domingo, 31 de março de 2019

Os EUA e a mudança de regime na Venezuela (I)


Carlos Fazio

No âmbito de uma guerra global de classes expansionista e agressiva, nos últimos 20 anos, durante quatro sucessivas presidências de democratas e republicanos na Casa Branca: William Clinton, George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump, a diplomacia de guerra dos EUA tem impulsionado uma política de mudança de regime na Venezuela contra os governos constitucionais e legítimos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. 

A acção aberta e clandestina dos EUA inscreve-se na dominação de espectro amplo, noção concebida pelo Pentágono antes dos atentados terroristas do 11 de Setembro de 2001, que abarca uma política combinada em que o militar, o político, o económico, o jurídico/para-institucional, o mediático e o cultural têm objectivos comuns e complementares. Uma vez que o espectro é geográfico, espacial, social e cultural, para impor a dominação é preciso fabricar o consentimento. Ou seja, colocar na sociedade determinados sentidos comuns que de tanto repetirem-se incorporam-se ao imaginário colectivo e introduzem, como única, a visão do mundo do poder hegemónico. Isso implica a formação e manipulação ideológica (doutrinamento) de um grupo e/ou uma opinião pública legitimadores do modelo.

Para a fabricação do consenso tornam-se chaves as imagens e a narrativa dos meios de difusão em massa, com seus mitos, meias verdades, mentiras e falsidades. Apelando à psicologia de massas e à propaganda negra impõe-se à sociedade a cultura do medo. A fabricação social do temor inclui a construção de inimigos internos. 

Portugal | Horas e mentiras


Em Portugal já está em vigor a chamada hora de verão, os relógios foram adiantados uma hora na madrugada passada. É verdade, pode confiar.

Amanhã, segunda-feira, é 1 de Abril, Dia das Mentiras. Evidentemente que sabemos que todos os dias são horas. minutos, segundos, dias, semanas, meses e anos de os políticos e empresários, os gestores, advogados, economistas e outras cáfilas associadas mentirem.

Por isso mesmo há os que propõem que amanhã não se minta, praticando o contrário e dizendo sempre a verdade. O propósito é o de ao menos um dia por ano não ouvirmos mentiras.

Se acaso pertence à cáfila acima mencionada sugerimos que durante todo o dia não pronuncie uma única palavra, nem escreva, nem comunique gestualmente. Experimente fazer do Dia das Mentiras um dia decente. Para mentir tem todos os restantes dias do ano. Adira à proposta e fique calado, nada de comunicar... mentiras. Dêem-nos uma folga.

Redação PG

Portugal | Deputados à la carte


Domingos de Andrade | Jornal de Notícias | opinião

Durante três anos, 23 deputados debateram propostas para aumentar a transparência no exercício de funções públicas. No momento de votar os diplomas, algumas das principais mudanças em discussão caíram por terra.

Os deputados continuam a poder exercer em sociedades de advogados que trabalhem para o Estado, ou a acumular funções em sociedades financeiras. Tal como ficou pelo caminho a obrigação de lobistas revelarem os interesses que representam.

Na sua maioria, as mudanças de última hora resultam da iniciativa do PSD. A que o PS solidariamente deu a mão, na forma de abstenção, seguindo a velha tradição do bloco central. Quarta-feira há nova reunião com outros temas polémicos sobre a mesa, relacionados com novas regras para o pagamento de viagens e para os subsídios de residência. Aguarda-se com expectativa até onde estarão os deputados dispostos a ir, numa matéria que lhes diz diretamente respeito.

A desconfiança é a perceção dominante entre os eleitores e sucessivos estudos comprovam a má imagem de que os políticos gozam. Credibilizar e reforçar o rigor no exercício de funções políticas é uma urgência, a bem da saúde da democracia. Não apenas porque o país ganha, no seu todo, com mais competência e exigência no serviço público, mas também porque lideranças fragilizadas abrem espaço a discursos populistas.

O Relatório Anual de Segurança Interna traz inesperados alertas sobre o crescimento da extrema-direita e as estratégias nacionalistas para conquistar votos em ano de duplas eleições, europeias e legislativas. Temos mantido em Portugal uma aparente imunidade a fenómenos que alastram a nível internacional, mas não nos iludamos. O risco existe e é preciso vigiá-lo desde a raiz. Estar na política com seriedade e total transparência é um contributo precioso para se encarar a política com o respeito e a importância que efetivamente tem.

