esperar que o Irã desempenhe um papel maior na Ásia Central e no sul do Cáucaso no futuro próximo, à medida que a Rússia abrir as portas para acelerar os processos multipolares.

*Andrew Korybko -- Analista político americano especializado na transição sistêmica global para a multipolaridade.

Angola | LUANDA E A DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A divisão administrativa herdada do colonialismo é contra o desenvolvimento harmonioso porque favorece a desertificação humana nas províncias do interior. Agudiza e promove os problemas da interioridade. Privilegia as províncias do Litoral como se ainda vivêssemos no tempo do esclavagismo. Dá expressão prática ao velho ditado Angola é Luanda, capital Mutamba e o resto é paisagem. 

Logo nos primeiros dias da Independência Nacional defendi uma mudança drástica dessa estrutura velha e anquisolada. Quem sabia mais do que eu e pensava melhor, alertou-me para o perigo de mudanças drásticas numa fase em que UNITA e FNLA cavaram ainda mais fundo divisões tribais e regionais. 

Sim, Angola tinha então e tem ainda hoje graves problemas de tribalismo e regionalismo. Mas se isso é verdade para alterar a divisão administrativa herdada do colonialismo também é verdade quando se trata de criar o Poder Local e avançar para eleições autárquicas.

O Presidente João Lourenço anunciou, muito antes das eleições de Agosto, que mandou estudar alterações à divisão político-administrativa. O tema foi colocado à discussão pública. Foram recolhidos contributos importantes. O processo está no fim. Ontem o Conselho de Ministros aprovou a nova estrutura do Poder Local.

Mas enquanto decorriam os trabalhos para levar a cabo as mudanças com o maior consenso possível, a UNITA exigia eleições autárquicas. Contribuiu com confusão e populismo. Os dirigentes do Galo Negro olham para o Poder Local apenas pela possibilidade de arranjarem lugares para as suas clientelas eleitorais. Mais nada do que isso. Até porque os sicários da seita não têm a mínima noção do que é um país, quanto mais uma democracia.

Em Luanda está a decorrer o Fórum dos Municípios e Cidades de Angola. O Presidente da República confirmou que foi aprovada a nova divisão administrativa. Anunciou a descentralização e desconcentração como bases do reforço da autonomia financeira. Duas províncias, Moxico e Cuando Cubango, gigantescas, vão dar mais duas. Ficamos com 20. Acabam as comunas e distritos urbanos. A vida vai fazer-se em 581 municípios. 

Angola | Mais de 900 pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho

Mais de 900 pessoas portadoras de deficiência foram inseridas no mercado de trabalho até o último trimestre de 2021, segundo os dados do Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP) apresentados ontem, no Centro de Reabilitação de Viana, pelo director nacional para a inclusão da pessoa portadora de deficiência.

Micael Daniel revelou, durante o acto central do Dia Internacional da Pessoa portadora de Deficiência, assinalado ontem, que as 900 pessoas  foram inseridas em postos de trabalho de instituições públicas e privadas.

O processo de inclusão social a nível de todo território nacional, explicou, tem sido muito desafiador, porém já é visível algum avanço e garantiu que o governo está a trabalhar para reverter o quadro.  "Estamos a trabalhar para que, em breve, a situação seja revertida”.

Angola | A BANDEIRA ESTÁ A SUBIR – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

No dia 1 de Dezembro de 1976 a República Popular de Angola foi admitida na Organização das Nações Unidas (ONU). Decorria a 31ª sessão da Assembleia-Geral da, presidida por Hamilton Shirley Amerasinghe, do Sri Lanka. 

A admissão aconteceu após a recomendação do Conselho de Segurança, que aprovou a Resolução 397/76. Os EUA ameaçaram vetar mas depois condescenderam e graças à visão estratégica do Presidente João Lourenço, deram-nos a graça da sua abstenção.

A Assembleia-Geral aprovou a admissão de Angola na ONU, com 116 votos a favor, nenhum contra e a abstenção dos Estados Unidos da América (EUA), amigos do peito do Povo Angolano. 

Angola participou na Assembleia-Geral. A delegação angolana era chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, José Eduardo dos Santos. A cerimónia do içar da Bandeira Nacional teve a presença do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kurt Waldheim.

Não vi subir a Bandeira Nacional em Nova Iorque. Mas testemunhei o seu içar até voar ao vento, na aldeia de Samaria, às portas do Cuito Cuanavle e à vista das colinas do Triângulo do Tumpo, às quais chamei as paredes da Catedral da Liberdade. Os rios são os vitrais.

