sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

ÁSIA, O SUPERCONTINENTE DA MUDANÇA DE PARADIGMA

Yo del inglés conozco poca cosa Pues solamente hablo en español Pero entiendo a los pueblos cuando dicen ¡Yankee go home! 

El inglés que yo tengo es muy escaso Es un inglés de mister y hello Pero entiendo a los pueblos cuando exigen ¡Yankee go home! 

Lo dicen en Manila y en Corea En Panamá, en Turquía y en Japón El clamor es el mismo en todas partes ¡Yankee go home! 

Con este inglés me basta, aunque precario Para gritar con fuerza y con razón Y con criterio revolucionario ¡Yankee go home! 

Me basta con mi voz nacionalista Para exigir con firme decisión Y con razones antimperialistas ¡Yankee go home!

Carlos Puebla – https://www.youtube.com/watch?v=2zigNZxbxSw 

ESTE É O MOMENTO DE REVERMOS TODOS OS CONCEITOS, NO SENTIDO DA LIBERTAÇÃO DA HUMANIDADE

Martinho Júnior, Luanda

Em pleno século XXI, a mudança de paradigma obriga-nos à reflexão em grandes amplitudes no espaço e no tempo e o simples facto de considerar a Europa como um continente não tem mais justificação senão a tão bárbara quão arreigada ideologia do “eurocentrismo”, um resíduo do passado feudal cultivado pelo “hegemon” no presente, que deixa de ter razão de existir, desde logo como designação geográfica: o todo chama-se Ásia, (do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente), definitivamente Ásia.

Ásia, a norte banhada pelo Oceano (ainda) Glaciar Ártico, a leste pelo Oceano Pacífico, a sul pelo Oceano Índico e a oeste pelo Atlântico, todos eles com seus mares, reentrâncias e desembocaduras de rios soberbos, em alguns casos onde se situam as aglomerações humanas mais extensas e densamente povoadas do mundo!

É nos continentes onde se encontra a esmagadora maioria da população mundial, que se concentra particularmente nas suas costas amenas e a Ásia é de longe o mais povoado de todos e também o maior deles.

Isso não despreza as ilhas, mas leva-as em consideração como antropológica e historicamente gravitacionais dos continentes e afins ao grosso das actividades produtivas, dos expedientes de economia, comércio e finanças e das rotas de comunicação.

Um das razões destas considerações é a intercomunicabilidade cultural, no mais amplo sentido antropológico do termo e, com isso, o conhecimento e a sabedoria que acima de tudo emana a Rota da Seda, a “velha” e a “nova”, que “trespassaram” e “trespassam” a Ásia de-lés-a-lés!

Porque o chefe da CIA inesperadamente contou a verdade sobre laços russo-chineses?

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

A avaliação surpreendentemente precisa de William Burns dos laços russo-chineses coincide com a próxima viagem do secretário de Estado Antony Blinken a Pequim, que visa promover a incipiente Nova Détente sino-americana. O chefe da CIA está, portanto, moderando as expectativas sobre até onde irão suas discussões sobre compromissos mútuos de longo alcance, para que ninguém tenha a falsa expectativa de que a China se livrará da Rússia como um quid pro quo para comparativamente “normalizar” os laços com os EUA.

Um desenvolvimento narrativo inesperado

Os EUA estão simultaneamente travando campanhas de guerra de informação contra a Rússia e a China, incluindo aquelas que visam manipular as percepções sobre sua parceria, sugerindo falsamente uma divisão iminente entre eles, e é por isso que a última avaliação do diretor da CIA, William Burns, foi tão surpreendente. Apesar de todas as mentiras que ele e sua instituição espalharam no passado, ele merece crédito por finalmente esclarecer as relações entre os dois.

A verdade sobre os laços russo-chineses

Segundo a Reuters, ele disse aos participantes de um evento da Universidade de Georgetown na quinta-feira que "acho que é um erro subestimar o compromisso mútuo com essa parceria, mas não é uma amizade totalmente sem limites". Em uma única frase, ele destruiu a falsa narrativa sobre uma suposta divisão sino-russa iminente, bem como a igualmente falsa alegando que esses dois supostamente formaram uma "aliança" contra o Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos EUA na Nova Guerra Fria.

Uma visão detalhada de seus relacionamentos pode ser obtida revisando as sete análises a seguir:

* 12 de agosto: “As especulações sobre a Rússia se tornar uma marionete chinesa ignoram o papel de equilíbrio decisivo da Índia”

* 27 de setembro: “As autoridades americanas estão certas sobre a China cumprir tacitamente as sanções anti-russas?”