*Diretor do JN

Portugal | Proença diz que faltam respostas do Governo para enfrentar a seca


O presidente da Câmara de Alcácer do Sal critica o Governo pela «falta de respostas» para enfrentar a seca na bacia hidrográfica do Sado. Agricultores exigem medidas «fora da rotina». 

«É uma situação extraordinariamente preocupante que exige de todos nós medidas para mitigar e acelerar respostas, que há muito temos defendido e o Governo não tem tomado as medidas suficientes para resolver este problema ou para atenuar as consequências das alterações climáticas», disse esta quarta-feira à agência Lusa Vítor Proença (CDU).

Com os níveis da albufeira de Pego do Altar, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, abaixo dos 50% e perante esta «dura realidade», Vítor Proença reclama «medidas e acções», porque, segundo diz, «se não chover, não há resposta» para enfrentar os efeitos da seca.

Portugal de Abril mitiga a seca que o devasta, semana de chuva não basta, mas…


A seca veio para ficar. A agricultura já se queixa da seca. Ainda agora começou a primavera sem chuva, após um Inverno muito pouco chuvoso. Mais a parecer-se com a dita primavera. Fora do seu tempo, pois então.

É notícia que a mitigação da seca vai começar a partir de hoje, durante uma semana. É pouco, mas melhor que não chover patavina. Regozije-se e goze a pouca chuva que por aí vem - que não será suficiente para nos lavar a alma. Quase nada.

Esta coisa das alterações climáticas não deixa lugar a dúvidas. Os mais otimistas e os ignorantes dizem que não. Qual quê, o planeta e as condições climáticas são mesmo assim. “São fases”, dizem eles. E vai daí aplicam-se a escavacar tudo do ambiente planetário. 

Sofre a fauna, a flora, os humanos. Cada vez mais o planeta devastado para alimentar a gula de uns quantos no mundo. Que se lixe o ambiente, abaixo a ecologia, viva o capital,  a ganância e a estupidez de tantos destruidores que desrespeitam a vida de tudo e de todos que habitam neste planeta Terra. Até um dia…

Acresce a tudo isto a estupidez e maus hábitos da humanidade e a gula dos países ditos desenvolvidos.

Do Notícias ao Minuto fique com o esgar de uma trégua muito pequena do chamado “bom tempo”, sem chuva, com muito sol e calor. E muita sede num planeta que na sua maior área territorial é líquido… Mas a morrer. Como todos nós, terráqueos.

Redação PG

'Abril, águas mil'. A chuva regressa hoje para ficar toda a semana

O bom tempo da primavera vai, assim, fazer uma pausa.

O sábado já tinha ameaçado, mas é o domingo que vai concretizar. A chuva regressa hoje a praticamente todo o território nacional e a previsão é que se mantenha durante a próxima semana.

As temperaturas primaveris que têm convidado a um passeio à beira-mar vão também sofrer alterações com as máximas e as mínimas a descerem ligeiramente.

Para este domingo, a temperatura mais alta será de 25º (Leiria). Lisboa e Porto registarão 22º e Faro 21º.

Amanhã, as temperaturas máximas vão variar entre os 21 e os 14º e as mínimas entre os 6 e os 12º, sendo esperados aguaceiros em todo o país - um cenário que é esperado que se repita até sexta-feira.

Patrícia Martins Carvalho | Notícias ao Minuto

Comunidade internacional aperta o cerco aos traficantes de droga na Guiné-Bissau


Teve lugar em Bissau o Fórum de Coordenação de Parceiros sobre Combate ao Tráfico de Drogas e Crime Organizado Transnacional, que juntou, esta sexta-feira na capital guineense vários atores e entidades internacionais.

Os principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau reuniram-se nesta sexta-feira (29.03.), em Bissau, para em conjunto criar novos mecanismos de coordenação e cooperação no combate ao tráfico de droga e crime organizado no país.

A reunião foi realizada numa altura em que se encontram detidos nas celas da Polícia Judiciaria (PJ) da Guiné-Bissau, quatro suspeitos envolvidos na maior apreensão de cocaína pura feita no território, a 8 de março. A PJ apreendeu e incinerou 800 kg de droga pura, escondidos num camião que transportava pescado da Guiné-Bissau para o Senegal. 

Guiné-Bissau | Campanha do caju arranca com vigilância reforçada


A campanha de comercialização do caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, começa este sábado. Fronteiras são reforçadas com fiscais e inspetores para impedir a "fuga" da castanha.

A campanha de comercialização do caju, principal produto de exportação do país e da qual depende mais de 50% da população guineense, tem início este sábado (30.03), com o preço mínimo de referência para o agricultor fixado em 500 francos cfa (0,76 euros). 