Até 2016, aquelas colinas eram o lugar da Terra com mais minas terrestres, anti carro e anti pessoal. Em 2014, o “50” e eu andámos por lá, procurando os tanques que as tropas sul-africanas abandonaram. 

Os sapadores desminaram uma vasta área que os invasores transformaram em cemitério. Alguns corpos ainda tinham os restos das fardas da UNITA e do exército da África do Sul. Será que algum dia terão um funeral digno como teve Jonas Savimbi? Duvido.

A artilharia dos invasores tinha as coordenadas do Cemitério do Cuito Cuanavale. Quando havia um funeral, os karkamanos disparavam os canhões. Para enterrar um soldado tombado em combate, morriam dezenas de militares e civis. Os comandantes decidiram enterrar os nossos mortos na berma da estrada que liga a Menongue. Algum dia terão um funeral digno como teve  o criminoso de guerra Jonas Savimbi? Duvido.

Para recordação, aqui vos deixo a foto do momento em que a Bandeira Nacional foi içada na sede da ONU em Nova Iorque.

*Jornalista

Ruptura do Mali com a França mostra rachaduras na Aliança Atlântica

Os soldados do Grupo Wagner  estão no Mali, mas Vijay Prashad investiga as razões pelas quais eles não são a causa do rompimento com a França.

Vijay Prashad*| Tricontinental: Instituto de Pesquisa Social | # Traduzido em português do Brasil

Em 21 de novembro, o primeiro-ministro interino do Mali, coronel Abdoulaye Maïga, divulgou uma  declaração  nas mídias sociais anunciando a decisão do governo de “proibir, com efeito imediato, todas as atividades realizadas por ONGs [francesas] que operam no Mali”.

Isso ocorreu alguns dias depois que o governo francês cortou a ajuda oficial ao desenvolvimento do Mali,  alegando  que o governo do Mali é “aliado aos mercenários russos de Wagner”, referindo-se à empresa militar privada russa Wagner Group.

Maïga  chamou  as reivindicações francesas de “alegações fantasiosas” e um “subterfúgio destinado a enganar e manipular a opinião pública nacional e internacional com o objetivo de desestabilizar e isolar o Mali”.

Esta é a expressão mais recente de um novo  estado de espírito  que tomou conta das áreas do norte da África onde a França já exerceu o domínio colonial.

Os debates nesses países — da Argélia a Burkina Faso — colocaram em questão a atual intervenção militar da França na região (um ciclo que começou com a Côte d'Ivoire em 2002), bem como seu contínuo domínio econômico de 14 países nas regiões Ocidental e Central África através de um conjunto de mecanismos monetários (incluindo a utilização do franco CFA como moeda, que esteve sob o controlo do Tesouro francês até dezembro de 2019).

Nos últimos anos, Burkina Faso e Mali — ambos governados por militares —  expulsaram  tropas francesas de seus territórios, enquanto os oito países da  União Econômica e Monetária da África Ocidental  (UEMOA) e os seis países da  Comunidade Econômica e Monetária da África Central  (CEMAC) fizeram esforços para libertar lentamente suas economias do controle francês.

Por exemplo, em 2019, a UEMOA chegou a um  acordo  com a França para acabar com a exigência que obrigava os países da África Ocidental a manter metade de suas reservas cambiais no tesouro francês e remover o representante francês do conselho da união econômica como parte de planos mais amplos para substituir o franco CFA por uma nova moeda regional chamada eco.

A NOVA GUERRA MUNDIAL DO OCIDENTE

Manlio Dinucci*

Intensifica-se o bombardeamento mediático com armas de distracção em massa. Há poucos dias a Polónia anunciou ter sido atingida por dois mísseis russos, a grande média (mídia-br) difundiu a notícia, o alarme disparou, Moscovo (Moscou-br) afirmou que era uma falsa notícia, mas ninguém a ouviu. Finalmente, a OTAN admite que o incidente foi causado por um míssil ucraniano, mas o arranjo já estava feito.

Outra arma de distracção em massa foi a notícia dada pelo diário britânico Mirror : o filósofo russo Alexander Dugin pediu que o Presidente Putin fosse derrubado e morto. Os grandes média difundiram a notícia à escala mundial, depois chega o desmentido de Dugin, mas foi essencialmente ignorado.