* 1 de outubro: "O conflito ucraniano pode já ter prejudicado a trajetória de superpotência da China"

* 2 de janeiro: “Desmistificando a mais recente teoria da conspiração sobre a cooperação sino-russa na guerra de informação”

* 11 de janeiro: “Expondo a agenda narrativa da mídia ocidental ao desvendar a nova détente sino-americana”

* 1 de fevereiro: "Korybko Para C. Raja Mohan: Não existe tal coisa como a chamada 'Aliança Sino-Russa'"

* 2 de fevereiro: "O Washington Post entendeu tudo errado: a China não quer que ninguém vença na Ucrânia"

Eles agora serão resumidos para conveniência daqueles que não têm tempo para lê-los.

Em resumo, a Rússia e a China cooperam estreitamente em seu objetivo comum de reformar gradualmente as Relações Internacionais para acabar com a unipolaridade, mas há limites para o quão longe eles irão. Pequim recusou-se a apoiar a operação especial de Moscou, pois teme as sanções secundárias de Washington, e atualmente está explorando os parâmetros de compromissos mútuos de longo alcance com os EUA. No entanto, é irreal prever uma divisão sino-russa iminente, uma vez que seus laços permanecem mutuamente benéficos.

ALEMANHA CORRE O RISCO DE ESQUECER SUA HISTÓRIA -- SCOTT RITTER

Ao decidir fornecer tanques de batalha Leopard para a Ucrânia, Olaf  Scholtz quebra as restrições auto-impostas sobre o papel dos militares na política externa alemã que existiam desde o final da Segunda Guerra Mundial. 

Scott Ritter, especial para Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Dois dias antes do Dia da Memória do Holocausto na semana passada, o chanceler alemão Olaf Scholz, sob forte pressão de Washington e membros pró-guerra de seu próprio governo, anunciou que a Alemanha enviaria 14 tanques de batalha Leopard 2A6 para a Ucrânia.

Respondendo a perguntas da mídia no Bundestag alemão, Scholz declarou:

“É correto agirmos de perto com nossos parceiros internacionais para apoiar a Ucrânia – financeiramente, com ajuda humanitária, mas também com entrega de armas. Agora podemos dizer que, na Europa, somos nós e a Grã-Bretanha que disponibilizamos mais armas para a Ucrânia. A Alemanha sempre estará na vanguarda quando se trata de apoiar a Ucrânia”.

Dois dias depois, em sua própria coletiva de imprensa , a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, respondeu:

“Todos nos lembramos do que são tanques alemães. São máquinas que se tornaram um símbolo, não só da morte... não só da ideologia da morte. Eles se tornaram um símbolo de misantropia, como uma ameaça existencial global ao planeta.

Quando você lê sobre o nazismo e o fascismo sobre aqueles tempos da Segunda Guerra Mundial, penso que esses uniformes da SS e esses próprios tanques alemães e esses símbolos do Terceiro Reich se tornaram um símbolo global da queda da humanidade no abismo do ódio e horror e massacre.”

Zakharova tinha mais a dizer:

“ Foram exatamente os tanques alemães que se tornaram o símbolo – o anti-símbolo, eu diria – que ficará para sempre na memória de toda a humanidade. Agora, esses tanques alemães estarão novamente em nossas terras. … Então, o que Berlim espera? Que estes veículos blindados, com todos os seus símbolos de então e de agora, vão atravessar as nossas aldeias e povoados? Nós nos lembramos do fim daqueles tempos. Berlim se lembra?

Angola | CANTAR O HOMEM E SUAS ARMAS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O destino dos seres humanos é realizar o impossível. Mas temos uma vida curta e quase nunca conseguimos sessa aproximação aos deuses. Graças ao doutor Lucas, meu professor no Liceu Salvador Correia, andei nas margens do impossível quando traduzi peças das Bucólicas, do poeta Virgílio. O mestre dizia-me que era impossível traduzir essa obra, que é marca do génio criativo da Humanidade. As Bucólicas só podem existir em Latim. Estuda, estuda. Aprende a fundo a língua e já consegues muito. Mas eu traduzi peças belíssimas das Bucólicas. Assim tentei i o impossível.

Nas Bucólicas aprendi que cantar e poetar é o essencial da natureza humana. E na Eneida percebi que chegar a Virgílio só mesmo deuses como Luís de Camões: Arma virumque cano! O poeta maior da Língua Portuguesa poetou assim: Cantando espalharei por toda a parte as Armas e os varões assinalados”. E modestamente concluiu: “Se a tanto me ajudar o engenho e arte”.

Virgílio, depois das Bucólicas, escreveu a Eneida. Eis a obra fundamental da Humanidade! Cada verso, cada página são essência do nosso ADN. O poeta cantou as armas do varão Eneias. E quais eram? Combinar com sabedoria o passado, o presente e os sonhos do futuro. Consumir o alimento sagrado da Cultura aprendendo com a experiência dos nossos Mais Velhos. 

