quarta-feira, 5 de junho de 2019

Declaração do Comité WikiJustice Julian Assange


Este comité foi criado com urgência, por iniciativa de jornalistas, advogados e cidadãos preocupados com a preservação do direito à liberdade de informação e expressão, para defender e proteger o jornalista-editor australiano Julian Assange cujos direitos fundamentais foram violados pela Suécia, o Equador, o Reino Unido e os EUA. 

Julian Assange não é culpado de qualquer crime. Nenhuma acusação foi realizada contra ele. Julian Assange é um prisioneiro político.

Julian Assange fundou a Wikileaks em 2006, um orgão de informação que defende a transparência na gestão de assuntos de Estado e uma liberdade total de informação. Ele permaneceu editor do Wikileaks até 2018, quando o governo do Equador de Lenin Moreno lhe cortou todo o contacto com o exterior colocando-o em isolamento.

Wikileaks e Julian Assange revelaram crimes de guerra cometidos pelas forças dos EUA no Afeganistão, o financiamento do Daech pela Fundação Clinton, as torturas praticadas em Guantanamo , bem como espionagem pela CIA do governo holandês, que apesar disto lhe recusou asilo político após não mais que 50 minutos de reflexão.

100% das informações publicadas pelo Wikileaks são incontestáveis e indiscutíveis.

A Suécia, o Equador, o Reino Unido e os EUA perseguem Julian Assange por ter dado a conhecer ao público um crime de guerra cometido pelos militares dos EUA no Iraque (Collateral murder), crime que lhe foi revelado pela militar que lançou o alerta, Chelsea Manning, ela mesma perseguida, presa, torturada abusiva e repetidamente, pelo governo dos EUA.

Ao perseguir Julian Assange, a Suécia, o Equador, o Reino Unido e os EUA violam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, o seu direito territorial, a Decisão de 2016 da ONU que exigiu a libertação, indemnização e colocação em lugar seguro de Julian Assange e, finalmente, o artigo 7º do Estatuto de Roma (ICC). Eles são todos culpados de crime contra a Humanidade. 

Portugal - Suíça, a Liga das Nações em direto na RTP


A seleção portuguesa entra esta quarta-feira em campo para disputar a primeira mão das meias-finais da Liga das Nações. É a primeira vez que esta prova da UEFA se joga e Portugal é o anfitrião da primeira fase final da competição. 

Na cidade do Porto, com um Estádio do Dragão esgotado, a equipa das quinas vai defrontar a Suíça, um adversário bem conhecido dos últimos tempos, que Portugal defrontou na qualificação para o Mundial 2018. 

Duas equipas que se conhecem bem, que fizeram elogios mútuos e que têm a final de domingo na mente. A partida tem transmissão exclusiva no canal 1 da RTP. 

Pode seguir as incidências do jogo no site da RTP e ouvir o relato em direto na Antena 1.

RTP

Portugal | Quando um anão com prosápia se quer medir com gente grande


Jorge Rocha* | opinião

O que se há-de fazer com as nossas direitas, que tão medíocres se revelam em tudo quanto procuram fazer, nomeadamente quando pretendem incensar os seus vultos mais representativos? Enterraram Agustina com grandes exaltações sobre o seu “génio”, quando não passou de uma escriba talentosa, mas com a cabeça a cheirar ao bafio de tempos idos, que jamais desejamos não ver replicados. Por exemplo através de um Passos Coelho, que viu na ocasião a oportunidade para se voltar a mostrar e lembrar que continua por aí, à espera da definitiva escorregadela de Rui Rio nas próximas eleições.

Porque não vale a pena bater em mortos, viremo-nos para os (ainda) vivos, mormente para esse anão mental (e em estatura física!), que «abrilhanta» as noites da SIC aos domingos à noite. Tivéssemos tido a tragédia dele se ter dotado do cartão do PS e, há muito, o Ministério Público o teria investigado e tornado arguido por conta dos muitos negócios estranhos em que o soubemos envolvido. Acontece que os Mendes, os Relvas ou os Loureiros são invisíveis para essa instituição da República apostada em ir demonstrando, ano após ano, o quão dependente está ideologicamente das direitas para quem porfia em trabalhar.

Portugal | "A Direita não sabe fazer combate político. São atrasados mentais"


José Miguel Júdice foi duro nas críticas à Direita e acusou Rui Rio de cometer um "ato de estupidez política sem limite" ao atacar a Justiça.