O nosso “mainstream” destaca-se na guerra mediática que, ao mesmo tempo que difunde estas e outras colossais “fake news”(notícias falsas-ndT), esconde notícias importantes vindas de fontes oficiais, tais como : a quantidade de armas e munições que a OTAN e a UE fornecem à Ucrânia é tal que torna necessária a reconstituição dos stocks (estoques-br) a um custo enorme com dinheiro público.

A mesma técnica é utilizada em reportagens de eventos internacionais, como a reunião no G20 entre o Presidente Biden e o Presidente chinês Xi. Limitam-se a reportar as palavras de Biden de que o encontro com Xi foi « aberto e sincero », mas escondem o facto que, na Estratégia de Defesa Nacional de 2022, os Estados Unidos se declaram « prontos a prevalecer num conflito, dando a prioridade ao desafio da China na região do Indo-Pacífico, depois ao desafio da Rússia na Europa ».

Grandes empresas receberam 100 mil milhões em licenças gratuitas para emitir carbono

O mercado europeu de carbono devia encarecer as emissões mas em 2019 quase metade das licenças foram atribuídas gratuitamente. Entre 2008 e 2019, a indústria intensiva em energia terá obtido mais de 50 mil milhões de euros de lucros extraordinários através destas licenças.

O mercado do carbono europeu foi criado com um objetivo principal: fixar um preço para a emissão de dióxido de carbono, que deveria subir ao longo do tempo, encarecendo as emissões e desincentivando a poluição. A Comissão Europeia descreve (link is external) este mecanismo como “um elemento central da política europeia de combate às alterações climáticas”. A lógica subjacente era a do “utilizador-pagador”, o que na prática significa que as empresas que poluem deviam pagar pelo facto de o fazerem.

No entanto, desde a criação do mercado, os preços das emissões desceram consideravelmente e permaneceram muito baixos durante vários anos, antes da pandemia. E a verdade é que nem o princípio do utilizador-pagador se verificou. Isto porque, entre 2013 e 2021, as empresas receberam licenças gratuitas no valor de quase 100 mil milhões de euros, com a justificação de que de evitar que deslocalizassem a sua produção para outros territórios.

Os dados são de um estudo da World Wildlife Fund e foram noticiados (link is external) esta semana pelo The Guardian. Neste período, a União Europeia atribuiu gratuitamente licenças de emissão de carbono para grandes empresas em indústrias intensivas em energia, como o aço, o cimento, os químicos e a aviação.

Em 2019, quase metade (link is external) das licenças de emissão de carbono em circulação no mercado tinham sido atribuídas gratuitamente. Além de serem contrárias ao suposto objetivo do mercado, as emissões gratuitas são bastante lucrativas para as empresas que as recebem. Um estudo (link is external) publicado no ano passado dava conta de que, entre 2008 e 2019, a indústria intensiva em energia terá obtido mais de 50 mil milhões de euros de lucros extraordinários através destas licenças. Nesse período, em Portugal, os lucros extraordinários foram de quase 1000 milhões de euros e os principais beneficiários foram a Cimpor (315 milhões de euros), a Petrogal (236 milhões de euros) e a Secil (102 milhões de euros).

Esquerda.net

NOTAS ACERCA DE JOSÉ SARAMAGO

Júlio F. R. Costa | AbrilAbril | opinião

Tal como Saramago, há quem não se conforme com o «lado para o qual o mundo gira», e lute todos os dias contra esse despotismo.

Não sou a melhor pessoa para falar da vida e obra de José Saramago. Simplesmente porque não é de todo o tema sobre o qual me debruço habitualmente. Contudo, visto que, de forma muito mais pobre, participo em alguns dos ofícios que nos trazem aqui hoje1, nomeadamente o cinema e a escrita, aceitei o convite para vir debitar umas palavras que, com algum esforço, se podem enquadrar.

Vivemos tempos que passam por várias etapas de lavagem: desde o capitalismo ser lavado para verde, ao enxaguamento do sistema com perfumadas águas elogiosas, até à forçosa centrifugação que separa os crimes do imperialismo. Já se ouviu por aí dizer até que o statu quo actual é o socialismo, grande raiz de todos os males.