Mais o amor! Dido, a Rainha de Cartago, a primeiríssima soberana Africana, morreu de amores. Tanto amor morreu no mar da Líbia. Tanto luto na cidade de Cartago por Elissa de Tiro.

O poeta Sungwangongo Malaquias cantou gargalhadas com esgares de sangue à sua inditosa Pátria Angolana. Poetar é assim como cantar quando a alma se estilhaça em mágoas e tristezas. Por isso eu prefiro a doce medida velha: “Descalça vai para a fonte/Lianor pela verdura/Vai fermosa, e não segura”. E no fim: “Chove nela graça tanta/Que dá graça à fermosura”. Isto é poetar cantando na doce medida velha. O sol nasce no teu corpo, minha inditosa amada.

Angola | Referendo à divisão administrativa "não é aplicável"

ManuelLuamba (Luanda) | Deutsche Welle

Recentemente, três ONG escreveram ao Presidente João Lourenço solicitando um referendo sobre a divisão político-administrativa de Angola. Jurista diz que a situação "está regulada na Constituição, mas não é aplicável".

A proposta de divisão admnistrativa do Governo angolano, que define que o país passará de 18 para 20 províncias e de 164 municípios para 581, foi alvo de uma auscultação pública entre agosto e setembro do ano passado e o Executivo garante que os angolanos estão de acordo com as alterações no panorama político-administrativo.

No entanto, há muitas críticas à iniciativa. Na semana passada, as organizações não-governamentais OMUNGA, Friends Of Angola e Jovens Pelas Autarquias decidiram escrever ao Presidente angolano, João Lourenço, apelando à realização de um referendo, já que o assunto, consideram, é "de interesse público".

"Nós não estamos de acordo com o processo de auscultação que o Executivo alega ter feito", começa por explicar João Malavindele, coordenador da OMUNGA, em entrevista à DW. "Nós somos aproximadamente trinta milhões de habitantes. Se conseguirmos ouvir, pelo menos, 75% da população a respeito então, já é bom", defende.

"Se o referendo resultar que a população toda concorda e alinha neste pensamento da divisão político-administrativa, que assim seja", sublinha o ativista.

Angola | A Nossa Banda e Aprendizes de Feiticeiro – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Kilamba Kiaxi é um município filho da Independência Nacional. Este nome homenageia o nosso líder Agostinho Neto, que conduziu a luta armada até à libertação da Pátria e do Povo Angolano. Foi lá que hoje começou um projecto sensacional: “A Administração na Nossa Banda”. Vários serviços públicos foram ao Bairro Malanjino. Os funcionários instalaram-se e começaram a prestar serviços essenciais aos moradores. Foram abertos balcões para o registo de pessoas que até hoje não tinham o estatuto de cidadãos nacionais. Serviços públicos importantes estavam disponíveis à porta de casa! Além do registo, também existiam equipas para vacinação de animais.

Pela fé de quem sou vos digo que só mesmo o MPLA podia arrancar com um projecto tão importante. Porque mais nenhuma organização política angolana é capaz de mobilizar recursos para promover o bem-estar de todos. Espero que “A Administração na Nossa Banda” chegue em alta velocidade a todos os municípios e comunas de Angola. E não temam os aprendizes de feiticeiro que puseram todas as fichas na roleta das eleições autárquicas, mesmo sabendo que nos municípios não há recursos humanos que respondam aos desafios do Poder Local Democrático.

 Levar todos os serviços da administração pública à nossa banda, ao nosso bairro é projecto que o Executivo deve promover até chegar às mais recônditas comunidades de Angola. Quando eu era miúdo via chegar, todos os anos, as “brigadas da pentamidina” para combater a doença do sono. Andavam de fazenda em fazenda, sanzala em sanzala, para imunizarem todas as pessoas contra a picada da mosca tsé-tsé. Os enfermeiros e auxiliares eram todos negros. Uma coisa nunca vista no Congo Português!

No final dos anos 50 as autoridades coloniais decidiram registar todos os negros (e não apenas os assimilados) como “cidadãos nacionais”. Centenas de brigadas percorreram todo o país fazendo o registo. Deu excelentes resultados. O projecto “Administração na Nossa Banda” também vai resultar. É uma solução inteligente e eficaz até à institucionalização do Poder Local. Vamos ter autarquias móveis. Serviços públicos ao domicílio. O MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA.

Por falar em aprendizes de feiticeiro, o Novo Jornal de Sobrinhos & Madalenos publica hoje um artigo de opinião intitulado “A Queda de Bamako É uma Grande Queda na Segurança de Todos”. O autor do trambolhão chama-se Diogo Alexandre Carapinha. Quem é? O jornal não identifica. Pelo conteúdo da peça cheguei facilmente à sua identidade. Mais um eurocentrista, racista e idiota inútil. Vou resumir o texto.