José Miguel Júdice afirmou esta terça-feira no seu espaço de comentário político, na SIC Notícias, que “a Direita não sabe fazer combate político” e que os partidos desse espectro “são atrasados mentais nessas matérias”. “Podem [porém] ser ótimos noutras coisas”, ressalvou o advogado e antigo militante do PSD.

O comentador sugeriu, aliás, que PSD e CDS pedissem ajuda ao Bloco de Esquerda. “Há fundos sociais para formação. Talvez pudessem propor ao Bloco de Esquerda que fosse pedir fundos comunitários para dar formação aos partidos de Direita sobre como é que se faz política”.

Prosseguindo na análise ao estado atual destes partidos (de recordar que o próprio Presidente da República antecipou uma possível crise na Direita no futuro), Júdice frisou que PSD e CDS não sabem qual é o seu eleitorado e “isso é o que é mais grave”.

“Não sabe quem são os seus eleitores, para quem é que deve falar e não sabe o que é que querem as pessoas que são o seu eleitorado”, disse, dando como exemplo de “um ato de estupidez política sem limite” o facto de Rui Rio atacar a Justiça, quando o país “está a dizer que tem quatro vezes mais confiança na justiça do que nos partidos”.

Melissa Lopes | Notícias ao Minuto | Foto: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

Portugal | Nós, os lesados da corrupção

Pedro Ivo Carvalho | Jornal de Notícias | opinião

A estatística devia sossegar-nos. Afinal, a perceção dos portugueses sobre a corrupção está em linha com a média europeia. Estagnamos no índice da Transparência Internacional. Mas depois somos sacudidos pela outra realidade que não a dos números inspirados na lógica sensorial e que nos ecoa nos ouvidos com a cadência de um martelo pneumático. Não há semana que passe sem uma nova história sobre corrupção, um esquema ardiloso, um emaranhado de cumplicidades espúrias. Porque não parece haver tréguas possíveis nessa torrente incessante e circular em que emergem o tráfico de influências, o peculato, a participação económica em negócio e a fraude fiscal. Em todos estes comportamentos desviantes (vamos chamar-lhes assim), há um denominador comum: nós. Os lesados da corrupção. Vítimas involuntárias que assistem a tudo na bancada, lançando os cheques em branco com que os serventuários ocasionais do regime forram o caminho.

Comemorações do 10 de junho entre domingo e terça-feira em Portugal e Cabo Verde


No dia 10 de junho Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa terão um programa intenso em Cabo Verde, dividido pelas ilhas de Santiago e de São Vicente, com oito pontos de agenda num dia e meio.

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a participação do Presidente da República e do primeiro-ministro, vão realizar-se entre domingo e terça-feira, de Portalegre ao Mindelo, em Cabo Verde.

Segundo um programa divulgado pela embaixada de Portugal na Cidade da Praia, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa terão um programa intenso em Cabo Verde, dividido pelas ilhas de Santiago e de São Vicente, com oito pontos de agenda num dia e meio.

No dia 10 de junho, segunda-feira, o chefe de Estado irá discursar, de manhã, numa cerimónia militar em Portalegre, e depois viajará com o primeiro-ministro e com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para a Cidade da Praia, onde fará o seu segundo discurso, ao final do dia, numa receção à comunidade portuguesa.

Guiné-Bissau | "Não compreendemos porque é que Governo não foi formado"


Portugal não compreende por que ainda não há novo Governo na Guiné-Bissau, disse hoje o chefe da diplomacia portuguesa, considerando existirem "todas as condições" para o Presidente guineense indigitar o primeiro-ministro e marcar eleições presidenciais.

"Não compreendemos porque é que esse Governo ainda não foi formado", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, à margem de um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na sede da organização em Nova Iorque.

O governante português afirmou que as eleições legislativas de 10 de março determinaram "uma relação de forças" na Assembleia Nacional Popular, com a vitória do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC,. liderado pelo antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira).

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Guiné-Bissau é um dos pontos de principal preocupação da política externa portuguesa e constatou que, tanto Portugal como a ONU não encontram razões para a não existência de um Governo novo no país.

Exilado equato-guineense condenado a 60 anos de prisão diz que não há justiça no seu país


Paris, 05 jun 2019 (Lusa) - O opositor equato-guineense Salomon Abeso, condenado a 60 anos e quatro meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado contra o Presidente da Guiné Equatorial, afirmou que "não existe justiça" no seu país e rejeitou as acusações.