Dizendo respeito a José Saramago, prestigiado autor que dispensa apresentações, também o tentam empurrar pela máquina-de-lavar adentro, lavando a obra para lhe retirar o homem, e separando o homem do comunista que era. Pois bem, ao arrepio de todas essas tentativas, suspeito porque é um solo que também me é comum, afirmo a impossibilidade de desligar todos esses elementos. Se é evidente que um livro para ser escrito necessita de mãos que o façam, óbvio também é que sem um cérebro os dedos não mexem. E, se a massa cinzenta foi tingida de vermelho pelo próprio, quem são os outros para lhe tirarem a foice e o martelo das mãos com as quais escreveu?

José Saramago afirmou, numa entrevista, que observava um mundo terrível, um mundo que podia ser muito melhor, mas onde reina a tirania, a exploração do homem pelo homem, e que foi no Comunismo que encontrou a forma de participar na luta contra esse estado de coisas – ainda hoje evidente apesar de todas as tentativas de encobrimento. A sua maior participação na luta traduziu-se em várias línguas e ganhou um Prémio Nobel. Galardão que se entalou no âmago de anti-comunistas da sociedade em geral e autodeclarados concorrentes do mundo literário.

Portugal | IRMÃOS DE ARMAS... OU CIGANADAS?

Henrique Monteiro | Henricartoon

 *Título com 'acrescento' de PG

Na Europa | A EXTREMA-DIREITA FECHA O CERCO E MOSTRA AS SUAS GARRAS

A extrema direita afia as suas garras não apenas no Brasil. Articula-se em frentes, elabora planos internacionais e confia no que acredita ser inevitável: a conquista do poder em todos os países. É o vislumbre de um mundo sombrio, distópico e miserável.

Celso Japiassu* | Fórum 21 | # Publicado em português do Brasil

Palco privilegiado dos grandes acontecimentos que traçaram os destinos da Humanidade, a Europa viu e sofreu guerras infindáveis, ódio entre seus povos, doença, miséria e todas as danações de que a nossa espécie é capaz. Foi também o espaço humano onde floresceu a arte e as melhores criações do espírito humano. Na crença de ser possível o entendimento entre nações nascidas e criadas em conflito, este castigado continente inaugurou com a União Europeia uma experiência política em busca de finalmente garantir paz e cooperação em seu território.

Mas as contradições humanas, como sempre, estão ativas e continuam a conspirar contra uma convivência harmônica e produtiva. A guerra da Ucrânia é fruto das concepções geopolíticas de dois governos de direita açulados pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O projeto da União Europeia, por muitos definido como grande avanço no processo civilizatório, é por outros acusado de não passar de um projeto geopolítico de dominação do continente por um consórcio formado pela  Alemanha em sociedade com a França.

A maior ameaça à existência da Europa unida está presente no seu próprio interior e toma corpo nas teses e na ação da extrema direita, que tem cada vez mais fortalecido a sua presença no Parlamento Europeu, feito crescer seus partidos e conquistado o poder em alguns países enquanto se prepara para vencer as eleições em outros. O exacerbado nacionalismo da direita é eurocético. O assalto ao poder, que antes se dava através de revoluções, hoje ocorre em golpes dentro de um rito de aparência democrática. Os meios oferecidos pela tecnologia são capazes de conquistar os corações e mentes da classe média. A classe operária, desmanteladas as suas associações e sindicatos, deixou de fazer revoluções.

Angola | O DEZEMBRO QUE MUDOU ÁFRICA E O MUNDO -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Dezembro de 1987 foi crucial para mudar o panorama político em África. As tropas sul-africanas tinham recebido um ultimato da ONU para abandonarem Angola até ao dia 10 desse mês. O cerco diplomático ao regime racista estava cada vez mais apertado. Para silenciar as vozes críticas da comunidade internacional, Pretória negava a sua presença no Cuando Cubango e no Cunene. O governo sul-africano dizia que os combates no terreno eram com as forças de guerrilha da UNITA. A realidade era muito diferente. Com a “Operação Moduler”, as forças invasoras queriam aniquilar a 16ª, 19ª e 21ª Brigadas da FAPLA. Mas falharam rotundamente.

O alto comando das forças sul-africanas manifestava por todos os meios a sua desilusão. No livro “Guerra em Angola”, de Helmoed-Roemer Heitman, página 169, o autor escreve: “A Operação Moduler não foi suficiente para abalar as FAPLA e os militares angolanos ficaram espalhados pelo terreno, bem entrincheirados, pelo que não podiam ser derrotados apenas com artilharia”. E mais à frente, na mesma página, o autor revela que “os militares do alto comando sul-africano queriam vingar-se dos fracassos mais recentes”. 