Papa Francisco denuncia "colonialismo económico" na RDC

Recebido em Kinshasa por milhares de pessoas, o Papa apelou ao fim da exploração desenfreada dos recursos naturais em África e exigiu que os interesses estrangeiros parem de dividir a RDC.

De visita à República Democrática do Congo, o Papa Francisco apelou esta terça-feira (31.01) ao fim da exploração desenfreada dos recursos naturais em África. Recebido em Kinshasa por milhares de pessoas - naquela que é a primeira visita papal ao país nas últimas décadas - o chefe da Igreja Católica exigiu ainda que os interesses estrangeiros parem de dividir a RDC para seu interesse próprio.

"Há uma noção – que sai do inconsciente de tantas culturas e pessoas – que África deve ser explorada. Isso é terrível. A exploração política deu lugar a um 'colonialismo económico' e igualmente escravizador", afirmou perante oficiais do Governo e membros do corpo diplomático nos jardins do palácio nacional de Kinshasa. "O veneno da ganância manchou os diamantes [deste país] com sangue. Parem de sufocar África: não é uma mina a ser explorada, nem uma terra a ser saqueada", apelou.

Também em declarações no palácio presidencial, ao lado do Papa, o chefe de Estado do país, Felix Tshisekedi, criticou "o silêncio cúmplice" da comunidade internacional perante os ataques perpetrados no lestes do país por grupos terroristas "armados por potências estrangeiras".

"A hospitalidade que nos caracteriza tem sido destruída pelos inimigos da paz e grupos terroristas vindos de países vizinhos. Esta desgraça acontece hoje e há 30 anos numa parte do nosso território que é vítima de violência, onde os grupos, armados pelas potências estrangeiras ávidas dos minerais que existem no nosso subsolo, cometem, com o apoio direto do nosso vizinho Ruanda, crimes cruéis", acusou o Presidente congolês.

Angola | O SALAMANQUEIRO E AS CARECAS -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O meu mano começou a ficar careca quando tinha 17 anos. Barba rija, bigodaça farta mas o cabelo só crescia para dentro e ganhou o título honorífico de Mona Liza. Mais tarde foi estudar para Portugal e apanhou tanto frio que recusava tomar banho. Aí ficou o Bafo D’Onça até morrer, mesmo quando já tomava banho regularmente e se perfumava. 

O cabelo caía-lhe às madeixas e ele entrou em depressão. Um dia foi à Mamã Guinhas tratar uma íngua que não o deixava pedalar na sua bicicleta de corridas. Eu acompanhei-o fazendo de bengala. A melhor massagista do mundo dava-lhe conversa enquanto com as mãos milagrosas lhe tirava a íngua da virilha. Conversa amiga dá desinibição e o meu mano perguntou à sua salvadora se conhecia algum milongo para a queda do cabelo.

Menino! Tui só tens queda de cabelo porque queres. Vais ao velho Salamanqueiro e ele preparara-te um milongo que pões todos os dias na cabeça durante uma semana e ficas com um cabelo mais duro do que osso de roer. 

O meu irmão ouviu esta sentença sábia e ficou logo sem a íngua. Fomos em passo de corrida para a Marginal onde trabalhava o velho Salamanqueiro, ao balcão da empresa Paiva Marcelo. Entrámos na loja (aquilo era mais uma grande superfície!), aproximámo-nos do balcão e dissemos ao balconista que queríamos falar com o senhor Salamanqueiro. Só um momento. 

Enquanto esperávamos pelo kimbanda afamado eu disse ao meu mano: 

- A melhor parte disto é aparecer-nos à frente um careca! 

Estávamos a gozar sobre essa possibilidade quando se aproximou de nós, um velho magrinho, baixinho, careca da cabeça aos pés. Eu fingi uma emergência e fui rir-me para a rua. Quando acamei, regressei para assistir à consulta. 

O velho Salamanqueiro disse que tinha de preparar o milongo e só ficava pronto daí a oito dias. Aaquilo era uma espécie de infusão de óleo de fígado de jacaré. Mas tínhamos de pagar adiantado. O seu efeito era tiro e queda. Ao fim de três semanas a esfregar a cabeça com o preparado milagroso, o cabelo do meu mano até fazia barulho a crescer.

Congo: PAPA INDIGNADO COM “EXPLORAÇÃO SANGRENTA DA RIQUEZA”

O Papa Francisco conta com os jovens para liderar África para um futuro melhor com menos guerras, sofrimento e corrupção. Papa termina visita à RDCongo e parte para o Sudão de Sul, ambos palcos de sangrentos confrontos.