"Na Guiné Equatorial não existe justiça. A justiça é o ditador Teodoro Obiang Nguema. Desde que tomou o poder em 03 de agosto de 1979, nunca houve justiça nesse país", disse o opositor, membro da Coligação Restauradora de um Estado Democrático (CORED), à agência Lusa, numa conversa telefónica a partir de Paris, onde se sedia o partido.

O opositor, exilado em Londres há 18 anos, recebeu as notícias da sentença de "um julgamento falso" com "muita dor".

Salomon Abeso defende que o julgamento não decorreu de forma conforme com a justiça da Guiné Equatorial, uma vez que muitos dos condenados não foram presentes a tribunal.

"Só fomos informados de termos sido acusados de um dos delitos no início de 2018 (...). Até sexta-feira não voltei a ouvir o meu nome. Em todo o julgamento, em mais de dois meses e meio, não mencionaram o meu nome em qualquer dia. Não só o meu, a maioria dos opositores exilados que foram condenados não tiveram o seu nome mencionado [anteriormente]", referiu Salomon Abeso a partir de Paris, onde se encontra.

Advogado equato-guineense critica sentenças "arbitrárias" contra acusados de golpe de Estado


Malabo, 04 jun 2019 (Lusa) - O advogado e ativista dos direitos humanos equato-guineense Ponciano Mbomio Nvó clasificou hoje "arbitrária" a decisão da justiça da Guiné Equatorial que condenou mais de 130 pessoas acusadas de envolvimento numa tentativa de golpe de Estado no país.

"Em princípio, para aplicar uma pena, há que saber se a pessoa visada é responsável ou não. As penas foram aplicadas de uma maneira arbitrária", disse o advogado à Lusa, por telefone.

"O número de pessoas que conheciam o tema do golpe de Estado não era o número de pessoas que se acusou e penalizou. Havia um número reduzido de pessoas que conheciam o caso e se consideravam como culpadas", explicou Ponciano Mbomio Nvó.

Na passada sexta-feira, mais de 130 pessoas acusadas de envolvimento numa tentativa de golpe de Estado na Guiné Equatorial, em dezembro de 2017, foram condenadas a penas entre os três e os 96 anos de prisão.

Missão da CPLP na Guiné Equatorial para avaliar desenvolvimentos desde adesão


Lisboa, 03 jun 2019 (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai enviar uma missão para a capital equato-guineense entre quarta e sexta-feira para "avaliar os desenvolvimentos registados" desde a adesão do país àquele organismo, em 2014.

A Missão de Acompanhamento do Programa de Adesão da Guiné Equatorial à CPLP será chefiada pelo embaixador de Cabo Verde José Luís Monteiro e contará com 17 membros, incluindo representantes indicados pelos Estados-membros da CPLP, pelo Secretariado Executivo da Comunidade e pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP).

A missão, com o objetivo de "avaliar os desenvolvimentos registados no processo de adesão da Guiné Equatorial à CPLP, que completa cinco anos no próximo mês de julho", representa a primeira missão desta dimensão realizada pela organização naquele país.

Caso CNC: Verdadeiro início da luta contra impunidade em Angola?


Augusto Tomás, ex-ministro dos Transportes de Angola, é o primeiro “tubarão” que senta no banco dos réus desde que o Presidente João Lourenço decidiu lutar contra a corrupção e a impunidade no país.

O julgamento do ex-ministro dos Transportes Augusto Tomás já vai no seu segundo dia. O antigo governante que responde ao julgamento em prisão preventiva, é acusado de desviar dinheiro do Conselho Nacional de Carregadores (CNC). Tomás é acusado de crimes de peculato, violação de normas de execução orçamental e abuso de poder na forma continuada.

Esta segunda-feira (03.06.) no segundo dia de julgamento, Paula Godinho, advogada de defesa do antigo governante, negou as acusações que pesam sobre o seu constituinte. Na sua contestação, Paula Godinho, disse que o seu constituinte não cometeu nenhum dos crimes de que é acusado, argumentando que o processo está eivado de atropelos à lei, nomeadamente o uso, pela instrução, do relatório da Inspeção-Geral da Administração do Estado (IGAE) para a acusação. 

Segundo Paula Godinho, este documento não pode servir de base acusatória e probatória, pois cabe apenas ao Tribunal de Contas apurar se houve ou não e em que medida desvios de verbas públicas. Nesse sentido, a advogada defendeu "a nulidade de instrução e de tudo feito até agora". 

Angola | Quem foi José Patrocínio, o "grande combatente pelos direitos humanos"?