As derrotas de Novembro de 1987 (há 35 anos) deixaram os invasores em estado de choque. Pensavam que iam fazer um passeio ao Sul e Sudeste de Angola e provaram o sabor amargo da derrota.

Os generais sul-africanos sabiam que as suas tropas tinham que abandonar Angola até ao dia 10 de Dezembro. Essa era uma imposição da ONU. Mas para vingar as derrotas de Novembro, decidiram ficar mais uns dias, até derrotarem as FAPLA e ocuparem o Cuito Cuanavale. 

Savimbi queria, a todo o custo, mostrar à imprensa internacional que estava a ganhar terreno dentro de Angola, beneficiando de um truque dos serviços secretos sul-africanos. As tropas de Pretória avançavam, tomavam as posições e quando elas estavam seguras, vinham tropas de Savimbi erguendo as armas em tom de vitória. Os operadores de imagem registavam as grandes “vitórias” para a posteridade. 

O coronel Ian Breitenbach, fundador das forças armadas da UNITA, conta como tudo se passava, no seu livro sobre os soldados do Batalhão Búfalo (The Buffalo Soldiers), obra com grande sucesso na África do Sul pois tem várias edições, sendo a última de 2002, ano da morte do criminoso de guerra Jonas Savimbi. Alguns episódios são caricatos. 

O alto comando sul-africano decidiu ficar em Angola para lá do dia 10 de Dezembro, arcando com as repercussões diplomáticas. Mas foi pior. Também teve que assumir novas e mais humilhantes derrotas. O mês de Dezembro de 1987 foi o início da libertação da Namíbia, da África do Sul e de Mandela. As FAPLA têm esse imenso crédito. Os angolanos que se bateram no Triângulo do Tumpo são autênticos Heróis de África. 

Savimbi pressionava os generais do alto comando sul-africano para que lhe entregassem o troféu do Cuito Cuanavale. Ele tinha na Jamba dezenas de jornalistas à espera de avançarem para a vila, que tinha sido base aérea portuguesa durante a guerra colonial. Os políticos portugueses esperavam ansiosamente as imagens da soldadesca da UNITA de armas no ar, dentro da vila. Era o pretexto que lhes faltava para ignorarem Luanda e promoverem a Angola da Jamba. A encenação nunca foi possível e o mês de Dezembro terminou com mais derrotas para as forças sul-africanas.

SINTONIA ESTRATÉGICA DOS POVOS DE CUBA E DA RÚSSIA, COM HONRAS A FIDEL

Si la Unión Soviética no existiera, los imperialistas no habrían vacilado en atacar militarmente a nuestro país.  Ha sido el poderío de la Unión Soviética y, de todo el campo socialista, lo que ha frenado la agresión imperialista contra nuestra patria.  Es lógico que nosotros sintamos una profunda y eterna gratitud hacia el pueblo soviético (APLAUSOS). 

Esto nos enseña dos cosas: que cualquier pueblo, por pequeño que sea, por distante que se encuentre, puede llevar a cabo su lucha por una vida mejor, sin que los imperialistas puedan impunemente destruirlos.  Pero al mismo tiempo enseña el mérito inmenso del pueblo soviético, de los obreros soviéticos, de su genial dirigente, Lenin (APLAUSOS), y del partido que él organizara. 

Nosotros sabemos que los soviéticos están conscientes de lo que han hecho en bien de la humanidad; nosotros sabemos que el haber preservado su revolución no fue tarea fácil; nosotros sabemos cuántos sacrificios han hecho, cuántas agresiones han sufrido; nosotros conocemos la historia de esta revolución; sabemos de la conjura internacional de los reaccionarios; sabemos de las intervenciones contra este país, sabemos de los inmensos sacrificios que costó a la URSS el ataque fascista; nosotros sabemos la sangre vertida, los sacrificios realizados. 

Ayer, cuando visitábamos Murmansk, veíamos una ciudad enteramente nueva, miles de nuevos edificios.  Pero vimos también unas fotos que nos enseñaban cómo quedó Murmansk después de la guerra:  sin una sola casa en pie. 

Nosotros sabemos cómo más de una vez han tenido que reconstruir los soviéticos su país.  Pero hemos podido apreciar cuán consciente está de eso el pueblo soviético.