O valor foi fixado esta semana pelo Executivo guineense, que decidiu também fixar a "base tributária em 1.222 dólares [cerca de 1.084 euros] por tonelada".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu à Guiné-Bissau para realizar uma campanha de comercialização de caju transparente e concorrencial, assegurando um preço de referência consistente com o praticado no mercado internacional.

Travar a saída ilegal

Este sábado, o ministro guineense do Comércio, Vicente Fernandes, afirmou que vai reforçar as fronteiras terrestres do país com inspetores e fiscais para impedir a "fuga" de castanha de caju do país.

"Vamos por equipas de inspetores e fiscais no terreno, sobretudo nas zonas mais próximas da fronteira, para controlar a fuga da castanha para o Senegal, que é um país que exporta, mas não tem produção", afirmou Vicente Fernandes.

APONTAMENTOS SOBRE ÁFRICA, de Martinho Júnior

2º LANÇAMENTO DO LIVRO FOI ONTEM EM LUANDA

Martinho Júnior, Luanda 

1- No momento em que a Comunidade da Segurança do Estado procura substantivamente capacidades de harmonia que durante mais de três décadas andaram arredias…

No momento em que na ASPAR se vai realizar a 2ª sessão da IVª Assembleia Geral Ordinária, prevista para 30 de Março de 2019, em local ainda por designar no Zango III…

No momento em que faço parte do mandato que cessa e se abre a oportunidade a outro mandato que terá imensas responsabilidades sobre o muito que há a fazer depois de tantos anos em que se teve de responder com métodos de resistência e advocacia à guerra psicológica que contra pelo menos uma arte da comunidade foi movida…

Coincidindo com o acto da 2ª sessão vai ser feito a do 2º lançamento do livro editado pelo INIS (Instituto de Informações e Segurança),“Apontamentos sobre África”, de que sou autor.

2- Julgo que essa é uma muito modesta contribuição para se levar a cabo a tão necessária conversão mental de que tanto necessita a Comunidade da Segurança do Estado.

A nível da ASPAR, mais que sua representação é premente a participação e o protagonismo associativo, de forma a melhor mobilizar e incentivar os seus membros face a um acumular de fragilidades, vulnerabilidades e traumas.

Nacionalista Adolfo Maria lança "Angola - A Hora da mudança"


O nacionalista angolano Adolfo Maria dá voto de confiança às medidas de combate à corrupção adoptadas pelo Presidente João Lourenço. O autor do novo livro "Angola - A Hora da Mudança" aplaude a nova postura governativa.

Adolfo Maria defende uma efetiva separação de poderes em Angola, nomeadamente entre o poder político e o poder judicial. O nacionalista angolano reage desta forma à recente decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de libertar o empresário Jean-Claude Bastos de Morais e José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, no âmbito do processo de gestão dos ativos financeiros do Fundo Soberano.

O fim do ciclo de Eduardo dos Santos e o início de uma nova era em Angola, encabeçada por João Lourenço, bem como a necessidade de democratização e reforço da sociedade civil angolana configuram o conteúdo do seu novo livro: "Angola - A Hora da Mudança". Adolfo Maria aplaude a mudança de postura no exercício do poder, nomeadamente no que toca ao combate à corrupção. Afirma, entretanto, que a recente restituição à liberdade do empresário suíço-angolano Bastos de Morais, e de Filomeno dos Santos, ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, ao abrigo do processo de recuperação de ativos, levanta dúvidas.

Os abutres e a desgraça dos moçambicanos


@Verdade | Editorial

O ciclone IDAI que fustigou a região Centro do país é tido, até então, como uma das piores e mais violentas calamidades que se abateu sobre Moçambique em particular, e o hemisfério sul no geral. A terrível situação que arrasou especificamente a cidade da Beira, provocando centenas de mortos e deixando milhares de moçambicanos na mais desgrenhada miséria causou comoção, diga-se de passagem, ao mundo inteiro.

A realidade mostra que os sobreviventes do ciclone IDAI vão precisar de ajuda pelo menos um ano para se recuperarem, facto que requer bastante apoio humanitário. Como resposta à tragédia dos moçambicanos, não falta(r)am iniciativas de apoio. Diversas organizações e organismo, tanto internacional como nacional, anuncia(ra)m as suas singelas doações. São milhões e milhões de dólares norte-americanos em dinheiro, bens e produtos para minimizar a dores dos afectados.