Perante cerca de de 65.000 fiéis que lotaram o estádio de futebol de Kinshasa, o    líder da Igreja católica encorajou o povo da República Democrática do Congo (RDCongo) a assumir o seu destino.

"Não se deixem manipular por indivíduos ou grupos que tentam manter o  país sob o domínio da violência e instabilidade, de modo a poderem continuar a controlá-lo", disse o pontífice à multidão no Estádio dos Mártires.

Ao ritmo dos tambores, canções e danças tradicionais, Francisco entrou no estádio a bordo do seu "papamóvel", saudando e abençoando a multidão.

O Papa apelou aos fiéis para darem prioridade à "comunidade", face ao "tribalismo" e ao "individualismo", convidando-os a darem as mãos e a permanecerem em silêncio enquanto pensam "nas pessoas que os ofenderam".

"Que sejam vocês a transformar a sociedade, os que transformam o mal no bem, o ódio no amor, a guerra na paz. Querem ser que tipo de pessoa?", disse o Papa aos jovens, num país onde cerca de 60% da população tem menos de 20 anos.

Na quarta-feira (01.02), em Kinshasa, Francisco encontrou-se com vítimas da violência na RDCongo. Cerca de 120 mil pessoas tiveram de fugir das suas casas por causa de novos  confrontos entre forças governamentais e rebeldes no leste do Congo, segundo a organização não-governamental Save the Children.

Ganância causa conflitos

Na semana passada, houve fortes combates entre as forças governamentais e os combatentes do grupo rebelde M23 na região, relatou a ONG na quarta-feira.

O Papa tinha planeado visitar a cidade de Goma, perto da fronteira com o Ruanda, mas abandonou a ideia devido à escalada de violência na zona.

Francisco reconheceu o sofrimento e disse que uma das principais razões do mal é a corrupção e a ganância, apelando a que as pessoas não sucumbam a estas tentações: "Se alguém vos oferecer um suborno, ou prometer favores e muito dinheiro, não caiam na armadilha. Não se deixem enganar, não sejam sugados para o pântano do mal", disse aos jovens.

Papa repudia "exploração sangrenta"

O pontífice expressou também "indignação" perante a "exploração sangrenta e ilegal da riqueza" da RDCongo, onde a violência de grupos armados matou centenas de milhares de pessoas e provocou milhões de deslocados.

Nas bancadas, milhares de adolescentes, estudantes e pais cantavam e aplaudiam sob um calor intenso. Muitos usavam t-shirts, camisas ou bonés com a imagem de Francisco, o primeiro Papa a visitar o país desde João Paulo II, em 1985.

Na sexta-feira (03.02), Francisco viajará para Juba, a capital do Sudão do Sul, o Estado mais jovem e um dos mais pobres do mundo.

Deutsche Welle | DPA | AFP | Reuters | Lusa | bd

Portugal | UM PAÍS COM FALTA DE ÂNIMO

Inês Cardoso | TSF | opinião

O FMI reviu em alta as previsões para a Zona Euro, a inflação abrandou pelo terceiro mês consecutivo e, vistas com a secura dos números, as notícias poderiam permitir injetar algum otimismo no arranque de um ano do qual coletivamente esperamos pouco de positivo. Nas suas contas, contudo, os portugueses continuam esmagados pela subida de preços e pela fatura cada vez mais pesada na habitação.

Há, a somar aos temas concretos do dia a dia, uma questão de perceção que nos condiciona. O estado de um país mede-se de muitas formas, mas acontece frequentemente haver desalinhamento entre indicadores estatísticos e o sentimento comum dos cidadãos. Seja por razões objetivas, seja porque determinadas narrativas e sentimentos se vão instalando e condicionando a própria leitura da realidade.

O clima de casos e casinhos, com descrédito da classe política e falta de confiança nos órgãos de decisão, contribui para a sensação de paralisia e incapacidade de promover o real desenvolvimento do país. A juntar à crise política, há debilidades graves em serviços públicos que nos fazem recear pelo futuro. O que se passa na educação é o expoente disso mesmo.

É fácil perceber os argumentos dos professores e as suas reivindicações. A estabilidade e a valorização salarial são condições de base para que os jovens queiram continuar a olhar para a carreira docente. Não teremos escola de qualidade sem professores qualificados, motivados e que se sintam reconhecidos por alunos, pela comunidade e pela tutela. Desbloquear o impasse negocial é apenas o primeiro passo num caminho de recuperação da profissão que se antevê longo e que terá consequências pesadas se não for bem-sucedido.