DISCURSO PRONUNCIADO POR EL COMANDANTE FIDEL CASTRO RUZ, PRIMER SECRETARIO DEL PARTIDO UNIDO DE LA REVOLUCION SOCIALISTA Y PRIMER MINISTRO DEL GOBIERNO REVOLUCIONARIO, EN LA PLAZA ROJA DE MOSCU, EN EL GRAN ACTO DE BIENVENIDA QUE SE LE BRINDA A SU LLEGADA A MOSCU, EL 28 DE ABRIL DE 1963 – http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1963/esp/f280463e.html 

A MUDANÇA DE PARADIGMA NO SENTIDO DA MULTILATERALIDADE, OBRIGA A HONRAR O PASSADO E A HISTÓRIA COMUM DOS QUE ASSUMIRAM A RESISTÊNCIA CONTRA O IMPERIALISMO ANGLO-SAXÓNICO

MEMÓRIA NO 6º ANIVERSÁRIO DO DESAPARECIMENTO FÍSICO DO COMANDANTE FIDEL

Martinho Júnior, Luanda 

Toda a multilateralidade tem sido iluminada pelo pequeno mas potente farol socialista da revolução cubana, mantido digno, solidário, rebelde e Não-Alinhado, face a ondas e ondas, quais potentes furacões, que avassaladoramente contra ele têm sido levantados desde seu bárbaro vizinho do norte, expansionista e imperialista ao ponto de chegar à perversidade da IIIª Guerra Mundial inerente à barbárie da hegemonia unipolar construída no seguimento das bombas que explodiram em Hiroshima e Nagasaki, imediatamente antes do fim da IIª Guerra Mundial!

Num momento em que a exaustão do planeta se tornou bem sensível, Cuba é o futuro socialista que poderá um dia levar a humanidade ao respeito que a Mãe Terra merece, à segurança vital que merece a humanidade, sob pena de, se assim não for, se tornar impossível a sobrevivência da própria espécie humana.

Para os que recordam a intervenção do Comandante Fidel na Conferência sobre o ambiente e o clima no Rio de Janeiro há 30 anos (1992), há a memória do quanto Cuba se tornou numa vanguarda na busca do respeito para com a Mãe Terra enquanto exemplo de segurança vital para toda a humanidade, afinal desde os primeiros dias de sua Revolução vitoriosa, quando os seus dirigentes fizeram o contacto directo com a Zienaga de Zapata, onde a sobrevivência humana tinha tantas dificuldades que enfrentar.

O exemplo da resistência vanguardista de Cuba ilumina por isso todo o Sul Global de forma muito substantiva e coerente… por isso, apesar dum bloqueio de mais de 60 anos, apesar da letargia a que o covid obrigou, apesar das tempestades que cada vez se tornaram mais potentes ao assolar a ilha e apesar de infortúnio dos incidentes que ocorreram nos últimos anos, ela sustenta-se na dignidade do seu povo, na cultura humanística que foi sendo criada passo a passo alimentando sucessivas gerações, na fortaleza ética e moral de sua razão de ser revolucionária, que ainda agora levou a cabo eleições em todos os municípios do país por que é o seu povo que procura sempre valorizar.

Revitalizar as suas conexões e relacionamentos com outros povos, nações e estados é importante para Cuba, mas é ainda mais importante para quem com Cuba se relaciona, como se houvesse uma transfusão invisível mista de dignidade, de clarividência, de humildade e de coerência, da ilha rebelde para todos os demais!

Depois da Argélia, o Presidente de Cuba e Secretário do Comité Central do Partido Comunista Cubano companheiro Diaz-Canel dirigiu-se à Federação Russa, onde foi recebido num quadro de irmandade histórica e de solidariedade própria dos momentos tão decisivos que toda a humanidade atravessa, com os furacões mais acutilantes acicatados contra Cuba e agora também contra a própria Rússia...

A PRESIDÊNCIA DO G20 DA ÍNDIA DEFENDERÁ OS INTERESSES DO SUL GLOBAL

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

A Índia agora tem uma chance confiável de competir com a China em todo o Sul Global. Seu modelo sociopolítico provou ser muito mais hábil em responder à série de crises sistêmicas ao longo da última meia década, desde a guerra comercial até o COVID e a Ucrânia, devido à sua flexibilidade inata. Isso, por sua vez, permitiu que o país em desenvolvimento mais populoso do mundo prosperasse em meio ao caos, em vez de ser confundido por ele como a China.