Sociedade angolana e ativistas cívicos definem o ativista José Patrocínio como um "grande combatente pelos direitos humanos" e dizem que "deixa um legado pela tolerância". Morreu por doença, sábado (01.06).

José Patrocínio nasceu a 26 de dezembro de 1962, no Lobito, província de Benguela. Morreu este sábado, vítima de doença, aos 57 anos e deixa um filho.

Nas redes sociais, pessoas próximas ao ativista dos direitos humanos e fundador da organização não governamental OMUNGA e indivíduos de vários estratos sociais continuam a lamentar a sua morte.

É o caso de Alexandra Simeão, presidente da ONG Handeka, uma associação cívica que tem lutado para dirimir os principais constrangimentos que inibem o pleno exercício da cidadania no país, como, por exemplo, o acesso ao ensino primário. Alexandra falou à DW África, este sábado.

Moçambique | 24 pessoas condenadas por envolvimento nos ataques em Cabo Delgado


O Tribunal Provincial de Cabo Delgado condenou nesta terça-feira (04) 24 cidadãos a pena de prisão maior pelo seu envolvimento nos ataques insurgentes ocorridos naquela região. No mesmo dia o grupo “jihadista” Estado Islâmico reivindicou a sua participação no terrorismo no Norte de Moçambique.

Os réus eram acusados de associação para delinquir, conspiração, instigação ou provocação a desobediência colectiva e foram condenados a penas de prisão que variam entre 12 a 16 anos e ainda devem pagar multas ao Tribunal.

No mesmo julgamento cinco outros réus foram absolvidos e três perderam a vida durante a instrução do processo.

Entretanto nesta terça-feira (04) o grupo “jihadista” Estado Islâmico declarou ter causado, na véspera, mortos e feridos entre militares moçambicanos, ao repelir um ataque das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique na Província de Cabo Delgado.

“Com o sucesso de Alá Todo-Poderoso e no âmbito da 'Batalha do Atrito', ontem (segunda-feira), os soldados do Califado conseguiram repelir um ataque do Exército moçambicano na localidade de Metubi, na área de Mocímboa da Praia” afirmou em comunicado o Estado Islâmico.

A Província de Cabo Delgado é assolada, desde Outubro de 2017, por ataques armados protagonizados por grupos apelidados de “Al Shabaab” pelos locais por serem compostos por jovens, embora não tenha ligações conhecidas ao grupo terrorista homónimo da Somália, e que causaram a morte de centenas de cidadãos civis.

@Verdade

Moçambique | Eid al-Fitr em Cabo Delgado: Muçulmanos distanciam-se dos ataques armados


Muçulmanos celebram esta terça-feira (04.06.) o Eid ul-Fitr, festa do fim do Ramadão. No norte de Moçambique, a comunidade muçulmana repudia ações de grupos armados que "usam a capa do Islão" para semear atrocidades. 

No dia em que os muçulmanos celebram o fim do mês sagrado do Ramadão, Fátima Momade, crente residente na cidade de Pemba, deixa uma mensagem de paz: "A civilização está no Islão, a paz está no Islão. Aquelas pessoas que usam a religião islâmica para fazerem os seus escândalos, cometerem crimes, roubar e fazer várias atividades nojentas, não são muçulmanas, estão a tentar manchar o islão, mas o islão continuará porque é a paz".

Várias aldeias da província nortenha de Cabo Delgado têm sido alvo, desde 2017, de investidas de insurgentes, que queimam casas, degolam pessoas e saqueiam bens da população, deixando zonas abandonadas.  

O Governo está preocupado e tem reforçado as medidas de segurança para pôr fim a esta barbárie, disse o governador provincial Júlio José Parruque, durante a oração ocorrida esta terça-feira (04.06.) no Estádio Municipal de Pemba.

Alkatiri marca feriado muçulmano de Oecusse diferente do de Governo central


Díli, 04 jun 2019 (Lusa) -- O presidente da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) timorense, Mari Alkatiri, decretou hoje que o feriado muçulmano que assinala o fim do Ramadão se vai assinalar no enclave num dia diferente do que foi marcado pelo Governo central.

Mari Alkatiri assinou um despacho divulgado hoje, em que determina que o feriado do Idul Fitri será celebrado na quarta-feira, 05 de junho, e não no dia 06 de junho, como decretou o Governo central.

No decreto, assinado hoje, Mari Alkatiri diz que decreta, de acordo com a lei, que "na RAEOA, o Idul Fitri será celebrado no dia 05 de junho" devendo os trabalhadores "apresentar-se ao serviço no dia 06 de junho, sob pena de ser considerada falta.