Consequentemente, o desatre do Centro de Moçambique também fez emergir os abutres de ocasião. Com os telemóveis nas mãos, os abutres de ocasião registavam a sua “acção supostamente degraça”. Numa atitude hipócrita e sem nenhuma réstia de sentimento, estes oportunistas espalham fotografias e vídeos, segurando um saco de qualquer alimento ou vestuário.

Mas mais do que esses abutres de smartphones nas mãos, há que temer os abutres cravados nas instituições e/ou do Estado, que têm estado a empurrar Moçambique para o abismo, devido a sua insanciável fome pelo bem comum. Exemplo disso, são os inúmeros casos de corrupção são reportados quase todos os dias.

Moçambique | O drama dos esquecidos


Zambézia, Tete e Manica são outras vítimas do ciclone “Idai”. Há surtos de cólera e paludismo

As atenções do mundo concentram-se na cidade da Beira e nas vilas de Nhamatanda e Buzi, na província de Sofala, mas a pior crise humanitária provocada pela passagem do ciclone “Idai” pode estar a ocorrer nas províncias circundantes de Tete, Manica e Zambézia. Além de diarreias e casos de cólera, há registo de surtos de febres, tosse convulsa e de paludismo. As condições de acolhimento das vítimas da tempestade podem não evitar o surgimento de outras doenças como a pneumonia e a tuberculose.

“O ciclone ‘Idai’ não passou apenas pela Beira. Devastou também as províncias da Zambézia, Manica e Tete. Na Zambézia, tive a oportunidade de visitar alguns bairros da capital, Quelimane, e centros de acolhimento no distrito de Nicoadala. A situação é muito crítica”, diz ao Expresso Arão Valoi, da WaterAid.

“As vítimas do ciclone recebem apenas um copo de arroz e outro de feijão, por família — independentemente do agregado — e um bidão de 20 litros de óleo para o total de 2113 pessoas acolhidas no centro de Namitangurine”, salienta o responsável pela comunicação desta ONG inglesa. Valoi insiste para que Governo moçambicano, sociedade civil, organizações humanitárias e o auxílio internacional não concentrem esforços apenas na cidade da Beira e na província de Sofala, “porque há zonas piores, esquecidas”.

Ramos-Horta pede prudência do Governo perante investidores mais antigos em Timor-Leste


O ex-Presidente da República timorense José Ramos-Horta pediu hoje "prudência" ao Governo no tratamento dos investidores estrangeiros mais antigos do país, que vieram para Timor-Leste há quase 20 anos, evitando "discursatas agressivas" que podem prejudicar o país.

"Se queremos promover investimento, comecemos por acarinhar os investidores que já estão cá há quase 20 anos", disse à Lusa, à margem do lançamento da primeira associação de proprietários de hotéis de Timor-Leste, a HOTL.

"Se fazemos discursatas agressivas contra os investidores que cá estão e usamos os media em vez de os convidar para o diálogo, obviamente os novos investidores verão: é assim que tratam os investidores que estão cá, então não iremos", afirmou.

O também ex-chefe da diplomacia timorense disse que é importante reconhecer o esforço que muitos dos investidores fizeram assumindo os riscos de investir no país há 20 anos, e que a imagem do país pode ser afetada pela forma como esses projetos são tratados.

Timor-Leste está completamente refém de companhias aéreas 'gangsters' -- Ramos-Horta


Timor-Leste vive a "tragédia" de estar "completamente refém de companhias áreas da Austrália e da Indonésia que atuam "com comportamento de 'gangsters'", mantendo preços desproporcionadamente elevados, disse hoje José Ramos-Horta.

“Temos esta tragédia deste país completamente refém deste 'gangsterismo' aéreo por parte da Garuda", disse o ex-Presidente da República, referindo-se à empresa estatal indonésia, proprietária das empresas Sriwijaya e Citilink, que voam para Timor-Leste.

"E continuamos reféns da AirNorth que é um roubo às claras", afirmou, numa alusão à companhia da Qantas que mantém um monopólio nos voos entre Timor-Leste e a Austrália, numa das rotas mais caras do mundo.

Ramos-Horta falava em Díli no lançamento oficial da primeira associação de hoteleiros do país, a HOTL, criada por dez unidades hoteleiras, localizadas predominantemente na capital do país.

Especialistas defendem que Macau financie indústrias sustentáveis nos países lusófonos


Macau, China, 29 mar (Lusa) -- Vários especialistas defenderam hoje que Macau deve transformar-se num centro do financiamento chinês às indústrias sustentáveis nos países lusófonos, definindo-o como um mercado de risco, mas rico em recursos naturais.