O primeiro-ministro indiano Modi publicou um artigo na semana passada detalhando as prioridades de seu país ao assumir a presidência do G20. O tema oficial será “Uma Terra, Uma Família, Um Futuro”, que incorpora o antigo conceito de “Vasudhaiva Kutumbakam”. Na prática, esta Grande Potência globalmente significativa defenderá os interesses do Sul Global visto que é o país em desenvolvimento mais populoso do mundo e, portanto, enfrenta os mesmos desafios que a grande maioria da humanidade.

Isso também não é uma ilusão, já que o primeiro-ministro Modi já atuou como a voz do Sul Global durante sua participação na Cúpula do G20 no mês passado em Bali. Além disso, seu artigo publicado recentemente declarou explicitamente que “nossas prioridades do G20 serão definidas em consulta não apenas com nossos parceiros do G20, mas também com nossos companheiros de viagem no Sul Global, cuja voz muitas vezes não é ouvida”. Isso é sensato, pois os interesses da Índia são atendidos ao fazê-lo, aumentando assim as esperanças de realizações tangíveis.

O primeiro-ministro explicou que “buscaremos despolitizar o fornecimento global de alimentos, fertilizantes e produtos médicos, para que as tensões geopolíticas não levem a crises humanitárias”, o que é extremamente urgente nos dias de hoje, depois que o Golden Billion do Ocidente liderado pelos EUA impôs sanções à Rússia após o início de sua operação especial e, assim, impediu sua exportação de fertilizantes, alimentos e combustível para o Sul Global. Dito isso, seria errado interpretar essa intenção como antiocidental de alguma forma.

Afinal, o primeiro-ministro Modi também reiterou seu famoso ditado da reunião de setembro com o presidente Putin à margem da Cúpula da SCO em Samarkand ao escrever que “Hoje, não precisamos lutar por nossa sobrevivência - nossa era não precisa ser de guerra . De fato, não deve ser um! Essa abordagem pragmática resume a política de princípios de neutralidade que é responsável por acelerar a ascensão da Índia como uma grande potência globalmente significativa nos últimos nove meses.

O RASTO DO PENTÁGONO NOS LABORATÓRIOS UCRANIANOS DE ANTRAZ

Internationalist 360º | # Traduzido em português do Brasil

A ONG Judicial Watch obteve acesso a documentos revelando o financiamento dos EUA para laboratórios de antraz na Ucrânia

Antes do início da operação militar especial da Rússia para proteger a região de Dombas, não estava totalmente claro o quão perigosas eram as atividades dos laboratórios dos EUA na Ucrânia.

Agora surgiram evidências irrefutáveis ​​de que suas atividades são de natureza militar e violam radicalmente as obrigações dos Estados Unidos e dos países cooperantes sob a Convenção de Armas Biológicas e Tóxicas (BTWC).

Um novo escândalo estourou sobre esse assunto. Em 10 de novembro, o Judicial Watch informou que havia recebido um conjunto de registros de 345 páginas de propriedade da Defense Threat Reduction Agency (DTRA), um componente do Departamento de Defesa dos EUA.

A ONG conseguiu acessar as informações graças à Lei de Liberdade de Informação (FOIA).

Os documentos trazem dados da Black&Veatch, empreiteira norte-americana ligada a esses projetos, envolvendo financiamento para trabalhos com laboratórios de biossegurança na Ucrânia.

Deve-se notar que dezenas de páginas fornecidas pelo Pentágono foram redigidas, em conformidade com a lei dos EUA.

No entanto, a informação serviu para confirmar que os Estados Unidos implementaram um sistema de controle de patógenos na Ucrânia e financiaram laboratórios de antraz, tudo com recursos de mais de 11 milhões de dólares.

Mercenários estrangeiros na Ucrânia falam de negócios sujos no regime de Kiev - vídeos

MERCENÁRIOS ESTRANGEIROS: A GUERRA DO REGIME DE KIEV ESTÁ CHEIA DE CORRUPÇÃO, ENGANO E NEGÓCIOS SUJOS

Com o início da  guerra na Ucrânia, o presidente Zelensky lançou uma campanha em grande escala para atrair voluntários militares estrangeiros para fortalecer as capacidades das Forças Armadas ucranianas. Cidadãos da Lituânia, Letônia, Estônia, Polônia e Israel estavam entre os primeiros a chegar. Mais tarde, formaram-se esquadrões inteiros de soldados estrangeiros da fortuna, equipados com as mais avançadas armas ocidentais. No entanto, logo ficou claro que esta guerra não é 'uma caminhada nos campos ucranianos', mas uma batalha feroz sob a condição do domínio aéreo da Rússia.