Em declarações à Lusa, Alkatiri, que é muçulmano, contestou a data de 06 de junho marcada pelo Governo para o feriado do Idul Fitri, que marca o fim do Ramadão, considerando que o dia correto é o anterior, 05 de junho.

"O Idul Fitri é o primeiro dia após o último dia do jejum que ou é hoje, para alguns, ou amanhã, para outros. Mas nunca o dia 06 de junho", disse Alkatiri.

"Foi um erro crasso que estava à espera que o Governo corrigisse, mas insistem no erro. Isso vai contra a lei e viola os direitos de uma minoria em Timor-Leste", afirmou.

Tribunal timorense decreta prisão preventiva para filipino suspeito de tráfico de droga


Díli, 04 jun (Lusa) -- O Tribunal Distrital de Díli, em Timor-Leste, decretou a prisão preventiva para um de três cidadãos filipinos suspeitos de envolvimento num caso de tráfico de droga no qual foram detidos dois timorenses na Indonésia.

Aos outros dois detidos foi-lhes aplicado o Termo de Identidade e Residência (TIR), depois de um primeiro interrogatório no tribunal e quando ainda decorrem as investigações.

A defesa contestou a medida de coação aplicada, afirmando que não se cumpriam os requisitos para a prisão preventiva, anunciando que vão recorre da decisão.

Os três cidadãos filipinos foram capturados a 30 de maio num dos bairros de Díli, tendo sido apresentados ao tribunal depois das 72 horas previstas na lei.

Timor-Leste recorre para tribunal australiano sobre competência para julgar queixa de empresa


Díli, 05 jun (Lusa) -- O Governo timorense recorreu da decisão do Tribunal Supremo de Victoria, na Austrália, que alegou competência para julgar uma queixa de uma empresa australiana contra o Executivo no âmbito de um acordo para fornecimento de combustível e geradores.

"O Governo de Timor-Leste apelou da decisão do Supremo Tribunal de Victoria de conceder à Lighthouse Corporation Pty Ltd e à Lighthouse Corporation IBC o direito de ouvir o seu caso contra a República Democrática de Timor-Leste e o seu departamento de eletricidade (EDTL) em Victoria", refere-se numa declaração, em nome do Governo timorense, enviada à Lusa.

"Timor-Leste acredita que o juiz (...) deveria ter considerado que [o Estado australiano de] Victoria era um fórum claramente inadequado para a disputa ser ouvida, dada a relevância da lei timorense para determinar a existência de um contrato (uma questão em disputa no caso) e outros fatores que ligam o caso a Timor-Leste", sublinha-se no comunicado.

Em maio, o juiz Peter Almond, da secção comercial do Tribunal Supremo de Victoria, rejeitou os argumentos do Governo timorense que questionou a jurisdição deste tribunal para ouvir a queixa da australiana Lighthouse, devido ao alegado incumprimento de um contrato para fornecimento de combustível e geradores em 2010.

A Lighthouse quer que o Governo timorense pague danos de 328 milhões de dólares (292 milhões de euros), mais juros e custos, por considerar que Timor-Leste violou os contratos.

Mais de duzentas pessoas em Macau lembraram vítimas de Tiananmen 30 anos depois


Macau, China, 04 jun 2019 (Lusa) - Trinta anos depois do massacre de Tiananmen, mais de duzentas pessoas em Macau lembraram hoje as vítimas e disseram à Lusa temer que no futuro não possam fazer esta homenagem, que é silenciada e proibida na China continental.

Entre as 19:30 e as 22:00 em Macau (12:30 e 15:00 em Lisboa) manifestantes e turistas foram-se juntando em frente a um palco onde os organizadores passaram filmagem dos acontecimentos de há 30 anos em Pequim. Muitos dos manifestantes sentaram-se no chão e ergueram velas em memória às vítimas que o Governo Central nunca admitiu.

A vigília decorreu de forma pacífica no Largo do Senado, uma das maiores praças de Macau e um dos principais pontos turísticos do território, apesar de alguns momentos de tensão entre a organização e as forças de segurança, quando a polícia fez dois corredores de segurança para, segundo as autoridades, facilitarem a passagem às pessoas.

"Nós estamos muito preocupados, todos os anos receamos que possa ser o último ano" que há vigília em Macau, contou à Lusa o deputado pró-democracia Sulu Sou, frisando que o território deve "cuidar da sua liberdade" e lembrou de seguida uma frase do famoso escritor checo Milan Kundera: "a luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento".