"Os países de língua portuguesa são a 'casa' de 267 milhões de habitantes, têm vastas reservas de petróleo, gás", possuem potencial turístico e recursos marinhos e, no seu todo, assumem-se como "o quarto maior produtor de petróleo do mundo", sublinhou o professor da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, Jacky So, no segundo dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa).

"É um mercado com os seus riscos, mas de grande potencial" e "a China precisa de garantir recursos energéticos", explicou o especialista.

"Portugal e Brasil poderiam especializar-se no desenvolvimento de 'software' e tecnologia para combater o aquecimento global" e os outros países lusófonos [Angola, Moçambique, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe] "exportariam os seus materiais e recursos para financiarem os investimentos 'verdes'", defendeu.

Negociações comerciais entre China e EUA terminam sem acordo


Pequim, 29 mar (Lusa) - A China e os Estados Unidos concluíram hoje sem um acordo mais uma ronda de negociações que visam pôr fim à guerra comercial que começou no verão passado e ameaça abalar a economia mundial.

"Concluímos em Pequim discussões construtivas. Aguardo com expectativa receber o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, na próxima semana, em Washington, para prosseguir com discussões", escreveu na rede social Twitter o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, sem avançar mais detalhes.

A delegação norte-americana, que incluiu Mnuchin e o Representante para o Comércio, Robert Lighthizer, foi recebida esta manhã pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu He, na residência diplomática de Diaoyutai, em Pequim.

Os negociadores de ambos os países apertaram as mãos para os fotógrafos, num ambiente aparentemente descontraído, com sorrisos e trocas de palavras amigáveis, apesar de as negociações se terem já prolongado para além do período de tréguas inicial.

Terrorismo de direita e racista cresce nos EUA


Os Estados Unidos vivenciam um considerável aumento de crimes de ódio e atos de terrorismo associados aos grupos que defendem a supremacia branca e neonazistas durante a última década.

Após o ataque terrorista de um supremacista branco contra fiéis muçulmanos na Nova Zelândia, nesta sexta-feira, a imprensa dos EUA apontou o também para o aumento do terrorismo doméstico praticado por grupos racistas e nacionalistas na América do Norte, informou CBS News.

Em outubro de 2018, uma igreja em Pittsburgh, na Pensilvânia, foi alvo de um ataque que matou 11 pessoas. Em Charlottesville, Virgínia, um comício contra manifestações nacionalistas terminou com três mortos, depois que um supremacista branco avançou em seu carro contra a multidão. 

Após o incidente na Nova Zelânda, mesquitas em todos os EUA tiveram sua segurança reforçada. Embora oficiais e investigadores tenham notado que não houve uma ameaça direta, as forças de segurança do país afirmaram que o extremismo de direita e o terrorismo motivado por motivos raciais parece estar aumentando nos Estados Unidos.

Massacre em Mesquita na Nova Zelândia: Supremacia Branca e Guerras Ocidentais


O recente massacre de fiéis muçulmanos na Nova Zelândia tem aspectos particulares que suscitam perplexidade, sobretudo no que diz respeito à ausência de vigilância a um indivíduo que anunciara a intenção de o levar a cabo. Mas mais importante ainda é o ambiente geral que favorece tais crimes: se os EUA, a UE e Israel massacram muçulmanos, como não haverá indivíduos que se sintam autorizados a fazer o mesmo?

James Petras  | O Diário.info

O ferimento e assassínio em massa de 97 fiéis muçulmanos em Christchurch, Nova Zelândia (NZ) ocorrido na sexta-feira, 15 de Março de 2019, tem profundas raízes ideológicas e psicológicas.

Primeiro e mais importante, os países ocidentais liderados pelo mundo anglo-americano têm estado impunemente em guerra nos últimos trinta anos matando e arrancando das suas terras milhões de muçulmanos. Comentadores nos media, porta-vozes políticos e ideólogos identificaram os muçulmanos como uma ameaça terrorista global e como alvos de uma “guerra contra o terror.” No próprio dia do massacre na Nova Zelândia Israel lançou ataques aéreos de larga escala contra cem alvos em Gaza. Israel já matou várias centenas e feriu mais de vinte mil Palestinianos desarmados em menos de dois anos. Os massacres israelitas acontecem à sexta-feira, o sábado Muçulmano.

A islamofobia é um fenómeno de massa em curso que excede em muito outros “crimes de ódio” em todo o Ocidente e permeia as instituições político-culturais judaico-cristãs.

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