Não basta António Costa assegurar que se sente "muito bem" para cumprir a legislatura até ao fim, como de nada serve à Oposição uma crítica ruidosa mas sem apresentação de alternativas. O país real padece de falta de ânimo. Problema que se combate com políticas transformadoras, soluções ambiciosas, foco nos serviços públicos, intervenção na habitação e nas emergências sociais, uso inteligente dos fundos europeus, atenção aos problemas das empresas. Com mais ação e menos autofagia partidária. O país agradece.

Ler em Página Global:

O ESCLAVAGISMO DA ERA MODERNA

Triplo corte das pensões dos reformados da Segurança Social e aposentados da CGA

O ESCLAVAGISMO DA ERA MODERNA

Sérgio Oliveira* | Dependências

Hoje decidi escrever sobre um dos mais negros negócios da história da humanidade: o negócio da escravidão humana. Normalmente fundado em idiotices de supremacia branca que o sustentaram durante séculos, infelizmente, ainda permanecem vivas e alimentadas pelo ódio de alguns ignorantes e salafrários, vendedores de conspirações, mentiras, que arrastam atrás de si alguns mentecaptos idiotas, sedentos de poder desumano e xenófobo. E tudo ou quase tudo sustentado pelo adormecimento de uma sociedade torpe, cujo silêncio e indiferença compactuam com os maiores atos de covardia e vilipendiação a que vamos assistindo do alto da nossa poltrona… O comércio de escravos foi e, infelizmente, ainda é um grande negócio, sustentado por grandes grupos mafiosos, que alimentam algumas débeis economias, que julgava banido da nossa sociedade. A escravatura é dos crimes mais hediondos da humanidade e os seus autores modernizaram e adaptaram--se às novas formas de escravidão humana. Hitler e os seus seguidores foram responsáveis pelo holocausto que assassinou milhões de pessoas, judeus, ciganos e outras minorias que eles não consideravam humanas, marcados com ferro em brasa, para serem enviados para a fogueira, e outros que serviram de cobaias para experiências médicas, para não falar das mais torpes e horrorizadas torturas aos prisioneiros de guerra.  Hoje, a escravatura moderna apresenta outras formas de organização. Criou organizações terroristas, mafiosas e especuladoras dos direitos humanos, especializou-se e o esclavagismo passou a um ser um serviço que trafica internacionalmente “carne humana” a troco de algo a que gregos e romanos chamaram moeda. São milhões as vítimas destas perigosas organizações, que atuam impunemente no mundo da servidão, traficando e explorando homens, mulheres e crianças, que vivem num submundo e em países aprisionados pela corrupção, para servirem em trabalhos forçados e de exploração sexual e até para transformarem crianças soldados nos teatros de guerra que vamos alimentando. Em última instância, e em contornos que até já nem sequer questionamos, apoderam-se dos nossos recursos, da nossa força produtiva, da nossa contribuição, dos nossos impostos.

É este o mundo negro da nossa história, que vive no século das “amplas liberdades”, onde as oligarquias dominam as democracias, e se alimentam do vil metal que continua a exportar a escravidão no mundo. Quantos, do nosso povo, criticavam o merceeiro que, no final do mês, apresentava na sebenta de papel mata borrão contas inflacionadas face ao que parecia ter sido encomendado? E quantos, do nosso povo, criticam hoje os juros cobrados por instituições financeiras que, ao final do mês, inflacionam e de que maneira, aquilo de que verdadeiramente beneficiámos? E ainda vão aos nossos impostos porque esses juros exorbitantes não chegam… Não será também essa uma forma de escravatura, que a democracia económica implementou, assim como a nossa complacência e indiferença? Ao longo da nossa história, vivemos dos descobrimentos, de conquistas territoriais, já passámos o cabo das tormentas, brincámos com os velhos do restelo, calámos as armas que os barões assinalaram para dar mais mundo ao mundo, trocámos o pelourinho pelos escravos, demos a volta aos espanhóis e combatemos os piratas, mas não sabemos distinguir o bem do mal e queremos continuar nas nossas descobertas por outros seres que possamos tornar nossos. E também é verdade que a grandeza histórica que exaltamos e que teve o seu mérito foi igualmente construída de práticas que nos deveriam envergonhar. Quantos atropelos, quantos arbítrios vilipendiados, quantas invasões… e quanto haveria ainda por descobrir se fôssemos mais honestos… Será a procura de novos escravos que nos leva até Marte? Confesso que não sei! Mas sei que as guerras vão continuar, que continuaremos a alimentar o tráfico e rebaixamento de vidas e a viver num mundo cada vez mais desequilibrado, onde os ricos estão cada vez mais ricos e podem comprar mais escravos, e os pobres estão cada vez mais pobres e, por isso, emigram para a escravatura democrática e livre, aumentando ainda mais o fosso que desequilibra o mundo, onde existem, 2.095 bilionários com uma fortuna avaliada em mais de 8 triliões de dólares e mais de 820 milhões de pessoas a passar fome no mundo..