Asiáticos descendentes de portugueses juntam-se em Malaca...


... "para redescobrir as raízes culturais"

Macau, China, 04 jun 2019 - A comunidade asiática descendente de portugueses de todo o continente junta-se em Malaca no final de junho "para redescobrir as raízes culturais" que partilham e que herdaram durante a época dos descobrimentos, disse à lusa o organizador.

"O principal objetivo deste encontro é redescobrir as nossas raízes culturais que partilhamos em comum e que todos herdámos de Portugal", disse à Lusa o representante da minoria luso-malaia perante o estado de Malaca e organizador da segunda edição da Conferência da Comunidade Luso-Asiática, Joseph Santa Maria.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, assim como professores e especialistas da Indonésia, Singapura, Malásia, Timor-Leste, Austrália e Tailândia, têm previsto marcar presença entre os dias 28 e 29 de junho na cidade conquistada pelos portugueses em 1511, na época no coração de um lucrativo comércio de especiarias.

Todos os participantes partilham um passado em comum: "orgulhosamente exibimos a nossa cultura e tradições respetivas que abraçamos firmemente", contou Joseph Santa Maria.

"Nós também podemos afirmar orgulhosamente que somos uma comunidade na Ásia, uma comunidade de descendentes de portugueses", que começou nos séculos XV e XVI sublinhou.

Mais de cem mil manifestantes em Hong Kong recordaram massacre de Tiananmen


Hong Kong, China, 04 jun 2019 (Lusa) -- Mais de cem mil pessoas reuniram-se hoje em Hong Kong para uma vigília com velas, assinalando o 30.º aniversário do massacre de Tiananmen, um dos poucos locais na China onde o evento pode ser recordado.

Na China continental estão proibidas todas as cerimónias que assinalem o evento de 04 de junho 1989, em que o exército chinês matou um número indeterminado de estudantes que defendiam um movimento pró-democracia.

Hoje, muitos chineses deslocaram-se até Hong Kong para recordar o massacre de Tiananmen, desfilando com velas na mão e assistindo a discursos, tirando proveito do estatuto da região sob a regra de "um país, dois sistemas".

Há 29 anos que Hong Kong assiste a vigílias que assinalam a intervenção do exército chinês na praça da Paz Celestial, mas este ano os observadores acreditam que terá sido batido o recorde de afluência de manifestantes.

China emite alerta de viagem para os EUA devido a "assédio" das autoridades


Pequim, 04 jun 2019 (Lusa) - A China emitiu hoje um alerta de viagem, alegando que visitantes chineses estão a ser interrogados e submetidos a outras formas de "assédio" nos Estados Unidos, à medida que disputas comerciais afetam o relacionamento bilateral.

O comunicado pede aos cidadãos chineses e entidades financiadas pela China nos Estados Unidos que aumentem o alerta sobre a sua segurança, adotem medidas preventivas e respondam "apropriada e ativamente".

A advertência ocorre numa altura em que se agrava a guerra comercial entre os dois países.

No mesmo dia, o ministério da Cultura e Turismo da China emitiu outro alerta de viagem, apontando alta frequência de tiroteios, roubos e furtos nos EUA.

Também o ministério chinês da Educação alertou estudantes e académicos chineses para "crescentes dificuldades" em visitar os EUA.

China apresenta queixa formal contra declarações de Pompeo sobre Tiananmen


Pequim, 04 jun 2019 (Lusa) - A China apresentou hoje uma queixa formal aos Estados Unidos após o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ter recordado o 30.º aniversário desde a sangrenta repressão do movimento pró-democracia de Tiananmen.

"Alguns nos Estados Unidos estão muito acostumados a criticar os outros, e sob o pretexto da democracia e dos Direitos Humanos interferem nos assuntos internos de outros países, enquanto fecham os olhos aos seus próprios problemas", afirmou em conferência de imprensa o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang.

Pompeo recordou os "heróis do povo chinês que se levantaram corajosamente há 30 anos na Praça Tiananmen" para exigir reformas políticas, e pediu a Pequim que publique um balanço dos mortos e dos desaparecidos, para "proporcionar conforto para as muitas vítimas desse capítulo sombrio da história".

Iniciado por estudantes da Universidade de Pequim, o movimento pró-democracia da Praça Tiananmen acabou quando os tanques do exército foram enviados para pôr fim a sete semanas de protestos.

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