# Traduzido em português do Brasil

Os locais de implantação de combatentes da Legião Internacional Ucraniana são regularmente atingidos pelos militares russos. No entanto, descobriu-se que os ataques russos não são o único desafio para os mercenários estrangeiros na Ucrânia. Ao voltar para casa, aqueles que sobreviveram contaram sobre muitos outros problemas que enfrentaram no país devastado pela guerra.

Um desses problemas revelados por veteranos estrangeiros da guerra ucraniana é que o comando militar ucraniano frequentemente tenta usar mercenários estrangeiros como bucha de canhão, enviando-os em missões suicidas nas áreas mais perigosas da linha de frente.

De acordo com um veterano das forças de operações especiais da Austrália, se os oficiais ucranianos tivessem ressentimento pessoal com os estrangeiros, eles poderiam enviar soldados para um campo minado sem avisar sobre o perigo que os ameaçava.

Outro grande problema enfrentado pelos estrangeiros é a natureza corrupta dos militares ucranianos. Existem muitas evidências de fundos mercenários caindo nas mãos dos militares ucranianos e oficiais da SBU.

Troy Offenbecker, um veterano dos EUA, afirmou que os membros da Legião Internacional não foram pagos porque o dinheiro foi parar nos bolsos dos comandantes ucranianos.

De acordo com veteranos estrangeiros, eles testemunharam negócios sujos quando armas antitanque entregues pelo Ocidente foram recarregadas secretamente e desapareceram para um destino desconhecido. Outro membro da Legião Internacional Ucraniana confirmou que as armas antiaéreas e antitanque da OTAN desaparecem constantemente, mas o regime de Kiev nada faz contra sua entrada no mercado negro.

Ele diz: “Parece que eles (oficiais ucranianos) roubam em todos os níveis”.

Correio explosivo | ATAQUES EM ESPANHA: OUTRA FALSA BANDEIRA ANTI-RUSSA?

Ataques recentes na Espanha usando pacotes com explosivos deixam muitas perguntas sem resposta.

Lucas Leiroz | South Front | # Traduzido em português do Brasil

Na Espanha, estão ocorrendo ataques com explosivos colocados em pacotes dos correios. Em 1º de dezembro, o Ministério da Defesa espanhol relatou um incidente desse tipo em suas instalações. O primeiro-ministro da Espanha também recebeu um pacote contendo uma bomba, assim como uma base aérea e alguns outros locais. Anteriormente, a mesma situação já havia ocorrido na Embaixada da Ucrânia em Madri. Na internet, internautas pró-Kiev acusam infundadamente a Rússia de estar por trás dos atos. No entanto, parece mais provável que os casos sejam apenas mais uma operação de bandeira falsa contra Moscou.

O gabinete do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, a sede do Ministério da Defesa do país e a base aérea de Torrejón de Ardoz, em Madri, receberam por correio pacotes com bombas no primeiro dia de dezembro. Todas as bombas foram detectadas antes de serem abertas e não houve feridos ou danos, segundo porta-vozes do governo espanhol. Mas a polícia nacional espanhola ativou o protocolo antiterrorista em todo o país devido aos ataques. Este alerta autoriza a polícia e os esquadrões antibombas a realizarem operações especiais de bloqueio de estradas e aeroportos, a fim de revistar explosivos e prender pessoas suspeitas.

Outro local de importância estratégica que foi alvo de um envelope explosivo em 1º de dezembro foi a sede de uma empresa de armas em Zaragoza, no oeste do país. Instalaza é uma empresa militar espanhola envolvida na fabricação de equipamentos para as forças armadas espanholas e países aliados da OTAN. A empresa está, portanto, atualmente envolvida no processo de envio de armas para a Ucrânia.

Curiosamente, os incidentes ocorreram um dia depois que outra caixa também contendo explosivos foi enviada para a Embaixada da Ucrânia em Madri. Um funcionário da Embaixada se feriu ao abrir a embalagem e agora está internado – segundo o embaixador da Ucrânia em Madri, Serhii Pohoreltsev, ele teve os dedos queimados pela explosão, mas está se recuperando bem e não corre risco.

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