*Sérgio Oliveira, director – em Dependências (PDF)

QUE FORÇA É ESSA AMIGO, do album "Os Sobreviventes" - Sérgio Godinho, 1971 - Youtube

CONLUIO ENTRE GOVERNANTES E EMPRESÁRIOS RESULTA EM TRABALHO INDIGNO

Portugal - Stress e problemas de saúde mental no trabalho contribuíram para perdas de produtividade de 5,3 mil milhões

Mudanças exigem envolvimento de todos, alerta o bastonário da Ordem dos Psicólogos: empresas, sindicatos e Governo.

stress e os problemas de saúde mental no trabalho fizeram disparar os custos das empresas nos últimos dois anos. Um estudo divulgado esta pela Ordem dos Psicólogos mostra que o absentismo e o presentismo - estar de corpo presente no local de trabalho, mas não conseguir trabalhar - contribuíram para uma diminuição da produtividade.

Em declarações à TSF, o bastonário da Ordem, Francisco Miranda Rodrigues, considera que os números encontrados em Portugal são surpreendentes.

"Temos um aumento de 60% no custo com perdas de produtividade, passando dos 3,2 mil milhões de euros, há dois anos para 5,3 mil milhões, basicamente o mesmo que o Estado gastou com as ajudas na sequência da pandemia."

"É um valor tremendo e conclui-se que que há uma necessidade cada vez mais gritante de todos nós, entre trabalhadores, líderes das organizações, Governo, representantes dos próprios trabalhadores como os empregadores, nos unimos no desenvolvimento de novas soluções de melhores práticas de gestão que permitam reduzir este sofrimento que aqui está patente, mas também reduzir aquilo que são perdas que, ainda mais num país como Portugal, não são aceitáveis."

Ler em Página Global: Somos governados por idiotas porque temos sistemas idiotas, notas na matriz narrativa

Neste estudo apenas foram contabilizados os custos diretos do absentismo e presentismo causados pelo stress e problemas de saúde mental nas empresas privadas e no setor social não financeiro.

A VIDA CUSTA-TE COSTA? | Casal e três filhos menores em risco de ficar na rua (2)

Casal e crianças desalojados em Lisboa continuam sem casa

A família desalojada após a casa onde vivia ter ardido, em Lisboa, vai dormir esta noite, num hostel que teve de pagar. Lívia Camargo e Paulo Faria, com três filhos menores, já não contam com o apoio da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa para suportar o alojamento e a Câmara de Lisboa sugere que concorram a programas de habitação municipal.

A Santa Casa explica ao JN que "cumpriu o estipulado", que era assegurar o pagamento do alojamento de emergência até ao dia 24 de janeiro. Após esta data, explica, é garantido pela autarquia.

Lívia e Paulo já não têm apoio para alojamento e acreditam que em breve vão ficar a dormir na rua. "Já temos pouco dinheiro. Ou pagamos para as crianças terem um teto e passamos fome ou comemos e dormimos na rua. Não estamos a pedir casa de graça, só um teto para viver e dar um futuro melhor aos nossos filhos", desabafou Lívia.

Sofia Cristino | Jornal de Notícias | Imagem: Paulo e Lívia com os três filhos vão dormir esta noite num hostel pago por eles - Foto: Paulo Spranger/ Global Imagens

Acesso exclusivo a assinantes – para ler completo

Relacionado. JN: Lisboa. Casal e três filhos menores em risco de ficar na rua

Ontem, no PG: A VIDA CUSTA-TE COSTA? | Casal e três filhos menores em risco de ficar na rua (1)

Portugal | SARAIVA, CAPATAZ DOS ESCLAVAGISTAS DA MODERNIDADE SAI IRRITADO

Patrão dos patrões despede-se com carta a atacar as propostas do Bloco nas leis laborais

Na carta enviada aos empresários, o líder da CIP aponta baterias às propostas que o Bloco conseguiu aprovar na discussão na especialidade da Agenda do Trabalho Digno. A irritação de António Saraiva "mostra que os patrões estão muito mal habituados pelo Governo", diz o deputado bloquista José Soeiro.

O líder da Confederação da Indústria Portuguesa publicou uma carta(link is external) aos empresários para assinalar o fim dos doze anos de mandato à frente da confederação patronal. Além das palavras de balanço e análise da conjuntura económica, reclamando mais apoios públicos para os empresários através dos fundos europeus, António Saraiva diz-se preocupado com o aumento da massa salarial que as empresas pagam.

Mas "pior do que isso é o rumo que parecem estar a tomar as alterações ao Código do Trabalho", afirma o ainda líder da CIP, acusando o Governo de desprezo pelos parceiros sociais e a concertação social por estar a aprovar normas de alteração ao Código de Trabalho que considera "inaceitáveis".

E destaca três dessas mudanças, entre elas duas propostas pelo Bloco de Esquerda: "a impossibilidade de extinção dos créditos laborais por via da remissão abdicativa; e a obrigação de fixação de valores de compensação para o teletrabalho" sem prever expressamente a isenção fiscal sobre estes valores. A terceira mudança na mira de António Saraiva é a "proibição do recurso a outsourcing para satisfação de necessidades que foram asseguradas por trabalhador cujo contrato tenha cessado nos 12 meses anteriores por despedimento coletivo ou despedimento por extinção de posto de trabalho", proposta pelo Governo e que vai no sentido da discussão com o Bloco de Esquerda ainda em 2019.

Para o deputado bloquista José Soeiro, que acompanha o processo legislativo a revisão das leis laborais na Comissão de Trabalho, "a irritação de Saraiva e da CIP com estas medidas mostra duas coisas: por um lado, que os patrões estão muito mal habituados pelo Governo. Por outro, que o Bloco fez bem em não ter desistido de nenhuma batalha neste processo".

"Sobre a norma do Bloco que proíbe que os patrões façam extinguir no fim do contrato, através de um “acordo de remissão”, os créditos devidos ao trabalhador (por salários, férias, subsídio de natal, ou outros), o facto de ela estar a ser tão atacada revela a que ponto esta prática patronal se generalizou e o grande alcance prático e material que tem proibi-la. Aliás, o PSD já solicitou duas vezes voltar a debater a norma do Bloco e repetir a votação, dando eco à indignação patronal e aos advogados das empresas, que têm manifestado nos jornais o seu pesado incómodo", explica o deputado do Bloco.

Quando ao teletrabalho, o princípio do pagamento já estava na lei de 2021, "mas é preciso clarificá-lo", acrescentou Soeiro, porque "os patrões têm em grande medida escapado a pagar as despesas por causa da questão das faturas". É por isso que definir que tem de haver obrigatoriamente um valor fixado no contrato não lhes agrada. "É bom sinal que se sintam apertados com a alteração do Bloco. Mostra que ela impede as fugas e pretextos utilizados até agora". E sobre as questões do outsourcing, "também tem merecido a nossa insistência desde 2019, pelo que é positivo que se avance com algumas limitações".

"O Bloco foi para este processo político com propostas para discutir tudo o que faça a diferença, dos grandes princípios aos detalhes. E com o compromisso de não desistir de nada", concluiu José Soeiro em declarações ao Esquerda.net.

Esta quarta-feira o grupo de trabalho que desde setembro discutiu centenas de propostas em doze leis da area laboral irá proceder às votações finais e concluir os seus trabalhos. As propostas serão votada no plenário da Assembleia da República esta sexta-feira.

Esquerda.net |  Imagem: António Saraiva e António Costa. Foto de Steven Governo/Lusa

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Uma área a céu aberto povoada com uma centena e meia de cabinas com sacerdotes prontos para receber e perdoar, durante três dias, jovens de todo o mundo que farão fila para se confessar.

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A parte que mais intriga é o Parque do Perdão. No site da Jornada Mundial da Juventude vem descrito assim: “O Parque do Perdão conta com 150 confessionários, e em diferentes idiomas estará disponível um sacerdote para acolher e escutar os jovens peregrinos, convidando-os a fazer a experiência do amor e da misericórdia de Deus através do sacramento da Reconciliação.”

Texto no jornal Público – só disponível para assinantes – AQUI

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Triplo corte das pensões dos reformados da Segurança Social e aposentados da CGA

Portugal - A “Obra” do governo "socialista" em 2022 e 2023

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Os 3,5 milhões de pensionistas da Segurança Social e da CGA são um dos grupos que mais tem sofrido com este governo. Em 2022 e 2023, portanto num período de grave crise económica e social, que atinge fundamentalmente as classes de baixos e médios rendimentos, o actual governo tem multiplicado medidas e artimanhas para reduzir ainda mais as pensões a que têm direito. 

Tudo isto é feito num período de escalada de preços que atinge com maior violência estas classes da população. Agora o governo apregoa que o ritmo da inflação está a desacelerar. Mas continua e continuará alta, e certamente não passará a ser negativa. E basta olhar que os preços dos ” produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas”, que têm um peso muito grande nos orçamentos destas famílias, são os preços, depois dos da energia, que têm mais aumentado. É uma política deliberada de empobrecimento de uma muito larga percentagem da população.

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*Publicado em O Diário.info

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